31 janeiro 2016

Corridas de vibradores

Para quem pensava que já tinham inventado tudo!

«pensamentos catatónicos (331)» - bagaço amarelo

Tenho quarenta e quatro anos e estou totalmente apaixonado. Se alguém me perguntasse neste momento quem eu sou, pouco mais saberia dizer. Ando um pouco triste também, embora me considere um homem feliz, precisamente pelo motivo que me põe triste. O Amor, sim.
Hoje tirei vinte minutos da minha vida só para mim. Encostei o meu carro na estrada e aventurei-me num pinhal. Abri a porta e desliguei o rádio para poder cheirar o forte aroma do silêncio. Foi uma forte de combate ao desAmor.
Quando nos sentimos sós, é como se o tempo custasse a passar mas não custasse a ter passado. É como se cada segundo durasse minutos a passar, mas depois de ter passado fosse tudo demasiado rápido. O tempo passa a uma velocidade estonteante, mas emperra quando passa por nós. É assim um Amor apagado, mesmo que esteja em vias de se acender.
Quando um Amor nos corre mal porque alguém se distanciou de nós, quem nós perdemos não é apenas esse alguém, mas sim quem nós pensávamos que esse alguém era. As outras pessoas são sempre, pelo menos em parte, resultado da nossa criatividade, incluindo no Amor. Isso vale para os dois lados, porque nós também somos o que os outros fazem de nós.
Amanhã vou tirar vinte minutos da minha vida só para um abraço, ainda não sei de quem. Sei que, seja quem for, será também um bocadinho do que eu preciso e desejo. Espero que eu possa ser o mesmo. É assim que às vezes se começa um Amor.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI ocular

Maitena - Condição feminina 12




30 janeiro 2016

«derosire»


derosire from lolo78 on Vimeo.

Charuto d'Abano

À minha frente no café está uma mulher sozinha a fumar. Vou pedir para me sugar a trombeta: "É só um pénis. Não te fará pior que um cigarro"

Patife
@FF_Patife no Twitter

«Consumação» - por Rui Felício

O casamento foi lindo! A felicidade dos noivos era evidente, O Pedro não tirava os olhos da noiva.
Era um belo rapaz, de olhos negros profundos, corpo atlético e elegante, cabelos negros de azeviche.
A noiva, Marta, era também uma belíssima mulher que aconchegava o corpo sinuoso ao Pedro como que ambos antevendo com impaciência o momento em que enfim sós dariam largas ao seu amor.
_________
Dois meses passados, a Marta confidenciou à mãe que ainda não tinha acontecido nada.
A mãe nem queria acreditar. Sabia que o Pedro sempre fora um rapaz muito caseiro, nunca tinha ido a discotecas, nunca tinha namorado com mais ninguém senão com a sua filha.
Mas, que diabo, ao fim de dois meses de casado ainda não ter feito amor com a mulher era demais!

«Cuidado com o cão»
Casota de cão em barro pintado, com surpresa
Caldas da Rainha
Colecção de arte erótica «a funda São»
Falou com o marido e este, igualmente incrédulo, mandou chamar o genro para terem uma conversa de homem para homem.
- Olha lá Pedro, tu não gostas da Marta?
- Eu amo-a mais que tudo na vida!
- E o que é que lhe tens feito durante estes dois meses de casados?
- Eu trato-a bem, chamo-lhe meu amor, ajudo-a a arrumar a casa...
- Está bem, está bem...mas objectivamente o que é que lhe tens feito a ela pessoalmente?
- Eu dou-lhe muitos beijos, compro-lhe chocolates, levo-a a passear, vamos jantar a restaurantes românticos, durmo abraçado a ela, encho-a de carinhos.. .
- E o resto, homem? E o resto?
- Qual resto? Não estou a perceber...
- Oh homem, o casamento não é só isso. O homem e a mulher têm de fazer outras coisas muito mais importantes. Tu já viste os cães na rua, como eles fazem?
- Os cães? Sim, acho que sei o que eles fazem...
- Então faz isso com a tua mulher Pedro! Que raio, faz como os cães, homem!
_________
Uma semana depois a mãe perguntou à Marta:
- Então, filha, como vão as coisas, agora, depois da conversa que o teu pai teve com o Pedro?
- Oh mãe, está tudo na mesma. Nada...
- Na mesma? Será possível?
A Marta, acrescentou:
- Bem, exactamente na mesma, não se pode dizer...
Ele agora põe-se por cima de mim, rosna-me e lambe-me toda antes de se virar para o lado e adormecer...

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Um sábado qualquer... - «Leite dos peitos»



Um sábado qualquer...

29 janeiro 2016

Spencer Tunick no Zocalo (Praça da Constituição na cidade do México)


Spencer Tunick - MFs from Mariachi Films on Vimeo.

«respostas a perguntas inexistentes (323)» - bagaço amarelo

O maior adversário do Amor é o tempo que passa. Digo adversário para não lhe chamar inimigo, porque tento acreditar que o Amor não pode ter inimigos. Ainda assim, o tempo que passa é um perigo. Consegue pegar no maior dos Amores e encostá-lo a um lado sombrio da nossa vida.
O problema do tempo que passa é que não é decidido. Prefere fazer as coisas sorrateiramente para que ninguém dê por elas. Se pegasse num grande Amor e o destruísse de vez, era uma coisa. Agora assim, a morder pela calada, é outra. O que ele faz é traiçoeiro: atrai o Amor para a sombra tão lentamente que podemos passar anos sem perceber o que nos aconteceu.
Um dia, como noutro dia qualquer, abrimos a porta de casa rodando duas vezes a chave, damos doze passos até ao sofá da sala onde esperamos um abraço daqueles que compensa os dias maus que acontecem, mas o que recebemos é uma hesitação.
Acontece a todos, até porque o tempo passa também por todos. O que não acontece a todos é conseguir andar com o relógio para trás. Pegar nesse tempo que passou e Amá-lo como único que foi, virando-lhe a ampulheta como se vira um lençol.
Para quem não consegue, o tempo que passa será o melhor remédio. Para quem consegue também.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«Opá!» - Ruim

"Opá, adoro como ele deixa sempre a tampa da sanita para cima. É tão ele. Tão expressão máxima de liberdade do rabo. Gosto muito dele".
"Opá, adoro como ele é tão apaixonado pelos hobbies dele. Era capaz de ficar horas a vê-lo a jogar PS4 com os amigos. Gosto muito dele e dos amigos todos, até de um que está sempre a dizer para irem todos a Santarém. Adoro homens que gostem de viajar em grupo para sítios."
"Opá, adoro como ele come com as mãozinhas. É tão exótico e cenas. Adoro, adoro, adoro! Aliás, por mim mandávamos já os talheres todos pela janela e comíamos que nem javardos a vida toda."
"Opá, a maneira como ele bebe cerveja que nem um camelo da ISIS bebe água é tão apaixonante. Adoro um homem apaixonado pelo que ama."
"Opá, adoro como ele tem tantas migas e mais migas e todas giraaaaaas e boas. Adoro. É sempre FANTÁSTICO ver um homem que se dá tão bem com tantas mulheres!"
"Opá adoro como ele ressona que nem uma vara de porcos com sinusite. É tão homem, tão testosterona de cenas. Ai pá, por mim punha como toque de telemóvel e tudo!"
"Opá, adoro que quando há um arrufo, ele meta os phones para não querer escalar aquilo ainda mais. É tão bom ser ignorada e isso não mexe nada com o meu sistema nervoso."
"Opá, adoro que ele nunca me atenda o telemóvel porque "não tinha som" e quando o faz é sempre a despachar, porque tadinho tem sítios a ir, cenas a fazer e isso é apaixonante e tão mas tão testosterona de cenas independente"
Opá... ao inicio tudo é muito giro! Até os defeitos! Certo?
Suas Brancas de Neve repaginadas!

Ruim
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«Enfrascou-se» - Shut up, Cláudia!




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28 janeiro 2016

«A República» - Roberto Ferri


Eva portuguesa - «O preço das palavras»

Estarão as palavras assim tão caras que tenham perdido o valor?... 
Boa tarde, obrigado e por favor estão fora do vocabulário de grande parte dos que me ligam. Pergunto-me: estarão assim com um preço tão inacessível que não se podem usar com quem se pretende que até nos faça sentir bem?... Ou será que na mente de quem não os utiliza, têm demasiado valor para serem desperdiçados com quem se pretende passar momentos íntimos?... 
Terão palavras de boa educação e carácter aumentado assim tanto de preço?... Ou perderam o valor?... 
Falar com pessoas que não dão preço às palavras, mas sim valor, é outro nível... 

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Movimentações

Alguns dos bonecos de corda da minha colecção.












Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

«Orgasmo» - Adão Iturrusgarai


27 janeiro 2016

William Belli - «Gosto de ti como gosto de piços realmente grandes»


Willam Belli - Love You Like a Big Schlong from Woelkchen on Vimeo.

«pensamentos catatónicos (330)» - bagaço amarelo

Lembro-me do tempo em que me apaixonava e desapaixonava frequentemente. Era um tempo bom porque também era um tempo mau, o da minha juventude. Era bom à tarde e mau à noite, por exemplo, para voltar a ser bom na manhã seguinte.
O que o tempo das paixões espontâneas nos ensina, é a relativizar o que é bom e o que é mau. Nem o bom é tão bom assim, nem o mau é tão mau assim. Pelo menos quando falamos de Amor, claro. O truque passa por relativizarmos apenas quando estamos mal e sermos propositadamente ingénuos quando estamos bem.
Quando atingimos uma idade que eu não sei muito bem qual é, apaixonarmo-nos começa a ser cada vez mais difícil, até chegarmos à fase da vida em que nos custa acreditar que aconteceu. É quando nos vemos aos espelho e mesmo assim duvidamos que o nosso coração deixou de nos pertencer. A relativização do bom acaba, porque o que se passa é mesmo bom. É o absolutismo do Amor em detrimento da Relatividade.
Por outro lado, desapaixonarmo-nos também começa a ser cada vez mais difícil. Se gostarmos de alguém a sério se tornou quase um milagre, deixarmos de gostar desse alguém é um milagre maior. E eu, que ateu me confesso, não acredito em milagres.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Postalinho de Paris

"Parisienses... chamem-lhe finanças, sim!"
Joyce Craveiro

Gulodice




25 janeiro 2016

Cerveja Schneider - «Maturação»

«é tudo uma questão de toque» - João

"Tiveram uma separação difícil. Para ambos, entenda-se. É natural que depois de quase vinte anos a partilhar a vida com outra pessoa não se saiba aproveitar a liberdade de estar só. Estar só é bom, mas requer treino, experiência e aprendizagem. Talvez por isso mesmo, alguns meses depois ainda telefonassem um ao outro regularmente, mais para ouvir do que para falar. A voz do outro fazia-lhes falta.
Combinaram tomar café um Domingo, depois do almoço, mas acabaram na cama dele numa tarde de sexo de que já não se lembravam de ter. Sem os mecanismos de quem dorme lado a lado todos os dias e com a improvisação e energia de quem acabou de se apaixonar. Mesmo assim não repetiram a experiência. Sabiam que o caminho não podia ser o de regresso. E assim chegaram finalmente ao silêncio entre ambos.
Passado alguns meses ela apaixonou-se e tornou a casar. Pelo menos foi o que ele ouviu dizer. Nessa tarde chorou um bocado, sem ninguém ver, e depois convidou uma garrafa de uísque para passar a noite. A ressaca fez-lhe bem. Foi com dois comprimidos para as dores de cabeça e uma garrafa de água com gás num café dos subúrbios que teve olhos pela primeira vez para outra mulher. Não que se tenha apaixonado, mas pelo menos interessou-se. Sorriu.
Ela era morena, pele muito branca e um sinal no queixo. Não seguia nenhum padrão especial de beleza, mas parecia ter em excesso aquilo que lhe faltava a ele: a vida resolvida. Além disso era simpática sem ser dada e era decidida sem ser arrogante. Enfim, um luxo. Tinha comprado uma garrafa de Sumol de Laranja de litro e meio, quatro pães da avó e tomado café ao balcão. Nunca mais a viu, mas o momento foi interessante. Tão interessante como uma data de nascimento.
Depois de nascer vieram as dores de crescimento. Noites de sexo falhado e dias de Amor empatado. Era quase sempre uma questão de pele. Ao primeiro toque numa mulher percebia a diferença e uma tonelada de memória caía-lhe em cima. O que ele mais ansiava era pelo momento a seguir ao sexo, aquele em que se olha para o tecto e se descobre realmente o outro, já depois de lhe ter conhecido o corpo.
À partida, seria num desses momentos que ele se apaixonaria de novo, não fosse o Amor ser sempre o contrário do que pensamos que vai ser. Comprou um bilhete de autocarro sem querer ir a lado nenhum, apenas para dar uma volta à cidade sem ter que se esforçar. As luzes dos candeeiros públicos misturavam-se com a negritude do fim de tarde numa estranha aguarela abstracta. Uma mulher sentou-se ao lado dele e adormeceu em poucos minutos. Encostou-se ao seu corpo como se fosse uma cria de pássaro num ninho e deu-lhe uma mão. Ele deixou-se ir até ao fim, respirando suavemente para não a acordar.
É tudo uma questão de toque, pensou."

João
Geografia das Curvas

Postalinho de Miranda do Douro - 3

"O 69 mirandês, revisitado depois de um passeio da malta do blog «a funda São» em 2006."
Paulo M.

O OrCa não pode ver destas coisas que ode logo:

Dir-se-ia que

numa pedra descabida
em frontaria entalada
um cu se apresenta à vida
e alguém lhe faz a mamada

choro talvez de granito
por fé de alguém que o reclama
e assim ali fica o grito
que quem não chora não mama

E a Mamãe não pode ver oder porque ode logo também:

Se isso é um 69, imagine um noves fora!
Parece que entalou a fêmea,
Com o peso da bunda a sufoca.
Certo que não dará um ai, ai, ai
Dessa boca som não sai.
O que abunda não prejudica
Mas com essa bunda
Afirmo e registro:
Gozar não vai.


«Naquela sexta» - Rubros Versos


Tiago Silva

Conheci os trabalhos do Tiago Silva, nosso novo parceiro da FundiSão, neste artigo do blog Sweetlicious.
Que bem te venhas, Tiago! Abraços a atravessarem o Atlântico!

24 janeiro 2016

«A luta» (2005) - cena da masturbação


masturbation scene A luta 2005 from Tom Lemmusch on Vimeo.

«respostas a perguntas inexistentes (322)» - bagaço amarelo

Não abandono as mulheres por quem me apaixonei um dia. Aqui e ali, quando estou sozinho, ainda lhes dou a mão, as abraço ou beijo prolongadamente. É tudo exactamente como já foi um dia. A única diferença é que elas já não estão lá.
É inútil tentar esquecer um Amor. Os Amores não ficam registados apenas no cérebro, mas sim em todo o corpo. Alguns até se gravam na paisagem que nunca vimos, num cheiro, numa cor ou numa música. Quando estamos sozinhos eles observam-nos. É por isso que nunca me sinto só.
A M não sabe, mas ainda hoje fez uma viagem comigo de carro. Nada de especial, foram apenas os trinta e cinco quilómetros que separam o meu trabalho da minha casa. Conversámos o caminho todo e quando estacionei ela pediu para encostar a cabeça ao meu ombro. Ficámos ali um bocado, em silêncio, a ver o Sol nascer por trás do esqueleto dum edifício que morreu prematuramente. Nunca ninguém chegou a habitá-lo.

- Se estivéssemos os dois juntos, achas que ainda gostavas de mim?
- Gosto de ti, mesmo sem estarmos juntos... - respondi.

O nosso Amor foi como o prédio à nossa frente. Começámos a construção mas nunca o chegámos a habitar. Foi o que eu lhe disse e ela riu-se. Chamou-me docemente palerma e eu apertei o abraço, como se a quisesse segurar para sempre.
Sempre que uma mulher me chama docemente palerma, considero-o um elogio. Aos palermas a sério, as mulheres nem sequer chamam nada. E a M, que foi um Amor que não o chegou a ser, chamou-mo tantas vezes que perdi a conta. O Amor com ela foi uma tentativa, vá. E do que me lembro é dela a tentar.
E eu, palerma, sem o perceber. O que lhe devo foi o que aprendi.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI da bainha


Maitena - Condição feminina 11




23 janeiro 2016

Alfa pendular



Via mon ami Bernard Perroud

Luís Gaspar lê «Visão» de Caetano da Costa Alegre

(Pintura de Norberto Geraldes)

Vi-te passar, longe de mim, distante,
Como uma estátua de ébano ambulante;
Ias de luto, doce toutinegra,
E o teu aspecto pesaroso e triste
Prendeu minha alma, sedutora negra;
Depois, cativa de invisível laço,
(O teu encanto, a que ninguém resiste)
Foi-te seguindo o pequenino passo
Até que o vulto gracioso e lindo
Desapareceu longe de mim, distante,
Como uma estátua de ébano ambulante.

Caetano da Costa Alegre
Caetano da Costa Alegre (26 de Abril de 1864 - 18 de Abril de 1890) foi um poeta de nacionalidade portuguesa, nascido no seio de uma família crioula cabo-verdiana, na então colónia portuguesa de São Tomé.
 Em 1882 mudou-se para a Metrópole e frequentou as aulas de uma escola de medicina em Lisboa, para formar-se como médico naval. Morreu de tuberculose antes de poder cumprir tal objetivo, com apenas 25 anos.

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

«Dia de temporal» - por Rui Felício

Mulher de cabelos ao vento e peito nu
Frasco em barro vermelho
Portugal, 1985
Colecção de arte erótica «a funda São»
Que ventania!
A Carla ouvia-o assobiar, num frémito medonho. Olhava pela janela e via as árvores dobrarem-se como vimes. O ramo de uma partiu-se e voou pela estrada fora. As chapas de zinco de um telheiro do quintal abanavam, batiam, ameaçavam soltar-se.

O marido era um paz de alma. Sentado a ver televisão, ficava indiferente ao temporal.
Aliás, há já uns anos que tudo parecia ter acabado para ele.
Vinte anos mais velho que a Carla perdera o fulgor da vida enquanto ela estava longe ainda de se acomodar, de arrefecer o calor que lhe queimava o corpo e os sentidos. Mas o Pedro, agora com 65 anos, há muito que deixara de a procurar, de lhe saciar o desejo, de a amar...
Ela bem tentava despertar-lhe a libido, com caricias, com beijos, com sussurros eróticos.
Mas nada! O Pedro tinha-se transformado numa pedra inerte.

Um estrondo contra a parede do quintal assustou-a. Uma das chapas de zinco soltou-se e batia fragorosamente contra a parede.
A Carla foi lá fora para tentar prender a chapa.
O vento uivando, levantou-lhe a saia até à cabeça.
Aquele vendaval levantava tudo!, pensou ela de si para si.
Foi então que lhe ocorreu uma ideia luminosa.
Gritou para dentro de casa:
- Pedro! Anda cá fora apanhar este ventinho.
Nem imaginas! Olha que levanta tudo!

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Acumular pontos


Ah... bela pinada que acabei de dar. A julgar pela lassidão daquelas bordas certamente que lhe carimbei o cartão de fodilhona frequente.

Patife
@FF_Patife no Twitter

22 janeiro 2016

A pornografia 3D está aí



Aqui, um video sem censura.

«conversa 2145» - bagaço amarelo

Ela - A minha filha adormeceu...
Eu - Pois...
Ela - Agora estamos por nossa conta. Vou abrir uma garrafa de vinho...
Eu - Okay!
Ela - Preferes Alentejo ou Bairrada?
Eu - Qualquer coisa...
Ela - Este é o momento em que bebemos um copo e, se tu não fosses tu, eu tentava levar-te para a cama.
Eu - Tentavas levar-me para a cama se eu não fosse eu?
Ela - Sim. Ando mesmo a precisar disso.
Eu - Qual é o problema de eu ser eu?
Ela - És meu amigo há vários anos...
Eu - Ah!
Ela - Já passou o prazo, percebes?!
Eu - Mais ou menos. Diz-me uma coisa: e se eu deixar de ser teu amigo, há alguma hipótese?
Ela - Não. Tarde demais.
Eu - Pronto! Era só para saber...
Ela - Não te preocupes, tenho aí mais vinho...


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«Hortelãs» - Ruim

Então quer dizer que eu posso levar murros e murrinhos "a brincar"...
Posso levar mordidas e mordidelas "a brincar"...
Chapadas e chapadinhas, caldos e caldinhos e mais demonstrações de "afecto"...
A la la la que é tudo a brincar!
Mas quando um gajo puxa da culatra atrás e responde na mesma moeda seja com um encosto amoroso no braço ou uma dentada, ai que me aleijaste e és maluco e não sabes a força que tens socorro liguem para a APAV!
Estranho, nunca me queixei de beijinhos a não ser da minha avó que me lambia a cara toda com aquela boca velha de chupar limões.
Tenham juízo mais as vossas brincadeiras de merda. Nós não temos culpa de vocês serem feitas de hortelã.

Ruim
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«Eh, touro liiiindo!» - Shut up, Cláudia!





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