O ecrã do telefone acende-se.
São cinco da manhã.
Ela não acordará, porque sabe que há quem se lembre dela já envolto nos vapores inebriantes que a noite traz. E não permite que o telefone toque, só que o ecrã se encha de luz, quando a razão de um telefonema se encontra apenas quando não há sol.
De manhã, sorrirá ao olhar para a indicação de chamada não atendida e, por cortesia, pergunta se tudo vai bem, se qualquer urgência houvera. A resposta surge telegráfica, quase envergonhada: que não, que era só para saber de si.
Às cinco da manhã.
Mas poderia ser ao meio dia ou à hora de jantar.
Há gente que, no que lhe diz respeito, andará sempre fora de horas.
São cinco da manhã.
Ela não acordará, porque sabe que há quem se lembre dela já envolto nos vapores inebriantes que a noite traz. E não permite que o telefone toque, só que o ecrã se encha de luz, quando a razão de um telefonema se encontra apenas quando não há sol.
De manhã, sorrirá ao olhar para a indicação de chamada não atendida e, por cortesia, pergunta se tudo vai bem, se qualquer urgência houvera. A resposta surge telegráfica, quase envergonhada: que não, que era só para saber de si.
Às cinco da manhã.
Mas poderia ser ao meio dia ou à hora de jantar.
Há gente que, no que lhe diz respeito, andará sempre fora de horas.
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