06 janeiro 2012

dunas

soturnas as pregas pantanosas de um sexo emissário que procurei no além das montanhas bases do umbigo canteiro entre a boca que se une e expulsa a espuma intermitente do desfechar secreto e animalejo no ejacular.
[Quero em mim um eixo por onde possa deflagrar o tempo em mim hospedeiro, calvo, gritando e inchando. nu. devorando-me o eixo. uma boca.bramindo inteligentemente fogo perigosamente.]

impulsos afiançam o dorso, quente, a criar matérias pelo sexo rompendo a riscada enxuta de um pénis cavador que o segue, pela boca, a profusão profunda, infinita entre a imersão corporal e a cauterização de um desejo antecipado exaustivamente um atrás do outro. a vagina imensa abre-se ao caminho, recamando os gestos e polindo palavras no interior da sua terra.
uivos brotam das coxas insaciáveis fechando-os no tacto, transbordam os delírios da mulher e entrelaçam saibro e suor em pátios vaginais e desordeiros , espasmos proibidos.
As línguas excêntricas exploram-se e explodem a cerâmica da tesa pele desabrochada em faces carnais e palpitantes pressagiando um culminar actínio...

* Luisa Demétrio Raposo

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Uma por dia tira a azia