30 novembro 2013

Gobbledigook - Sigur Rós

«Mulheres fodilhonas» - João

"Por intermédio de um conhecido, cheguei à leitura de um artigo sobre um livro em que se afirma que as mulheres gostam tanto de sexo quanto os homens, e que, em rigor, gostam muito de foder. Não vejo aí nada de espectacular, nada que deva admirar um homem (que se considere) bem informado. O que esse texto me fez pensar, e merecer esta breve nota, é que os homens continuam assustados com as mulheres que gostam de foder. A mulher não tem sequer período refractário, pode foder até ficar dorida, até ficar em carne viva. Não precisa parar entre orgasmos. E creio que isso nos assusta. A nossa sociedade desenvolveu-se sobre uma mulher sexualmente amorfa, cujo desejo é limitado e orientado apenas para o companheiro. A mulher em que fomos ensinados a acreditar não tem fantasias, não tem desejos descontrolados de se vir como se não houvesse amanhã. Isso é obviamente mentira. Se somos feitos da mesma matéria, diferenças óbvias à parte, se nós gostamos de foder, as mulheres também.

Talvez o homem se assuste com a mulher fodilhona porque, sem período refractário e capaz de foder até não poder mais, pode saltar não de nenúfar em nenúfar mas sim de pénis em pénis. Temos medo de ficar para trás. No fundinho da nossa mente está o receio de não ter pedalada, de não ter pénis que chegue para manter feliz a fêmea que nos fode. Ora, homens, não é isso. Temos de ter muito mais trabalho, sim. Mas isso não se mede no tamanho do pénis, na grossura, ou nas horas consecutivas durante as quais conseguimos manter uma erecção firme. Acredito muito (mas muito) que é mais importante fugir ao eterno frango assado – nada de mal nele, mas não sempre! -, aceitar que o desejo não tem hora nem local certos, que há muito sítio para foder, muita loucura para viver, e que isso exige libertar o cérebro. O corpo vai atrás. O momento em que não temos medo de uma mulher que quer foder, é o momento em que fodemos à altura dela."

João
Geografia das Curvas

Mais uma peça para a sexão «o que não era suposto ser erótico» da minha colecção

Sino em faiança com um galo de Barcelos e a palavra "Portugal".
A pega é... fálica, Noé?



"Algo me faz pensar que..."



Via
Dançando sem Cesar

28 novembro 2013

«American Pie» - cena das tentativas de Jim para comer a Nadia

Duas estatuetas eróticas da Índia

Estatuetas em madeira com dois casalinhos que... se amam... e vieram da Índia para a minha colecção.
O primeiro casal, com a senhora a pôr o dedo na língua:




O segundo casal, numa posição acrobática (para não dizer impossível):



Saiu o nº 3 da «Erotika», revista online gratuita

Se não conheces a revista online Erotika, recomendo. E é de acesso gratuito, o que é extremamente "erótiko".


Na página 75 da edição mais fresquinha (ou melhor, quentinha) há até algo que nos parece familiar...


... e é mesmo! São excertos de «Decalcomania», um dos muitos textos deliciosos que a Maria Árvore publica no nosso blog quase desde o seu início (na revista indicam como autora do texto São Rosas mas já levaram tau tau):


Entretanto, tal como já aconteceu com a nossa página no Facebook, também eles já tiveram uma página bloqueada e agora criaram esta nova página da revista «Erotika». Nada erótico... mas enfim... faz parte da luta...

Levando em conta



Dançando sem César

27 novembro 2013

«Apeteces-me» - João

"Apetece-me o silêncio. Apetece-me não ser visto. Apetece-me um espaço calmo onde possa estar enrolado numa toalha de banho, húmida, enrolada em mim. Apetece-me sentir mãos no corpo. Apetece-me sentir cócegas, carícias, carinhos. Apetece-me sentir mimo. Um beijinho na cara, mãos na face, ou no cabelo. Eu sei que é pouco. Mas ainda o tenho. Apetece-me que te enroles numa toalha húmida. Que os pés se toquem. E que, a pouco e pouco, as toalhas se libertem um pouco até que as tuas pernas e as minhas se possam misturar. E só isso. Só assim. Apetece-me dormir. Apetece-me não ter pressa para nada. Poder atirar-me para um sofá sem esperas nem horários, deixar-me embalar. Embalar. Apetece-me afundar o nariz em cabelos, beijos na nuca, mãos nas mãos. Apetece-me brisa. Como a do final da tarde quando o sol é quente o suficiente para não nos deixar tremer, mas fresco quanto baste para não se derreter. Apetece-me a moleza do corpo, depois de caminhar ou correr. Apetece-me dormir colado, com a pele na pele, e acordar com a luz do novo dia a entrar na janela."
João
Geografia das Curvas