20 janeiro 2016

GMILLS - «Dam Baby»


GMILLS - Dam Baby from Daniel Nolan on Vimeo.

«os amigos e os outros» - bagaço amarelo

Tenho saudades dum amigo meu que, quando estava comigo, me matava as saudades que eu tinha dos outros. Os melhores amigos são assim, começam por não querer as nossas saudades só para eles. É por isso que é fácil ser amigo deles.
Nos dias como o de hoje, eu telefonava-lhe e falava do tempo, de futebol e dos lábios da Scarlet Johansson. Depois marcávamos um copo num café qualquer para falarmos de nós. Ele conheceu todas as mulheres por quem me apaixonei, mesmo aquelas que eu próprio não cheguei a conhecer muito bem. Eu, diz-me a presunção, terei com certeza conhecido as dele.
No dia a seguir a ter conhecido a minha actual companheira liguei-lhe. Estava a chover torrencialmente, o Porto estava à frente da liga nacional de futebol e a Scarlet Johanson tinha contracenado com os lábios da Rebecca Hall em Vicky Cristina Barcelona. Depois marcámos no Convívio às dez da noite.
Eu cheguei primeiro. Quando ele entrou, levantei-me e demos um abraço.

- Então, estás bem?
- Estou fodido! - respondi.
- O que é que se passa?
- Acho que estou apaixonado...

Ele riu-se. Virou-se para o empregado, nosso velho conhecido, e pediu dois uísques.

- Sem gelo, que este homem precisa de esquecer a vida... - brincou.

Brindámos.

- Como é que isso aconteceu?

Abanei os ombros.

- Acho que ia na vida, como se vai na rua às vezes, tropecei nela e caí. Quando me levantei já não era o mesmo. É sempre assim que nos apaixonamos, não é? A cair e a levantar.

Há sempre um amigo para saber mais da nossa vida do que sabem os outros. Sendo tecnicamente o mesmo, a um amigo dizemos que estamos apaixonados. A um outro dizemos, quando muito, que começámos uma relação. É por isso que um amigo nos mata as saudades que temos dos outros.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Postalinho de Penis che

Fiquei sem perceber se a papou ou se vai papar.


Voyeur!


18 janeiro 2016

Compilação de anúncios censurados da Doritos

«No fim ganha alguém?» - João

"Acordei num mar de destroços e estilhaços em terra. Como se tudo fosse mentira, o futuro um buraco e o passado uma negação, como se tivesse sido joguete ou arremesso, como se todas as palavras tivessem jorrado da boca apenas para quebrar um silêncio incómodo, sem nelas haver qualquer significado, como se fossem vazias de tudo, desligadas dos momentos e dos gestos quando se diziam, como se a falsidade cobrisse, como manto pesado, todo o espaço onde estou, onde estive, onde tenho estado.

Acordo envolto em tristeza. Escura, dura e pesada, como se tivesse sido cilindrado, como se nunca tivesse nascido nem cruzado as mesmas ruas, aquecido os mesmos espaços, como se nunca tivesse fugido na noite e na chuva, com um iogurte e um pacote de bolachas para me aconchegar o estômago de todas as horas de cansaço. Como se a mentira fosse a tua face. Como se o vazio fosse o teu corpo. Como se o chão fosse tapete voador num tornado.

E embora eu recuse acreditar nisso, embora recuse aceitar tudo o que acorda comigo nesta manhã, embora não reconheça os destroços e estilhaços, é o que vejo, é o que me mostram, e o caminho tem de ser o meu, por mim e para mim, como ontem, como sempre. Varrendo devagar, até à tempestade seguinte. Vigiando. Como eterno castigo."

João
Geografia das Curvas

Tenho que comprar um puxador de porta destes!


Via mon ami Bernard Perroud

Fartura... farta...

Crica para veres toda a história
Abundância


1 página

17 janeiro 2016

Sacrilégio! Sacrilégio! Sacrilégio!...



Uma sugestão de Carlos M.M.M. na página da São Rosas no Facebook

«respostas a perguntas inexistentes (321)» - bagaço amarelo

Parei em cima duma das pontes do canal do Côjo. O trânsito de moliceiros repletos de turistas era intenso, pelo menos para aquilo que, como aveirense, estou habituado a ver durante os meses mais frios. Dois rapazes com skates passaram por mim e, pelo canto do olho, tentaram perceber o que eu estava fazer. Estava a filmar, tão simples quanto isso. A filmar sem nenhum objectivo concreto, mas apenas pelo gozo que filmar me dá. Viram a minha Gopro em cima dum pequeno relógio de cozinha, sorriram, e continuaram o seu caminho.
Para além dos turistas nos barcos, alguns transeuntes caminhavam calmamente nas margens do canal. Dali de cima, era como se todos estivessem num silêncio próprio de quem se encontra em paz. Duas mulheres de mãos dadas pararam alguns segundos para observar um grupo de patos que, na esperança de obter comida, se aproximou delas a furar esse silêncio. Reparei então como a minha mão já não segura a mão de ninguém há algumas semanas. Fechei o punho e abri-o novamente, coloquei a câmara na ponte e comecei a filmar.
Ando com uma estranha sensação de solidão, porque apesar de a sentir sou eu próprio que a alimento. Não me apetece estar com muitas pessoas em simultâneo. Na verdade, para ser sincero, nem sequer há muitas pessoas com quem me apeteça estar. Por isso mesmo é que sorri quando as duas mulheres passaram por mim, ainda de mãos dadas, e as ouvi discutir. Eram namoradas e estavam zangadas, mas mesmo assim davam as mãos.
A uma certa distância, tudo nos parece pacífico, mas quando nos aproximamos e percebemos os detalhes, percebemos também que a paz é uma utopia. Acho que tive este pensamento pela segunda vez na vida. A primeira vez foi em criança, quando vi uma fotografia do planeta Terra num Atlas. Era bonita, mas ali na rua onde eu vivia havia uma série de problemas que eu conhecia melhor do que os astronautas que tinham tirado aquela foto. Mais tarde vim a descobrir que o Amor também é assim: bonito por fora, eventualmente cruel nos seus detalhes.
De todas as pessoas que conheço, existe uma (ou três, vá lá) com quem me vai apetecendo estar. É uma amiga a quem nunca dou a mão, mas de quem recebo tudo o que há para receber duma amiga. Estava a pensar nela quando lhe ouvi a voz e, por um segundo, um detalhe nesse mundo que eu vi num Atlas há muitos anos atrás me pareceu perfeito.

- Como estás? - Perguntou.
- Mal. Bebes uma cerveja comigo?

Nessa tarde, ela foi o meu detalhe. É dos detalhes que nós dependemos, não da fotografia do Atlas. Talvez seja por isso que eu gosto de filmar.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Postal das cartas de amor


Nunca escrevi cartas de amor ridículas.
Porque sempre guardei as palavras no fundo de mim, até a digestão as processar.



Maitena - Condição feminina 10



16 janeiro 2016

Homens, aprendam a fazer um hamburguer suculento com vinho

Postalinho de Miranda do Douro - 1

"Mural no centro histórico da cidade, com uma frase da canção tradicional de Trás-os-Montes, «Mira-me Miguel»."
Paulo M.



«Infecção grave» - por Rui Felício

Emagreceu muito, anda pálida, com olheiras...
O médico, depois de uma série de exames e análises que lhe mandou fazer chegou a uma conclusão.
Não lhe foi detectado cancro, nem doença pulmonar, o coração funciona normalmente,o aparelho digestivo trabalha bem, mas a análise ao sangue indicia uma infecção grave que ele agora precisava de localizar.
Mandou-a deitar na marquesa, ela despiu-se da cintura para cima, o médico observou-a mas nada de anormal encontrou.
Pediu-lhe que se despisse completamente, da cintura para baixo.
Pernas com meias de rede e salto alto
Óculos em plástico, 2011
Colecção de arte erótica «a funda São»
A Sandra, embora envergonhada, tirou as calças e as cuecas e o médico, atónito, fixou os olhos na barriga e nas coxas na zona em redor das partes genitais.
Era incrível! A Sandra estava cheia de feridas purulentas que revelavam uma grande infecção.
Perguntou-lhe se nas relações sexuais o marido a arranhava, se ele usava unhas compridas e pontiagudas, ou se usava instrumentos fantasiosos e se a feria no auge do prazer.
Ela disse que não, que não era nada disso.
Então a que se deviam aquelas feridas? Quis saber o médico...
- Sabe, Sr. Doutor, o meu marido é míope e usa uns óculos grossos de tartaruga e arame e nunca os tira porque senão não vê nada...

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Perspectiva

As mulheres não se vestem para agradar aos homens mas para se agradarem a si próprias. Se fosse para agradar aos homens andavam sempre nuas.

Patife
@FF_Patife no Twitter

15 janeiro 2016

«The OH Files / pornography from the ETLE Universe»


The OH Files / pornography from the ETLE Universe (TRAILER) from the A.O. Movement Collective on Vimeo.

«pensamentos catatónicos (329)» - bagaço amarelo

As mulheres têm-se como o elemento mais importante duma relação a dois. É, aliás, isso que existe em comum com os homens, que também as têm como tal. É esse equilíbrio que lhes permite serem emocionalmente injustas e tomarem decisões unilaterais sem possibilidade de recurso.
Se uma mulher pede algum tempo a um homem numa relação, é suposto ele perceber e esperar porque ela está com dúvidas existenciais. Se um homem pede algum tempo a uma mulher, ela não espera porque tem a certeza que ele anda com outra qualquer.
Por algum tempo, entenda-se exactamente o que é: o fim da relação com a possibilidade eventual de um reinício, um dia que haja vontade.
Se aprendi alguma coisa com a vida foi isso. Por um Amor não se espera, porque a espera significa que ele não existe. Não vale a pena esperar pela inexistência. Os Amores nunca recomeçam. Quando muito, podem começar do zero uma segunda vez se o alinhamento dos planetas o permitir.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«Cães e...» - Ruim

Entrarmos em casa bêbedos e sermos recebidos por um cão é uma amostra perfeita do tipo de relação que nunca iremos ter com ninguém.
O cão não quer saber de onde vieste nem com quem estiveste.
Ele ignora esse hálito que tresanda a whisky e putas.
As mocadas de lado no carro.
Até mesmo que tenhas lixado mais dinheiro do que devias.
Podes agarrá-lo pelas orelhas, pelo focinho, rebolar com ele no tapete da sala a dizer:
- "Minha coisa gorda mai'linda do mundo, anda aqui ao dono!" - enquanto lhe dás linguados (ignorando totalmente que ele esteve a lamber os próprios tomates uns minutos antes).
O cão ama-te seja em que situação for e vai adorar todos os segundos disto com bisda lambidelas e um abanar de rabo ventoínha.
Agora tentem fazer isso com a vossa namorada a agarrar-lhe nas orelhas e a dizer:
- "Minha coisa gorda mai'linda do mundo, anda aqui ao dono!" - enquanto lhes lambuzas a cara toda.
Não corras não...

Ruim
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«Em resumo...» - Shut up, Cláudia!





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13 janeiro 2016

Um sábado qualquer... - «Começou com o Jó…»



Um sábado qualquer...

A notícia aqui... e o video aqui:

Van Hoick - «Party Everyday»


Van Hoick - Party Everyday (Explicit Version) from Van Hoick on Vimeo.

«conversa 2143» - bagaço amarelo

Ela - Lembras-te da noite em que tentaste ir para a cama comigo? Foi tão engraçado...
Eu - Tenho uma ideia...
Ela - Tens uma ideia?! Só tens uma ideia da noite em que tentaste ir para a cama comigo?!
Eu - Foi há tanto tempo...
Ela - Nem sequer sabes há quanto tempo foi?!
Eu - Diz-me só se consegui ou não, por favor.
Ela - Claro que não, seu parvalhão.
Eu - Então querias que me lembrasse de quê?
Ela - De teres tentado...
Eu - E lembro... quer dizer, tenho uma ideia.
Ela - Foste para a cama assim com tanta gaja, que só tens uma ideia?
Eu - Não, não fui, mas tentar, lá isso tentei.
Ela - Percebes porque é que não foste, não percebes?
Eu - Percebo. Para as mulheres, uma tentativa já é digna de ficar na memória. Para um homem não.
Ela - Estás a chamar-me o quê?!
Eu - Nada. Estou só a dizer que a minha memória é muito má.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Postalinho de Bragança - 5

"Frase num muro do centro histórico de Bragança, relembrando-nos que nem tudo o que nos fode é erótico."
Paulo M.


Desabrochem!


12 janeiro 2016

Preferências



HenriCartoon

Antiga vilã

Apollonie Sabatier serviu de molde para a escultura de Auguste Clésinger 



Tu, mulher! 

Desde sempre carregas o fardo, 
Pesado,
Dos mais torpes sinônimos.
Chamam-te de tudo,
Com sentido de nada,
Meretriz. Vagabunda. 
Mulher da rua.
Rampeira. Puta.
Mulher da vida.Vilã.
Usam-te sem fitar os teus olhos
E não enxergam como choras,
Furtiva, fingindo sorrir.
Escrava. Maltratada,
Sobrevives aos apodos diários,
Transformando-os em poemas
No teu relicário.
Menina. Mulher.
Não és dona de si.
Desprotegida,
Banida do lar.
Dão-te como erva daninha,
Mesmo sendo uma flor.
Beijas e acaricias
Mas quem sara a tua dor?
Jogam-te pedras, os impuros.
Imputam-te penas severas
Enquanto divides teu corpo
Entre o sofrer...
E o teu sonhar.



* - O poema acima é uma "complementação" (no meu estilo - claro!) ao belíssimo poema de Vitor C. (Vitor Costeira):


...E, ASSIM SORRINDO, ADORMECIAS...
Madrugavas antes de anoiteceres
e fazias do vão de escada
de qualquer prédio abandonado
o palco do teu passo treinado,
libertando-te como se fosses um rio
desaguando numa foz por acontecer
nos braços que a noite tinha para oferecer…

E, na noite, recebias cada corpo quente
como uma dádiva feita para se receber
e entregavas muito ternamente
tudo aquilo que te tinha feito mulher,
numa permuta sem razão aparente
que nada tinha de ilusão inocente…

No fim de cada madrugada anoitecias,
confundindo as noites com os dias,
e recolhias-te na alma que era apenas tua,
dentro de ti mesma, longe da rua,
cabelos e sentimentos, de novo, desgrenhados,
como sinais de pesadelos jamais imaginados…

E aconchegavas o corpo com a fantasia,
cerravas as pálpebras enquanto te benzias,
e, de prazer ou de frio, o teu corpo tremia
mas, de vez em quando, sonhavas e sorrias
e acreditavas que um dia não são dias
e que, um dia, outra mulher serias!

E assim, sorrindo, tu adormecias…

Autor: Vítor Costeira



Poder de encaixe

"Não há regras no amor. Nem receitas. Cada um vivencia o amor individualmente e diferentemente. Não há manual."
Chris Branco

Sem manual e ainda por cima é mais complicado de montar que os móveis do IKEA.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 22






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Garrafa mulher

Garrafa de vinho BEBESPONTOCOMES Dão by Lúcia Freitas, com um design de André da Loba de tal forma entesante... sim, sim, eu disse interessante, que tinha que vir para a minha colecção... e nem sei se alguma vez beberei este vinho, que deve ser bem bom...




Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

11 janeiro 2016

Carl's Jr. - «Lavagem de carro»

«A outra página» - João

"Já chega mesmo, disse. Usei o teu nome, escrevi-o pela última vez naquelas linhas, e disse-te que já chega, mesmo. Que não perdesses tempo, que não perguntasses, que não quisesses saber. Porque eu estava noutra, noutra coisa qualquer, nem que fosse a mesma pintada com outras cores, com outros cheiros, nem que a página fosse de papel reciclado. Não perguntes, não queiras saber, não queiras lembrar. Disse que chegava, e acrescentei, repeti, para que te magoasse um pouco mais. Que desaparecesse da tua memória, porque não somos. Fomos mas não somos. Fomos mas não existimos mais. E disse-to com lanças, facas, garfos, petardos, frio intenso. E se me visses, se sentisses, se estivesses dentro de mim, saberias como tudo quanto te dizia era o contrário do que se agitava dentro de mim, e de como fiquei tão exausta de me combater, da força que tive de encontrar para colocar o borrão escuro que marca o final de uma frase, da força que tenho de encontrar para manter a frase assim, com ponto."
João
Geografia das Curvas

Postalinho de Bragança - 4

"Mais uma das figuras do Museu Ibérico da Máscara e do Traje".
Paulo M.


O otário nem desconfia



Capinaremos.com

10 janeiro 2016

«Só é sexismo quando os homens fazem»

Eu tinha publicado um video de uma exposição de arte Shunga no British Museum... mas o YouTube eliminou esse video. Nada erótico!

«conversa 2142» - bagaço amarelo

Eu - Estou a precisar de praia. Queres vir comigo este fim de semana?
Ela - Pode ser, se me explicares porque é que me estás a convidar...
Eu - Explicar o quê?
Ela - Porque é que me estás a convidar...
Eu - Tenho que te explicar porque é que te estou a convidar para ir à praia?!
Ela - Gosto de entender as coisas...
Eu - Para não ir sozinho, sei lá...
Ela - Pois, o problema é esse...
Eu - Qual?
Ela - O convite é razoável. A explicação é que é uma merda...


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»