11 janeiro 2005

Quem nunca recebeu uma carta de amor?

Igual a esta, duvido:


(o Engenheiro Que
Não Paga as Quotas
da Ordem serviu de
carteiro)

Erotismo ecológico/vegetariano



Não entendo certa poesia erótica
Que fala de néctar em vez de orgasmo
Que compara sempre a pele a fruta
E que descreve todos os cheiros do corpo
Como aromas tropicais
Em que o sexo é tronco
Os membros ramos
E todo o acto em si é descrito
De um modo ecológico e florestal.
Gosto da carne que é carne
Do cheiro salgado e penetrante do suor
Gosto de braços e pernas
Que atam e prendem como correntes
Gosto do sexo que não é tronco
Mas espada, lança
Que penetra e atravessa
E porque é músculo, carne e sangue
Se sente dentro a pulsar.
Talvez o problema seja
Estar-me lixando para a ecologia
Não ser vegetariana e ser pouco viajada.
Mas quando leio amor
Gosto de sentir amor
Quando leio sexo
Gosto de sentir um arrepio na pele
Como se as letras fossem saltar do poema e tocar.
Gosto do acto descrito com a força do desejo
Carnal, instintivo.
Gosto do poema à flor da pele
Que faz o coração acelerar e dizer:
Porra, isto sim é fazer amor
Isto sim é sentir amar!


O OrCa apoia a Encandescente (e, claro, ode-a):

Da palavra pressentida
À palavra sussurrada
Nessa fúria mal contida
Incandescência de sexo
Onde a palavra gritada
Só no vernáculo tem nexo
Passo a passo até ao espasmo
Sangue assim será só sangue
E só depois do orgasmo
Se calará já exangue...

As aventuras da Maxi São e do Mini Fúndio


Intimidade

Oh Manela, era maravilhoso estar com o Frederico. Víamos um filme do Almodovar e comentávamos cada plano, cada cena, cada bocadito do cenário. Líamos um livro do Saramago e analisávamos a importância de cada personagem no desenrolar da narrativa. Ouvíamos um CD do Caetano e falávamos horas a fio sobre os géneros musicais que ele abarcava e integrava no som próprio que produzia.
Em casa, comíamos cachorros quentes entremeados de beijos e pintalgávamos caras, orelhas, pescoços e cabelos de manteiga e mostarda. Como noutras partes do corpo, como calculas, Manela! Nem me ralava nadinha que ele não resistisse a uns glúteos expressivos numas calças justas ou a um par amplo de seios saltitantes num decote-travessa. Eu já sabia, Manela, que nessa altura os miolos lhe desciam ao sexo e o Frederico só recuperava quando eles saíam liquefeitos em leite condensado.
Verdade, verdadinha, Manela, eu até me sentia bem naquela posição de porto de abrigo, de casa da floresta onde podemos sempre voltar para repousar. O balde de água fria na minha paixão foi só quando descobri que uma outra lhe tinha espremido uma borbulha. Oh Manela e tenho a certeza porque a borbulha estava num local das costas onde ele não chegava com as mãos. E isso, Manela, isso sim é intimidade!

Maria Árvore

Por falar em intimidade, o João Mãos de Tesoura (Pobre Pila) pede para vocês (eu não) imaginarem esta cena sempre que tiverem um mau dia:
- és siamês
- o teu irmão é gay
- ele tem hoje um encontro
- vocês só têm um cu!

Até os bonequinhos gostam... - 2

O Não vou por aí! continua a falar para os bonecos:

O que se meta a pau com o ... ainda é ... e depois !
O que vale é que (eu) estou bem longe dele... mas não vá o tecê-las,
deixa-me cá preparar <<<---------->>>

10 janeiro 2005

Transparências

foto: El-Matador

Na tua boca sem dizer uma palavra
Soletrei em todas as línguas a palavra amor
Sobre a tua pele desenhei, sem saber desenhar
Todos os contornos que tem o prazer
E por ser silêncio a palavra foi mais pura
E por ser transparente o gesto ficou gravado


Verdades 3 (Final)

11. Porque é que as pilhas são melhores do que os homens?
- Porque elas ao menos têm um lado positivo.

12. Porque é que as mulheres já não se querem casar?
- Por 100 gramas de chouriço têm que levar o porco inteiro.

13. Qual a semelhança entre o homem e o micro-ondas?
- Aquecem em 15 segundos.

14. Qual a semelhança entre o homem e o caracol?
- Ambos têm chifres, babam e arrastam-se. E ainda pensam que a casa é deles.

15. Porque é que não existe um homem inteligente, sensível e bonito ao mesmo tempo?
- Porque seria mulher.

(A Gotinha dedica este post ao Isso Agora pelo seu exemplar, sedutor e desejável cavalheirismo... mas em letras bem pequeninas para ele não ficar muito convencido...)

História do Carochinha

Lembram-se do carocha da Califódia com matrícula 4FUND4S40?
Olhem que o capot clássico - em branco - também é bem bonito:

(inspeccionado pela Gotinha)


Esquisito…


m sujeito prepara-se para mandar uma queca na amante.
Durante os preliminares, resolve massajar-lhe o grelo com o dedo grande do pé e constata, para seu grande espanto, o enorme prazer que lhe proporciona com essa invulgar manobra.
No entanto, dias depois começa com dores no dedo do pé e vai ao médico.
Depois de o observar, o médico faz o seu diagnóstico:
- Que esquisito! É a primeira vez que vejo um gajo com um esquentamento no dedo grande do pé. Faz-me até lembrar a gaja que aqui esteve ontem, que tinha pé-de-atleta na cona.

(enviado por .G)

09 janeiro 2005

Mulheres Gordinhas




"As mulheres gordinhas são como a Mortadela:
redondinhas e cheias de gordurinhas;
Quem come, adora...
mas não conta a ninguém..."

E vocês preferem mortadela ou fiambre??!

Protejam a Ana Teresa!

"Finalmente, o «nosso» dia está instituído" - informa a madr.
Se não fosse ela, corríamos o risco de deixar passar esta ocasião para vangloriar as nossas Zonas Húmidas.
Anotem nas vosssas agendas... mas não se esqueçam que as zonas húmidas têm que ser acarinhadas todos os dias.
Viva a Ana Teresa! Viva! Hmmm... (lá estou eu a ficar húmida... mas pelo menos agora sinto-me protegida...)

Destruam as obras do demo!



Querem lá ver que, numa capela da aldeia de Wiston, no Sussex (até o nome da região é pecaminoso) - Reino Unido, existia desde o século XII uma imagem em alto-relevo com uma mulher nua a mostrar a ratola?

Existia, digo bem, porque um salvador da humanidade, um lutador contra a pornografia, um génio iluminado e abençoado pela piada (vulgo "graça") divina, destruiu finalmente essa obra do demo!

E não é que ainda há arqueólogos que se põem a criticar este acto, dizendo que era um exemplo raro de "sheela-na-gig", símbolo erótico pagão contra a luxúria? Martelo e cinzel neles também!...

Se reconstruirem aquela imagem do inferno, como pretendem, terei que lá voltar...

Uma rapidinha

Oh Manela e para desanuviar porque não vais à Net, experimentar os chats?... Já tentaste?... Ah, Manela, aquele sexo virtual que por lá se pratica é a vingança do chinês: obriga os homens a falar com as mulheres e a terem de constantemente mexer os dedos, sobre as teclas!...
Por outro prisma, qualquer mulher, por mais caladinha que costume ser, só se safa ali a gritar uma meia dúzia de «Oh! Ah! Sim! Não!» e isto, na versão mais soft.
As webcams, Manela?... Pois, vieram estragar a imaginação e a troca de algumas palavritas, mas vivemos num mundo de imagens monitorizadas. Ele é o monitor de vigilância da porta, da televisão , do computador e até do telemóvel que se transformou na nossa máquina fotográfica. Porque não fazer sexo com um monitor que até é uma coisa fácil de limpar com toalhitas?...
Olha Manela, encontrei-me uma vezes num chat com um tal Flavour347. Nunca soube o seu nome real nem a sua idade, nem de onde era nem o que fazia. Ele criava um cenário, eu descrevia como aparecia vestida ou não e lá íamos desenrolando à vez, a participação de cada um no acto erótico, relatando os gestos, os olhares, as sensações à flor da pele e reproduzindo as frases e os grunhidos que naquelas ocasiões costumamos emitir. Terminava sempre de igual forma, como uma tagline, a vestirmo-nos e a partir com a palavra «Inté».
Oh Manela, o único problema é que aquilo é muito asséptico. É tudo sem cheiro, limpinho e seguro. É como comer um hamburguer no McDonald's: não é comida a sério.