19 agosto 2007

Sarapitola



Em miúda, julgava que sarapitola era uma espécie daqueles bichos a que esvaziamos a cabeça, atestamos com cerveja, mexemos com maionese mais um nico de mostarda e servimos na casca.

Depois, percebi que a ordem dos factores não era bem assim mas estava quase lá. Foi quando um colega cujo pai tinha um café levou a turma ao armazém do dito para exibir orgulhoso uma grade de Sumol praticamente cheia, fruto de meses esforçados de trabalhos diários o que lhe granjeou imediatos elogios à pontaria. Mas a sua obra era a perseverança e esclareceu imediatamente que usava o funil metálico do pipo do vinho para a proeza.

Afinal aquilo era uma reunião de propaganda como se faziam na época as da Tupperware. Ele que todos os dias se gabava na escola de ter tomates de ferro, sendo logo brindado com socos cirúrgicos pelo gajedo feminino, queria demonstrar a resistência do produto.

E pareceu-nos bem apoiar a campanha sugerindo um futuro investimento nas garrafas mais simpáticas da Laranjina C.

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