20 março 2005


"Chega mais p'ra cá!"

(encaixadas por PortoCroft)

Fundamentalismos

Ai Manela, tou que nem posso, como diria o Pedro Tocha da Frize!... Tu não queres ver que fui tomar o meu cafézinho antes de vir para aqui, como habitualmente e estava eu a deliciar-me com o dito, quando ouço um voz grave, dizer alto e bom som para que todos fossem obrigados a ouvir que « é aos 40 anos que os homens querem verdadeiramente amar, enquanto as mulheres querem é foder…» .

Oh Manela é óbvio que não resisti a voltar-me, para fuzilar com os olhos o energúmeno que nos seus músculos flácidos de cinquentão típico do «Elefante», mostrava a sua sabedoria adquirida a exibir notas e chaves do carro. E toca de disparar a questioná-lo sobre se tinha algum problema com o facto de as mulheres expressarem desejo, de gostarem de foder, com o facto de as mulheres se masturbarem e terem prazer nisso.

Foi um sururu naquele café que nem imaginas, mas eu não me conseguia calar e defendi que os homens ou se apaixonam antes dos trinta ou nunca saberão o que é isso, quanto muito amam quem lhes facilite as tarefas domésticas, inclusivé aquelas para que se acham tão dotados, passando mesmo a deixar o trabalho da corrida para elas.

É verdade, Manela, que as mulheres precisam de alguns anos a assar frangos para optarem pelos temperos que realmente apreciam, para adequarem o tempo de cozedura e também, para se convencerem que não têm de ser a Branca de Neve, a Heidi, ou a Cláudia Schiffer. Mas dizer que os homens só se apaixonam quando lhes baixa o nível de testosterona é o mesmo que dizer que só têm uma cabeça.

19 março 2005

Demasiado Profano??!


Mais imagens em Clash of Cultures

Eu conheço uma!

O Jotakapa enviou-nos este pensamento:
Dizem que mulher satisfeita não trai...
mas alguém já viu uma mulher satisfeita?

Eu já:

Santa Teresa de Ávila
esculpida em êxtase por Bernini


Mais informação aqui

A punheta - mais uma reflexão do Jorge Costa

"As pívias estão omnipresentes.
É que a pívia faz mais parte do crescimento de todos nós do que qualquer outra mundanice.
A pívia foi, é e será sempre algo acima de qualquer suspeita. Toda a gente, em algum momento, tocou uma.
Sempre que passarem por alguém - amigo, desconhecido, familiar, pais, irmãos e afins - pensem: 'Estes tambem já tocaram uma punheta'. E, podem crer, não falham.
A punheta é o acto de amor mais democrático: Cada um aperta o ganso como lhe der na veneta. É o mais à vontade do freguês que há.
Vá-se lá saber o porquê da esmagadora maioria ter alguma contenção, para não dizer muita, para falar sobre o acto. É quase como alguém perguntar se já teve uma caganeira. Toda a gente já teve uma caganeira. Começa logo de bébé. Mas nao se fala sobre isso.

Sobre as punhetas, o mesmo se passa. É demasiado natural para merecer a atenção? Sim, é que toda a gente se toca. Mas toda a gente. Até os bébés.
É claro que não estou à espera que se chegue a uma reunião social e se pergunte:
- Então? Já tocou a sua punhetita hoje?
Mas com um pouco mais de tempo (após o 3º ponche, por exemplo) porque não?!
Um gajo olhar para a mão, com um olhar distante e lânguido e comentar:
- Nunca me deixa mal... é uma companheira de folguedo... até os olhinhos me faz revirar!
E não pensem que é um acto que acaba na adolescência.
Isso (ai, tu deves bater umas, deves!) é que era bom.
E quando são batidas?! Uiiii...
Pois é, muito se diria sobre punhetas se a coisa não fosse tão banal. Tão banal... que nem se fala delas."

Jorge Costa

E as mulheres ainda menos falam, Jorgito...

18 março 2005

Odes no Brejo - Boa Fada Má

Fada má ou fada boa
Fada curta
Fada à toa
Não sejas bruta
Fadinha
Que a bruteza magoa
Fada má
Sê fada boa
Fada-me
Com um bom fado
Que de fadário
Fatal
Já me farto
Até à medula
Fada má
Que boa és
Tens-me
Se quiseres
Aos pés
Se me fadares
Numa boa
Fada que fadas meu fado
Não me fodas
Tão à toa
P’ra te sentir como és
Uma fada má tão boa.

O OnanistÉlico também quer experimentar a varinha mágica:

Boa, boa fada
Má fadada por me teres
Enfeitiçado pelo teu fado.
Fado-me sempre no querer-te
por crer-te boa, boa fada
fada-me até que me doa
a varinha má minha mágica
por mor de sair o líquido que voa.
Má fada? Boaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Cisterna da Gotinha




Senze: uma revista de moda com Fetish.

Futurotica: usar os aparelhos domésticos para fins mais prazenteiros...

Bonecas Insufláveis: para todos os gostos, formas e feitios.

Imagens: um Blog repleto de belas fotografias de estúdio.

Sex in review: uma enciclopédia!

Prescrição para males de amor

“Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer”




Ah Camões
Se vivesses hoje em dia
Tomavas uns anti-piréticos
Uns quantos analgésicos
E Xanax ou Prozac para a depressão
Compravas um computador
Consultavas a página do Murcon
E descobririas
Que essas dores que sentias
Esses calores que te abrasavam
Essas mudanças de humor repentinas
Esses desatinos sem nexo
Não eram feridas de amor
Mas somente falta de sexo.

Malboro Man

Recordo-o sempre, São, pela forma como inspirava profundamente o cigarro, pescoço e cabeça na almofada em ângulo recto com a cama. Tinha sempre cinzeiros nas mesinhas de cabeceira e um copo de água, para beber nas pausas como se fosse «Isostar». Chamava-me gueixa em atenção aos meus olhos amendoados e eu retribuía-lhe com descrições dos últimos livros lidos e comentários a um conhecido que era o nosso ódio de estimação.

Bem, São, esta parte era mais nas pausas porque eu gostava de fazer entradas no quarto ao som de uma música para dançar enquanto me despia devagar, peça a peça, para terminar voltando-lhe as nádegas e de cabeça a tocar no chão, deitar-lhe a língua de fora. Depois São, levantava o tronco e corria a agarrá-lo pelos colarinhos da camisa para o lamber do pescoço para a orelha, sussurando «Henry». Desabotova-lhe a camisa e os botões das calças enquanto sentia as suas mãos e língua a escorregarem do meu pescoço para os meus mamilos. E tomava-lhe o pénis já entumescido para descer a acariciá-lo com a boca, ouvindo os seus monossílabos guturais. Depois, ele erguia-me à altura da sua boca para um beijo lânguido e húmido, dizendo baixinho «Gueixa Anais» e mergulhava em mim, sôfrego no rebuçado do meu clitóris. Estendíamo-nos na cama como um pê e um dê minúsculos e absorvíamo-nos como se a água fosse faltar muitos dias sem parar, até que daquela dança mágica chovesse a alegria do nosso cansaço.

E claro que foi efémero São, como todos os doces da vida. Ele fumava Marlboro e eu, Camel, logo não podia resultar!

Video para os visitos se desidratarem


A contribuiSão do Jotakapa para
o movimento CUBEMBOM (Coligação Universal
dos Blogs Esquecidos e Martirizados
pelos Blogs Omnipotentes Martirizantes):

Cu Bem Bom

As pívias no cinema

"E por falar em pívias, bem me lembro de umas idas ao cinema com umas colegas do Liceu.
Comprava-se um camarote de 2ª ordem (6 lugares - 2$50!!!) e convidavam-se as 'pikenas', que ficavam encantadas.
Viam-se uns filmes com o Cliff e umas músicas a puxar ao sentimento.
Como naquele tempo não havia pipocas, as 'pikenas' pegavam no 'pinguim' e tratavam de o massajar a contento.
Não podia era faltar o aviso final:
- Põe-lhe a mão por cima que ele espirra alto!
Ah, grandes tardes de cinema..."
Tiko Woods

17 março 2005

Um conto ao desafio com o Jorge Costa (*1)

Então era assim, contado por um gajo que não conheço e que acho que nem era de Caria (*2):
- Ó X.co (*3) e Bete (*4), tenho uma "Gina" nova lá em casa que tirei do baú do meu pai.
- Ó Cruijff (*5), trázia (*6)!
E lá iam eles para a palheira da quinta do Conde de Caria (*7). Calças e cuecas (ou ceroulas, no Inverno) para baixo e sentavam-se nas tábuas ao pé da manjedoura. O mais difícil daquilo era escolher qual dos três ficava no meio... a segurar e a folhear a revista. É que a posição tinha vantagens (controlava o timing da sequência e podia até rebobinar quando a página seguinte se revelava menos interessante que a anterior) mas também tinha um inconveniente de peso: sobrava só uma mão para a pívia... ainda por cima tendo que intervalar para desfolhar a "Gina" (*8). Normalmente, ninguém queria ficar no meio.
- Ó X.co, muda lá de página que já estás nessa há que tempos!
- Agora não, caráis. Agora nãããããããããããããããããão... - e os outros respeitavam.
Estas revistas tinham um prazo de validade muito limitado. Não sei ainda porquê, mas começavam a ter as páginas coladas... ainda por cima nas imagens mais interessantes... e era assim que voltavam para os baús e gavetas dos pais e irmãos mais velhos (*9).
Bons tempos, caráis... (*10)
Isto foi uma mais-valia extraordinária relativamente aos que ao longo da vida só actuam e actuaram a solo.
______________________
(*1) originalmente publicado no falecido blog "Abaixo o Chispe Viva o Iogurte".
(*2) eu sei que isto soa a processo da Casa Pia, mas éramos, digo, os gajos eram novos, caráis.
(*3) para não comprometer o Chico Padeiro, temos que esconder-lhe a identidade e chamar-lhe X.co ("Xisco") nos autos.
(*4) idem para o Betes (ninguém irá adivinhar que Bete é o Betes).
(*5) neste caso não é preciso alterar o nome porque ninguém sabe quem é o Cruijff!
(*6) não vou escrever "trá-la" se se dizia trázia, caráis.
(*7) pois... não eram de Caria mas iam para lá... a pé... era uma promessa... e Fátima era demasiado longe...
(*8) neste caso, porque havia também as "Tânia", umas pequenitas que se escondiam muito bem ("Weekend Sex"), às vezes vinham de França outros títulos bem esgalhados e, quando havia carestia destas, Playboys, Penthouses e similares também marchavam.
(*9) obviamente, era tudo tão bem feito que nunca os pais e irmãos mais velhos descobriram o que se passava... nem é agora, ao fim destes anos todos, que os tapadinhos vão perceber, caráis!
(*10) o que estás a fazer aqui em baixo, caráis? Volta lá para cima, para leres o fim da história, caráis!

Masturbação é a felicidade ao alcance da mão...

... ou das patas, neste caso...
(com som...)