Para no final desembocarmos no camarim, cu contra cu, a despirmos o espectáculo cuidadosamente dobrado para um malote e a vestirmos os nossos corpos há tanto apartados esticando a largura que a nossa cama permitia sem um pingo transpirado de paixão.
Não fosse o foco de luz providencial desviar para a flor berrante do cabelo ou o contorno das pernas e por vezes seria evidente o molhado dos meus olhos que na penumbra envolvente descortinaram os dele atento a todos os mecanismos luminotécnicos e me apontaram a porta da casa de banho onde em ganas desenfreadas atirámos com as roupas e sobre o tampo da sanita nos cavalgámos em abraços ao som de uma dança de beijos carpinteiros como se a tanga da vida fosse acabar amanhã.
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Uma por dia tira a azia