28 fevereiro 2005
Diálogos paralelos
A cabeça no peito dele.
A voz perguntando das coisas do dia a dia.
A mão entre as pernas dele. Acariciando-lhe o sexo. Questionando o corpo.
Diálogos paralelos entre as vozes que se cruzavam em perguntas e respostas, e a mão dela, e o corpo dele, que movendo-se lhe respondia.
Diálogos paralelos.
Desejo de saber.
Desejo.
Ele virou-a. Sentou-a no colo.
E ao ouvido e no corpo deu-lhe todas as respostas.
Ao ouvido satisfez-lhe o desejo de saber.
E no corpo saciou-lhe o desejo.
Broche
Há uns dias disseram-me:
- Que broche fenomenal! Bestial...
Fiquei um pouco encavacada mas agradeci e informei que tinha sido prenda de aniversário da minha irmã.
- Que broche fenomenal! Bestial...
Fiquei um pouco encavacada mas agradeci e informei que tinha sido prenda de aniversário da minha irmã.
Variantes Anedóticas
Num leilão:
- E agora vamos leiloar esta magnífica obra de joalharia. Trata-se de um broche feito à mão.
Ouve-se uma voz lá no fundo da sala:
- À mão?!
Mulher - Querido, queria tanto um broche pelo meu aniversário!
Ele sai de casa, e subitamente vê um cartaz com os dizeres: Broches a €2,50. "Barato", pensou ele.
Mas afinal aquilo era uma casa de prostitutas.
Já no final:
Uma - Quer que embrulhe ou deite fora?
Ele - Embrulhe! Embrulhe que é para a minha mulher!
Uma - Quer que embrulhe ou deite fora?
Ele - Embrulhe! Embrulhe que é para a minha mulher!
Diário do Garfanho / 24
30 de Fevereiro - II
Estou farto da repartição e do meu ex-cunhado, essa besta.
O animal só quer table-dancers, alternadeiras e meninas dos expositores do Continente - diz que estas são mais fáceis de levar.
As table-dancers dão alguma luta mas, segundo ele, ficam doidas quando vêm a arquitectura europeia do ferro e do vidro - "a algumas chega o barroco e o rococó".
Já as alternadeiras, são muito complicadas, em todos os aspectos. Levar uma alternadeira é muito difícil, comê-la é pior – "Às vezes, nem as melhores obras do Robert Kalina me safam", diz ele. "Só chorando. Essas putas falsas... ou falsas putas. Queres levar com uma cadeira nos cornos? Pergunta a uma se o negócio dá... "Nêgócio, que nêgócio? Eu não sou puta não, 'tá ouvindo!" Vão-se foder. Têm a mania que sabem tudo. Foder uma alternadeira é fodido, ó Pereira."
E lá vamos nós p'ó avião e p'a outras merdas e lá venho eu sozinho e com os bolsos todos colados. Tiro as calças e os boxers: tudo colado. Bardamerda mais aos privados. Foda-se que me doem os pintelhos (os que sobraram).
Tenho de ir ao google ver quem é o Kalina.
O animal só quer table-dancers, alternadeiras e meninas dos expositores do Continente - diz que estas são mais fáceis de levar.
As table-dancers dão alguma luta mas, segundo ele, ficam doidas quando vêm a arquitectura europeia do ferro e do vidro - "a algumas chega o barroco e o rococó".
Já as alternadeiras, são muito complicadas, em todos os aspectos. Levar uma alternadeira é muito difícil, comê-la é pior – "Às vezes, nem as melhores obras do Robert Kalina me safam", diz ele. "Só chorando. Essas putas falsas... ou falsas putas. Queres levar com uma cadeira nos cornos? Pergunta a uma se o negócio dá... "Nêgócio, que nêgócio? Eu não sou puta não, 'tá ouvindo!" Vão-se foder. Têm a mania que sabem tudo. Foder uma alternadeira é fodido, ó Pereira."
E lá vamos nós p'ó avião e p'a outras merdas e lá venho eu sozinho e com os bolsos todos colados. Tiro as calças e os boxers: tudo colado. Bardamerda mais aos privados. Foda-se que me doem os pintelhos (os que sobraram).
Tenho de ir ao google ver quem é o Kalina.
17 e 18 de Março, no Porto (tinha que ser)
Congresso "Sexo, Arte e Terapia"
Já falámos aqui diversas vezes da «prostituta cibernética» norte-americana Annie Sprinkle. Ela vai estar presente neste congresso organizado pelo Espaço T.
Haverá conferências, camas... digo, mesas redondas e um "jantar erótico 5 sentidos" no final do primeiro dia.
"Não falar da sexualidade abertamente é promover o crescimento das perversões e da marginalidade sexual", revela em nota de imprensa Jorge Oliveira, presidente da associação, acrescentando ainda que "a sexualidade é e sempre será algo fundamental na essência humana para o seu desenvolvimento". Ai não, conão é!
Procura-se membro ou membrana para ir lá e fazer a reportagem do evento.
Ah! O José Castelo Branco também vai lá estar...
Já falámos aqui diversas vezes da «prostituta cibernética» norte-americana Annie Sprinkle. Ela vai estar presente neste congresso organizado pelo Espaço T.
Haverá conferências, camas... digo, mesas redondas e um "jantar erótico 5 sentidos" no final do primeiro dia.
"Não falar da sexualidade abertamente é promover o crescimento das perversões e da marginalidade sexual", revela em nota de imprensa Jorge Oliveira, presidente da associação, acrescentando ainda que "a sexualidade é e sempre será algo fundamental na essência humana para o seu desenvolvimento". Ai não, conão é!
Procura-se membro ou membrana para ir lá e fazer a reportagem do evento.
Ah! O José Castelo Branco também vai lá estar...
27 fevereiro 2005
Acróstico: A Funda São não é um ícone. É uma ICONA
Galanteio despudorado à doce anfitriã desta casa, ainda que, sendo ÍCONA, não será ícona das tias...
Iconoclasta
Carregadinha de sexo
Onanística até ao “Basta!”
Num mundo que é paradoxo
A Funda São é um máximo
Isto verá quem lhe for
Cultivando as apetências
Ou até com uma flor
Nas íntimas reentrâncias
Afague a São com ardor
Ireis dizer-me talvez
Cuidadosos e prudentes
Onde irá dar o bom-senso
Navegando neste leito
Atiçado de volúpia
Isso é bem de pouca monta
Carolice de alma tonta
O que importa é o afundanço
Nesta vida em que me lanço
A viver vidas sem culpa
Ícaro buscou ter o Sol
Cantam poetas o amor
O que faz mover a São
Neste mundo de pavor...
Até os bichinhos gostam!
Iconoclasta
Carregadinha de sexo
Onanística até ao “Basta!”
Num mundo que é paradoxo
A Funda São é um máximo
Isto verá quem lhe for
Cultivando as apetências
Ou até com uma flor
Nas íntimas reentrâncias
Afague a São com ardor
Ireis dizer-me talvez
Cuidadosos e prudentes
Onde irá dar o bom-senso
Navegando neste leito
Atiçado de volúpia
Isso é bem de pouca monta
Carolice de alma tonta
O que importa é o afundanço
Nesta vida em que me lanço
A viver vidas sem culpa
Ícaro buscou ter o Sol
Cantam poetas o amor
O que faz mover a São
Neste mundo de pavor...
Até os bichinhos gostam!
Segredos da genuína gastronomia portuguesa
Sugestão para o próximo jantar de blogs
Sabiam que na Lousada há uma especialidade gastronómica que é o «galo paneleiro»?
O galo é assado inteiro - sem as miudezas - e com um chouriço enfiado pelo cu acima, "que é o que lhe dá o sabor especial".
Já não bastava a sodomização e broche forçado do leitão da Bairrada...
Sabiam que na Lousada há uma especialidade gastronómica que é o «galo paneleiro»?
O galo é assado inteiro - sem as miudezas - e com um chouriço enfiado pelo cu acima, "que é o que lhe dá o sabor especial".
Já não bastava a sodomização e broche forçado do leitão da Bairrada...
Três Cês
Oh Manela eu vou passar a tomar Prozac ou Xanax ou Unisedil ou outra coisa qualquer, mas tenho de parar de sonhar com ele!...
É que todos os dias acordo a meio da noite, como se o odor dele guiasse a minha mão para descobrir os seus caracóis e um pénis que se avoluma para lá dos meus dedos e torna tão real a sensação das suas mãos dedilhando os meus mamilos. Aquela barba, ligeiramente grisalha, sorrindo de forma cúmplice, catapulta-me para as piadas diariamente trocadas entre cada vinte e cinco palavras escritas. E Manela, até lhe adivinho o pneuzito sob a camisola de malha por onde me apetece escorregar a língua em linha recta, do umbigo até à nascente dos testículos. Imagem a imagem, passam tantos emails trocados à razão de um humor comum, no intervalo de cada artigo. E depois surge o seu corpo todo, cara, pescoço, mamilos, braços, pernas e pés, como um polvo colando as suas ventosas em todos os poros excitáveis de mim, para acabar a deleitar-me nas metáforas usadas nos poemas que me mostrou junto à máquina de café.
Ah Manela, pudesse eu saborear a fusão da sua glande a tocar o meu útero, contraindo ritmicamente as paredes de mim e certamente, não estaria aqui a despejar-te as minhas mágoas. Como praticante de solidariedade feminina, só me resta reconhecer Manela, que está tudo na Teoria dos Três Cês: os homens interessantes ou são casados ou comprometidos ou concorrentes.
É que todos os dias acordo a meio da noite, como se o odor dele guiasse a minha mão para descobrir os seus caracóis e um pénis que se avoluma para lá dos meus dedos e torna tão real a sensação das suas mãos dedilhando os meus mamilos. Aquela barba, ligeiramente grisalha, sorrindo de forma cúmplice, catapulta-me para as piadas diariamente trocadas entre cada vinte e cinco palavras escritas. E Manela, até lhe adivinho o pneuzito sob a camisola de malha por onde me apetece escorregar a língua em linha recta, do umbigo até à nascente dos testículos. Imagem a imagem, passam tantos emails trocados à razão de um humor comum, no intervalo de cada artigo. E depois surge o seu corpo todo, cara, pescoço, mamilos, braços, pernas e pés, como um polvo colando as suas ventosas em todos os poros excitáveis de mim, para acabar a deleitar-me nas metáforas usadas nos poemas que me mostrou junto à máquina de café.
Ah Manela, pudesse eu saborear a fusão da sua glande a tocar o meu útero, contraindo ritmicamente as paredes de mim e certamente, não estaria aqui a despejar-te as minhas mágoas. Como praticante de solidariedade feminina, só me resta reconhecer Manela, que está tudo na Teoria dos Três Cês: os homens interessantes ou são casados ou comprometidos ou concorrentes.
26 fevereiro 2005
Na tua cama
Que desejos povoaram a tua noite
E a tua cama?
Que fantasias teceste na noite
E na tua cama?
Que corpo tocaste na noite, sentiste na noite
E na tua cama?
Diz.
Que sonhos, sonhaste
Que fantasias teceste
Que corpo tocaste
Na noite
E na tua cama?
A Natureza tem Destas Coisas
(via Blog do Vale)
O OrCa não pode ouvir falar da Ana Teresa que a ode logo:
Deuses das coisas pendentes
Sumarentas na verdura
Serão os frutos cadentes
Ou ao contrário impantes
Quando a brisa de frescura
Provocar arrepiantes
Contracções na comissura?
Como saber deles então
O remate da aventura:
Cairão tristes no chão
Ou será que voarão
Quando a fruta for madura?
Completo
Mais não ver-te que num sorriso
Ancorado nas indizíveis cores
De um mar que verte
E nu me acolhe
No mergulho do que sou
Completo
Mais não ter-te que um tempo incerto
Tecido nas horas debulhadas
Da luz que de ti reflecte
E em mim ressoa
Na memória de estar na pele
Repleto
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