30 novembro 2007


Bom fim de semana


Foto: Parker Fletscher

"Tenho esta comichão na perseguida porque o meu marido tem uma infecção na ponta da natureza. A minha pardalona está a mudar de cor."

Qualquer profissão pode ter momentos e situações divertidas. Os médicos ouvem às vezes coisas que não lembram ao diabo. Só era preciso que alguém reunisse essas frases e diálogos.
Conta o JN que foi o que fez o otorrinolaringologista Carlos Barreiro da Costa, que recolheu no livro «A Medicina na Voz do Povo» frases ouvidas em diferentes consultórios e diversas especialidades ao longo de trinta anos. Só é pena que este livro só esteja disponível para médicos, como oferta da Bayer.
Aqui estão algumas das frases:
"A minha expectoração é limpa, assim branquinha, parece, com sua licença, espermatozóides."
"Quando me assoo dou um traque pelo ouvido, e enquanto não puxar pelo corpo, suar ou o caralho, o nariz não se destapa."
"Tenho esta comichão na perseguida porque o meu marido tem uma infecção na ponta da natureza. A minha pardalona está a mudar de cor."
"- Quantos filhos teve? - pergunta o médico.
- Para a retrete foram quatro, senhor doutor, e à pia baptismal levei três."
"Apareceu-me uma ferida, não sei se de infecção se de uma foda mal dada."
"Tenho de ser operado ao stick. Já fui operado aos estículos."
"Quando estou de pau feito... a puta verga."
"O Médico mandou-me lavar a montadeira logo de manhã."
"O meu marido está internado porque sangra pela via da frente e pinga pela via de trás."
"Senhor Doutor, a minha mulher tem umas almorródias que, com a sua licença, nem dá um peido."
"Fiz uma mamografia ao intestino."
...
_________________________
Contribuições da malta:
trugia - Aqui está uma que eu ouvi na minha vidinha: "já fui operado aos discípulos". E uma clássica:
Médico: - Tem orgasmos?
Paciente: - Não, tenho ADSE...

Lic - Também havia uma que tinha um "biombo no úbero".

Quem dá mais? A mim só me deu para inventar isto:
O homem regressou da consulta e disse à mulher:
- O senhor doutor tocou-me na tíbia.
A mulher respondeu-lhe:
- Uma pívia?! Ó homem, se era esse o problema podia ter-ta tocado eu!
antiga Rua dos Prazeres
Antigamente é que era bom

Orgasmo...


Orgasmos?
Muitos!
Que mereçam ser referidos?
Raros!
Que sejam verdadeiros?
Poucos!
Sentidos?
Todos!
Lembrados?
Todos!
Sonhados?
Todos!
Fodidos?
Nem todos...
Amados?
Volto já...
Vou consultar o auxiliar das memórias... selectivas.

Pole Dancing - aula única


Outras Coisas [via]

Papagaio Cíclope comedor


Alexandre Affonso - nadaver.com

29 novembro 2007

É este o frio de que te falava, aquele em cujas noites fazes ainda mais falta na minha cama. O frio que afugentas de mim quando a tua língua na minha pele deixa um rasto de arrepio, um arrepio que não é já de frio mas de prazer puro que, aos poucos, se transforma em antecipação de um outro prazer, diferente mas igualmente intenso e completo; o prazer que se continua quando mergulho dentro dos lençóis que entretanto aquecem com o calor dos nossos corpos, e nesse mergulho encontro o teu pénis e é então ele que mergulha na minha boca e aí se vem.

Rosa

Priguntas do Nelo


Melhéres, éi Nelo cu lhis prigunta:
Nam asham ca minha Efigénia shtá uma bileza?
Agora quela çe deichôu déça percaria das dietas.
(Fó-fó-fó, dietas. Que noijo!)
Imagineim çe ela ficáçe cumo as lambisgoitas tarrincaspinhas
açim cumo eça queu mostro aí em baicho neça
fodografia tirada numa festa de anus...
Eça galdéria, per acazo hera a anusversariante...
Uma tronga que me levôu o meu ingate, um home bom pró broshe,
a beim dezer, directamenti do meu pacote prás covas dela... sniff


Potencial Linguístico


Outras Coisas [via]

Tour des Artes



Sexo seguro..


Pela enésima vez, o gajo insistiu com a loira boazona para fazerem sexo.
Então, finalmente, ela disse:
- Eu só faço se tu fizeres um exame de sangue e provares que não tens SIDA!
Com o resultado do teste provando que estava limpo, ela concordou, e foram para cama, no mesmo dia.
Mais tarde, depois de uma sessão de sexo maravilhoso e selvagem, ela disse:
- Desculpa-me ter pedido para fazeres o teste, mas é que eu morro de medo de apanhar aquela merda de novo...

28 novembro 2007

Momento ramalhete rubro


Julgo que o facto do calor dilatar os corpos nos encostou no elevador que ninguém resiste à canícula tropical que se faz sentir tanto mais que o dito espaço nem estava assim tão apinhado. As calças de tecido fino não escamotearam as dimensões do seu músculo eriçado e objectivamente reclinado contra a película da saia que me cobria as nádegas, nem as oscilações à esquerda e à direita dos meus glúteos foram movimentação da crosta terrestre.

Os dias seguiram com os seus dedos esguios a avançarem como formigas pelo carreiro das minhas pernas e sem o encarar, passei a espalmar a mão entre as suas pernas em busca de correr o fecho que dava acesso ao mantimento prometido. E numa espiral febril arrimámos as bocas uma contra a outra dando espaço aos meus dedos para lhe esganar o apêndice num trajecto de ascensor enquanto os seus eram bichos carpinteiros nos grandes e pequenos lábios.

Mas o momento ramalhete rubro ocorreu quando a desoras da madrugada me fez uma moderna serenata de aparelhagem transmitida pelo telemóvel e repetidamente me acordou para dizer não importa que pintelhice a camuflar a corriqueira expressão de amo-te que nos proibimos de pronunciar porque aí senti o palpitar das suas veias todas na minha pele e estremeci na intimidade de não nos estarmos a incomodar.

Soprava o vento pela fresta....



Soprava o vento pela fresta
A menina comia nêspera
Antes de dar em segredo
O níveo corpo ao folguedo:

Mas antes provou ter tacto
Pois só o queria nu no acto
Um corpo bom como um figo
Não se vai foder vestido.

Para ela em tempos de ais
Nunca o gozo era demais.
Lavava-se bem depois:
Nunca o carro antes dos bois.

Poema de Bertolt Brecht, gravura de Pablo Picasso