30 junho 2017

As tetas fantasmas

Brett Whiteley - «Washing the Salt off» (duche para tirar o sal)


Via mon ami Bernard Perroud

Eva portuguesa - «Nojo!»

Eram 23h quando o telefone toca a assinalar a chegada da respectiva marcação. Digo ao senhor para subir, mas ele pede-me para esperar, que está a acabar de fumar. Passados uns minutos, vejo chegar uma bola peluda com 1,5m de altura e o mesmo tamanho de largura. Tenta cumprimentar-me enfiando-me uma língua fedorenta na minha boca. Que nojo! O cheiro e sabor não só àquele último cigarro, que fez tanta questão de fumar antes de entrar, bem como a tantos milhares de outros já apodrecidos naquela boca de dentes amarelos, foi como um murro na minha cara. Afastei-me enojada e com a certeza de que se aquele era o começo, o resto da marcação ia ser horrível...
Infelizmente, não me enganei...
Mal entra no quarto começa a apalpar-me desesperadamente e enfia-me os dedos na boca (nunca entendi este fascínio, para ser sincera... esperam sentir no dedo a simulação de um fellatio?!). Meu Deus! Misericórdia! O cheiro a cinzeiros cheios, sujos, nunca limpos, com anos de resíduos de material tóxico proveniente do tabaco! Como é possível uma mão cheirar assim?! E pior: como ousa pôr algo tão nojento e putrefacto em mim?! Horrorizada, enjoada e enojada, achei que não podia piorar mais. Pois bem, enganei-me!
Pergunto à criatura se não quer ir passar-se por água, diz que não, que está limpíssimo, que acabou de tomar banho. Preparem-se... já ambos nus, senta-se na cama, em cima do lençol branco, lavado, limpo e... F*CK, deixa uma mancha castanha! E, como se ainda não bastasse, deita-se e abre-se todo à frango assado e diz: "Lambe-me o cuzinho!"
Deus me acuda! Ia-me vomitando toda!
Obviamente, todo o encontro, que nunca devia ter acontecido, acabou ali...
E se for preciso, a criatura, com a falta de... nem sei... de tudo: consciência, higiene, ética, respeito, educação, dignidade -por ele e pelos outros -, carácter, espelhos em casa, consciência... se for preciso, ainda vai para aqueles fóruns merdosos dizer que foi tudo mecânico, não houve entrega, blá, blá, blá...
Pessoal, a sério?! Acção gera reacção! Vêm ter com uma mulher, independentemente de ser a dinheiro ou não ,pois é sempre uma mulher e, no meu caso, linda, sarada, cheirosa, limpa, perfumada, com tudo para vos agradar... e cheiram, sabem e comportam-se como um aterro sanitário a feder a beatas de cigarros com 3 anos passados e a deixar manchas literalmente de merda no meu lençol?! Opá, a sério?!
Que nojo!


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

#badumtss #oliviafresca #tinderismo - Ruim

A minha amiga (vamos chamar de Olivia) que é mais fresquinha que uma alface, está aqui comigo a beber mojitos no Bairro. A (abre aspas aéreas) Olivia (fecha aspas aéreas) acabou de confessar que sacou um gajo na Tinder. Ya, mesmo à galdéria tipo os homens. Que vergonha.
" - Engatei um gajo no Tinder. É da Portela."
" - Deve ser um grande avião, o gajo... "
Está há meia hora a rir. Depois de ler isto, não sei.

Ruim
no facebook

29 junho 2017

Franco Fontana - A piscina









AMOR


Amor, amor, amor, como não amam
os que de amor o amor de amar não sabem
como não amam se de amor não pensam
os que amar o amor de amar não gozam.
Amor, amor, nenhum amor, nenhum
em vez do sempre amar que o gesto prende
o olhar ao corpo que perpassa amante

e não será de amor se outro não for
que novamente passe como amor que é novo.
Não se ama o que se tem nem se deseja

o que não temos nesse amor que amamos
mas só amamos quando amamos no acto
em que de amor o amor de amar se cumpre.
Amor, amor, nem antes, nem depois,

amor que não possui, amor que não se dá,
amor que dura apenas sem palavras tudo

o que no sexo é o sexo só por si amado.
Amor de amor de amar de amor tranquilamente

o oleoso repetir das carnes que se roçam

até ao instante em que paradas tremem
de ansioso terminar o amor que recomeça.

Amor, amor, amor, como não amam
os que de amar o amor de amar não amam.

Jorge de Sena, Peregrinatio ad loca infecta, 1969

Namorado à espreita, com telescópio

Homem no meio da vegetação, a espreitar por um telescópio (na tampa) a namorada a banhar-se nua num rio ou lago (no fundo da caixa). Caixa em porcelana Rosenthal da série "amorosos" de Peynet, dos anos 60.
Peça de Raymond Peynet, ilustrador e designer francês, nasceu em Paris em 1908. Tornou-se, literalmente, um nome familiar nos anos 1950 e 60, quando o seu par de namorados da série «Lovers», teve proeminência internacional e, particularmente, na França. Apareceram em gravuras, postais, cerâmica, bandejas, porta-chaves,... e muitos outros suportes. Peynet trabalhou para a Rosenthal entre 1955 e 1965 e as suas peças estão entre as mais coleccionáveis.
Na minha colecção, estão várias dessas peças. As mais malandrecas...




















A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

«Narcisismo» - Adão Iturrusgarai


28 junho 2017

«Gender free internet» (internet livre de diferenças de género)

"No Copenhagen Pride estamos orgulhosos de representar um dos primeiros países do mundo a deixar de definir o transgénero como uma doença mental. Mas a luta de género não termina aí. Com a Gender Free Internet queremos dar às pessoas todo o respeito e reconhecimento mundial, tornando possível navegar na internet sem ser confrontado com a discriminação de caixas de género. O futuro é livre de género, e começa com uma Internet Livre de Género. Junte-se ao movimento hoje."

Aqui me tens.


Demoras-te?

Amor a pronto


27 junho 2017

«Le clitoris» (o clítoris) - documentário (bem) animado


Le clitoris - Animated Documentary (2016) from Lori Malépart-Traversy on Vimeo.

«o beijo é a serena queda das mãos sobre o corpo» - Susana Duarte

o beijo é a serena queda das mãos sobre o corpo,
a quietude incerta das manhãs húmidas
de suor

e a agitação dos olhos, onde as mãos
iniciam voos
e madrugadas.

é no beijo que nasce a (e)terna mansidão
dos corpos.

o beijo é a fonte do poema,
orgasmo das mãos
e ventre das palavras

a noite e as asas de tudo,
o tudo e o nada que confunde,
as antíteses todas
de todas as vidas.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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