30 agosto 2018

«Costas quentes» - Adão Iturrusgarai


A construção do vazio

Romance de Patrícia Reis.
Como ouvi alguém comentar num programa de rádio, "se os homens quiserem conhecer a forma como as mulheres pensam, leiam este livro".
Na minha colecção, sempre a aprender!


A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

29 agosto 2018

Filhos de branco 2 - «Em tempo de guerra, não se limpam armas» - Mário Lima

As lavadeiras que se relacionavam com tropas, embora não fossem colocadas à margem dentro da comunidade, não tinham outro parceiro senão o tropa com quem, além de lhes lavar a roupa, davam favores sexuais.

Elas não se importavam, pois sempre era melhor assim. Não tinham que ir buscar lenha e tratar da horta caseira, para o seu homem que, por sua vez, tinha mais que uma mulher para garantir que em casa nada lhe faltasse, pois exceto um caso ou outro, viviam à sombra da palmeira de onde o maruvo era extraído.

Quase todos os tropas tinham na sua lavadeira a sua companheira de esteira. Era melhor do que ir à grande cidade e terem relações com as prostitutas que lá haviam, pois eram um ninho de doença, devido à falta de higiene tanto deles como delas. E depois eram as doenças venéreas que iam à custa de penicilina de um milhão de unidades, e quando a doença se propagava, eram obrigados ao "descasque da banana" ou ficavam com sífilis. Em tempo de guerra não havia muitas vezes tempo de se limpar a "arma" e dava nisso.

Quando as cabindesas tinham filhos e devido a ter que o levar às costas seguro naquele pano típico, com um pau, iam elas aos poucos forçando a mama (quase sempre a da direita) para que atingisse o comprimento suficiente para quando o rebento tivesse fome, pudesse, nas suas costas, pegar na mama da mãe e sorver o leite da vida, enquanto elas amanhavam a terra ou apanhavam lenha. Estranhei e muito esse facto. A mama esquerda sem grande alteração, para que o filho mamasse quando estivesse ao colo, e a outra comprida para quando ele estivesse nas costas.

E era vê-las estrada fora, com grande quantidade de lenha dentro da cesta, segura pela cabeça.

Mário Lima
Blog «A tua vontade é a tua vitória»

P.S. - Na família cabinda, a principal figura é a mãe, pois é ela que trabalha a terra - fonte básica de sustento da família, e gera os filhos que aumentam o poder do clã. As filhas são a base da continuidade e propagação do grupo e base da sustentação deste pelo amanho da terra. O homem dedica-se à caça, ao derrube de árvores de maior porte e à guerra. O Cabinda considera a actividade agrícola aberrante da sua dignidade.




Isto de ...

Comprar telemóveis on line em sites espanhóis tem a sua piada


Postalinho de Cuba (Alentejo)

"Eu JURO que não ando à procura de nada em específico... mas estas coisas aparecem-se-m’à frente!..."
Marco António


28 agosto 2018

«corações íntimos da noite» - Susana Duarte

saltei pontes navegando rios de nuvens
e flores de estrelas gastas
e átomos de momentos sós.
fui noite na lágrima escura da ausência
e mar revolto nos momentos da tempestade
de uma lua inquieta. saltei ribeiras
na procura de diamantes
e flocos de neve escondidos
sob a areia dos elementos:nós.
serei, ainda, por momentos, a chuva
por cumprir, e o ar dos dias que passei,
e a evidência da procura das mãos
e dos rostos. sós. procuramos arco-íris
na calada da noite e, atrás de cada um,
vislumbramos a serena agitação da paixão.
procuramos diamantes residentes
na praia de areais revoltos pelo vento
do olhar. somos. somos a ânsia do repouso
no olhar de cada um e a precisão do relógio
da vida que nos cruzou e decidiu.
serei sempre aquela mulher
que salta pontes sobre rios de nuvens,
e flores de estrelas gastas, e átomos
de momentos dispersos na eternidade.
nesse ser, serei procura.
encontras-me onde os olhos te dizem
do meu olhar, e onde as nuvens
me cobrem por inteiro; onde gatos
passam nas ruas e se cantam fados
e mulheres nuas se revelam
dentro dos corações íntimos da noite.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Facebook

Deve ser cá uma olheira!...


"O meu pénis é sonâmbulo. Já o tenho apanhado de pé durante a noite."
@RobertoGamito

Então o meu deve sofrer de insónias...

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

Postalinho da Praia da Rocha

"Isto não é um calhau! É um caralhau!
E passa a fazer parte da colecção de arte erótica «a funda São»."
Paulo M.