14 abril 2013

13 abril 2013

Mulheres, aprendam a fazer uma salada

«respostas a perguntas inexistentes (231)» - bagaço amarelo

A Ana é uma mulher bonita. Como a conheço há alguns anos, já tinha reparado nisso muitas vezes. No entanto hoje, quando vi o seu reflexo na montra dum pronto-a-vestir, reparei duma forma diferente. Foi como se tivesse consciencializado pela primeira vez esse pensamento. Ali, do outro lado do vidro, a sua imagem misturava-se com a inquietante quietude dos manequins e ganhava vida.
Por um momento percebi o motivo pelo qual me costumo apaixonar por aí, de vez em quando, como quem bebe uma cerveja ou acende um cigarro na rua. Uma mulher faz com que todos os outros se assemelhem, por um momento que seja, a manequins. É ela quem ri, é ela quem chora, é ela a única que provoca no nosso corpo uma resposta emocional. Todos os outros são apenas bonecos que vestem uma roupa qualquer.
Ela estava a vestir o casaco e o reflexo dos nossos olhares cruzou-se por uma fracção de segundo. Vi-a sorrir. Tínhamos acabado de tomar o pequeno-almoço e eu só estava à espera de me poder despedir dela, numa despedida que fosse mais do que um simples acenar de mão ou um "até à próxima". Acabou de vestir o casaco e abracei-a.

- Com que então achas que é uma trabalheira... - disse eu enquanto abria os braços para a deixar fugir como se fosse um pássaro a fugir da gaiola.

Ela tinha comido uma torrada e bebido um sumo de laranja natural, eu tinha-me ficado por um café expresso sem açúcar. Mesmo assim demorámos mais ou menos o mesmo tempo a ingerir os pedidos. Ela ainda come e fala tão depressa como quando a conheci, há alguns anos atrás, e saímos juntos durante duas ou três semanas.
Esteve a explicar-me porque é que nunca mais saiu com ninguém. É que dá uma trabalheira envolver-se emocionalmente com um homem. É o trabalho de lhe conhecer o passado, o trabalho de enfrentar tudo aquilo vai descobrindo que não se gosta nele, o trabalho de desenhar o futuro a dois.

- Sozinha é tudo tão mais fácil! - concluiu

Ia perguntar-lhe qualquer coisa, mas desisti. Perante a prenda que era estar a vê-la a vestir o casaco, não me ia dar ao trabalho...


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«La Gaudriole - chansonnier joyeux, facétieux et grivois»

Edição revista (sem data mas provavelmente de 1849) de um cancioneiro francês publicado, pela primeira vez, em 1834.
São 545 páginas com canções "alegres, divertidas e atrevidas".
Autores: Béranger, Désaugiers, Colé, Gouffé, Festeau, Cabassol, Jacquemart, Gilles, Simon, Albert-M, Duapin, Moinaux, etc., etc.






Um sábado qualquer... - «Adão»



Um sábado qualquer...

12 abril 2013

Corações de Atum - Quando eu ganhar o totoloto

Prostituição - a minha história (VIII)

Verão de 1997... (...) Atendi o telefone novamente, disse que o cliente já tinha saído e que estava a arrumar. Tratei de mudar a cama, nervosa, apressada, bati com a perna numa esquina e... sangue no lençol, toca de mudar novamente, vesti-me e corri dali para fora. Entrei no escritório, uma confusão, um cliente em cada sala, à espera e um escondido no wc! Expliquei o que tinha acontecido e disseram-me que, quando assim fosse, para responder que era o porteiro cá em baixo que contava o tempo desde que alguém subia. Mais tarde percebi que enganavam um pouco no tempo se estavam clientes à espera de quarto. Não me lembro do resto do dia, somente que me doía a perna, que toda a gente parecia mais inteligente que eu e que estar sozinha naqueles quartos podia ser arriscado se um cliente se tornasse violento. No dia seguinte, quando cheguei, perguntaram-me se estava a atender menstruada porque um dos lençóis tinha sangue, expliquei que era sangue da minha perna. Aproveitaram para me explicar que, se estivesse menstruada, devia comprar umas esponjas especiais na farmácia que estancariam o sangue durante a relação. Aquilo não me convenceu muito e, para mais, uma das raparigas já estava, ao mesmo tempo, a explicar que era preciso cuidado, que, um dia, ficou com um pouco da esponja lá dentro sem perceber, e, só quando foi ao ginecologista porque não identificava o motivo do péssimo cheiro vaginal é que soube que aquilo lá estava. Outra das raparigas contou que lhe tinha aparecido o período a meio de um atendimento e que não reparou porque o quarto estava quase às escuras, quando acendeu a luz e viu sangue por todo o lado, ficou em pânico mas o cliente riu-se muito e disse que já tinha percebido e que adorava sangue menstrual. Nestas conversas dos entretantos é que fui descobrindo o "manual" da "acompanhante". Aprendi a expressão "fazer cabritos", descobri que era suposto gemer e fingir prazer durante o acto, sim, é verdade, tal não me tinha ocorrido numa relação em que o cliente sabe que não é por prazer mas sim porque pagou, descobri as mais diversas taras alheias e, sim, é verdade, descobri o prazer como ainda não o conhecia, os namorados da minha idade eram bonitos e apetecíveis mas os homens experientes sabiam muito bem o que faziam com o corpo de uma mulher. Ganhava dinheiro à velocidade da luz e gastava-o a igual velocidade. (Continua)

Boy is back


A Girl tinha tomado o seu primeiro de muitos cafés da manhã quando o telemóvel dá sinal de SMS. Uma palavra simples, apenas "Quickie?". "Sonofabitch", pensou ela. A resposta não tardou de volta para ele: "Fuck off". Ela sabia que ele não ia desistir. E não queria ir a correr. Pelo menos, não queria ir a correr naquele minuto, porque o coração e a excitação que começava a sentir abaixo do umbigo indicavam que não tardaria a mudar de ideias. Ele gosta de escrever SMS em inglês. Dizia que era mais directo. "I'll lick your soft  cunt like a God". Convencido. Segundo SMS dela: "Gofuckyourself". Ele não era tipo para desistir. As pernas dela começavam a fraquejar ainda mais depressa do que a vontade. "I'll make you come harder and harder", escreveu ele. "Bullshit", devolveu ela. "Just try me", sugeriu ele. Por essa altura ela queria-o ali, agora, naquele momento. "Onde, quando?", perguntou. "Olha pela janela", enviou ele. Ela olhou pela janela, e lá estava ele em baixo, com cara de gato que acabou de comer um pássaro. Ela balbuciou rapidamente uma desculpa perante o seu colega de escritório, pegou no casaco e saiu disparada. Ele abraçou-a sem dizer uma palavra. Ela disse-lhe ao ouvido: "Meu grande filho da puta". E assim as pazes foram seladas. Desceram a rua e entraram num hotel barato que já tinha a ficha deles e alguns outros vestígios de batalhas anteriores. Ele estava a abrir a porta do quarto e a desapertar a braguilha ao mesmo tempo. Ela começou a abrir o fecho da saia ainda no corredor. Ele atirou-a para cima da cama, sem cerimónia, afastou-lhe a calcinha para o lado e fez o que tinha prometido no SMS. Como um Deus. Como um "boss". Ela tomou-o na mão e sentiu-o túrgido, pulsante, urgente. "De quatro", ordenou ele, sem precisar. Quando ele entrou, ela deu um grito abafado. Duas, três, quatro estocadas com força. "Sentiste saudades minhas?", perguntou ele, arfante. "Quem pensas que és?", retorquiu-lhe ela, guturalmente. "Um gajo que te ama como um maluco e que te deseja, a cada hora, como um viciado." Uma entrada mais forte, e ela sentiu-o tão dentro que parecia que nunca mais conseguiria sair. "Agora", ordenou ele. Ela deixou-se obedecer e gritou. Os seus corpos tremeram em uníssono. Deve ter-se ouvido no outro lado do corredor. Que interessava? Eles estavam de volta. Segunda-feira. Dia do início da semana e do reinício. À noite teriam tempo de falar, como estão a fazer. Ele está a ver o texto à medida que é escrito,  enquanto vai dando os seus palpites. "Sonofabitch". "  Ela lavou-se rapidamente, compôs o cabelo, e com as pernas ainda a tremer voltou ao escritório. "Encontramo-nos à noite", disse ele simplesmente. No elevador ela verificou se se notava muito o rubor na cara. Um toque de perfume antes de entrar. Disfarçar, disfarçar.  O colega olhou para ela e, calmamente perguntou: "Ele voltou finalmente? Ainda bem. Já não aguentava o teu péssimo humor." Ela perguntou-se mentalmente o que a teria denunciado. "Who cares? Boy is back." A vida é boa e reabre hoje.

Simplicidade masculina



Dançando sem César

11 abril 2013

O centro do mundo

Jules Adolphe Chauvet, c. 1848
blog A Pérola

Utilização prática para o iPad!

Uma versão pornô de Star Wars


Fonte: Huff Post


A estrela pornô Coco Brown está fazendo treinamentos para viajar pelo espaço e se tornar a segunda mulher afroamericana e a primeira pornô a fazer tal feito.

A atriz vive na Alemanha mas está a fazer o treinamento na Holanda. Esta empreitada está tendo o suporte da empresa SpaceXC, que tentará no próximo ano realizar viagens espaciais privadas. Coco Brown pagou 100 mil dólares para ser a primeira cidadã comum a fazer esta viagem. Mesmo assim, para atravessar a superfície terrestre ela terá de passar nos testes, como o da gravidade nula.

Apesar disso tudo, Coco não será a primeira a deixar a marca do "sexo sem gravidade". Este feito foi atingindo  em 1999, por Silvia Saint e Nick Lang, numa cena de 20 segundos de sexo, do filme "The Uranos Experiment Part Two". Para fazer a cena, o casal ficou em um avião numa altitude de 11 mil pés e depois fazendo  um mergulho íngreme.

Mas Coco Brown voará muito mais alto, e certamente baterá um recorde. No entanto, o trabalho não será nada fácil, já que fazer sexo na gravidade nula requer muita perícia. E ela tem ciência disso, e diz que, se não conseguir fazer muita coisa, colocará os seios para fora e tirará uma foto com a Terra de plano de fundo.

Pagar caro e pra nem ter a certeza que vai conseguir fazer sexo, é melhor dar uma trepada em terra firme, não acham?

Obscenatório

«Andrea de óculos» - por Luis Quiles


"Diferentes versiones de algunos de mis dibujos sin la censura." [1]

Luis Quiles