03 abril 2015

Parabéns, Pai - «Muito Obrigada»


Margaret - Thank You Very Much from Chris Marrs Piliero on Vimeo.

Para que não haja confusões...



Capinaremos.com

«Se puderes» - João

"Numa tirada rápida, com uma inflexão de discurso sem preparo, eis que ele lhe diz que, se pudesse, a fodia. “Como?”, isso mesmo. “Se pudesse, fodia-te”, e depois de uma pausa ligeira, que serve para centrar bem os olhares, insistiu, “e bem. Ias gostar”. Era isso que lhe queria dizer, que se pudesse a fodia bem. Mais do que muito, bem. Era preciso. Para reavivar os corpos da dormência, para reanimar os desejos profanos. Era urgente fazer algo a esse propósito.

“Sabes”, prosseguiu, “se te fodesse ia deitar-me atrás de ti. Ias sentir-te dominada. Segurava-te pelos pulsos atrás das costas e encostava-me a ti quase ao ponto de te penetrar”. Por aquela altura, lambiam-se os lábios. Admitia que a adrenalina lhe tivesse deixado a pele mais seca e a garganta mais necessitada de água, porque palavras, nenhumas, e o modo como procurava humedecer os lábios diziam-lhe que estava a crescer nela a excitação causada por um filme cujo final ela desejava muito. Mas reagiu então perguntando-lhe “e mais?”. E mais? Brincaria com ela por algum tempo. Tocando a pele arrepiada sem pressas, absorvendo esses odores que dão cor à química, que unem ou afastam pessoas sem lógica aparente, humedecendo os dedos nos seus espaços mais quentes, preparando caminho. “E?”, e depois, triunfando, derrubando todas as barreiras, se ainda as houvesse, entraria nela. Se eu pudesse, dizia ele, eras fodida nesse momento. Quando já estivesses a desesperar. A pingar.

“Apetece-me muito”, disse ela. Virou-se de costas para ele, despiu célere a fina blusa e a saia que, descobriu ele então, eram a única roupa que lhe cobria o corpo. Afastando um pouco as pernas, e mais ainda os braços, encostou-se à parede mais próxima insinuando as suas belíssimas nádegas, e olhando discretamente sobre o ombro disse-lhe de novo, “apetece-me muito, se puderes”."


João
Geografia das Curvas

«Limpinho» - Shut up, Cláudia!




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02 abril 2015

Água Vitasnella - «a mulher perfeita»

"Tutti sembrano voler dire alle donne come dovrebbero essere. Ma cosa succederebbe se le donne li ascoltassero davvero? Guarda l’esperimento di live mapping 3D realizzato da Acqua Vitasnella per celebrare la bellezza delle donne"

Parece que todos querem dizer às mulheres como elas devem ser. Mas o que aconteceria se as mulheres realmente os ouvissem? Assista à experiência de mapeamento 3D ao vivo criado pela água Vitasnella para celebrar a beleza das mulheres.

«inútil declaração de Amor» - bagaço amarelo

É uma merda que as pessoas se cansem de fazer declarações de Amor. Quando nos apaixonamos, não fazemos outra coisa senão falar de Amor, mas depois cansamo-nos e habituamo-nos à coisa. Começamos a dar ao Amor a mesma importância que damos às compras: é uma coisa que se faz porque se tem que fazer. Repito: isso é uma merda.
Volto ao princípio para me explicar melhor. O Amor tem que ser uma causa, daquelas pelas quais lutamos com todas as nossas forças. Não podemos aceitar que estar apaixonado seja a mesma coisa que estar na fila para o pão, ou seja, que o Amor se transforme numa variável útil da nossa vida, daquelas que só temos porque dá jeito ter.
O melhor Amor é aquele que não dá jeito nenhum. É o Amor inútil. Só existe pela mesmíssima razão que o Big Bang se deu. É a explosão que nos permite viver. Tirando essa razão para viver, não nos dá mais nada, a não ser sexo.
Ninguém devia responder "mais ou menos" quando lhe perguntam como está de Amor. Estar mais ou menos é a mesma coisa que estar mal, ou pior, é ainda mais vazio, mas cheio de nada. É só por isso que hoje, mais de seis anos depois de te ter conhecido, me apetece dizer publicamente que te Amo inutilmente.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Mulher transparente

Pintura sobre vidro, com moldura, da minha colecção.

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Tempos modernos…



Meus nervos!

31 março 2015

Aula de HTML naturista


HTML Naturist from Exey Panteleev on Vimeo.

Assim estivessem os bancos...


Prazer tão intenso que quase se converte numa dívida de gratidão.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«escreverei à meia noite do poema» - Susana Duarte

escreverei à meia noite do poema,
onde se desfazem as pedras das calçadas
e os teus passos.

escolheste seguir as pedras de ontem,
e os caminhos levantaram o pó
dos teus passos.

escreverei à meia noite do poema,
onde o vento desfez a noite, ela própria
uma ave assustada ante a imensidão
do desejo.

morrem os corpos na espera,
enquanto a meia noite do poema se declina
na cor das cerejas.

é na confluência dos dedos
que se desocultam as noites dos corpos,
entidades desejantes, meia noite das vidas
nuas, encontro sobre o leito,
ventos-sul do peito,
quando a meia noite do poema
se escreve nas peles.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

Mulher fauno ou sátiro a masturbar-se

Faunos (da mitologia romana) ou sátiros (da mitologia grega) são criaturas que possuíam um corpo meio humano, meio bode (neste caso, meio cabra).
Estatueta em resina, com 40 cm de comprimento, da minha colecção.





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30 março 2015

MeUndies - «365 dias em roupa interior»

«Jogo baixo» - João

"Começaste por te despir um pouco a medo. E a princípio mal olhavas para a minha nudez. Tentavas ignorar aquilo que estava visível, como se o meu corpo acabasse algures abaixo do umbigo, e um vazio transparente estabelecesse no éter a ligação entre as minhas pernas e o meu abdómen. Continuaste a despir-te um pouco a medo. Resoluto, puxei-te a blusa pelos braços, como quem não tem tempo a perder, e deitei-te sobre a barriga. Perante mim, o teu corpo, cruamente despido, deitado sobre a cama, esperando as minhas mãos.
Pensavas que algo tivesse mudado. Que algo fosse diferente. Pareceu-te um toque melhor. Enquanto percorria o teu corpo, de alto a baixo, ias soltando exclamações mudas. Recordo-me de observar as tuas pernas cruzadas ao nível dos tornozelos, como que a manter alguma compostura, a evitar dar ou mostrar mais do que fosse para ti estritamente necessário ou confortável naquele instante. Um certo pudor que insistias em manter, para nunca sentires que tinhas ido demasiado longe. Ou talvez para te controlares. Não mo disseste. Eu não to perguntei. Era acessório.
Mas as minhas mãos não eram acessórias. Eram orquestra. Flutuavam, outras vezes pesavam. Movimentos bem coordenados que te relaxavam e davam prazer. E os teus tornozelos foram-se afastando. Primeiro com relutância, depois com uma paz maior, um suspiro, um silêncio pontualmente cortado por murmúrios. As minhas mãos deliciavam-se nas tuas costas. Banhavam-se nas tuas coxas, passavam a escassos milímetros da tua cona, e talvez isso fosse para ti uma espécie de tortura, ou apenas parte de um jogo excitante, onde a ausência de uma tensão natural de quem se vai foder sempre intensifica as outras sensações tácteis. Porque ali ninguém se ia foder. E o tacto era tudo. E o que havia para sentir eram todas as milhentas explosões neuronais quando a ponta de um dedo toca um milímetro quadrado do corpo do outro. Sem exigência, sem expectativa, sem opressão nem obrigação. Não havia competição nem honra em jogo. Nem tu tinhas de provar ter a melhor cona do mundo, nem eu o mais hábil caralho. Tudo isso estava amplamente coberto pelas regras. E as regras definiam a ausência da foda que se castiga frenética em corpos suados.
Mas então passei por cima do teu corpo e encostei-me a ti, um pouco em cima, um pouco de lado, cobrindo as tuas costas, passeando a minha mão entre o topo das tuas coxas e as tuas axilas, demorando-me no contorno do teu seio. O meu ventre tocava as tuas nádegas, que começaste a ondular, a menear, a simular uma foda que não estava a acontecer. Não uma foda clássica, de quem se penetra ou deixa penetrar. Um sexo imaginado, de corpos juntos que imaginam estar a foder-se. O meu caralho ia de encontro ao topo das tuas nádegas, e elas vinham de encontro a mim, oscilando ficámos por momentos, controlando a ténue fronteira da resistência e de até onde se quer ir.
Acusaste-me de jogo sujo. De jogo baixo. De te apanhar sem preparo, numa posição a que resistes tão pouco, quando um corpo te toca assim, por trás, despertando em ti a fantasia de uma submissão, de quem é preso e não tem fuga senão sucumbir ao prazer que o sexo te dá. O jogo sujo fez-se de joelhos afastados, quando por fim as tuas pernas eram ponte entre as duas margens da cama, quando finalmente me convidas a conhecer o interior da tua carne, quando me pedes que te faça vir. Sem contemplações. E sem palavras directas, também. Por sinais. Por perguntas. Por insinuações que num acesso de profícuo discurso nada mais queriam dizer senão “quero vir-me contigo”.
Puta. Elogiei. Que deliciosamente puta, a minha. Puta do corpo manobrado sem receios, sem complexos, nenhuma reserva. Querias prazer e eu dei-to. Os meus dedos galgaram para dentro de ti, e ora entravam e saiam, ora esfregavam vigorosamente o teu clitóris, e as tuas mãos juntavam-se às minhas, orientando, forçando. Olhava-te numa luz ténue, mas reveladora. Observava o teu corpo. O humedecimento abundante da tua cona, as tuas costas que arqueando te faziam relevo dunar que muda com o vento, a cara que viravas para um lado ou para o outro, numa expressão de êxtase que nada tentaste esconder. Puta minha. Pensei. Que deliciosamente puta, como te quero assim, como ela se vem, como ela gosta de se vir. Neste momento no tempo, neste pedaço de linha em que nos cruzamos, posso dizer que és uma puta louca para mim. E tudo isso, pareceu-me então, era singular. É singular.
Não tenho palavras nem teria como as ter para descrever o teu orgasmo. Talvez seja redutor, demasiado simplista, dizer que foi bom. Talvez precisasse de adjectivos mais fortes, ou de algum novo léxico. Talvez um multifacetado e simples “foda-se!” servisse para descrevê-lo. Ou então, quem sabe, talvez fossem necessários vários parágrafos para reduzir a escrito as coisas que sentiste quando por fim te vieste e logo depois tanto mais. Estavas ruborizada. Cansada. Exausta. A tua face não escondia o prazer. E, depois disso, eis que a tua cona se encosta à minha perna e nela se esfrega. Haviamos esgotado os créditos de prazer partilhado para aquele momento. As regras não permitiam nada mais. E, por causa disso, enquanto te esfregavas na minha perna, para me excitar ainda mais, como se disso precisasse, fiz eu o que tinha a fazer a mim próprio, até jorrar abundantemente, escorrendo, pingando nos teus lençóis, pensando “deliciosa”. E gizando novas regras, para o novo mundo que o sol nascente traria."


João
Geografia das Curvas

E depois não digam que a Brigada de Trânsito da GNR não tem paciência

- Ó senhor Guarda, eu não encontro a minha carta de condução...
- Como assim, minha senhora? Tem a certeza de que a carta de condução não está no porta-luvas?
- Digo-lhe, senhor Guarda, que já vi por três vezes no porta-luvas e não encontro a carta de condução...
- Veja bem mais uma vez, minha Senhora, tenho a certeza que está aí. Leve o tempo que quiser!


A noite toda



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