07 fevereiro 2020

Se tiver um filho - Ruim

Se tiver um filho, espero mesmo por tudo que ele seja gay para não ter viver na expectativa de ter de vir a ser sogro de uma gaja. Sabem o martírio que é ter uma nora? Tenho de ser cordial, dar dois beijinhos, dizer coisas "como é que estás, rapariga?" e atender-lhe as chamadas quando se avariar o autoclismo lá em casa, dizer "como é que estás, rapariga?" e ela dizer "senhor Conceição, precisa de vir cá a casa arranjar o autoclismo, porque o inútil do seu filho está a ver vídeos do YouTube há meia hora para ver se aprende a ser *elevar do tom de voz* UM HOMEM A SÉRIO *fim do elevar do tom de voz* e não consegue resolver nada! ". E eu não sei arranjar autoclismos, provavelmente o inútil do pai ia juntar-se ao inútil do filho a ver vídeos no YouTube sobre arranjar autoclismos.

Mas um filho gay? Ter um genro? Sim, por favor. Não tenho de ser simpático para esse rapatocha. Assim que entrar lá em casa leva logo com duas sapas que até fica a andar ainda mais de lado (sim, porque o meu filho vai ser o activo). Arranjar autoclismos? "Vai mas é levar no ass... ah, espera, tu vais mesmo" e depois desligo o telemóvel a rir. Piadas. Essencialmente, quero um genro gay para fazer piadas. O meu filho apresentar-me o namorado, eu todo compreensivo e open mind, apanhá-lo a sós, perguntar "então como é o desempenho do meu filho a mamar no nabo?", faço aquele gesto com a mão e a língua na bochecha, deixo-o todo encavacado, ele responde "ah... pois... é bom, gosto muito dele" e eu digo "pois, isso ele foi buscar à mãe, mas os olhos são os meus. Vá, vamos beber uma tisana os dois junto à estátua em gelo do David do Miguel Ângelo que temos na sala!"

O meu filho é gay, claro que bebe tisanas junto a réplicas em gelo de estátuas de artistas renascentistas.

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