10 dezembro 2005

Megalítico

Não me esqueço deste verão, Sãozinha. Avancei para o megalítico Alentejo no intuito de refrescar entre os duches ao ar livre e os três palcos repletos de Oásis, Humanos, Da Weasel, Ben Harper ou Korn.

Foi fácil conseguir comunicar com um dos indígenas de longos cabelos pretos de azeviche, t-shirt enrolada em chapéu e as inevitáveis jeans, chegadinho directamente de Braga. Ainda se encontram umas sombras na planície de S. Teotónio sob as árvores que restam e ele colou-me bem a uma, para descer ao fresquinho da minha mini-saia rosa e se dedicar à pintura rupestre feita a dedos e tingidelas de língua. Ergui-lhe os cabelos até a minha boca debicar a dele e numa dança tribal de corpos encostados rodei para ele as nádegas enquanto esticava os braços em linha recta para me apoiar na casca da árvore. As suas mãos baixaram-me a cintura até 3 palmos do chão para permitir o acasalamento de cócoras à homo erectus visualizando as entradas e saídas do seu orgulho macho. Torci a cara para lhe absorver a língua e forçar meia volta que o sentasse para, de olhos nos olhos, lhe captar os esgares que os meus músculos sugadores lhe imprimiam cadenciadamente. Descaí a cabeça, a aninhá-la no seu ombro, para daí partir para a definição milimétrica, com a língua feita régua, da distância do seu pescoço até àquele ponto que faz a fronteira dos testículos para as nádegas e depois de devidamente preservado em saliva, recolhi o seu menir no interior de mim, joelhos no chão e seios saltitantes na frente do seu nariz, tal como as primeiras fêmeas sapiens na procura de aumentar os pontos de contacto da pele. Alguns minutos depois, com a noção de tempo que é possivel ter nessas alturas, ele tomou a posição dos portugueses ao chegarem ao Brasil e estendido sobre mim, no abraço das minhas pernas no seu dorso, foi navegando nos meus sons guturais, até a espuma das ondas indicar que arribáramos a bom porto.

Agora sabes, São, tenho é de arranjar uma maneira para não me voltar a esquecer das joelheiras sempre que resolver fazer trabalho de campo.

Idealista - por Anukis

Ele andava encantado com ela. Tinha-a descoberto numa pesquisa do google. Foi parar ao seu blog sem qualquer esperança de encontrar o que procurava. Melhor ainda, descobriu-a, ela, a eleita do seu coração.
Ele gostava de tudo o que ela gostava. Tinha uma sensibilidade e um sentido estético quase perfeitos. E as estórias que ela inventava? Eram feitas para ele! Deixou-lhe uns comentários aos quais ela respondia sempre. Mandou-lhe uns emails com poesias e imagens as quais ele sabia que ela iria gostar. Acrescentaram-se no messenger. Habituou-se à presença dela, quase sempre disponível.
Ela era ainda melhor do que imaginava e afinal vivia aqui tão pertinho. Quando se encontrariam para dar livre curso à paixão? Ela evitava o assunto. Ele insistia. Ela deixou de aparecer tanto e a ficar cada vez menos tempo. Porque seria? O que teria ele dito para ela se afastar? A sua musa estava a escapar-se no sonho virtual que se queria real.
Não insistiu. Desligou o pc. E finalmente deitou-se já muito tardiamente à beira daquela estranha que dormia na cama dele, que o tinha dado como adquirido e que já nem se importava de o perder naquelas janelas de chats e de msn desde que estivesse dentro de casa ainda...

Anukis

09 dezembro 2005

CISTERNA da Gotinha

Um vestido bem giro!

Beijos entre Mulheres: isto é um mundo!

A
Mãe Natal faz um strip. E por falar em Natal, não se esqueçam de actualizar a agenda!

Big Brains é sinónimo de 'tiny testicles'. Há por aí algum inteligente, alguma mente iluminada que me possa confirmar isto?!..

Tangas, tangas e mais tangas...

Vídeo da sessão fotográfica para o
Calendário 2006.

Roman Kasperski Fotografia erótica.

Uma
t-shirt com grande elasticidade.
Tu
Sabes-me a muito,
Só de te ver respirar.
E estás ali, incendiada,
Por mim, dizes.
Eu sei.
Desejo-te, desenfreado.
Tenho-te a pele aberta, inteira,
E não me chega.
Demoro-me, atraso-nos,
Sôfrego.
Dás-te tanto.
Mas sabes-me a menos,
Sempre.
Dentro de ti e não me sacio,
Ainda, nem depois.
Eu, é que sei.
Fazes-me doer de bom.
Mas dói.
Nesta vertigem contigo,
Sabes-me a coisas…
Que nem eu sei, sabes?
E tenho fome, ainda.
Não te tenho toda, depois,
Se te tenho já,
Nem agora.
Goza comigo, anda.
E depois?
Depois, tens-me.
Ainda te quero.
Não, não te vistas,
Que me afastas,
E por causa de depois.
Depois não te tenho
Tenho menos de ti, ainda,
Do quanto te queria ter
Antes de ser agora.
E mesmo depois disso,
Agora, mesmo agora


foto: anna-simonja

Jogo - Ponha aqui o seu parzinho...


Cool

Neste jogo, descoberto pela Gotinha, deves tentar escolher o par que está na posição adequada para quem aparece sobre a cama. Cada resposta certa são 100 pontos e errada -100.

Erotismos III

de que me falas
quando a doce seda das tuas coxas
perturba a minha mão agreste?

que me segredas
quando o teu ventre macio
acolhe a minha carícia ímpia?

porque não gritas
quando os meus dedos urgentes
encerram o teu seio em ânsias?

ah
mas quanta eloquência
na humidade ardente e muda do teu beijo!

Adoro publicidade (e leite...)


(tentativa da Gotinha)

08 dezembro 2005

Rendição



Tomou-o.
Simplesmente...
Tomou-o.
Deitou-o na cama
Prendeu-o nas pernas
Prendeu-o nos braços
Prendeu-o nos olhos
Prendeu-o na boca.
Sentou-se no corpo
Sentou-se no sexo
Mordeu-lhe as palavras
Fechou-lhe o olhar.
Agarrou-lhe as nádegas
Encerrou-o no corpo
Enterrou-o no corpo
Parou-o
Antes do prazer.
E prolongou o tempo
E atrasou o tempo
E foi ternura o momento
Em que rendida o tomou
Em que rendida se deu.

Foto:Eric Kellerman

Técnicas argumentativas

Ele há pessoas assim. Capazes de, com argumentos inteligentes e racionais, levar as pessoas a fazerem-lhes as vontades. A São Rosas é uma dessas pessoas.
Convenceu-me, com a sua capacidade dialogante, a ser colaboradora deste antro.


PS: Agora aturem-me!

Fotografia de Helmut Newton

A Maria ode a fodografia em jeito de boas vindas à LolaViola:
Estavas tu, bela Inês, posta em descanso,
De trela posta, rabo alçado em sala fria,
À espera do teu dono, em tão doce remanso,
Que nem deste pela Lola, nem pela fodografia!

Assim posta, sossegada, vais pensando:
"Que frisson, que delícia, que sensação -
Pudera eu virar-me, sem ser a mando,
E mostrar onde fica a minha FundaSão!"
O OrCa - quem diria - também a ode:
LolaViola sê benvinda
de viola ou violoncelo
entra à vontade que ainda
há espaço para metê-lo

... falo eu do teu empenho
da arte em trazer o belo
'inda que tal desempenho
não agrade sempre ao Nelo

fica então a confraria
da São tão mais confortada
já um contava outro odia
faltava a foto agrafada

perdoa lá o dislate
versalhante em pé-quebrado
contributo em tal quilate
deve ser melhor tratado

mas - olha - faço o que posso
no improviso sonolento
sê benvinda!... e largo o osso
para alguém com mais talento!
O Ferralho aproveitou a deixa:
ter na Lola acrescentada
de Viola bem afundada
a produção melhorada
desejando que a postante
nas letras, fodogramas e dislates
se vergue, afunde e prazerosa se amanhe
nos mesmos usados deleites
dos afundidos restantes

Conselho da Gotinha

Aproveitem o feriado e o bom tempo para fazer um churrasco!
(vídeo não aconselhável aos homens mais sensíveis!!!)

Lembram-se cada coisa...

A Virgin Mobile criou uma campanha... de força:

Super Buff!

Conheçam a Miss Superbuff e as meninas Flo e Jo.

As Causas Justas - OrCa

por ele
só passavam causas justas
era uma segunda pele
aquilo das causas justas

para onde se virasse
revirasse ou mordesse
lá estavam as causas justas

e tão justas eram elas
que tudo fazia nexo

colavam-se-lhe então à pele
e de tão justas que eram
a ele
até se lhe via o sexo.

OrCa


Este poema faz parte integrante do livro do Jorge Castro «Contra a Corrente», que recomendo. Instruções para encomenda aqui.

Ouro sobre azul


"Nesta foto, se estivesse o mar como fundo,
ficava ouro sobre azul!"
Matahary