18 setembro 2010

Quem disse que agora não há censura?

O Livro das Caras perdoou-me e repôs a minha conta, que estava suspensa desde 4ª feira.
O primeiro e-mail que recebi quando lhes pedi esclarecimentos no formulário que disponibilizam (e está em português) não augurava nada de bom:
"Hi São,
Unfortunately, Faceb00k only provides personalized user support in your region in English. Please respond to this email with a translation of your question in English, and we'll respond as soon as possible."
Ou seja, se eu não soubesse inglês, estava fecundada. Como sei um poucochinho, lá me responderam ontem:
"Hi São,
Your account was suspended because you uploaded photo content that violated Faceb00k's Statement of Rights and Responsibilities. This content has been removed from the site.
After reviewing your situation, we have reactivated your account. You will now be able to log in. For technical and security reasons, Facebook cannot provide you with a description or copy of the removed content.
Please review the guidelines below to prevent your personal account from being disabled in the future:
Do not post photos that contain nudity, graphic or sexually suggestive content.
Remove any remaining photos of this kind that you have uploaded on the site (...).
We apologize for any inconvenience and appreciate your cooperation going forward.
Thanks for your understanding,
Sheldon
User Operations
Faceb00k"

Tenquiú!

Por escrever

Importas-te tanto com os
anos que nos separam:
porquê?
Tu não tens idade:
és o que vejo e sinto.
A paixão escolhe-nos
por que sim e o sim
é justificável.
Sabes da justificação? Não?
Eu sei (ou julgo saber)
da intemporalidade
do poema por escrever:
por isso nos encontrámos.

Poesia de Paula Raposo

«Kush» - Que raio disto é aquilo?!

Assim também eu!



O degelo


3 páginas (clicar em "next page")

oglaf.com

17 setembro 2010

Je t'aime, moi non plus

Amor batráquio

Descuro num canto obscuro a memória abandonada de uma etapa desgraçada da existência que não me atormenta a consciência, renego sem hesitar a lembrança que quero evitar de um momento perdido no meio do tempo acumulado na cabeça ou noutro lado e percebo que vontade é esta, aproveitar o tempo que resta, que me move adiante numa ansiedade que é constante, a verdade perturbadora escondida na história desoladora, nesse canto desleixado da memória cuja chave há muito perdi num lugar que, de resto, esqueci pouco tempo depois de um mais um não serem dois e entretanto aquilo que foi passou a ser uma recordação que não dói no coração ou na mente concentrada na vida que quero gozada sem reticências, sem medo das incongruências que atraiçoam a confiança em tudo quanto se diz e fazem perder a esperança de se conseguir ser feliz.
Descubro numa esquina da vida o desmentir da oportunidade perdida que não o foi, a realidade sonhada que se vê concretizada num instante mágico, uma gargalhada, o sentido da vida tão cómico que em cada estrada desenha cruzamentos que são, afinal, intersecções de segmentos e é tão natural que as emoções se sobreponham nas almas que lutam pelas utopias que se sonham e por isso são tão reais como os factos que entendemos normais apenas por serem mais fáceis de produzir, fasquias que nos ensinam a baixar a um ponto sustentável que é tudo aquilo que acreditamos viável e, no fundo, não passam de ambições pequeninas que nos são impostas pelas vontades franzinas de quem se recusa a acreditar que é possível, basta lutar, ir um pouco mais além e tornar imbatível o poder do amor sobre a causa sofrível dos remediados que não se escondem desconsolados pela ausência de vitórias na sua existência de contadores de histórias que são mentiras piedosas para disfarçarem as atitudes medrosas com que enfrentam as paixões e os amores que ocultam nos bastidores de uma farsa qualquer.
Descuido no dia a dia a prudência dos que percorrem a linha da circunferência dos seus caminhos sem progressão, os ciclos viciosos que rejeito porque prefiro abrir o peito, o coração, e assumir, vertical, aquilo que aos outros parece mal à luz do efeito que invariavelmente se produz quando a sinceridade se impõe, a rejeição de que a sociedade dispõe para punir qualquer rumo traçado em linha recta que é algo que nunca se aceita de bom grado por ser foleiro para quem só vê pecado no que é verdadeiro em vez de camuflado numa amálgama de mentiras e de enganos, numa trama de pequenas traições e de planos mal elaborados que conduzem a desilusões quando desmascarados os piores actores de entre uma multidão clandestina.
Destruo, com esta regra que é a minha, a falsa benesse do sossego inquieto de quem tem a mania que é esperto mas recebo em troca uma paz de espírito colossal que resulta da escolha entre o bem e o mal representados na paleta das cores disponíveis nas decisões inadiáveis que qualquer dilema nos apresenta, o problema que nos confronta dobrado por si mesmo e pelo resultado das opções que aparentemente se multiplicam mas afinal se quantificam numa só, a que melhor desatar o nó na garganta e de nada adianta complicar com a piedade de uma omissão que é um gesto cobarde sem remissão por privar de escolhas quem tenha que as fazer, por muito que possa doer a f(r)actura exposta na ausência de uma resposta consentânea à vontade instantânea de fazer perguntas a mais.
Devolvo, em circunstâncias ideais, tudo aquilo de que possa privar quem corra o risco de me amar, com uma postura genuína e uma aposta total na rejeição de tudo quanto seja artificial no que respeita à emoção afirmada ou à expectativa criada quanto àquilo de que sou capaz e isso é mais do que muita gente faz quando opta pelo logro egoísta, a impunidade no topo da lista onde a seriedade nem chega sequer a constar.
Derroto, com esta forma de estar, os fantasmas nos armários, inexistentes, mais os medos permanentes associados à hipocrisia ou a uma relação de fantasia onde o príncipe só encanta até ao dia em que desponta o mais ínfimo traço do batráquio oculto pelos beijos mágicos, cada vez mais escassos, de um amor a espaços, tão difuso que algures se desvaneceu.
Uma paixão tão frívola e desnorteada que no meio do caminho se perdeu.

Cansaços

Já não consigo ver; quero agarrar,
não consigo; esticar os braços
e só tocar em parte incerta. Andar
mais ainda, cada vez mais passos
e nenhum destes degraus parece baixar
e eu sozinha, sozinha nesses espaços
entre pedras, entre areias. Sei chorar
mas até as lágrimas já saem aos pedaços,
sólidas, lágrimas em grão; ainda sei quebrar
mas até as dores já me abandonam em versos,
serenas, dores em pó; e eu ainda sei gritar
mas até os gritos já não são como os vossos,
são mansos, gritos sem tom. Quis cegar,
defender-me dos meus olhos tão falsos,
tão falsos que me queriam fazer acreditar
somente em nós, nunca em laços.

Já tenho o livro «John & John - part 2»

Já tenho na minha colecção o primeiro livro do «John & John», com uma dedicatória com a pinta de sempre do nosso d!o. Sim, sim, caí na esporrad... esparrela da "part 2" ("parte tu", em português) e perguntei-lhe. A resposta veio-se:

"Hi Sao,
No, there’s not really a Part1. I just thought it would be fun to start with part2.
Keep up the dirty work!
d!o"


A capa.



Exemplos de páginas.



A segunda página, com um aviso clarinho (que o d!o esclarece querer dizer que o livro tem "mais de 18 tiras com sexo").



A dedicatória, com um desenho amoroso feito especialmente para mim.

Como o d!o se queixa de não perceber uma palavra do que se escreve neste blog, mesmo correndo o risco de o Google Translator me fazer "dizer" um disparate, aqui fica:
"d!o, je bent een romanticus. Nooit had bood me een hart gemaakt met sperma."

O livro está à venda aqui.

16 setembro 2010

Solidão (?)

Não páro de pensar na razão que levará um ser humano autónomo, independente e livre a tornar-se submisso às vontades de outrem, dependente delas e voluntariamente castrado.
Dar-nos, partilharmo-nos não pode implicar perda. Não pode. Muito menos do que somos.
Se nos adicionamos (a) alguém, é para que haja uma qualquer (na falta de melhor termo) mais-valia, é para que sejamos mais nós, melhores nós, mais felizes nós.
De outro modo, permaneceremos eternamente no limbo que é o medo de estarmos sós.
E enquanto temermos a solidão, estaremos mais sós do que nunca, correndo o risco de nunca sabermos estar acompanhados.

É a vez da nossa Luisa Raposo...

... ter a sua poesia erótica lida por aquela vozinha do Luis Gaspar que nos põe a sonhar (olha, rima, ainda vai parar à Poesia Erótica).
É o

nº 49 da Poesia Erótica do Estúdio Raposa

Como a Luísa (que anda Demétrio) Raposo explicou ao Luisito, "O erotismo, 
por vezes por capricho humano, 
é usado com certeza ornamental…
Mas…
Como de todas as certezas nasce o engano, só a incerteza é puramente natural! 
O erotismo dentro, em nós invoca…
Na sua vastíssima boca,
uma expressão única e sexualmente louca…!"

"Momento de romance" ou "Despressurizar"

(voltei agora da rua...)
... e não te vou fazer uma mamada, não. Vou-te fazer uma "ganda" mamada!
e quero mesmo que te entregues a mim
que tires tudo da cabeça
se vai funcionar, se não vai
se te vens, se não te vens
se gosto, se não gosto
tudo
se detectar alguma destas coisas na tua cabeça... bato-te!
não estou a brincar. Se não te "portares bem" vais conhecer os meus métodos de "adestração" de leões
pensas só na minha boca
nesta boquinha linda... que tu enches de beijos...de onde saem tantas vezes coisas tão desagradáveis... e outras tantas, coisas muito, muito agradáveis...
e que o pior que pode acontecer é vires-te na minha boca
o que também não é coisa para que ninguém se atire da ponte
e eu vou gostar de te beber, de te sentir
e se tremeres, chorares, ganires... também não me importo
aliás, tenciono fazer-te uma mamada para mim
estou-me nas tintas para ti
é que estou mesmo
se quiseres aproveitar para gozar... gozas...
porque eu vou gozar de certeza
beijos

Para os meninos bem comportados



HenriCartoon