12 janeiro 2012

rais parta o amor - um pUgrama da Joana Azevedo



«Todas as terças, às 23h, na Rádio Comercial, Rais Parta o Amor. Um programa de autor relativamente apaixonado.
   
03 de Janeiro: Beijo  
10 de Janeiro: Sedução   
17 de Janeiro: Rejeição   
24 de Janeiro: Paixão   
31 de Janeiro: Sexo   
07 de Fevereiro: Amor   
14 de Fevereiro: Best of - Rais Parta o Amor»


a não perder, 'ssoas que a fundam na São. e no Amor, poi'claro!  
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Aqui têm os podcasts das emissões: Rádio Comercial - Rais parta o amor

Manual de como conseguir um encontro

É tiro e queda.



Cuidado para não atrair pessoas indesejadas.

Capinaremos.com

11 janeiro 2012

O julgamento

Com um finar de martelo culminou a sentença que, em voz monocórdica e olhando para ele como se fosse transparente, ditara. As últimas frases, ou melhor, os últimos parágrafos haviam-lhe soado em surdina, de tal forma o desfecho previsível e desfavorável se ia compondo como resultado do julgamento onde todas as testemunhas, uma após outra, tinham colaborado para o desmontar do seu argumento de defesa. Um leve burburinho elevou-se discretamente na sala enquanto os papéis se guardavam nas pastas e vozes imperceptíveis se trocavam entre os agentes de justiça.
Rodando o corpo para trás, de forma a ficar bem de frente para cada uma delas, fitou as testemunhas, uma após outra. Em vão procurou os seus olhares que preventivamente se distraíam pela sala, chão, tecto, adereços e outros olhares, evitando de forma ostensiva o seu.
Agora que o momento passara, distendendo a tensão,  com alívio para uns mas com a morte na alma para ele, via nitidamente em cada um dos rostos a personificação dos sete pecados capitais.
A gula, pensou ele, ao olhar para um dos que, sabendo a verdade, tinham alterado os factos de forma a comprometê-lo. Fácil de comprar, pensou: bastaria uma boa jantarada ou duas ou uma saída à noite. Depois olhou para o outro, por sinal ainda aparentado. Magro, de óculos finos e fato austero era a imagem da avareza. Este teria sido quiçá o mais fácil de comprar. Uma leve sugestão de despesa extra se o caso tivesse tido um desfecho a seu favor, acrescentado talvez de alguma vantagem se fosse condenado.
Depois olhou para ela, a invejosa. Desde criança que fora assim. Essa também não seria difícil de convencer, estava convencida à partida. Desde que eu ficasse mal, mesmo que ela não beneficiasse coisa alguma.
Passou depois o olhar para outra. A ira: uma pessoa má. Não tinha amigos, de tal forma era rancoroso, incapaz de perdoar a mínima falha alheia. Sempre disposto a desenterrar antigos diferendos, mesmo que estes não tivessem qualquer importância ou que esta se tivesse esgotado pelo passar do tempo. Sim! Com este teria sido também muito fácil, pois nos encontros e rodas de amigos há já muito acontecidos, ele levara-o a melhor nos argumentos, coisa que o aborrecera profundamente e tinha levado a afastar-se.
A seguinte era a soberba em pessoa. Pensou um pouco mais demorado como teria sido possível comprar aquela testemunha, convencê-la a dizer algo que sabia não ter acontecido, mas depois fez-se-lhe luz. Também aqui a palavra aplicada no registo certo teria espoletado a característica-chave da sua personalidade. Algo do tipo: "ele anda a denegrir o teu trabalho, diz isto ou aquilo". Sendo artista e extrovertido e não cabendo em si pela falta de humildade, uma frase teria bastado, o resto seria questão de cozinhado.
De propósito saltou o sexto pecado, guardando-o para o fim, enquanto se deteve no elemento que personificava a preguiça. Detestava-o e dissera-lhe isso mesmo por mais de uma vez. Incapaz de dar uma ajuda a alguém, ficava a olhar, aparentemente alheio, sempre que alguma colaboração lhe era pedida. Mesmo se alguém estivesse aflito a precisar de uma mão, jamais se disponibilizara a dar uma ajuda. Ele sabia que  nunca poderia ter estado naquele sítio, pois vira-o entrar para casa dela, cruzara-se com todos eles, os anteriores, quando tinha ido ter com ela, essa que de propósito guardara para o fim: a luxúria. Meu Deus! Como ela era fogo na cama. De todas as vezes que subira aquelas escadas ele, agora condenado, cumprimentara-o, ao preguiçoso, com uma tirada jocosa, ao que ele ruminava algo vago do tipo: "vai-te lixar"... mas ela… ela... Meu Deus! - repetiu de novo dizendo-o inconscientemente em voz alta. Veio-lhe à memória, como se fosse um só momento, todos os instantes, desde o abrir da porta, dos lábios sôfregos e mãos infinitas e dos seus corpos a explodir e morrer um no outro e, ainda, a efervescente forma como se tinham conhecido… mas agora?...
Condenado a vinte e cinco anos, a indemnizar com a incontornável perda de bens por falta de recursos suficientes, ia perder, além de todos os meios de fortuna, toda a vida social e profissional. Os amigos, até mesmo os mais verdadeiros, iriam um após outro rareando as visitas até ficar completamente entregue a si mesmo, à sua revolta e solidão. A família, pouca e distante, fora a primeira a afastar-se.
Mas porquê? - interrogava-se uma e outra vez…
Um coração acelerado e alimentado pela angústia e revolta surda não lhe davam outra resposta que não as gotas de suor frio que lhe humedeciam a testa.
Naquele momento, em que todo o céu desabara sobre si, confuso e demasiado próximo dos acontecimentos, não conseguia descortinar uma razão válida ou um motivo, por mais leve que fosse, para que tivesse sido condenado por um crime que não cometera. Sem dúvida que algumas implicações circunstanciais o poderiam ter indiciado, mas bastaria a palavra honesta das testemunhas para que ficasse de forma cabal inocentado. No entanto…
Fechou os olhos e, por uns momentos, reviveu o fogo da paixão dessa cujo testemunho fora determinante para a sua condenação. Luxúria, luxúria! Paixão... e depois... Deu-se conta como passava da sensação de agrado para a desolação e a raiva impotente e como o suor lhe empapava desconfortavelmente as axilas e lhe escorria pelo couro cabeludo até ao colarinho e como, mais abaixo, uma impressão de molhado denunciava as virilhas invadindo igualmente as roupas íntimas pelo fluido orgânico; suor e mais suor a juntar ao calor intenso que o tomava.
Um abanar do corpo fê-lo querer abrir os olhos, em natural reacção, mas surpreendentemente reparou como não conseguia. Seriam os funcionários da presidiária, talvez, diligentes em dar corpo à decisão judicial, mas a luz apagara-se, sentia-se ainda mais confuso e debalde tentara dizer uma simples palavra.
- Acorde! - ouviu ele distante enquanto esperava que os guardas o levassem para o cumprimento da pena. Apenas um -“Ãhn? “- atordoado lhe saiu como vaga resposta.
- Acorde, está na hora de tomar os medicamentos. Esteve toda a noite com febre alta e pesadelos... - ouviu ele agora, já de olhos abertos para aquela voz feminina, que momentos antes estivera sem a farda de enfermeira a incendiar-lhe os sonhos...
- Fartou-se de falar, senhor Dr. Juiz...

Fruta 59- Plano B

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«pensamentos catatónicos (266)» - bagaço amarelo

Um dos poucos pedidos que não vale a pena fazer é que alguém se apaixone por nós. Ninguém se apaixona por ninguém a pedido. Se calhar até era bom que fosse assim, mas não é. Foi uma mulher que me explicou isto, uma vez durante um café daqueles que se tomam em pé a olhar para o relógio, e embora eu já o soubesse (sabemos todos), ouvi-a como se fosse uma revelação. Há coisas que sabemos mas não praticamos até que alguém nos diga para o fazer. É como se sozinhos não quiséssemos acreditar que é assim.
O pior é que crescemos a pedir. É natural numa criança pedir sempre o objecto do seu desejo. Depois, quando chegamos a adultos, percebemos que o pedido mais importante de todos não pode ser satisfeito. Pior, se temos que o pedir já é mau sinal. O pior sinal de todos. Ela pousou a chávena, deixou moedas em cima do balcão para pagar os dois cafés e deu-me um beijo com a palma da mão, beijando-a primeiro e acariciando-me depois. Até à próxima, disse.
Nunca percebi como é que ela sabia que eu lhe ia pedir para se apaixonar por mim...

bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Homens e mulheres aos saltos

Os homens, quando saltam, fazem esta figura:


As mulheres fazem esta:


Wow funniest posts

10 janeiro 2012

O bode "fechava os olhos e punha a cabeça no meu ombro" - disse Amândio Inácio à LUSA

Isto afinal ainda tem mais o que se lhe diga...


Eva portuguesa - «Um dia na vida de uma Acompanhante»

"São 7h30m quando o despertador toca. Levanto-me e vou acordar o meu pequenito, que me abraça e diz: «Adoro-te, mamã!».Sorrio. O dia começou feliz.
Depois dos cereais para ele e do batido proteico para mim, lavar os dentes e seguir.
São 8h45m quando deixo o meu menino no colégio e o beijo, mas que foge ao meu abraço, «pois os colegas estão a ver». Torno a sorrir. O meu bebé está a ficar um homenzinho!
Passado 15 minutos estou no ginásio, não sem antes ter passado pelo sítio do costume para beber um café e comprar o jornal.
São 60 minutos de cardiofitness desgastante, diria até mortal, na tentativa de «abater os pneuzinhos». A esta deliciosa tortura seguem-se 15 minutos de abdominais e finalizo com os alongamentos.
Saio meio morta, dorida, mas ao mesmo tempo a sentir-me enérgica e positiva.
Arranco para o meu «ninho de amor» para começar o dia de trabalho.
Ainda no carro ligo o telemóvel de serviço e vejo as sms e tentativas de contacto.
Quando estas são escassas ou até mesmo inexistentes, começo a ficar preocupada... mau sinal...
Chegando ao apartamento, tomo banho, visto uma lingerie bem sexy e, quando estou a maquilhar-me, oiço o telefone tocar: «Queria saber condições». Respondo e esclareço. «Depois torno a ligar»,oiço do outro lado. Mau...
Ponho perfume e acendo as velas, uma das quais com um pedido ao meu Santo de me trazer clientes e dinheiro... este ritual anima-me!
Entretenho-me a ver televisão e, quando olho para o relógio e vejo 14h começo mesmo a ficar preocupada... ainda nenhuma marcação... e o telefone só tocou 4 vezes...
Nervosa, fumo um cigarro.
Quando me preparo para comer qualquer coisa, surge a primeira marcação! «Podes-me atender daqui a 15 minutos?».«Claro», respondo eu!
E, após o cliente sair, tento convencer-me que o dia vai melhorar...
16h e mais nada... vou à net, aqui ao Blog, ao Fórum, ao meu msn...
18h e tudo parado... Agora sim, estou em pânico! Tenho o site para pagar... e tudo o resto... estou fechada neste apartamento há 9h... estou a ir abaixo...
19h10m - toca o telefone. Marcação para as 19h30m - não posso, tenho que ir buscar o meu filho.
19h15m - oiço novamente o telefone. Marcação para as 20h - não posso....tenho que acabar por hoje.
19h23m - marcação para as 21h!
Furiosa, frustrada e angustiada, desligo o telefone e sinto que o universo está a gozar comigo!
Ajeito o apartamento, pego na mala e nas chaves e vou buscar o meu filho.
Pelo caminho vou fazendo contas à vida, resmungando e amaldiçoando a minha pouca sorte, tentando convencer-me que amanhã será melhor...
E quando o meu filhote me vê e me salta para o colo, quase derrubando-me, pois já não é assim tão pequeno e me beija e abraça... aí tenho a certeza que o amanhã será bem melhor...
E quando o vou deitar e ele me pergunta «Mamã, quando vamos ter um carro melhor?» (o meu trambolho tem 20 anos e muitos problemas!) eu respondo-lhe: «Vamos juntar dinheiro e, se tudo correr bem, teremos um ainda este ano».
E ele adormece a sonhar com o novo carro e eu sinto-me com forças para acreditar que vou ser capaz...
E sabem que mais?...Ainda não consegui juntar dinheiro suficiente para trocar de carro mas, no meio destes dias vazios e solitários, surgem outros com trabalho, dinheiro e esperança...
Obrigada a vocês, que contribuem para isso!"
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

O que a malta realmente espera de um reality show da TVI...

"Por esta altura já se percebeu com bastante clareza aquilo que as pessoas esperam de um reality show da TVI. Não vale a pena contornar a questão com desculpas esfarrapadas, manipulações mediáticas ou conversas apinhadas com tantas conotações sexuais que nem se percebe o seu real sentido. As pessoas querem ver sexo. Querem ver foda, como se dizia antigamente. Querem ver símios libidinosos amestrados a copular, cobertos de fluidos corporais, felácios a torto e a direito, bolas chinesas, buttplugs e a ocasional asfixia auto-erótica. E se as passagens de ano de toda a gente tiverem que ser arruinadas por um reality show, que seja uma majestosa apoteose com orgias entre concorrentes e público, duplas penetrações com anões e palhaços e uma apresentadora multitalentosa que além de esplendida capacidade comunicacional consegue atingir uma garrafa com uma bola de ping pong a 25 metros, sem usar as mãos…"

(Cliquem que isto tem uma imagem que sugere um ambiente orgiástico)

Frases do Ricardo Esteves - por falar nisso...



O Ricardo Esteves está no Facebook, no YouTube, no blog Quotidiano Hoje e no Tumblr

Assim se vai enriquecendo (e aquecendo, no caso) uma colecção de arte erótica

Recebi um e-mail há poucas semanas com um ficheiro PowerPoint. Não costumo abrir este tipo de ficheiros mas o tema deste despertou-me a curiosidade. Era sobre roupa de inverno... e pelo meio apareciam lá estes calções em lã:


Pois a minha amiga Celestita Rafael (não confundir com Rafael, que é o marido dela) pôs agulhas à obra e na passagem de ano tive esta prendinha maravilhosa para a minha colecção:


Como diz o povo, "às pilinhas que têm amigos nem arrefecem os umbigos".
E o ejamart odeu-nos: "A propósito desta obra prima de tricô, aqui vai a minha modesta homenagem:

Tricota-me uma calcinha
de lã, que seja quentinha,
com uma bolsa avantajada,
para sempre ter aprontada
aquela parte que é minha,
e que quando está sozinha
sente um frio de estremecer
e só lhe dá para encolher
se não tem nenhum carinho.
Nem que seja com um dedinho
de outra mão que não a minha
começa logo a crescer
e do frio a renascer.
Penso logo em coisa quente
e peço de modo urgente
àquela mão que está ali:
Pões-me a fazer chichi?"

09 janeiro 2012

«conversa 1868» - bagaço amarelo

Ela - O que é tu gostavas mesmo que acontecesse em 2012?
Eu - Acho que gostava de assistir a uma mudança política para a esquerda que pusesse um fim definitivo à pobreza e à miséria. E tu?
Ela - Bem... com essa resposta até perdi a vontade de dizer...
Eu - Vá lá, diz lá...
Ela - Eu estava a pensar que gostava que me crescessem as mamas um bocadinho.

bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Documentário sobre a prostituição em Cuba



Comentário do ejamart que, no espírito deste blog, também defende causas:
"Às vezes dá-me para escrever mais a sério. Não sei (não consegui entender com atenção), qual foi o espirito do responsável pela reportagem, se foi de âmbito sóciólogico-político, e de denúncia de uma situação de degradação económica, ou mais de "voyeur" e já agora aproveitar o que podia das oportunidades surgidas.
Todos sabemos que há prostituições e prostituições, mas aquelas são nitidamente do género estritamente económico e de subsistência, e com uma camada de oportunistas e chulos em órbita que só vêm contribuir para desgastar ainda mais a imagem do "socialismo" cubano e da sua falência.
Parafraseando a São Rosas, eu não consigo "entusiasmar-me" a olhar para aquelas apresentações de mamas e cus de umas miúdas, jovens mães, que o fazem só para dar de comer aos filhos (segundo dizem...). Acho aquilo verdadeiramente pornográfico, e nada erótico..."
O Charlie também comenta:
"Pois eu, que conheci Cuba ainda no tempo do Fulgêncio Baptista, (sim, que já sou muito vivido, eufemismo para velho) e que a conheço agora devo dizer em abono da verdade que, para o peditório da qualificação ou desqualificação em torno de opções políticas, já dei!
É abusivo atribuir ao socialismo de Cuba a prostituição, como seria abusivo atribuir a mesma coisa ao anterior ditador. Curioso como antes Cuba era o Casino-bordel dos Americanos a viver na zona de Miami, a uma meia hora de avião. «Chics for free», era o lema. Putas por dez cêntimos. Eu vi no tempo do Baptista miúdos a mergulharem na água por moedinhas de um cêntimo que os turistas lhes atiravam e, quanto a putas, ali mais acima há as de Macau e, dos tempos de hoje, há as de Londres, de Paris, de Lisboa, desde o Ritz até às do tipo «Intendente» e, neste particular, as coisas continuam e hão-de continuar, independentemente das opções e correntes políticas. Por isso acho abusiva a colagem da prostituição em Cuba ao regime actual, do mesmo modo que acho indecente o aliviar e até promoção turística em torno do mesmo tema levados a cabo aquando do regime do Fulgêncio Baptista. Prostituição é Prostituição e ponto."
E o OrCa também: "Nada de novo no que respeita à prostituição. Uma manifestação mais da «globalização» que a importância do dinheiro sempre gerou. E, numa perspectiva eminentemente masculina, circunscrevendo-me à transcendência da queca, estou em crer que uma fabulosa queca proporcionada por uma profissional grandemente competente ainda assim ficará a anos-luz de uma outra queca dada... apenas porque sim, porque está muito a apetecer a ambas as partes envolvidas. Se calhar estou enganado, ou tive sorte na vida...
Tirando isso, as pobres cubanas, as pobres tailandesas ou as pobres portuguesas que têm de se prostituir não me parece que sejam distinguíveis entre si. E a miséria humana que está por trás de cada uma destas mulheres, confesso que sempre me tirou todo o entusiasmo. E eu que gosto tanto de mulheres...!
Enfim, com o comentário anterior longe de mim dar uma de moralizador. Mas o facto é que, mal o dinheiro interfere na acção, lá se me vai a ponta. Enfim, cada um é como é. E espera-se que cada um seja feliz, coisa que não me parece transparecer no olhar de cada uma das personagens do documentário."

As Caldas Russas



via Watermeloncolya

Há momentos em que ser cavalheiro é uma estupidez



 «Chuva de verão»
arte de Corrado Ficarelli

06 janeiro 2012

dunas

soturnas as pregas pantanosas de um sexo emissário que procurei no além das montanhas bases do umbigo canteiro entre a boca que se une e expulsa a espuma intermitente do desfechar secreto e animalejo no ejacular.
[Quero em mim um eixo por onde possa deflagrar o tempo em mim hospedeiro, calvo, gritando e inchando. nu. devorando-me o eixo. uma boca.bramindo inteligentemente fogo perigosamente.]

impulsos afiançam o dorso, quente, a criar matérias pelo sexo rompendo a riscada enxuta de um pénis cavador que o segue, pela boca, a profusão profunda, infinita entre a imersão corporal e a cauterização de um desejo antecipado exaustivamente um atrás do outro. a vagina imensa abre-se ao caminho, recamando os gestos e polindo palavras no interior da sua terra.
uivos brotam das coxas insaciáveis fechando-os no tacto, transbordam os delírios da mulher e entrelaçam saibro e suor em pátios vaginais e desordeiros , espasmos proibidos.
As línguas excêntricas exploram-se e explodem a cerâmica da tesa pele desabrochada em faces carnais e palpitantes pressagiando um culminar actínio...

* Luisa Demétrio Raposo

Walking on the... varão

Fruta 57 - Grande shot

Hoje é dia de Reis, dia de desmontar a árvore de Natal...

... mas para isso é necessário que a tenham montado.


shanelle Jingle Boobs por nm009

É agora! É agora!




3for3

04 janeiro 2012

03 janeiro 2012

Eva portuguesa - «Um Companheiro»

"Desde que sou Acompanhante que me tenho deparado com sentimentos contraditórios relativamente a ter alguém.
Por um lado prezo muito a minha independência e não ter que dar satisfações. Por outro sinto muito a falta de partilhar - lágrimas e risos, noites calmas e desbunda, pensamentos e sentimentos...
Gosto de passar a imagem que sou uma mulher forte, que não precisa de um companheiro; mas essa não é a verdade!...
Sinto falta de dormir agarradinha...
... de ter alguém à minha espera ao final do dia...
... de ter alguém que se preocupa comigo...
Sinto falta da intimidade...
... de amar e ser amada...
... de poder ser eu e não a Eva...
Sinto-me só muitas vezes...
Porque fazer sexo, por muito bom que seja, não é fazer amor...
Porque a troca de fluidos não é uma troca de sentimentos...
E, apesar de ter homens dispostos a pagar pela minha companhia, a realidade é que passo o Natal sozinha... e no meu aniversário janto sozinha... e na passagem de ano não tenho ninguém ao meu lado a quem possa abraçar e desejar uma felicidade conjunta...
Eu sei que se quisesse facilmente arranjaria namorado (acreditem que já tentei!).
Mas não é só isso que eu quero!
Quero apaixonar-me!
Quero partilhar um projecto de vida com a outra pessoa!
Quero alguém que se me entregue sem limites e que me aceite da mesma maneira!
Quero...um Companheiro!
...Mas, se pensar bem, de que forma poderia eu ter isto mesmo que ele me aparecesse, enquanto a minha profissão é entregar-me a outros homens?!...
Não podia!
Ou seria alguém que não saberia o que faço; e aí seria basear uma relação em mentiras e vida dupla - situação para a qual não tenho feitio - ou seria alguém que soubesse e aceitasse.
Mas que homem apaixonado, empenhado numa relação, aceitaria que a sua mulher fosse uma prostituta?!...Só algum que não a amasse e quisesse usufruir do dinheiro que ela ganha... certo?!...
Eis, pois, o meu grande dilema: há alturas em que desejo ardentemente encontrar a minha alma gémea. E depois há a percepção de que se ela aparecesse não seria possível uma relação...
Assim, pergunto-me: quero um companheiro?
- Sim!
- Não!
...
Afinal, ser Acompanhante levanta muito mais questões, dificuldades e obstáculos do que as que são evidentes a um primeiro parecer..."
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Frases do Ricardo Esteves - isto é que é paixão!



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Assim vale a pena lutar...

MMA - Mixed Martial Arts





Já tenho o livro do Oglaf na minha colecção

Já tenho o livro do OGLAF («Book One», que tem 208 páginas com as aventuras publicadas, na sua maioria, aqui n'a funda São). Um mimo recebidinho do Canadá para a minha colecção.


02 janeiro 2012

«casamento» - bagaço amarelo

Sempre me fizeram muita confusão as perguntas do género "pensas que estás na tua casa?" ou "pensas que estás no café?". Acho que foi uma professora de português, a primeira que me perguntou se eu pensava que estava no café, quando um dia me viu com os pés estendidos em cima duma cadeira vazia. Eu respondi-lhe que não, até porque no café nunca fazia aquilo. Ela expulsou-me da aula.
Era óbvio que eu não pensava que estava no café, mas sentia-me tão bem ali como na minha casa, e por isso é que tinha estendido as pernas para a cadeira da frente. Sentia-me melhor enquanto lia Camões se estivesse ali como na minha casa, e esse é o melhor elogio que se pode fazer a alguém. Eu achava-a boa professora e gostava das aulas dela. Era só isso. Era um elogio.
É também assim que se está no Amor, por exemplo, exactamente como se estivéssemos na nossa casa. Se não estivermos assim com alguém, então não é Amor. Até pode ser bom, mas não é Amor. Será eventualmente uma espécie de amizade, e então estamos como se estivéssemos no café, a pedir por favor que nos tragam uma bica e esperando que nos limpem a mesa com uma toalha antes de o servir.
O Amor é a nossa casa, porque quando ali chegados atiramos um sapato para cada lado e andamos de meias pelo chão. O Amor é isso, estarmos sempre na posição mais confortável para o nosso corpo e alma sem que o outro pergunte onde é que achamos que estamos. É que estamos com ele, com esse Amor, e é por isso que é assim. É assim no que dizemos ou calamos, no que rimos ou choramos, no que abraçamos ou beijamos.
Foi a palavra casa que deu origem ao verbo casar (casa + ar), e é isso mesmo que é casar. Estou a dizer isto porque ontem, depois de um dia de merda, abracei a Raquel e pousei a minha cabeça no ombro dela durante alguns segundos e em silêncio. Ao mesmo tempo deixei cair a mochila e o casaco no chão do corredor enquanto me descalcei e atirei os sapatos para lugar incerto. Ela não me perguntou se eu sabia onde é que eu estava porque ambos o sabíamos. Se não for assim, até pode ser bom, mas não é Amor.

bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Sonhos de Ano Novo para uma Vida Nova



Postalinho da Malaposta (Anadia)

"Cabaça exposta num restaurante da Malaposta.
Até o quadro na parede tem tudo a ver.
N."

Esta cabaça é da família do cabiço que me ofereceu o Katano no 12º Encontra-a-Funda. Lembram-se?



Ora vê lá se consegues fazer isto

"Fernanda, tigresa do funk, amassando e segurando a latinha com a bunda"

A gata Kristy



Berzinsh (artista da Letónia)
Via Special Nudes

01 janeiro 2012

Frases do Ricardo Esteves - constatação de mestre



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Fruta 55 - tónico

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«Amigos para sempre» - por Rui Felício


O Eduardo morava no Bairro e o Carlos Santos em Celas, mas foram ambos sempre da turma D nos sucessivos anos do Liceu D. João III. Criaram uma amizade para toda a vida.
Feito o 7º ano, o Eduardo arranjou emprego num Banco e começou a trabalhar, enquanto o Carlos seguia os estudos na Faculdade de Direito. Mas continuavam a encontrar-se com frequência. Praticamente todos os dias, desde que o Eduardo começou a namorar com a Telma que era vizinha e amiga do Carlos na Cruz de Celas. Já casados, o Eduardo e a Telma foram viver para a Av. Dias da Silva, muito perto da casa do Carlos que, já advogado, e ainda solteiro, alugara um rés-do-chão na Alameda D. Afonso Henriques, exercendo a sua actividade numa pequena divisão transformada em escritório e que continuava a ser visita assídua do casal, numa demonstração de amizade indestrutível e eterna.
Um dia, nos Arcos do Jardim, a caminho de casa, o Eduardo viu uma carteira no passeio ao lado do muro da Penitenciária. Entalou a carteira entre os pés, olhou para um lado, olhou para o outro, certificou-se que ninguém o estava a observar, agachou-se e pegou-lhe metendo-a rapidamente no bolso das calças.
Estugou o passo, nervoso, e, já perto da Alameda, não resistiu a puxar da carteira e abri-la.
Incrível! Um maço de notas de cinco e de dez contos, perfaziam a avultada quantia de 250 contos! Pela sua cabeça as ideias sucediam-se em turbilhão. Devia ficar com o dinheiro? Era suficiente para comprar outro carro. O seu velho Morris já andava a precisar de reforma. Mas, e se o dinheiro tinha sido roubado? E se as notas estavam marcadas? Se fosse descoberto, ainda ia perder o emprego de bancário...
Não! Era melhor devolver a carteira. Mas a quem? Vasculhou a papelada que ela continha à procura de um cartão de visita, de uma referência qualquer que identificasse o dono. No meio de bastos papeluchos, alguns ensebados, bilhetes de trolley, facturas de almoços, pequenos papeis dobrados com anotações pessoais, que o Eduardo se recusou a abrir por ser um homem sério, lá descobriu na contra-capa um memorando com o nome, o grupo sanguíneo, o contacto telefónico, a profissão.
Era espantoso! Agora estava seguro que não se apropriaria do dinheiro nem da carteira. O dono era o seu grande amigo Carlos Santos e faria questão de lha devolver. Ficou de consciência tranquila. Seria melhor assim.
Quando chegou a sua casa, estava lá o Carlos na cozinha a conversar com a Telma.
- Não perdeste nada, pá?
- Não, acho que não, disse o Carlos.
- Tens a tua carteira contigo?
O Carlos procurou nos bolsos. Cada vez mais nervoso constatava que, realmente, não a tinha. Devia tê-la perdido com uma pequena fortuna lá dentro! E com papeis muito importantes!
- Quem é amigo, quem é? Toma lá a tua carteira. Achei-a nos Arcos do Jardim.
O Carlos agradeceu-lhe, abraçou-o, acalmou a sua aflição, e retirou lá de dentro, sorrateiramente, um dos papeis dobrados que o Eduardo não quisera abrir por imperativo de consciência. Logo que o amigo virou costas, para ir ao quarto trocar de roupa, entregou o bilhetinho à Telma, com um sorriso cúmplice. Ela, corada, foi lê-lo para a casa de banho.
Depois rasgou-o, deitou-o na sanita e puxou o autoclismo.
Era mais uma das declarações de amor que o Carlos Santos gostava de lhe fazer...

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações


Jesus cura um homossexual