Oh Manela eu vou passar a tomar Prozac ou Xanax ou Unisedil ou outra coisa qualquer, mas tenho de parar de sonhar com ele!...
É que todos os dias acordo a meio da noite, como se o odor dele guiasse a minha mão para descobrir os seus caracóis e um pénis que se avoluma para lá dos meus dedos e torna tão real a sensação das suas mãos dedilhando os meus mamilos. Aquela barba, ligeiramente grisalha, sorrindo de forma cúmplice, catapulta-me para as piadas diariamente trocadas entre cada vinte e cinco palavras escritas. E Manela, até lhe adivinho o pneuzito sob a camisola de malha por onde me apetece escorregar a língua em linha recta, do umbigo até à nascente dos testículos. Imagem a imagem, passam tantos emails trocados à razão de um humor comum, no intervalo de cada artigo. E depois surge o seu corpo todo, cara, pescoço, mamilos, braços, pernas e pés, como um polvo colando as suas ventosas em todos os poros excitáveis de mim, para acabar a deleitar-me nas metáforas usadas nos poemas que me mostrou junto à máquina de café.
Ah Manela, pudesse eu saborear a fusão da sua glande a tocar o meu útero, contraindo ritmicamente as paredes de mim e certamente, não estaria aqui a despejar-te as minhas mágoas. Como praticante de solidariedade feminina, só me resta reconhecer Manela, que está tudo na Teoria dos Três Cês: os homens interessantes ou são casados ou comprometidos ou concorrentes.
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Uma por dia tira a azia