19 março 2005

A punheta - mais uma reflexão do Jorge Costa

"As pívias estão omnipresentes.
É que a pívia faz mais parte do crescimento de todos nós do que qualquer outra mundanice.
A pívia foi, é e será sempre algo acima de qualquer suspeita. Toda a gente, em algum momento, tocou uma.
Sempre que passarem por alguém - amigo, desconhecido, familiar, pais, irmãos e afins - pensem: 'Estes tambem já tocaram uma punheta'. E, podem crer, não falham.
A punheta é o acto de amor mais democrático: Cada um aperta o ganso como lhe der na veneta. É o mais à vontade do freguês que há.
Vá-se lá saber o porquê da esmagadora maioria ter alguma contenção, para não dizer muita, para falar sobre o acto. É quase como alguém perguntar se já teve uma caganeira. Toda a gente já teve uma caganeira. Começa logo de bébé. Mas nao se fala sobre isso.

Sobre as punhetas, o mesmo se passa. É demasiado natural para merecer a atenção? Sim, é que toda a gente se toca. Mas toda a gente. Até os bébés.
É claro que não estou à espera que se chegue a uma reunião social e se pergunte:
- Então? Já tocou a sua punhetita hoje?
Mas com um pouco mais de tempo (após o 3º ponche, por exemplo) porque não?!
Um gajo olhar para a mão, com um olhar distante e lânguido e comentar:
- Nunca me deixa mal... é uma companheira de folguedo... até os olhinhos me faz revirar!
E não pensem que é um acto que acaba na adolescência.
Isso (ai, tu deves bater umas, deves!) é que era bom.
E quando são batidas?! Uiiii...
Pois é, muito se diria sobre punhetas se a coisa não fosse tão banal. Tão banal... que nem se fala delas."

Jorge Costa

E as mulheres ainda menos falam, Jorgito...

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