A apresentar mensagens correspondentes à consulta laranjeira ordenadas por data. Ordenar por relevância Mostrar todas as mensagens
A apresentar mensagens correspondentes à consulta laranjeira ordenadas por data. Ordenar por relevância Mostrar todas as mensagens

13 setembro 2007

Naturismo, mens sana in corpore sano

O Pedro Laranjeira, membro (ben)emérito da fundiSão, além de jornalista, radialista, escritor, poeta,... e até actor, é um adepto do naturismo.
No número mais recente da revista Perspectiva, de que é director editorial, o Pedro Laranjeira escreveu um texto entesantíssimo (sim, sim, eu disse interessantíssimo) sobre o naturismo, que está disponível on-line na página internet da revista. Apresenta ainda uma compilação e roteiro de praias oficiais naturistas portuguesas e outras onde o nudismo é habitual. Recomendo que leias esse texto com uma atenção especial, já que o naturismo é, de facto, uma causa pela qual vale a pena lutar.
Deixo aqui alguns excertos:
O naturista não defende um regresso utópico às origens, mas um posicionamento saudável no eco-sistema a que pertence. É no equilíbrio dessa posição que reside a sua filosofia e a sua atitude perante a natureza, o corpo e os outros, optando pela vivência do lado natural das coisas, ajudando a enquadrá-la - e a enquadrar-nos - na moldura cada vez mais difícil de uma vida sintética, plástica e divorciada da terra.
O nudismo, fortemente associado aos movimentos naturistas, é uma consequência óbvia e a face visível das práticas de convívio com a natureza.Porém, nem todos os nudistas são naturistas, nem todos os naturistas são nudistas.Razões culturais levam muita gente que defende uma vida baseada em princípios naturais a não se sentir confortável sem roupa. A esses, deve-se o respeito e a tolerância a que têm direito.
A roupa tem toda a legitimidade como enfeite (aliás com um estatuto quase cosmético derivado da moda e da vaidade) e tem toda a utilidade também como protecção contra o frio e as intempéries... mas é artificial, não nascemos com ela - nascemos, sim, com a pele que nos cobre, com a nossa nudez e a naturalidade normal do aspecto que temos.
O naturismo está regulamentado em Portugal há 13 anos, pelo Decreto-Lei 29/94, que o define como "o conjunto das práticas de vida ao ar livre em que é utilizado o nudismo como forma de desenvolvimento da saúde física e mental dos cidadãos, através da sua plena integração na natureza" e prevê a criação de espaços destinados à prática do nudismo, que define como "praias, campos, piscinas e unidades hoteleiras e similares". A criação desta lei deve-se ao esforço de Pedro Geraldes Cardoso, pioneiro do associativismo naturista em Portugal.
Existem mais de cinquenta mil portugueses assumidamente naturistas, mas não estão reunidos em torno de iniciativas que os unam e organizem, de uma forma expressiva, à semelhança do que sucede noutros países.
Só se justifica falar de naturismo e nudismo, não pela sua essência de princípios, mas pelo desvio que a sociedade introduziu à nossa convivência natural connosco próprios. São setecentos anos de obscurantismo derivado essencialmente de princípios pseudo-religiosos que introduziram na cultura humana o pudor do corpo. Basta recordar que na idade média (e na literatura portuguesa) se chamavam vergonhas aos genitais... embora todos tenhamos nascido deles! Mas nem a religião justifica o pudor: os antigos cristãos eram baptizados nus... e, como soe dizer-se, "se Deus quisesse que andássemos nus, tinha-nos feito nascer sem roupa!"... Na Grécia antiga os atletas competiam nus, os banhos romanos eram mistos e públicos, etc.
O mais curioso desta evolução social é que, ao contrário de milhares de normas, regras e leis, que obrigam à obtenção de licenças especiais para aquisição de bens ou práticas exteriores a nós, o naturismo introduziu na lei precisamente o contrário: não é preciso nenhuma licença para usar roupa, mas a lei limita e regulamenta o nosso direito "a não a usar". (será que algum dia chegaremos a uma sociedade em que seja preciso ter uma licença para não possuir uma arma de fogo?...)
Passatempo: tenta descobrir o traidor à causa.
"Que espírito será tão cego e vazio que não entenda que o pé humano é mais nobre que o sapato que o calça, e que a pele humana é mais bela que as vestes com que a cobrimos?" - Miguel Ângelo (1475-1564)
"A impureza do corpo não se relaciona com a nudez, parcial ou integral, que nem sempre é impúdica. Se alguma pessoa se valer da nudez para tratar alguém como um objecto de prazer, então é essa pessoa que comete um acto impuro. A nudez do corpo não tem qualquer relevância, excepto quando desempenha um papel negativo em relação ao valor da pessoa. Mesmo quando a nudez está relacionada com um acto carnal, a dignidade permanece preservada. O impudor nasce da vontade de reduzir uma pessoa, por causa do seu corpo e do seu sexo, a um mero objecto de prazer. O corpo humano não é impúdico, nem o são as reacções de sensualidade a ele. A nudez do corpo não pode ser considerada impura, quando existe uma razão para ela." - João Paulo II, in "Amor y Responsabilidad", Madrid, Editorial Razón y Fe, pp. 211-213
____________________________
Adenda útil do OrCa, que seguiu a recomendação do Luis Vaz de Camões e foi experimentá-lo antes de julgá-lo: "Nestas coisas como em quase tudo, nada como experimentar... Posso dizer que me surgiram alguns problemas menores, rapidamente ultrapassáveis, entretanto: o escaldão do primeiro dia nas partes fudengas, pouco habituadas à exposição solar; o «efeito de pica-pau» perante alguma proximidade mais apelativa; o «efeito contrário», em contacto com a água gélida (que levou até a questionar-me se não me teria caído alguma coisa no mar...). Mas rapidamente um tipo se habitua e é uma alegria libertadora. Apontamento final: em praia, ter sempre atenção em não deixar areia no rego, pois prejudica a condução de regresso a casa".

27 junho 2007

VII Encontra-a-Funda, danados e danações

A diva desta res pubica (coisa púbica, como é sabido) desencaminhou-me no sentido de partilhar, também aqui neste espaço, o comentário que fiz na minha casa sobre o evento. De bom grado o faço, esperançoso até de que a arte de bem conviver frutifique.


Digam o que quiserem. Perturbem-se e estrebuchem os que para isso lhes dê. Escarranchem-se no lombo de mula velha, da cooperativa ou outra, se puderem... Mas que uma boa colecção de gargalhadas já ninguém nos tira do bucho, essa é que é essa!

Paisagens do melhor, vinho do melhor, insana loucura do melhor, comida do melhor, companheirismo do melhor... Ora, tenham lá santa paciência, mas metam as beatices e alguns pudores carunchosos na arca da velha avó - coitada, que no tempo dela, sabe-se lá, até parece que nem se faziam meninos e tal... - e roam-se as unhas até ao sabugo, espreitando algumas fotografias que dão apenas uma ténue imagem do que por lá se passou.

Um abraço enorme a todos, mas com muito especial destaque à Tuna Meliches e respectivas bailarinas que levaram à cena, com garbo e atropelo, por entre a maior humidade nocturna, o Auto das Danações, numa versão tão próxima do Inferno que dir-se-ia estarmos todos no Céu!

Também ao Pedro Laranjeira que, uma vez mais, comigo partilhou esses ínvios caminhos da poesia.

Uma palavra de justo reconhecimento à mentora do projecto, a inefável São Rosas, pela impecável organização do evento, sem mácula, nem atritos - coisa tão rara, que é comovedora (ou cu-movedora, como por cá se dirá, com mais propriedade).

Também ao David Caetano, da Arqueobeira, que sustentou com denodo a sua argumentação erudita em defesa do Centum Cellas e do símbolo fálico da vila do Ferro contra 'algumas vozes' de maldicência e outras insolências; ao João Carvalho, da Quinta dos Termos, no Carvalhal Formoso, e o seu excelente vinho; ao Pielas Bar, do Pedro Daniel, em Caria, com uma jeropiga só suplantada pela simpatia... e por uma aguardente de figo de fazer chorar os mais empedernidos; ao casal dos Pimpões, na Quinta do Panasco, em Caria, afáveis, amáveis, simpáticos e inexcedíveis anfitriões, a quem tiro o meu chapéu pela paciência e altruísmo; ao Hotel Belsol, em Belmonte, com excelentes alojamentos e uma óptima vista panorâmica; ao Restaurante D. Sancho I, em Sortelha, com belíssima decoração e que nos "arrumou" a todos com um prato de javali e outro de veado, ambos acompanhados com castanhas e regados a vinho da Quinta dos Termos... que nem vos conto!


Por aqui se descobre um sentido para a vida!

22 junho 2007

61 pessoas vão conviver e divertir-se ao 7º Encontra-a-Funda

Quem não pode ir imagine-nos amanhã à noite, numa quinta por trás da serra da Estrela, depois de um passeio a Centum Cellas, à prova de vinhos na Quinta dos Termos, à jeropiga branca fresquinha do Pielas e ao monumento fálico do Ferro. Com explicações a sério pelo David Caetano da Arqueobeira e à moda da funda São pelo Dom OrCa.
Após um piquenique em que iremos provar petiscos e bebidas de quase todo o país, teremos o Sãorau, com poesias eróticas da Encandescente, do OrCa e do Pedro Laranjeira, algumas delas musicadas e coreografadas pela Tuna Meliches, que nos presenteará com uma sessão de karalhoke e com o que esperamos ser o momento alto da noite: a peça de teatro «Auto das Danações», do nosso amigo e mestre Dom OrCa. E quem melhor que ele para nos explicar o que é esta piç... peça?
Já repararam na capa do «Auto das Danações»? Aquilo é «a funda ediSão» especial da colecção de literatura de cordel que os nossos amigos da Apenas Livros prepararam para o 7º Encontra-a-Funda e vai lá estar disponível à venda. É muita pinta, Noé? Quem quiser comprar este livro e não puder ir lá, é só mandar-me um e-mail. E lá haverá brindes malandrecos oferecidos pela malta fixe da Erosfarma. Eles estão na ExpoFoda, que começou ontem (para quem quer saber notícias do Salão Erótico, a Matahary sugere que leiam a crónica do primeiro dia no Correio da Manhã, mas no Diário de Notícias também encontram mais alguma informação).

21 junho 2007

Começa hoje a 3ª ExpoFoda*


SIEL 2006 - fodografia de Bruno B. para a funda São


É hoje! É hoje!
O III SIEL - Salão Erótico de Lisboa 2007 - começa hoje.
Vai andar por lá o Pedro Laranjeira, nosso reenviado (sim, que ele está lá sempre) especial e certamente irá divulgar-nos as imagens e histórias mais entesantes (sim, sim, eu disse interessantes). Lembram-se da cobertura (com chantilly) que ele fez da edição de 2006?
Recomendo-vos em especial uma visita aos nossos amigos da Erosfarma (a primeira sex-shop legalizada em Portugal), que nos dão o gostinho (hmmm...) de patrocinar o 7º Encontra-a-Funda.
E, já agora, leiam com atenção, até ao fim, esta entrevista de Nacho Vidal para a Destak. "Cheguei ontem à noite e, por isso, não vi muito de Portugal e não conheço muito as portuguesas. Mas trabalhei com uma durante bastante tempo e gostei muito dela**. Acho que as mulheres, sejam elas portuguesas, brasileiras ou chinesas, todas elas são bonitas. Não há países com mulheres mais bonitas que outros. A mulher é linda por si só". Lindo!

* este foi o nome carinhoso com que o Salão Erótico de Lisboa foi baptizado aqui pela malta da fundiSão, desde a primeira edição, em 2005. É que aqui não se brinca em sevícias.

** não, juro que não fui eu. Pelo menos que eu me lembre...

07 março 2007

Viva la SEDA y nuestros hermanos de Galicia

Gostava de acompanhar aqui este salão erótico da Galiza, como temos feito com o SIEL (Salão Erótico de Lisboa) - a nossa querida ExpoFoda, mas o Pedro Laranjeira está ocupadíssimo com o seu novo projecto.
Alguém está a pensar ir lá?


SEDA Salón Erótico - II Edición

Vilagarcía de Arousa [Galicia] España
de 16 a 18 de Março de 2007

25 janeiro 2007

Lubrificante anal anestesiante...

... foi o tema gerado por esta imagem de um autocarro de Gaia.
E a malta gosta é destas filosofodas:
Bartolomeu: "Calma... é necessário que haja muita calma... não corrais à toa atrás de pressupostos. Parai um pouco, respirai fundo e reflecti. Então o lubrificante, além de lubrificar, tambem anestesia? Hummm... digamos que - é uma análise muito superficial - a anestesia visa inibir a dor. OK. Podemos nesse caso concluir que, sendo a dor um efeito transmitido ao cérebro pelos nossos múltiplos pontos sensitivos, essa anestesia vai ter efeito precisamente sobre esses pontos. Nesse caso a - ou o, no caso do Nelo- enrabada(o), não irá sentir nada. Este «nada» significa mesmo nada. Não estou a ver qual é o interesse. Mas podemos concluir ainda que numa enrabadela onde não seja utilizado o preservativo, também o caralho ficará anestesiado, repetindo-se o efeito da insensibilidade. Foda-se, devo ser burro cumámerda, não consigo perceber a utilidade do tal lubrificante anestesiante."
Nelo: "Beim melhér Bar Tolo Deli... Querçezer... nam pressebes mejmo nada dishto. Intám éi açim... Nam éi beim no pacote que uma melhér çente a çensassão do inrabanço. Per vezes fash doer pois fash. Éi per iço que o anesteziante dá jeitu melhér. O que uma bisha gosta mejmo éi de çentir um bom becado de carne dentro do corpu... pressebes, Bar Tolo Deli? Çe tivers duveda podes esprimentar."
matahary: "Tou indecisa, não sei o que pensar. Para mim, acho que ambos têm a sua quota parte de razão. Com anestesia não se sente nada, uma vez que os «sensores» ali existentes ficam adormecidos. Acho que este tipo de coisa é «machismo»: a pequena usa o anesteso-rabanço para lhe adormecer as partes e o homem pode estar ali no «à vontadex», enquanto ela está impávida e serena, feita saca de batatas, à espera que a novela acabe. Olha, para isso, vá arranjar um tijolo!"
Patrícia: "Se anestesia, depois não tem tesão nem prazer."
seven: "Nesse caso não há nada que chegue à boa e velha vaselina, né?"
Catwoman: "Não acho boa ideia essa do anestesiante. Então, vai anestesiar a coisa e depois a moçoila não vai sentir nada?... Assim não vale!"
Anani: "Sem anestesiante, claro. Ou K-Y, ou o da Durex que é fixolas, ou um da Hansaplast (acho que é) que também é fixe. A vaselina não faz nada... penso eu de que."
papoila_rubra: "A vaselina é um «creme» demasiado gordo e espesso. Deixa nódoas de gordura nas roupas, que precisam ser lavadas com detergente da louça e água quente. Para além disso é difícil de «espalhar» nas zonas a aplicar. Repetindo uma vez mais a solução indolor e eficaz: óleo de bebé no ânus e pénis (coberto por preservativo) e... mainada! Os interesses nos lucros comerciais é que inventam e complicam... complicam... e tornam a complicar..."
seven: "Tu não sabes que não podes aplicar lubrificantes no preservativo porque anula a sua eficácia e lubrificação própria? Pões a camisa e mais nada..."
papoila_rubra: "A lubrificação que o preservativo traz não é suficiente. É evidente que se houver exagero de óleo (devido à muita quantidade ou falta de jeito na colocação do preservativo) e passar algum óleo para o seu interior, o preservativo cai ou sai durante os movimentos de penetração. Claro que ainda assim depende de outros factores como grau de erecção e o tamanho do pénis. Em cada situação tem de haver bom senso. E é devido a estes dois factores (fraca erecção e pénis diminuto) que muitos homens rejeitam o uso de preservativo. Mas em sexo anal, o uso de preservativo é sempre recomendado, assim como a sua substituição, se as pessoas envolvidas forem parceiros de ocasião e pretenderem continuar outras práticas."
seven: "Vê-se que não costumas ler as instruções. Mais: mesmo sendo o parceiro de confiança, quem não usar preservativo arrisca-se a uma valente infecção urinária..."
Pedro Laranjeira: "Estou pasmado com a extensão da sabedoria da papoila! Vê-se que tem milhas de experiência! Mas curvo-me à verdade dos dois últimos parágrafos: não são só as crianças que os publicitários usam como alvo nos natais do quotidiano, o fenómeno é universal... e o óleo para bebé é que é bom!"

22 janeiro 2007

Salão Internacional Erótico de Lisboa

Agora que estamos a meio caminho entre o Salão Erótico de 2006 (coberto pelo nosso repórter de interiores Pedro Laranjeira) e o que se irá realizar este ano, nada melhor que rever a edição de 2006, por dois fodógrafos recomendados pelo MN, com que nos podemos deliciar no site pontos de vista.net:

Sofia Quintas



Manuel Luis Cochofel

10 dezembro 2006

Ai!


Como o Jorge Perestrelo gritei Minha Nossa Senhora e deixei-me cair literalmente para trás, abandonando as minhas coxas à função de peso morto sobre as dele. Tenho a vaga sensação que ele ostentava um sorriso de orelha a orelha, orgulhoso da sua prestação mas, em boa verdade, sentia-me completamente atordoada com uma dor lacinante na nuca. Ele devia estar à espera de uma palavrinha de elogio e aplauso pela sua competência para me fazer rebentar as comportas, porém as pálpebras pesavam toneladas e articular qualquer som pela boca parecia um esforço inglório. Aliás, como seria plausível confessar que no preciso momento do orgasmo tinha ficado com uma dor de cabeça de caixão à cova e, azar dos azares, logo depois de ter tido tanto trabalhinho para levar aquele gajo para a cama?...

Ele lá se desencaixou de mim e veio espreitar-me a cara, a baloiçar na incerteza da sua classificação e intrigado com tão estranho procedimento, muito pouco curial para uma primeira vez. Talvez o divertisse a novidade de saber que as mulheres, afinal, podem ter dores de cabeça não só antes mas também no depois, com a grafia de enxaqueca.

Acabei por soltar um ai seguido do nome dele, para o sossegar de que não o estava a confundir, que mais não conseguia de tão aterrorizada que estava com a perspectiva de estar a ser alvo de um castigo pavloviano para me impedir de dar quecas.

____________________
O Alcaide sente-se tentado a contar outras dores:
"Gosto de te ler Maria.
porém fica o amargor
do engate sem amor,
sexo mnipulador,
do uso e deita na pia...
Quero só dizer com pressa
que escreves tão bem, tão bem,
que me apetece também,
contar a ti e a mais cem,
as dores na outra cabeça!"

E o OrCa, qualquer prato, mesmo sendo marisco, ode:
"dar a queca à sapateira
não será demais o luxo?
é que ele há muita maneira
de dar maionese ao bicho

e dá-se a pinça melhor
agressiva qual tenaz
se o n tirares sem dor
e fores do amor atrás

que o animal é de esguelha
que p'la vida fora avança
já nós vamos de cernelha
frente e atrás e siga a dança

e na concha ter marisco
sei-o bem p'ra meu deleite
mas não melhora o petisco
por ter casca que o enfeite

vais ver foi a congestão
que te estragou a merenda
que ter pinça sempre à mão
pode ser mais que a encomenda..."

O Pedro Laranjeira ode o contraditório:
"Estás enganado, D. Orca,
que toda a gente acredita
que a casca que enfeita a porca
aumenta o valor da dita...

Não é que tenham razão
ou não lhes provoque azia...
Pois se até um peixarão
propõe quecas à Maria...!

(a perca envaidecidona,
com ar de quem rapa o tacho,
procura na árvore a cona,
p'ra melhor se sentir macho...)

...mas o Alcaide, esse então,
que até gosta da Maria,
com enxaquecas-tesão
vai mesmo acabar na pia!

...e depois, ó santas gentes,
que nos mandam estas trovas:
faz mal dar fodas urgentes
e seguir p'ra outras novas?!...

Como aprendi de Vinicius
(que a verdade lhe perdure)
sempre que bebermos vícios
SEJA BOM ENQUANTO DURE!"


Alcaide:
"Acaba na pia a porca
comendo à sua maneira,
uma flor de laranjeira
ou um poema do orca,

e come marisco ou nabo
depende da refeição
põe-se noutra posição,
já a porca torce o rabo.

Com amor mais descartável
que linda...quando está dura
enquanto dura perdura,
come só pescada ou sável.

Até nem tenho apetite,
mas comendo, gosto de ler
o que a Maria escrever
e um ou outro palpite.

Apenas digo e repito
que comer só por comer
acaba por esquecer
que um lindo amor... é um pito!"


Pedro Laranjeira:
"Olha, a porca vai comer
na pia à sua maneira,
de rabo alcaidenrolado,
um poema orquencastrado
e flores de laranjeira...!

Triste sina a da pescada,
do sável e do marisco,
digeridos de assentada
numa gula desregrada
de trincar e lá vai disto!

A Maria de certeza
concordaria comigo
que não há prazer de mesa
por mais farta, rija e tesa,
que não traga algum castigo...
nem que seja em celulite
enfarte ou até trombose
por excessos desmedidos...
Sabe as linhas com que coze
a história que nos contou
e os versos mal paridos
com que nós lhe respondemos
só comprovam que entendemos
que a vida nos ensinou
mais do que aqui confessamos...
é verdade, nós gostamos
de comer só por comer...
... e se um dia é de marisco,
no outro nos torce o rabo
o engodo de ver o isco
fugir com ele entre as pernas
e só nos deixar o nabo...

Façamos então de conta
que a vida acaba amanhã!
Não assinemos a afronta
de que nos possa ser vã!

Comamos só por comer
mas sempre cheios de amor
e vivamos sem rancor
do que a vida nos trouxer!

CARPE DIEM, companheiros!
Na morte não há saudade!
Sejamos sempre os primeiros
a ter a capacidade
de sermos os pioneiros
da nossa própria verdade!"

Domingo Santo




Erotica Curiosa

Ao abrigo do direito de resposta, tem a palavra a diáCona:
"Isto é inusitado. Uma vergonha insuportável. Uma blasfémia!
Gotinha! Ardereis para toda a Eternidade no mais profundo dos infernos, para gáudio do Mafarrico, Belzebú, enquanto eu, Serva do Senhor, estarei na sua Glória, eternizando a Graça da minha alma salva das tentações vis e baixas do Demo, do lado direito do Senhor.
Arrependei-vos, ó criaturas perdidas. Queimai este blogue num grandioso Auto-de-Fé, e vejai como por milagre a Luz surgirá nas vossas vidas indicando os caminhos da Salvação.
Vinde que estais todos a tempo de vos arrepender.
Deixai a São Rosas arder juntamente com este espaço Luciferino e perverso.
E enquanto as chamas dos infernos a consomem e ela grita de dor e sofrimento, olhai e vede o mal de que escapastes...
Vinde! Ainda estais a tempo da salvação!"


O Pedro Laranjeira ode a diáCona (o taradão):
"Também quero a salvaSão
num bom ambiente eterno!
Tem a DiaCona a razão!
Vamos todos pró Inferno!

Com São Rosas e Gotinha
nas chamas da perdição
já não quero sina minha
que me traga redenção!

Além disso, toda a gente
sabe bem que não são loas
que é lá em baixo, eternamente,
que vivem as gajas boas!"
E o Alcaide acode-me:
"Cheirou-me aqui a queimada
zanguei-me com o cozinheiro.
Disse:- Sãozinha mal passada...
nunca metida em fumeiro!"

O ode-me:
"Que carne deste gabarito
Só mesmo mui mal passada
Que as mamas, o cu e o pito
Tem de ser bem temperada!
Com muitos beijos e abraços
Se faz um belo tempêro...
Mais uns apertos devassos
E o piço são como um pêro!
Que em cona afiambrada
Não entra qualquer que quer,
Primeiro, tem que ser beijada
Onde lhe aponta a mulher!
E se o sítio é o que penso
Podem lançar-se foguetes,
Pois há-de haver prazer imenso,
Muitos broches e minetes!
E quando a festa acabar,
Manhã cedo, manhã alta,
Ainda há que enrabar
Quem ainda lhe sinta a falta!"

08 dezembro 2006

Postais de Natal III


Postais de Natal (I) - (II)

Alcaide:
"Pai Natal descansa agora
não tenhas tanto trabalho
leva os brinquedos embora
aqui só fica o caralho!"


São Rosas:
"Pai Natal vou ordenhar-te
Até que saias de maca
Com toda a minha arte
Dás o mesmo que uma vaca"


papoila_rubra:
"Menina São, trabalhe bem
que eu daqui até alvitro:
esse Pai, mesmo velhinho
é bem capaz de dar... o litro!"


Rap da Dina:
"Pai Natal «ganda» totó
Vem-te até aqui à Funda
Se não me dás um popó
Levas um pontapé na bunda.

yôh, yôh...(bis)

Pai Natal amigalhaço
Arranja-me um gajo bom
Embrulhado num bruta laço
Que eu cá: «om, om, om»!

Pai Natal vem a cantar
Traz aí um gajo às peças
Para a Dina montar
Numa bela noite dessas.

essas, essas... (tris...)

(e pronto, podem continuar desde que cantem no tom certo: erótico, mas nada de ordinário e ofensivo. Isso fica reservado para aquele dia, a não sei quantos de Dezembro, quando toda a malta estiver a coisar ao mesmo tempo. Aquilo é que vai ser um terramoto!...)"


Alcaide:
"Olá, Dina, quero um abraço!
A função já recomeça
sou teu amigo... promessa!
Olha, tenho aqui uma peça,
p'ra ti neste Natal... com laço!"


papoila_rubra:
"Meu querido Pai Natal
este ano sê bonzinho
Anda lá... que eu só queria
um Alcaide... no sapatinho..."


Alcaide:
"Miúda do gás... Papoila...
obrigado pelo pedido
mas sabes... ando fodido,
depois de ter aprendido,
a fazer à moçoila...

O polegar nem tem unha!
no braço musculatura
digo que sexo é cultura
fica lá grande abertura
nem a peça da Dina eu punha!"

João Mãos de Tesoura:
"Menina, menina,
pede o que quiseres,
não levo um saco, mas dois
cheios de calorias, ah! mulheres
do laço fazei bom uso,
enfeitem-se logo e depois
que neste Natal confuso
não haverá prenda igual,
brinquem, dêem-lhe uso
qu'ele não sentirá abuso
nem levará a mal!"


Pedro Laranjeira:
"O Pai Natal é velhinho
tem barbas brancas e tudo
dura mais do que um menino
que se arme em fuçangudo!

Por isso venham-se as botas
às chaminés mal tratadas:
da pa-ciência dos kotas
saem elas consoladas!"


:
"O Pai Natal é velhinho
Velhinho mais que tu,
Ataca bem de mansinho
E gosta muito de cu!
É pois à parede encostar
Se o Pai Natal estiver por perto,
Qu'ele tem o hábito de fechar
Buraco que esteja aberto!
E fecha aquilo de um jeito
Que fica mesmo fechado...
São duas ou três a eito,
Fechadas com cadeado!
Com o Pai Natal não se brinca
Nem com postais de papel,
Qu'ele usa um balde com tinta
E o caralho dum pincel!"


Pedro Laranjeira:
"o pai natal não é velho
assim tão mais do que eu,
não caias em tais enganos
que eu não sou nenhum fedelho
e quando a lenda nasceu
já eu tinha dois mil anos!"

06 dezembro 2006

A propósito de um certo sabor, da Papoila Rubra...

"Hoje é dia de Sexo! E todo nu
Avanço p'ra ti de lança na mão.
Por agora, quero só comer-te o cu
E nem sonhas qual vai ser a sensação!

Abro-te as nádegas e passo-te creme,
Encosto o meu falo às carnes bens duras
E grito aos céus que sou o homem do leme
A embarcar outra vez nestas aventuras...

E deixo escorregar um primeiro ai...
Tapo-te a boca para que não grite,
Ficamos os dois nesta mesma luta.

Ergo-me mais e agora é que vai,
Suave é o passo, parece um convite
A que coma mais vezes dessa rica fruta!

"

"Zé, a proposta que me fazes
não me parece boa, nem louca...
E... ainda está p'ra nascer o homem
que me consiga calar... a boca!

Papoila Rubra"

"Esta «diálise» poética entre a Papoila e a sugestão do Zé, deixou-me meditabundo...

oh mas que forte emoção
que delírio de frescura
era na boca a função
e acaba na cova escura

e o sal se fez chocolate
e o beijo numa enculade
tal é o mistério do vate
há-de sonhar... ou não há-de?

doces lábios fresca boca
loucos beijos dizes tu
sabe-te esta coisa a pouca
e só descansas no qu

arto onde enfim repousas
pernas bambas ofegante
qual avezinha tu pousas
nesse quarto já minguante...

OrCa"

"Eu em Quarto MInguante
Que Lua Nova também já fui...
Por mil vezes em Quarto Crescente
(num prazer que jamais sentirás)
num privilégio de mulher apenas
recordo também já ter sido
com orgulho e sorte minha
por três sublimes vezes...
Lua Cheia... bem redondinha!

Papoila Rubra"

"Ai, Zé, que um raio te parta,
por essa cabeça impura!
Deve a Papoila estar farta
de quereres-lhe fazer soltura...

Mas que grande despautério
essa tua descrição!
Vamos lá falar a sério
de cultura e de tesão!

Então não sabes que o creme
que pode aplicar-se à mão
é bisnaga que se espreme,
mas nunca substituição?...

Mete lá neste bestunto
que não há melhor mistela
aceitável como unto
que a que vem da cona dela!

São produtos naturais
nascidos do próprio gozo!
Não metas os dedos mais
em qualquer boião merdoso!

Pedro Laranjeira"

"Não me imagino, na tua vagina
A abrir-lhe as pregas,
A correr-lhe a cortina...
Rasgando as regras,
Desprezando os manuais
Ignorando conselhos
E outros que tais...
Se seguisse a «sugerência»
Do Senhor Laranjeira,
Foda que desse... não era minha
Era de Sua Excelência!...

Papoila rubra, vermelha,
Encarnada!
Que escreve e afunda
Sendo Mulher!
Agradeço as palavras, e
De mão beijada,
Não fico indiferente ao
Que quer dizer!
Afundo de frente, afundo de lado,
Afundo contente.
Afundo às vezes mal interpretado
E continuo em frente!...

mas «poeta» castrado, NÃO!

"


"Zé... poeta castrado, NÃO!
estamos os dois de pleno acordo

Mas presta bem atenção
que nessa arte de afundar
eu não perdoo mesmo nada...
Mulher é SEMPRE MULHER!
jamais foi, é ou será
a palerma da
boneca insuflada!...

Papoila Rubra"

"Papoila, Papoila, Papoila,
rubra te anuncias no defeso
pois não mostras o que não procuro,
e no sonho que manténs aceso
não encontrarás homem que te cale,
pois se grande, largo e duro
for o atributo de que se fale,
procurará ele outro futuro
e não uma mulher que se rale!

João Mãos de Tesoura"

29 novembro 2006

Tantos poetas - Pedro Laranjeira

"Tantos poetas, que grande emoção
em cada upload que chega ao blog...
eles falam de sexo, broche e tesão
em sonhos de cona em que a língua se afogue!
Ai São, minha São, de quanta ilusão
aqui se retratam os teus visitantes!
Vê lá se os ensinas a não se esquecerem
de acesa manter sua chama de amantes,
que uma cona molhada ou um caralho duro
pode aqui na internet ser sensacional
mas por muito que digam que é sexo seguro
não deixa por isso de ser virtual...
no entanto acho bem... se forem também
iguais a si mesmos quando ao natural!

Pedro Laranjeira"


O não descansava enquanto não odesse o Pedro Laranjeira:
"Bem vindo, amigo, poeta e letrado,
Que nos fez sofrer pela ausência.
Em caralho e cona emparelhado
Teve-nos em sentido, em permanência.

De sexo seguro, fixe, bué e virtual,
Tivemos todos a nossa quota parte.
Sentimos falta dorida do manual
Que nos ensina este engenho e arte.

Felizes estamos,agora qu'está de volta
P'randar pr'á frente,cheios de tesão...
E deixar os piços à rédea solta
P'ra enconar nas meninas, ao serão!

Ficaremos assim deveras satisfeitos
E prontos para mais uma aventura,
Das meninas esperamos ter os peitos
Espetados e firmes, carne pura!

Investiremos, então, firmes e sem quartel
Atacando toda aquela formosura!
De frente e de lado, com leite e mel,
Conquistando a tal, que é impura!"

27 novembro 2006

Rescaldo do 6º Encontra-a-Funda

Houve quem fosse ao 6º Encontra-a-Funda e não se apercebesse, na peça de teatro «Auto Na Tal», que as cabrinhas que os pastores... apascentavam, tinham umas florzinhas bem giras e perfumadas. Aqui estão elas, para que apreciem este par de obras de arte, criação da Margarida das Margaridas e que estão já na minha colecção, ao lado do chourição do preto Ribeiro e das vestes do deus Priapo (do 5º Encontra-a-Funda):

Ai flores, ai flores do verde pino, se sabedes novas do meu amigo? Ai Deus, e u é?
Entretanto, nos regressos do Encontro houve quem me escrevesse umas palavrinhas:

"Venho agradecer a magnífica noite que me proporcionaram e esperar que o próximo encontro seja breve. És uma anfitriã de truz. E muito mais interessante do que eu poderia alguma vez imaginar. Divertida, extrovertida, simpática, bem educada... olha, gostei!
Fresquinha"
Foi uma noite quentinha, Fresquinha

"Obrigado pelo convite!
Cheguei bem a casa, espero que também tenham chegado bem...
Como sempre foi óptimo este 6º Encontro-a-Funda! Boa bebida, boa comida, boa companhia, boas canções, bom teatro, boa estadia, bom passeio, bons golfinhos, bom almoço, boa viagem!
A São é mesmo boa a organizar estes encontros! :-)
Grande abre aço!!
JF"

O mérito foi todo do Pedro Laranjeira. Obrigada mais uma vez, Pedro.

"Amigas, Amigos e afins d'a funda São
Obrigada pela vossa calorosa recepção! Fizemos boa viagem de regresso - mas...
Eu e a A. somos mulheres da Ciência, portanto adeptas do Método Experimental, e só chegámos às respectivas casas às 6 da manhã porque fomos experimentando pelo caminho o equipamento que amavelmente nos ofereceram! Lá a A. não sei (ela não atende o telefone nem o telemóvel, deve continuar muuuuuito «ocupada»...), mas eu tenho de me ir embora que ainda tenho 327 experiências a fazer - ai, ui, que bom!
Boa disposição e beijocas para todos
B."

Para a próxima tenho que pedir à Erosfarma uma palete de pilhas.

"Estávamos os três a divagar:
O Senhor Pedro Laranjeira
E também o Senhor Bartolomeu...
De como havíamos de poetar
Sem ter tamanha canseira
(Ah! e também lá estava eu...)

Inquirimos, e com ardor insistimos
Que teríamos de ter uma musa
Para tantos poemas e prosas.
Aceitamos, mas ainda resistimos
Que tinha de ser, sem escusa
São Rosas, senhores, São Rosas!

"

20 novembro 2006

Resumo (isto é, sumo de novo) do 6º Encontra-a-Funda

Aos 18 e 19 dias ( = 37) do mês de Novembro do ano da desgraça de 2006, realizou-se o 6º Encontra-a-Funda em_terras do Pedro Laranjeira e com um programa preparado pelo Bocage (ou terá sido ao contrário?!).
Muitas fodografias se tiraram e o OrCa foi o primeiro a disponibilizar uma apresentação em imagens, no seu blog Sete Mares. Aqui fica um resumo, para que conste:
Crica para aumentar
Depois de uma visita à Casa Agrícola Horácio Simões e de uma prova de vinhos (a maioria de nós não conhecia mas passou a conhecer o vinho Moscatel Roxo), fomos para o restaurante «Tábua de Salvação» onde fomos repastados com um jantar-ceia de arrebimba o malho (seja lá o que for que isto queira dizer). Ali em cima, onde parece estar uma estátua de Cutileiro, estão a ver rojões com migas. Depois de uma sopa alentejana e antes de um guisado de veado...
Crica para aumentar
O Sãorau começou com as poesias erotico-malandrecas deliciosamente ditas pelo OrCa e pelo Pedro Laranjeira, dos trovadores portugueses da Idade Média até autores contemporâneos, passando pelo Bocage e acabando... em poemas de sua própria autoria. Pelo meio, colaborei lendo o «Fado corrido e falado - a morte de João do Viso», da Encandescente.
A Tuna Meliches - em versão MineTuna - tocou e cantou um poema da Encandescente («Que olhas nos meus olhos») e três poemas do OrCa («D'amor ando», «Cirurgia de escárnio e maldizer» e «Amor em novas tecnologias»).
As luzes apagaram-se... e a Arcanja Gabi veio dar a boa nova à virgem Maria, que serzia uns peúgos: ia começar o «Auto Na Tal». Em cima, o burro e o boi, fundamentais com "os seus bafos e as suas bufas" para o bem estar dos figurantes, numa época em que ar condicionado nem sonhá-lo.
Crica para aumentar
A boa nova também foi transmitida aos pastores, que apanharam um cagaço já que estavam a comer umas cabras quando lhes apareceu o chefe dos anjos. Estavam... quero dizer, estava, porque um dos pastores estava a dieta e "era mais voyeur". Só ficou a ganhar, porque a cabra, no meio da abocanhadela, rompeu as calças ao outro pastor. E este teatro que não é subsidiado...
Crica para aumentar
O menino Jasu, que nos ensaios anteriores tinha sido alimentado a tintol, teve que se contentar com um refrigerante, já que não lhe dava jeito, na posição fetal, beber vinho por um jarro. O José bem quis ganhar dinheiro com aquele quadro tão lindo, publicitando a página www.manjedoura.come e cobrando a quem quisesse tirar fodografias, mas consta que não lhe pagaram um tusto. A narradora, lá atrás, bem tenta falar sem se rir, mas é um esforço inglório, com as figuras que este figurões faziam.
Crica para aumentar
Na manhã de domingo fomos passear ao Sado para ver golfodinhos. E eles apareceram. Até deu para reparar que são bichos que têm cara de caralho. A fodografia do OrCa, aqui em cima, mostra que um tarado vê erotismo onde outros não vêem um boi (nem um burro).
Crica para aumentar
Depois de um almoço de peixe grelhado variado, houve quem apresentasse e distribuisse presentes pelos presentes (que giro, "presentes pelos presentes"...) da Erosfarma, desta vez com pilhas incluídas. O OVNI (objecto vaginal, nadegal e intersticial) da imagem foi o que fez mais sucesso. Não, não é o vermelho que está pendurado na parede!
Quem o levou saiu mais cedo para comprar um saco de pilhas numa área de serviço. Aguardamos relatório circunstanciado (não confundir com circuncisado) para podermos encerrar esta acta.
A bem da Dona São

17 novembro 2006

acróstico - Elmano Sadino

(Pois que rumamos a Setúbal, para dar um abraço a Bocage, aqui lhe vou deixando um aceno...)


Era talvez ‘inda mais pobre que Job
Linguarudo, putanheiro e atrevido
Mas zurzia de alma viva e sem ter dó
Algum traste vil ricaço e convencido
No alento que lhe dava a força só
O gládio de palavras construído

Sacripanta, pinga-amor e beberrão
Anedotas lhe fizeram mais de mil
Dir-se-ia do Bocage fanfarrão
Ir por mais certo parar a cova vil
No entanto dando ao povo o coração
O poeta fez-se dele tal qual Abril.


Última chamada para o 6º Encontra-a-Funda

(sim, ainda te podes inscrever)

O Pedro Laranjeira é amigo do OrCa e avisa-o para oder mas não se deixar oder:

"Vai lá, vai, e dá-lhe abraços, mas com todas as cautelas
Nunca lhe vires as costas nem deixes de te cuidar
que aquele rapaz de Setúbal, pouco dado a bagatelas,
dizem praí as más linguas que não era de fiar..."

09 novembro 2006

há pr’aí vozes maldosas ratando na matahary
(em tom de pura invenção, sem saberem nada dela),
quadrilheiras mentirosas que dizem à boca-cheia
que ela só vai ao jantar na tábua de salvação
por lhe ficar muito à mão, a um pulo de palmela
é pura difamação de gente mal educada
que até mesmo a própria são, vem longe, da mealhada,
e muitas outras pessoas, o orca e a margarida,
o goto com a gotinha mais a gota pikininha
a berta, o mário, a fresquinha, o rafael o carvalho,
todos eles vêm de longe, vão viajar pa caralho
e chegar todos à hora de jantar alentejano
com trovadores do barreiro donde vem a laranjeira
com jf e fanã a correr pla estrada fora
pa conhecer a pandora qu’é uma gaja de primeira
(assim diz o paulo moura, de coimbra às àguas dele)
portanto não quero bocas sobre quem, donde e porquê
mais perto daqui sou eu mas também fui à ribeira
e lá vi a matahary, a lola e a tuna toda
é testemunha o sirhaiva que se veio a essa boda
como agora se vem nesta por muito longe que seja
é assim que se faz festa,
pra ser coisa que se veja!

E tu, ainda não te inscreveste no 6º Encontra-a-Funda? Podes fazê-lo só para parte do programa. Como ode o OrCa:
"Ir ao encontro d'a Funda
que é de Pedro e Laranjeira
não é de rameira imunda
nem de chuleco à maneira

é de Bocage, carais,
de fina e alta cultura
em que vários animais
farão da língua a mistura

e se algum "porra" soar
algum "foda-se" ou "caralho"
a mal não há que levar
é a língua em seu trabalho

pior fora porventura
- mas não consta nos anais -
que alguma criatura
desse por traque sinais

benvindo era ainda assim
usar tal código Morse
que a falar - tenho p'ra mim -
se entende a gente... of course!"

24 julho 2006

novo sex-shop para as gentes do norte

Foi apresentado no Sábado e abre hoje ao público um novo Sex-Shop claramente virado para o sector médio-alto, um espaço de elegância e requinte em que a dose de “malandrice” que vive em cada um de nós é levada muito a sério.
Chama-se “Sem Tabus” e fica em S. João da Madeira, uma cidade onde até agora nunca houve um estabelecimento deste género.
A equipa de reportagem da aFundaSão não perderia por nada este tipo de acontecimento e lá fomos bisbilhotar tudo, fazer mil e uma perguntas e saber os segredinhos …
Como a casa estava cheia de sanjoanenses com um certo ar de virgindade nestas coisas, quisemos ser discretos e não tirámos fotografias… mas prometemos fazê-lo numa visita em breve, porque este espaço é diferente!
Ficamos a saber que o projecto é de Anabela Araújo que, cansada de anos de trabalho gráfico, quis dar asas aos sonhos e partilhar com as gentes daquelas latitudes a hipótese de ter onde encontrar umas ajuditas para concretizar fantasias e segredos…
A loja é dirigida por ela e pelo marido, mas é a Anabela que está em todo o lado, fala com todos, explica tudo e arranja maneira de tratar seja de que assunto for com elegância e naturalidade.
Ali existem os artigos tradicionais de um sex-shop, como vibradores (vaginais e anais), masturbadores para eles e para elas, cintos, contas, próteses… até mesmo a execrável boneca de boca-aberta…
Há uma secção de “saúde”, com produtos para aumentar a potência, cremes retardadores, estimulantes para senhoras e, mais importante que tudo, aconselhamento de quem sabe daquilo.
Também existem muitos brindes e prendinhas, desde velas fálicas até toda a sorte de formas e feitios conjugados com aromaterapia, incluindo uma prateleira de velas americanas.
Ainda a dar os primeiros passos, uma secção de literatura erótica e informativa que promete crescer.
Mas… mas: aonde a “Sem Tabus” aposta forte é na elegância. A secção de Lingerie Erótica ocupa quase metade do espaço, sustentada essencialmente por uma linha de prestígio internacional – não muito barata, mas altamente sofisticada.
O artigo mais caro que vimos era uma minúscula cuequinha de senhora bordada a ouro, com uma pedra semi-preciosa, e que traz até o correspondente certificado – 475 euros, nada mais – mas há para todos os preços (e todos os tamanhos: pode comprar um slipinho para a namorada e oferecer dentro de uma daquelas caixinhas de ourives, mas não é aconselhável, porque aí ela vai estar à espera que seja o anel de noivado e, bolas, comparada com isso até uma tanguinha de luxo sai a perder…)
Outra mais-valia: o espaço vai ter disponível para quem quiser, gratuitamente, aconselhamento psicológico… e esta? (a Ann Summers fazia-o há 30 anos em Park Lane, mas a Anabela nem conhecia a Ann Summers, portanto a ideia é mesmo dela! Valentes portugas, é assim mesmo!)
Não se sabe se vai haver pornografia – videos, revistas e afins – talvez sim talvez não… para já a aposta é no erotismo, com nível e classe.
Já agora, para quem quiser lá ir, fica na Av. Eng. Arantes e Oliveira, nº 358, logo no rés-do-chão – é um prédio cor de rosa, de esquina, e não é preciso “procurar” a loja – as montras, enormes e todas negras, chamam bem a atenção com o desenho da miúda do logo – vê-se a milhas! Durante a visita, surpresas são de esperar… a Anabela tem ideias na cabeça e gosta de insinuar às pessoas coisas em que talvez nunca tenham pensado… ou talvez já… mas, bom, disso é melhor não falar para não estragar os potenciais da primeira vista… vão ver e depois contem!
Pedro Laranjeira

22 julho 2006

Fotos do 2º Salão Erótico de Lisboa




Já lá estão 60 fotografias... digo, fodografias

Aproveita para rever os artigos sobre o Salão Erótico (sim, sim, a nossa ExpoFoda), as Qrònicas das Trazêras do Nelo, a FodArte e muito mais, nesta página especialíssima preparada com muito trabalhinho pelo Pedro Laranjeira.

20 julho 2006

Sonia Baby - a estrela do Salão



O nosso charmoso repórter de interiores, Pedro Laranjeira, entrevistou a estrela do Salão Sonia Baby, com os seus formidáveis malabarismos - e capacidade de arrumação - vaginais.
Algumas ideias:
"Eu quero superar-me a mim mesma!"
"Quero fazer os 30 metros aqui outra vez!..."
"Em vez de ser acrobata de circo, quis ser acrobata vaginal..."
"Estudo muito a minha vagina e os meus músculos, para saber onde posso meter as correntes..."
"Se te cuidares bem, podes fazer esta vida até aos 30, 31... há actrizes que têm 50 anos!"
"Me gusta mucho lo que hago"

Crica para ouvires excertos da entrevista:

A MegaSex esteve no Salão Erótico de Lisboa



O nosso repórter de interiores, Pedro Laranjeira, entrevistou Jorge Viana, da MegaSex, durante a ExpoFoda. Algumas conclusões:
  • Apareceram muitos casais e muitas mulheres, o que é muito agradável numa feira de sexo.
  • As mulheres procuravam mais facilmente vibradores e os homens compravam mais revistas e filmes.
  • A MegaSex tinha espectáculos e um modelo masculino com quem as senhoras podem estar em privado... e teve clientes!
  • A aceitação foi muito boa!

Crica para ouvires excertos da entrevista: