02 março 2005

O Luís Graça relembra as c(a)ricas...

"Recuem lá até ao Verão de 1970, em S. Martinho do Porto.
Agora imaginem uma maravilhosa pista de caricas construída na areia molhada da praia. E um puto novinho que não conhecia os matulões de 14 ou 15 anos que estavam a jogar. Limitava-se a ver.
Um deles, mais expansivo, punha a carica a mil km/h e gritava:
- Van Den Broch!
Recorde-se que era a época doirada de ciclistas como Van Impe e Van Springel.
À noite, no centro da terra, vejo passar o chaval.
- Olha, mãe, olha, é o Van Den Broch!
Mandaram-me calar, muito embaraçados.
Só muito mais tarde soube os motivos.
Nunca pensei que o jogo das caricas pudesse ter relação com o sexo oral ou a ourivesaria."

Luís Graça

O que foram lembrar ao Jorge Costa:
"Cheguei a atravessar duas ruas e um cruzamento em bordas de passeios com a minha carica de vinho do Porto encimada com casca de laranja (para não derrapar), lá para os lados da Cordoaria, aqui na «Imbicta».
Era ver aos 5 e 6 pelas ruas abaixo. Grandes corridas... grandes corridas.
Isto para não falar das corridas de ganchetas...
O que os miúdos de hoje perdem! Uma boa corrida de sameiras (caricas para os «mouros»), intervalada com uma corrida de ganchetas e finalizar o dia com uma punheta a olhar para as janelas do hospital de Santo António a rir para as enfermeiras...
O que é que um puto de 11 anos em 1965 podia aspirar mais?!
Era o céu....era o céu."

Uma história (roubada aos Instantes)

Estrada de ligação do Porto a Entre-os-Rios.
Muito sinuosa.
Estreita.
Dia de Sol.
Lá pelas 5 da tarde.
Para quem não conhece, é uma estrada movimentada.
O passeio ia a decorrer normalmente...
... se é que há normalidade numa relação proíbida e escaldante!
As mãos , os olhares e os cheiros são indutores.
Os desejos são mais que muitos.
A ela, apetece-lhe fazer o que sempre lhe disseram para não fazer.
A ele, apetece-lhe... tudo o que ela lhe queira fazer!
Mais do que de repente:
- Apetece-me fazer-te um broche!...
- E porque não... - disse ele com um sorriso matreiro.
A estrada é deveras sinuosa.
O movimento é constante.
A marcha, forçosamente, é bastante moderada.
O calor de uma boca quente em contacto com um pénis...
O vai e vem daquela cabeça, encimada com uma cabeleira negra
longa e sedosa espalhada pelo regaço dele...
No mínimo, deve provocar rigores na fácies... sui generis.
E a marcha do carro continuava lenta.
Lembra-se de ver os camionistas que por ele se cruzavam
e a um nível mais alto... com caras!... Que caras!...
Hoje, quando se lembra daquele passeio, não sabe se se lembra mais do broche que ela lhe fez...
se das caras que viu a quem pelo carro passava.
Definitivamente... as Caras.

Jorge Costa
(ode como quem se vem do Porto para Entre-os-Rios)

01 março 2005

Intervalo para publicidade


(o Super Tongue estava lá... salvo seja)

O João Mãos de Tesoura dá-nos as últimas notícias:

No âmbito do cargo para o qual foi indigitado, o novo PM teve de fazer um exame de rotina no Hospital de St. Maria.
Avisa-o o médico:
- Bem, agora vamos ver como está a próstata; vou ter de lhe fazer fazer um toque rectal com um dedo...
Responde Sócrates:
- Ó doutor, faça com dois porque eu gosto de ter sempre duas opiniões!

Discurso do Falo

Foto:Irina Velichko

Eu, Falo erecto
Prometo rigidez na forma
Dureza na posição
Ser certeiro na pontaria
Ir ao centro da questão.
Eu, Falo erecto
Manter-me-ei hirto e firme
Até atingir o meu objectivo,
E demonstrar
Que eu Falo, falo
Mas cumpro,
Porque não sou oco por dentro
Nem destituído de conteúdo.

Filmezinho pedagógico

A madr relembra que aqui se pratica o serviço púbico:

Pedagogia* para os mais pequenitos

(*ou, como diria o meu amigo Cruijff, peidagogia)

Ode a um bruxedo

"Era eu um moço (mais) novo e passava os verões na Costa da Caparica.
Andava na onda das pranchadas (não só de body board) quando conheci uma rapariga para o jeitosinho (pelo menos assim a recordo... se bem que na altura a idade não levava a grandes exigências).
A coisa andou durante os calores do verão.
Na altura de ir embora, lá dei o telefone de casa dos meus pais (eu sei, mas pronto... era puto, pá).
Não sei bem como, a coisa tornou-se possessiva, com os últimos telefonemas a envolverem o bruxo de Viseu.
Dizia o senhor que, uma vez que eu tinha andado no bem bom, tinha de me casar, senão... fazia-me um bruxedo e nunca me casaria. Eu disse-lhe que sim:
- Faça-o e não falhe, pá!
Andei à confiança... até ao dia em que estava no altar... e pensei:
- Merda! O cabrão do bruxo não sabia do ofício!

Mergulhador
(odido pelo bruxo)

PS - os meus velhos tiveram de mudar o telefone e colocá-lo em privado. Nunca mais dei o número."

28 fevereiro 2005

Amor com amor se paga! 2

Incomodar: deixar o rolo de papel higiénico com um pedacinho
Irritar: quando ela chamar para pedir outro rolo, fingir que não se ouve
Encolerizar: depois dela se ter desenrascado sozinha, perguntar “porque não me chamaste?”

Incomodar: não baixar a tampa da sanita depois de mijar
Irritar: não levantar a tampa da sanita antes de mijar
Encolerizar: não se dar ao trabalho de apontar enquanto se mija

Incomodar: prometer pintar a sala no próximo fim-de-semana
Irritar: prometer pintar a sala em breve
Encolerizar: perguntar “para quê pintar a sala se qualquer dia te podes ir embora?”

Incomodar: beber o leite directamente do pacote
Irritar: deixar os pacotes de leite vazios no frigorífico
Encolerizar: beber o leite directamente do pacote e deixá-lo vazio no frigorífico

Incomodar: ao levantar, perguntar “o que vai ser o jantar hoje?”
Irritar: durante o jantar dizer “está muito bom mas o soufflé da minha mãe é melhor”
Encolerizar: durante o jantar dizer “está muito bom mas o soufflé da Rute (ex-namorada) é melhor”

Incomodar: no dia dos namorados, comprar-lhe lingerie erótica 3 números abaixo do dela
Irritar: esquecer-se do dia dos namorados
Encolerizar: no dia dos namorados, comprar-lhe lingerie erótica 3 números acima do dela

Incomodar: durante os preliminares, pressionar um qualquer ponto do corpo dela e perguntar “é aqui?”
Irritar: depois do acto - preliminares incluídos - ter durado 40 segundos, perguntar-lhe “foi tão bom para ti como foi para mim?”
Encolerizar: durante o acto gritar “és fantástica, Rute!” (ou o nome de outra ex-namorada)


Ou em português: "Eu não estou furiosa, mas olha bem porque é o melhor que vais ter nos próximos 6 meses!"

Diálogos paralelos

Foto: Lutz Behnke

A cabeça no peito dele.
A voz perguntando das coisas do dia a dia.
A mão entre as pernas dele. Acariciando-lhe o sexo. Questionando o corpo.

Diálogos paralelos entre as vozes que se cruzavam em perguntas e respostas, e a mão dela, e o corpo dele, que movendo-se lhe respondia.

Diálogos paralelos.
Desejo de saber.
Desejo.

Ele virou-a. Sentou-a no colo.
E ao ouvido e no corpo deu-lhe todas as respostas.
Ao ouvido satisfez-lhe o desejo de saber.
E no corpo saciou-lhe o desejo.

Broche

Há uns dias disseram-me:
- Que broche fenomenal! Bestial...

Fiquei um pouco encavacada mas agradeci e informei que tinha sido prenda de aniversário da minha irmã.



Variantes Anedóticas
Num leilão:
- E agora vamos leiloar esta magnífica obra de joalharia. Trata-se de um broche feito à mão.
Ouve-se uma voz lá no fundo da sala:
- À mão?!

Mulher - Querido, queria tanto um broche pelo meu aniversário!
Ele sai de casa, e subitamente vê um cartaz com os dizeres: Broches a €2,50. "Barato", pensou ele.
Mas afinal aquilo era uma casa de prostitutas.
Já no final:
Uma - Quer que embrulhe ou deite fora?
Ele - Embrulhe! Embrulhe que é para a minha mulher!

Diário do Garfanho / 24

30 de Fevereiro - II

Estou farto da repartição e do meu ex-cunhado, essa besta.
O animal só quer table-dancers, alternadeiras e meninas dos expositores do Continente - diz que estas são mais fáceis de levar.
As table-dancers dão alguma luta mas, segundo ele, ficam doidas quando vêm a arquitectura europeia do ferro e do vidro - "a algumas chega o barroco e o rococó".
Já as alternadeiras, são muito complicadas, em todos os aspectos. Levar uma alternadeira é muito difícil, comê-la é pior – "Às vezes, nem as melhores obras do Robert Kalina me safam", diz ele. "Só chorando. Essas putas falsas... ou falsas putas. Queres levar com uma cadeira nos cornos? Pergunta a uma se o negócio dá... "Nêgócio, que nêgócio? Eu não sou puta não, 'tá ouvindo!" Vão-se foder. Têm a mania que sabem tudo. Foder uma alternadeira é fodido, ó Pereira."
E lá vamos nós p'ó avião e p'a outras merdas e lá venho eu sozinho e com os bolsos todos colados. Tiro as calças e os boxers: tudo colado. Bardamerda mais aos privados. Foda-se que me doem os pintelhos (os que sobraram).
Tenho de ir ao google ver quem é o Kalina.

Raios partam a vaga de frio que nunca mais piça... digo, passa!


(ampliado 1000X pelo J. Espinho)

17 e 18 de Março, no Porto (tinha que ser)

Congresso "Sexo, Arte e Terapia"
Já falámos aqui diversas vezes da «prostituta cibernética» norte-americana Annie Sprinkle. Ela vai estar presente neste congresso organizado pelo Espaço T.
Haverá conferências, camas... digo, mesas redondas e um "jantar erótico 5 sentidos" no final do primeiro dia.
"Não falar da sexualidade abertamente é promover o crescimento das perversões e da marginalidade sexual", revela em nota de imprensa Jorge Oliveira, presidente da associação, acrescentando ainda que "a sexualidade é e sempre será algo fundamental na essência humana para o seu desenvolvimento". Ai não, conão é!
Procura-se membro ou membrana para ir lá e fazer a reportagem do evento.
Ah! O José Castelo Branco também vai lá estar...