27 novembro 2010

Terminou hoje o 14º Encontra-a-Funda


Aos 22 membros e membranas que puderam estar presentes nesta Visita-a-Funda, distribuidos pelos quatro fins de semana de Novembro, a minha vénia e os meus agradecimentos pela vossa disponibilidade para visitarem a minha colecção de arte erótica. Só foi pena o espaço não permitir a vinda de toda a malta ao mesmo tempo. Foram momentos óptimos de convívio. Para quem não pôde estar presente, fica o convite para um dia fazer também uma visita.

Só espero que, dentro em breve, possamos encontrar-nos todos num espaço com as condições que todos os que viram a minha colecção acham que merece.




Natureza madrasta ou piedosa?


Ao ler esta notícia sobre um estudo que concluiu terem as mulheres que são mais sensíveis na ponta dos dedos mais sensibilidade lá por baixo e consequentemente mais orgasmos, só me lembrei de uma coisa, muito mazinha.
Será que a Natureza compensou as invisuais, que desenvolvem grande perícia para ler Braille, etc., com bastantes "alegrias" ?
E se sim, aprender Braille activa a patareca ?

domesticadores

do meu amigo Capê ou Casp e que também dá por Carlos Pedro, como vocências melhor se habituarem, que me presenteia e surpreende, a cada passo, com os seus sonoros poemas de salutar rebeldia e que julgo muito adequado que a comunidade que por aqui paira vá tomando conhecimento, aqui vos deixo uma recente pérola, com o título Domesticadores


Quem foi que disse
não se bate a uma
mulher nem com
uma flor?

2010 e vão (39) mulheres
assassinadas pelo dito
macho latino da latrina
comilão - panascão
domesticador doméstico
criminoso ignominioso
pulha piolhoso e tudo
o mais por acréscimo

Nesta guerra silenciosa
devia sair da tumba
a Padeira de Aljubarrota
e catrapumba à pazada
toma toma arrota arrota
vai pró forno filho dum corno

Quem foi que disse
não se bate a um
pretenso homem
nem com uma pá?

25/11/2010

Casp

Lua de nós

Foste inspiração
brisa suave
beijos inesperados
e tesão.
Ficou o teu cheiro forte
nas minhas mãos,
na almofada,
nos lençóis,
pela penumbra
do quarto minguante.
Foste um verbo
de entoação
- no mar ao longe -
sob os aviões
que aterraram;
sobre mim que nos tivemos.

Poesia de Paula Raposo

Sono Alheio

Sono.
Tratado estabelecido entre o cansaço e a noite. Obra de arte com pincel de pureza pintado pela mão do Artista que traça a vida... o Milagre da Vida.
20 minutos de olhar traduzidos em décadas de júbilo. Meros segundos em vontade. Nem isso próximo de um mar de detalhes dignos de recordação.
Um sorriso leve que mostra à noite um qualquer sonho de felicidade indecifrável.
Nem um movimento.
Nem um som.
Apenas uma devoção suprema de emoções que viaja no complexo superior.
Sinapses, dizem.
Amor, falo eu...

Felicidade


«Chacun est heureux à sa façon»


1 página

oglaf.com

26 novembro 2010

Livro «Sex» de Madonna fez 18 anos

Tenho este excepcional livro, que tem capa e contracapa metálicas, na minha colecção.
O livro foi publicado em 1992, após o lançamento do seu álbum «Erotica».
«Sex» é um livro com imagens e textos das fantasias sexuais de Dita, um alter ego da autora, em que a própria protagonizava cenas de sadomasoquismo, homossexualidade, zoofilia e outras, com participação de celebridades como Isabella Rossellini e Naomi Campbell. Em três dias, a primeira edição, de 1,5 milhão de cópias, esgotou.
Como sou amiguinha, ofereço-vos este link com

A desoras

O ecrã do telefone acende-se.
São cinco da manhã.
Ela não acordará, porque sabe que há quem se lembre dela já envolto nos vapores inebriantes que a noite traz. E não permite que o telefone toque, só que o ecrã se encha de luz, quando a razão de um telefonema se encontra apenas quando não há sol.
De manhã, sorrirá ao olhar para a indicação de chamada não atendida e, por cortesia, pergunta se tudo vai bem, se qualquer urgência houvera. A resposta surge telegráfica, quase envergonhada: que não, que era só para saber de si.
Às cinco da manhã.
Mas poderia ser ao meio dia ou à hora de jantar.
Há gente que, no que lhe diz respeito, andará sempre fora de horas.

Vídeo prova (finalmente) existência do pénis migratoris!

Após décadas de interrogações, desde a descoberta das suas primeiras representações pictóricas, pensava-se que o pénis migratoris era uma espécie extinta, cujos últimos membros tinham exalado o derradeiro suspiro por terras da Beira Baixa, ali como quem vai por Caria e vem por Canhoso (esta última referência toponímica foi só para dar uma certa musicalidade à sentença).

Ora, o vídeo que se segue constitui a prova viva de que ainda há pelo menos um pénis migratoris vivo, pujante e vibrante, à solta na Mãe Rússia. Este espécime, nitidamente evoluído em relação aos retratados nas pinturas supracitadas, denota uma especial predilecção por jogadores de xadrez, aqui Gary Kasparov, quiçá fascinado pelas tão peculiares nuances deste jogo, onde tão depressa um bispo come um cavalo como a rainha come tudo o que lhe aparecer à frente.

Eis o vídeo de que se fala:


No entanto, este outro vídeo registado na mesma conferência de imprensa, que também exibe a dada altura o pénis migratoris, consegue ainda dar-nos uma outra perspectiva da questão. Ao que parece, não só os russos já conheciam o pénis migratoris como, ainda por cima, possuem já planos para agarrar o bicho e dar-lhe uma boa esfrega...

Histórias do homem-menino

Perfeito e efémero equacionam a dor.
Perfeito e imutável equacionam o impossível.
Perfeito e mutável e eterno equacionam o que nunca encontrei.
A madrugada desliza-me perfeita nos teus dedos, nos teus ombros, nos teus cabelos, como a Luz desliza pelos raios do Sol até Casa, perfeita, mutável. Perfeita, eterna e mutável, só a Luz pode ser. Mas preferi a dor de uma eternidade só nas memórias do que nunca te sentir deslizar a perfeição pelo instante em que te possa ter numa equação cheia de variáveis que nunca dominarei.
Vagabundearei, depois, pelas praias, até me sentir novamente areia, até que algo me possa curar; serei presa fácil de tantas fomes e tantos nomes que me possam espaçar do teu; mas eu sou do silêncio - incauta como o mar, enrolei-me na sofreguidão - e enquanto silêncio existir será como o cheiro de ti.

Dennis Rodman, com os ouvidos na rádio e... o microfone na boca.


Quem gosta de basquetebol conhece certamente o infame Dennis Rodman, aka "O Verme". Por outro lado, quem não gosta de basquetebol também deverá conhecer o sujeito uma vez que o seu comportamento extra-desportivo sempre concorreu em notoriedade com o seu desempenho dentro do terreno de jogo.


A sua última excentricidade deu-se durante uma entrevista telefónica dada a uma estação de rádio, estação essa que procurava saber a opinião do ex-jogador dos Bulls acerca do desempenho da sua ex-equipa no jogo disputado em Miami.

Pelo discurso cada vez mais incoerente e descontinuado de Rodman, o locutor não tardou a perceber que, se o ex-jogador tinha o telefone ao ouvido, havia alguém com ele que tinha a boca no microfone...


«Ls Lusíadas» - os Lusíadas em Mirandês


O que é que tem isto de erótico? - perguntais vós.
E eu respondo: o canto nono!
E estes dois versos, que considero do mais erótico que há:


"Melhor ye spurmentá-lo que julgá-lo
Mas julgue quien nun puode spurmentá-lo"


"Spurmentá-lo"... faz-me lembrar aquele jogo que vi há uns anos atrás numa feira em Buarcos, que tinha o aviso "não vale espermentar" (devias ser uma espécie de Mirandês). Fiz com a malta amiga uma réplica desse jogo, que faz parte da minha colecção: