Sobre Ronaldo, o Cristiano, e a febre mediática em redor do Prémio, escreveu João Pereira Coutinho: "...Mas o pior veio a seguir: páginas e debates com declarações embaraçosamente homoeróticas. São as pernas de Cristiano Ronaldo. O tronco. A elegância. Não sei se alguém falou nos mamilos mas é possível. Verdade que o futebol sempre serviu para isso: para que os homens pudessem expressar as suas pulsões homossexuais sem sentimentos de culpa. Só assim é possível explicar a paixão masculina por rapazes de calções curtos, a correrem pelo campo e, em caso de golo, a abraçarem-se e a acariciarem-se com os seus corpos suados. Com Ronaldo, Portugal voltou a relembrar a natureza gay do futebol..."
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O Nelo esclarece, já que é a sua espiçalidade:
"Nam çei perquei tanta coiza há volta de ashareim bishiçe iço das pernas do Cristianu Reinaldo.
Per izemples, éu, Gonçalo Manuel da Silva, nam asho nada ispecial as pernas do Cristianu Reinaldo, e çou uma melhér bisha cum muitos quilómatrus de broshes e inrabadelas..
Asho o Reinaldu uma melhér jóvel e açim, sheiu de dinhêro e brincus nas urelhas e Çê Erre Çetes na caza e nus carrus, e dipois?
Dá uns pantapeis numas bolas...???
Poizeu nam tratu as bolas aus pantapeis... Çó com muinto carinhu e delicadesa... Beim cu pudia mudar o meu nomi pra CristiaNelo..."
E o OrCa há que tempos que não odia...
"de Ronaldo as gâmbias musculinas
rebrilhantes pelo drible que palpita
e no povo vibram tanto as meninas
como os gajos num desvairo em alta grita
o pernaço - o torso em chama - o antebraço
o bícepe e - quem sabe? - aquele rastilho
que ao corpo dá um lance de mormaço
que não fora ele gajo lhe faria um filho
fu-tebol - fé de pé - ou fá bemol
traz a quantos por ele vibram o sinete
de fazerem de um atleta esse rissol
mordiscado em entremeio de croquete
e perdendo a tramontana pela bola
o machão nem apura que faz lei
outra inversa àquela contra a sua escola
de curtir moca de gajo como um gay..."
O Manuel Falcão (Rei das Bouças), Presidente da Junta de Freguesia da Santa Inácia do Vale da Penha Maior de Cima faz uma declaração à freguesia:
"Pois meu Orca que és poeta
comó caralho que te refoda
Deixa ser este Rei das Bouças
agora o home a dar-te a Oda
Se estás farto dessa terra,
que mais tem som de histeria
Deixai-me essa estrabaria
e vinde vós num só esgalho
Ao sítio este, de carne e broa,
E verdasco, e alegria.
Tenho espaço com fartura
no barraco; lareira boa
um sofá, onde malho inteiro
O pito farfalho que a tusa fura
Ai Orca, a pasmaceira
que da cidade dizem certeira
Vai-se logo que visitam,
o Falcão à vez primeira.
Fiquem-se pois que eu não me ralo
Durmo com a lua, acordo com o galo
Ainda o Sol no céu não brilha
Já a broa se enche num estalo
De verdasco e alegria
E tenho boa companhia
dos bacanos e o caralho
e quando quero pito farfalho
(A toda a hora me dá na moina)
Saio do barraco até ao pinhal
Assobio de sinal, à filha do Toino
Mas há ainda mulheral
A fazer da perna ofício
Não vens por isso em sacrifício
Quando chegares à Freguesia
Terás broa, enchido e pito,
E verdasco e alegria.
Vem daí, Orcaralho, foda-se que deves ser um bacano do caralho. :)"
E o OrCa ode o Falcão... mesmo preferindo outro género, com outra terminação:
"sim - ao afundar-me nas berças
sim - ao sentir o frio orvalho
sim - ao ter as moçoilas quais corças
sim - ao verdasco de agasalho
sim senhor caro Falcão
presidente da Inácia
e quem não for à sessão
deite-lhe a mão e arregace-a
pelo campo cogumelos
e grelos doces dourados
deitar-se a gente aos marmelos
e cuidar-se dos silvados
que bela a vida no campo
de gostos fortes - da broa
valha a mim fechar o tampo
da sanita de Lisboa...
Falcão ave de rapina
que voas em tal lampejo
pela minha triste sina
nem sabes quanto te invejo
Falcão amigo o convite
deixou-me aqui numa fona
ainda que algo hesite
melhor seria Falcona...
enfim és hospitaleiro
e por tanto fico grato
só toca bem o pandeiro
quem o guarda a bom recato
Rei das Bouças tu serás
nessas matas maravilha
decerto me apresentarás
desse tal Toino a filha
ah e que tenhas por certo
não fazer eu sacrifício
largo mão deste deserto
vou-me aí ao solstício
que há-de haver um enchido
ao verdasco a acompanhar
que fodido e refodido
ando eu cá farto de andar..."
São Rosas: "Quando iremos então a esse verdasco?"
OrCa:
"Olha a São também quer ir
o deboche garantindo
se a gaja desata a abrir
faz-se ali festaço lindo..."
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