12 março 2015

Grande poeta é o povo...

Menina prenda o seu melro
Que anda na minha horta
Depenica-me os tomates
Há* procura da minhoca

(*escrito mesmo assim)
Azulejo com poema popular, da minha colecção.

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Conta, menina, conta...


Ela acreditava no amor à primeira picha. Eu não.

Patife
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11 março 2015

50 Sombras de ódio


Fifty Shades of Hate from Steven Benedict on Vimeo.

Curto ensaio que retrata o abuso que as mulheres sofrem nas mãos dos homens.

Comentário de EmZe:
"Não sei exactamente qual foi a ideia do realizador ao fazer uma ligação do título desta "curta" ao filme «As 50 sombras de Grey», ou melhor, não sei se ele pretende estabelecer uma comparação, afirmar uma reacção, o quê exactamente.
No «As 50 sombras de Grey», apesar de ainda não ter visto o filme, creio que estamos face a uma situação romanceada sobre uma prática sexual, o Masoquismo (não sei se Sado-Masoquismo) que julgo, para mais, numa toada muito suave, mais para o Bondage.
Estes trechos pretendem retratar verdadeiro Ódio, no mínimo Desprezo, pela mulher sob vários aspectos.
Na minha perspectiva são coisas muito diferentes.
Ainda que pessoalmente não nutra muita simpatia pelo S-M e não tenha a minha inclinação nem interesse pela prática, não posso considerar que sejam coisas comparáveis.
Por muito que nos "custe a engolir", uma mulher ser vítima ao ser torturada sexualmente por um sádico não é a mesma coisa que um casal S-M em que ele aprecie ser sádico e ela masoquista sexualmente.
Se, por outro lado, o que se pretende é afirmar algo tipo "se vos choca tanto as 50 sombras de Grey então olhem para isto", bom, mais uma vez acho que a comparação não é, pelo menos, justa. Estes trechos pertencem a filmes que não estão a defender estes crimes. Estão a denunciá-los. O que é fundamentalmente muito diferente do «50 sombras». E alguns deles de uma forma tão visceral que resultaram melhor que muitas campanhas anti violência sexual.
Teria sido então preferível estabelecer uma comparação com casos reais da vida, que se tragam diariamente entre o galão e a torrada, votados à quase banalidade nos instantes seguintes. Esses sim deveriam ser mais marcantes.
Mas, é apenas o que acho. Como disse, não consigo perceber a 100% o intuito do vídeo.
Remetendo-me à "leitura pessoal" que Eu posso fazer do vídeo, que eventualmente poderá ser o que o realizador pretende:
Se tanto incomodam as cenas "violentas" do «As 50 sombras de Grey», que tanta "análise" têm suscitado, então, preocupem-se mais em analisar estas cenas. Porque estas é que retratam e reflectem a horrível realidade de muitas mulheres. Façam isso, façam seminários sobre isso, façam intervenção sobre isso se estão tão preocupados com o assunto. Deixem lá o «50 sombras» no seu cantinho."

Postalinho do Diário da República

"No Diário da República de hoje, 2.ª série — Nº 49 — 11 de Março de 2015, foi publicado o Despacho nº 2601/2015 da Universidade de Coimbra, que pelos vistos vai doutorar o Fodé. Já era tempo! Força, Fodé! Vai-te, Fodé!"
Paulo M.



Eva portuguesa - «Prazer»

Quero tanto dar-te prazer! Quero fazer-te vibrar como tu me fazes a mim. Quero sentir-te na minha boca; mel agridoce que domina o meu paladar. Quero o teu cheiro colado a mim, em mim, tornando-se meu. Quero ouvir a rouquidão de prazer num grito mudo nos meus ouvidos. Quero sentir os teus espasmos conforme te vais abandonando dentro de mim. Quero ver-te, sentir-te, cheirar-te e fazer-te vir vezes sem conta. Até perdermos a conta. Até perdermos o tino. Quero fazer-te esquecer quem tu és,para que apenas recordes o que és quando estás comigo, quando estás em mim. Quero que percas a razão e ganhes os sentidos. Para que o prazer seja total, completo; doloroso até de tão intenso.
Quero dar-te prazer. Aceitas?


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Postalinho jornalístico

"Nas secções de classificados de convívio dos jornais, aparecem muitas ofertas de serviços por brasileiras.
Mas nunca tinha visto, como no «Diário de Coimbra - Magazine» de 5 de Março de 2015, uma notícia com direito a chamada de capa...


... de uma brasileira que faz questão de fazer uma festa com clientes e amigos. Só depois, ao ler a notícia na página 7...


... é que constatei que afinal se tratava do café «a Brasileira», da baixa de Coimbra."
Paulo M.

Verdade verdadinha



10 março 2015

Desafio superado!



Capinaremos.com

A posta que a sério só pode ser assim

São vidas que se mudam, talvez para sempre, quando o amor influencia decisões a tomar. Há um compromisso inerente na tomada de consciência dessas mudanças, na aceitação da influência do outro ou de nós mesmos no pouco do destino que conseguimos influenciar.
Torna-se sério sem que isso derive de uma qualquer imposição social, é mesmo assim. É lógico e é justo enquanto contrapartida para tudo quanto de menos bom pode derivar de qualquer relação amorosa, quaisquer que sejam os moldes da sua construção, nomeadamente a interferência em opções de vida de outra pessoa que poderiam alterar para sempre essa vida para melhor. Ou não.
Essa incerteza, contudo, basta para fundamentar um princípio fácil de enunciar que é o do sentido de responsabilidade não sobre o que cativamos mas sobre o que nos permitimos influenciar. Essa ingerência é tão mais profunda quantos os laços estabelecidos, os compromissos assumidos para viabilizar uma ligação, a sensível questão das cedências.
São essas, no maior ou menor grau de empenho que denunciam. que acabam por definir os contornos de uma relação e por determinarem os moldes (e por inerência os limites) da mesma em termos de capacidade de interferir, ainda que por omissão, na vida de outra pessoa. São os alicerces das regras do jogo e como tal acabam por estabelecer os pressupostos de confiança, as fronteiras que nos permitimos criar dentro do território de quem quanto mais se entrega mais terá a perder.
É aí que o compromisso deve existir sob alguma forma, ainda que baseado numa perspectiva de longevidade sempre falível. Mas pressuposta numa relação mais íntima, mais próxima, mais cúmplice como todas as que dizemos mais valorizar. A moeda de troca é a busca permanente do equilíbrio como o é a preocupação constante em fazer valerem a pena todas as cedências e abdicações que qualquer relação exige para existir sem a anulação seja de quem for.
É isso que permite chamar-lhe amor. E faz sempre mais sentido quando à exaltação do sentimento correspondem a lucidez e o discernimento necessários para o fundamentar.

«ou talvez fosse apenas a noite, soprando o mar para além do horizonte» - Susana Duarte

talvez as ondas tenham despojado de luz
as estrelas nelas espelhadas,

ou talvez fosse apenas a noite,
soprando o mar para além do horizonte.

se fosses tu, certamente preencherias
a noite de luz. a não ser que a aurora se demorasse,
a cavalo na noite, ensombrada pelo receio
de ser um dia novo, onde os homens têm medo.

talvez as ondas segurem as estrelas
para além do céu, quando a noite se demora.

ou talvez o calor nos devolva o dia,
e nos dê a exata medida dos sonhos.

talvez tu, na sonora imensidão das ondas,
sejas a espuma que delas nasce,
etéreo,
apenas sonho.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

A colecção também é tecnologia

Um dos expositores da minha colecção é um sistema de espelhos côncavos que projecta um pequeno objecto, em imagem 3D.
Nas fotografias, um exemplo com um mordomo egípcio em prata, com um segredo articulado.

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09 março 2015

KAZAM - «Tornado 348 - o smartphone mais fino do mundo»

«1230» - João

"- Lembras-te?
– Sim, lembro-me muito bem. Podia ter sido ontem.
– Podia ser hoje. Lembras-te que chovia?
– Muito bem. Lembro-me de tudo.
– Tudo?
– Tudo. Sobretudo do teu olhar. Nunca me senti assim.
– Nem eu."


João
Geografia das Curvas

«respostas a perguntas inexistentes (297)» - bagaço amarelo

o mais pequeno Amor

Ainda ontem ouvi alguém falar do grande Amor da sua vida. É claro que o tamanho importa, por isso é que todos procuram esse grande Amor. Nunca ninguém deseja um Amor pequeno, porque à falta de mais conhecimento sobre o assunto, sobra o tamanho. O tamanho é o primeiro objecto de análise. Vivam os grandes Amores.
Eu também sempre quis um grande Amor, até ao dia em que percebi que os melhores Amores são os pequenos que, por serem menores, também são difíceis de encontrar. No dia em que decidi que precisava de um pequeno Amor vivia um grande, enormíssimo, Amor. Tão grande que ocupava o espaço todo, incluindo o de uma praia invernosa e deserta onde eu tinha caminhado sozinho toda uma tarde, apenas porque a solidão também é uma necessidade.

- Onde é que andaste o dia todo? - Perguntou-me.

Voltei a essa praia já a pensar em como desejava um Amor mais pequeno, daqueles que não são óbvios e que, para termos a certeza que existem, precisam de uma lupa ou até de um microscópio. São os Amores de pormenor, que por serem pequenos não exigem nada. Dão é tudo. É o pormenor de uma mão dada, de um segredo ao ouvido ou de um abraço. Ninguém vê, a não ser quem o sente.
Há alguns anos que vivo o mais pequeno Amor da minha vida. Assim, porque não quero outro.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Marketing da rendição

Crica para veres toda a história
Bandeira branca


2 páginas

(cricar em «next page»)

08 março 2015

festivais


Raim on Facebook

A Salsicha


Le Saucise from TropicalTitties.com on Vimeo.

Luís Gaspar lê «Rosas e Cantigas» de Afonso Duarte


Eu hei-de despedir-me desta lida,
Rosas? – Árvores! hei-de abrir-vos covas
E deixar-vos ainda quando novas?
Eu posso lá morrer, terra florida!

A palavra de adeus é a mais sentida
Deste meu coração cheio de trovas…
Só bens me dê o céu! eu tenho provas
Que não há bem que pague o desta vida.

E os cravos, manjerico, e limonete,
Oh! que perfume dão às raparigas!
Que lindos são nos seios do corpete!

Como és, nuvem dos céus, água do mar,
Flores que eu trato, rosas e cantigas,
Cá, do outro mundo, me fareis voltar.

Afonso Duarte
(Ereira, 1 de Janeiro de 1884 — Coimbra, 5 de Março de 1958) foi um poeta português. Afonso Duarte interessou-se por temas de etnografia e arte popular portuguesa, reflectidos na sua obra poética, ligada às crenças e mitos seculares, aos motivos da terra, vida animal, ao povo e à lide agrária.
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Paraíso das mamas


Quando era miúda as lojas mais populares incluíam no seu nome a palavra paraíso , como o paraíso do calçado ou o paraíso da moda apelando ao cliente mais afoito através do seu potencial de satisfação tal como as clínicas dermoestéticas de agora se estabelecem como paraíso das mamas, à escolha por catálogo e à medida.

E como quem não se sente não é filho de boa gente também eu não me cansava de lhe publicitar como seria um bom investimento para lhe encher as mãos. É que se ele nunca mostrara enfado pelas minhas 36 também é certo que nunca deixara de reparar nas mais avantajadas e de as elogiar. Mas o raio do gajo não se comovia argumentando com os tempos de crise e que as mamas estavam muito bem assim pois que as grandes são mais fetiche de garganta de gajo sem o qual até se passa bem e que era moda passageira. Lembrei-lhe que as clínicas especializadas provém de países desenvolvidos e que não podemos estar sempre na cepa torta. E acrescentei que a moda é de nível europeu ou até mundial e eu não era ninguém para a contrariar.


Ele levantou-me a camisola para prantar ambas as mãos nas minhas mamas, uma em cada uma, a sopesá-las como quem avalia laranjas, a mexê-las circularmente com as palmas, a fazer tesourinhas de dedos nos mamilos e acabar por me dizer que se eu não tinha poder de decisão sobre o meu paraíso de mamas fazia delas já ali uma república das bananas.



[Imagem: Playmate de Dezembro de 1990 e Playmate de 2003]

Romantismo a léguas


Ok, sou devasso mas há uma coisa que não faço na cama: É fazer das tipas coração.

Patife
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