17 março 2017

Postalinho do Alentejo

"Alentejo e seus sabores..."
Pedro Miguel C. V.


#prayforcomichãonocu - Ruim

Comichão no cu. Todos temos. Calha a todos, não me venham com merdas. O cu foi relegado para a categoria de "comichon non grata" pelas restantes partes do corpo. Comichão num braço? Pode coçar, sim senhor. Comichão no queixo? Oh amigo, coce lá o queixo. Comichão no cu? Isso é que não pode ser. Estamos impedidos de coçar o cu em público. Em casa? Até uma escova de cabelo enfiamos na peida, se for preciso. Estas amarras da moral da coceira traseira, são responsáveis por milhares de cus em sofrimento por este país fora. Daquelas comichões de parecer que tens um ninho de formigas no ass. E não podes coçar. Porquê? Estás na rua, não podes coçar. Expliquem isso a quem, por exemplo, como eu, desce todos os dias a Marquês de Tomar e lhe dá um desses ataques em que pondera ir a roçar o cu na parede como os gatos. Eu, um homem adulto, contribuinte com impostos em dia, forçado a ir a roçar o cu na parede até Entrecampos. Bonito, sim senhor. Eu não estou a dizer que se liberalize coçar o cu à grande, ok? Não quero ir na rua e ver filas de gajos com dedos no cu e cara de satisfação. Se é para isso, vou ao Trumps. Mas um "free pass" de julgamento de valores já era suficiente como a primeira pedra na calçada que pavimenta a Avenida da Liberdade de Coçar o Cu à Vontade.
Um homem pode sonhar. E coçar o cu enquanto pensa.

Ruim
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16 março 2017

Mathilda May - cena do filme «The tit and the moon» (a mama e a lua)

«Pee-pee cock» (ou «Tea cock»)

Boneco em barro negro, em forma de pénis, usado na China para testar a temperatura do chá, antes de o servir
Estes pequenos bonequinhos em barro são usados na China para verificar se a água para o chá está à temperatura ideal: o boneco é passado por água a ferver e depois posto algum tempo em água fria. Leva-se para a mesa e despeja-se um pouco de água do bule em cima da cabeça do boneco. Se fizer xixi, a água está boa para fazer chá. Se não fizer, é porque não está suficientemente quente. Se sair uma esguichadela de três em pipa, é porque a água está demasiado quente.
É o mesmo sistema de outra peça da minha colecção, oferecida pelos amigos Daisy e Alfredo Moreirinhas.














A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

«Forte, intenso…» - Adão Iturrusgarai


15 março 2017

«New Orleans is always open» (Nova Orleães está sempre aberta)

Fantástico!

«Fodimalho» - cantiga medieval de Pero da Ponte


Estranha cantiga em que Pero da Ponte relata uma aventura homossexual. Embora a cantiga pareça autobiográfica (até pelas referências às trovas feitas sobre o tema) e a rejeição da homossexualidade seja evidente, como seria de rigor na época, também poderemos pensar que se trataria eventualmente de um maldizer aposto (dito na primeira pessoa, mas na voz de um terceiro), hipótese que não poderemos confirmar, até pela ausência de qualquer rubrica explicativa. Acrescente-se que os pormenores "técnicos" finais parecem um pouco difíceis de entender.:

Eu digo mal, com'home fodimalho,
quanto mais posso daquestes fodidos
e trob'a eles e a seus maridos;
e um deles mi pôs mui grand'espanto:
topou comig'e sobraçou o manto
e quis em mi achantar o caralho.

Ando-lhes fazendo cobras e sões
quanto mais poss', e and'escarnecendo
daquestes putos que s'andam fodendo;
e um deles de noit[e] asseitou-me
e quis-me dar do caralh'[e] errou-me
e lançou, depós mim, os colhões.

Pero da Ponte

Prazer de amante

Prazer de amante, é a fuga, é a rapidez é a falta de lucidez.


Certo ou errado, a vontade de te saborear, de os meus lábios tocarem todos os centímetros da tua pele, é mais forte. Mais forte que tudo. Estás aí? Eu, aqui, te espero, de lábios rosados, pele quente a arder por ti. Rende-te a esse ímpeto e apanha o vento em minha direção. Não deixes que nada estrague o momento, a dita eternidade que dura o tempo que durar, a pureza do desejo, o pecado do prazer que um amante dá. De corpo e alma, no nosso eterno, no nosso momento, no nosso abraço, no nosso cheiro que se funde um no outro. Beija-me, do pescoço, aos pés, passa as tuas mãos em mim, em todo o sítio proibido que tem saudades de ti. És tu, que me dás a incondicionalidade pouco duradoura e tão explorada do momento do prazer máximo. 

Só se tu também não te mexes...



14 março 2017

Podemos dar uma mão...


The New Yorker

Outra grande aflição para a Humanidade a esboçar-se.

Sharkinho
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«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 81

O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.







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Pénis de punho

Botões de punho em prata de Vivienne Westwood, com bolsa e certificado de autenticidade.
O charme sem cerimónias... na minha colecção.












A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
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13 março 2017

Luís Gaspar lê «A um ti que eu inventei» de António Gedeão

Pensar em ti é coisa delicada.
É um diluir de tinta espessa e farta
e o passá-la em finíssima aguada
com um pincel de marta.

Um pesar grãos de nada em mínima balança,
um armar de arames cauteloso e atento,
um proteger a chama contra o vento,
pentear cabelinhos de criança.

Um desembaraçar de linhas de costura,
um correr sobre lã que ninguém saiba e oiça,
um planar de gaivota como um lábio a sorrir.

Penso em ti com tamanha ternura
como se fosses vidro ou película de loiça
que apenas com o pensar te pudesses partir.

António Gedeão
Rómulo Vasco da Gama de Carvalho (Lisboa, 24 de Novembro de 1906 - Lisboa, 19 de Fevereiro de 1997), português, foi um químico, professor de Físico-Química do ensino secundário no Liceu Pedro Nunes e Liceu Camões, pedagogo, investigador de História da ciência em Portugal, divulgador da ciência, e poeta sob o pseudónimo de António Gedeão. Pedra Filosofal e Lágrima de Preta são dois dos seus mais célebres poemas.
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Promescent - «Lábios de lado»

Postalinho da origem do mundo... dos patos


«Corredor» - João

"O problema é que o dia chegava ao fim mas ela não chegava ao fim com ele. Ficava como uma saudade que não se sacode. Vinha um dia, e depois outro, e por fim se a via, tudo voltava ao lugar, como arrumar caixas nos seus lugares, como sair do ar quente e respirar por fim um ar fresco que devolvia à vida, que dizia que ainda havia salvação, que podia rir de novo, que a pele podia arrepiar-se. E tempos sobre tempos assim mostraram-lhe a verdade das coisas. Era estranho. Era estranho dar por si naquele espaço a pensar na ausência dela, e tão estranho que aquela ausência fosse tão imensa naquele momento e espaço, e afinal uma ínfima parte de todo o tempo e todo o espaço que ainda havia para trilhar. Daquele corredor fechara-se a porta, desligara-se a luz. Sobrava-lhe esperar que assim como lha haviam fechado, um dia a abrissem."
João
Geografia das Curvas

12 março 2017

«respostas a perguntas inexistentes (376)» - bagaço amarelo

A cidade

Vivo nos subúrbios de Sófia, onde os velhos edifícios me lembram as torres de caixotes de papelão que eu fazia quando era criança. Parece que se vão desmoronar a qualquer momento, mas uma força qualquer sobrenatural faz com que se mantenham em pé desde o período em que o país era comunista. O tempo que passou por eles passou também por mim, e revejo as cidades que eu construía na casa dos meus pais nessa infância que teima em não me dizer adeus.
Hoje de manhã, quando saía para o trabalho, cruzei-me com uma vizinha que me sorriu timidamente e me cumprimentou em português. Ensinei-a a dizer "Bom Dia" há alguns meses, mas depois disso nunca mais a vi. Até hoje, claro. Ainda se lembrava da nossa pequena conversa de apresentação e permitiu-me ouvir a minha língua materna logo pela manhã. Respondi-lhe em búlgaro, agradecido.
É claro que podemos ver a cidade como uma série de caixotes amontoados, em esforço para se manterem em pé. Podemos ver-lhe as igrejas, os jardins e o intenso trânsito de automóveis normalmente velhos e ruidosos, mas nunca a conhecemos mesmo enquanto não nos cruzarmos com um vizinho de manhã na escada do nosso prédio. Era essa a maior curiosidade da minha infância: como seriam as pessoas das cidades improvisadas por mim.
O tempo trouxe-me também o Amor de uma mulher. Depois de outra e mais outra. Aprendi, felizmente, pouco sobre essa matéria, mas o suficiente para saber que ele é como uma cidade. O que nunca percebi é se devemos procurá-lo a ele ou se é melhor que ele nos encontre a nós, por acaso, numa esquina e numa hora ao acaso. Falo ainda do Amor, claro.
Às vezes, muitas vezes, sou só eu e a cidade. É com ela que falo sobre isso enquanto caminho só. Os eléctricos mastigam o alcatrão da estrada velha, as pessoas caminham como se fossem formigas assustadas e os automóveis roncam como animais enfurecidos. A minha vizinha afasta-se e diz-me adeus com a mão esquerda, enquanto com a outra segura um saco térmico com o que suponho ser o almoço. Nunca senti falta desta cidade antes de a conhecer. E no Amor?


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«Desafio do Soneto Serelepe» - Puro êxtase

"Patricia Kimberly, ganhadora de 5 prêmios do canal Sexy Hot, encarna a Chapeuzinho Vermelho na estreia desta 3ª temporada do canal Puro Êxtase. Nossa estrela faz a leitura do livro “Poesia Vaginal” da editora Hedra, escrito por Glauco Mattoso, mostrando que, assim como o prazer é intenso, a poesia também pode ser quente. Afinal, tem coisa melhor do que ter um orgasmo com 100 sonetos sacanas? Ainda mais quando o lobo mau embaixo da mesa é Miyuki Tachibana, a estrela do quadro novo ”Repórter por 1 dia (com calcinha vibratória)”."

Postalinho das medalhinhas de bom comportamento


Teatro das Caldas

Crica para veres toda a história
O actor e o bispo


1 página

11 março 2017

«Diferença» - Cláudia de Marchi

Parece que as pessoas realmente não compreendem a diferença entre o que eu faço e entre o que uma “puta” comum faz, isso sem tirar o meu mérito de ser puta na cama (sou, sim senhor! Muito, demais!), mas falo de atitude. Eu não abro as pernas pelo dinheiro e “será rápido” não é e nem nunca será um atrativo pra mim. Pelo contrário!
Eu quero gozar, meu bem! Eu não quero só dar prazer. O prazer de um homem, ao menos de um homem com H maiúsculo, depende do prazer da mulher. Se você pensa de forma diferente, porque não buscar outra mulher? Dessas “meninas” que, não por falta de humildade, mas por reconhecimento de notórias diferenças culturais e na forma de pensar, agir, sentir e até de vestir eu não gosto de ser comparada? Muitas igualmente bonitas e que cobram menos que eu?
Saber distinguir a postura de uma mulher da outra é essencial, saber o que significa “cortesã”, “luxo”, “culta”, “não faz pelo dinheiro”, também é essencial!

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

«Divórcio» - por Rui Felício

O advogado a quem recorreram para lhes tratar do divórcio ficou a saber que viveram 20 anos de casamento, nunca discutiram, comiam em silêncio, viam TV em silêncio, cada um no seu aparelho de televisão, ela tratava da casa com esmero, ele cumpria as suas obrigações profissionais, não despegavam os olhos dos respectivos smartphones, faziam amor calados...
O antigo Código Civil era omisso quanto ao silêncio como causa de divórcio. Quando foi alterado, passou a bastar o mútuo consentimento para que se concretizasse, permitindo-lhes finalmente separarem-se legalmente. Foi das poucas vezes em que se falaram. Para manifestarem expressamente a sua vontade...

«Johnny Zipper - às suas ordens»
Boneco sado-masoquista em borracha com fecho tipo zipper metálico na boca, numa caixa em formato de jaula.
Cha Cha Cha, Espanha, 2005
Colecção de arte erótica «a funda São»

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Sacana


Há 10 minutos comecei a sacar uma série. Agora já acho que devia era estar na rua a sacar gajas.

Patife
@FF_Patife no Twitter

10 março 2017

Eva portuguesa - «Mulheres»

Parabéns para ti, que és respeitada na rua e na discoteca. Que não vives para a noite e para likes. Que o auge do teu dia não é quantos rapazes te convidam para sair. Que te dedicas e interessas apenas por uma pessoa. Que não te vendes por zonas vips e contas bancárias. Que não és santa mas que não és reles. Que corres atrás do que queres, sem nunca descer do salto. 
Parabéns para ti, que vives a tua própria vida! Que te valorizas, choras e amas. 
Parabéns às mulheres com M maiúsculo, que estão em vias de extinção!

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Postalinho do Butão

"Fotografia publicada na página do Facebook do rei Jigme Khesar Namgyel Wangchuck...
Beijo"
Daisy


#vacapinadora #todosiguais - Ruim


Levas uma tampa, és deixado e abandonado de coração a sangrar por dentro. Perdeste a tua companheira, amiga, amante e confidente. Recordas-te de quando tudo era mágico e especial quando estás a sós. Sabes descrever cada contorno da cara dela, a voz dela ainda ecoa em todos os cantos da tua cabeça e não consegues conter uma lágrima salgada ao recordares um momento doce a dois. E aquele pensamento não te larga. O pensamento que mais te corrói a mente e a percorre como um maratonista olímpico incansável sem parar.
E esse pensamento é "com quem é que aquela vaca vai pinar?".

Ruim
no facebook

09 março 2017

Clarice Falcão - «Eu escolhi você»

CLARICE FALCÃO - EU ESCOLHI VOCÊ (VIDEO OFICIAL) from Junior DeLonge on Vimeo.

«Escaralhado» - cantiga medieval de Fernando Esquio


Sátira, em termos bastante crus, a um frade que se fazia passar por impotente, mas que ia engravidando todas as mulheres que lhe passavam por perto - três delas tendo mesmo dado à luz no mesmo dia, garante o trovador:

A um frade dizem escaralhado,
e faz pecado quem lho vai dizer,
ca, pois el sabe arreitar de foder,
cuid'eu que gaj'é de piss'arreitado;
e pois emprenha estas com que jaz
e faze filhos e filhas assaz,
ante lhe dig'eu bem encaralhado.

Escaralhado nunca eu diria,
mais que traje ante caralho arreite,
ao que tantas molheres de leite
tem, ca lhe parirom três em um dia,
e outras muitas prenhadas que tem;
e atal frade cuid'eu que mui bem
encaralhado per esto seria.

Escaralhado nom pode seer
o que tantas filhas fez em Marinha
e que tem ora outra pastorinha
prenhe, que ora quer encaecer,
e outras muitas molheres que fode;
e atal frade bem cuid'eu que pode
encaralhado per esto seer.

Fernando Esquio

«Caravaggio, 1ª parte - O Pincel e a Espada» - Milo Manara

Livro de banda desenhada de Milo Manara, a juntar-se a muitos outros livros, gravuras, estatuetas,... deste genial autor, na minha colecção.
Sinopse:
Outono de 1592. O jovem Michelangelo Merisi da Caravaggio, que ficará conhecido como Caravaggio, chega a Roma com a intenção de se converter no maior pintor de Itália. Inspirando-se nas sombras e nas cores de uma cidade que se debate entre a grandeza e a decadência – bem como nas personagens que nela habitam – tornar-se-á rapidamente admirado pelo seu talento ao mesmo tempo que alguns lhe criticam a liberdade artística, nomeadamente no que refere aos modelos a que recorre, frequentemente mendigos e prostitutas, para pintar temas religiosos.










A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

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«Amador – Analista» - Adão Iturrusgarai