07 abril 2005

Rabosódia de cunetos e conetos

Já estou a ver a publicidade à funda São na televiSão:

"Um coneto p'ra ti...
um cuneto p'ra mim...
olá, olá...
e a pila sorri!"
Agora a sério .
O OrCa vai levar este blog à fodência. Diz o Fernando:
"No jantar blogueiro de 2 de Abril referi ao OrCa que entre os meus sonetos tenho um escrito há quase quatro anos a que chamei Coneto. Tenho resistido a publicá-lo no meu blogue e o OrCa aconselhou a publicá-lo aqui.
Pois cá chegado vejo que o OrCa escreveu um Cuneto. Esta merda está mal. Apesar de a palavra ser diferente soa ao mesmo, pelo que vou cobrar direitos de autor pela homofonia (não confundir com homofodia)."


Ao abrigo do direito de resposta [quero com este eufemismo dizer que fiquei acagaçadinha de medo] aqui fica o belíssimo [não é graxa... ou melhor, também é] Coneto do Fernando:


Eu canto a bela cona, a cona ardente,
a cona que é em fodas viciada,
a cona que só espera ser regada
por torrentes de esporra espessa e quente.

Eu canto aquela cona tão fremente,
a cona que ambiciona ser esfregada,
que sonha ser fendida e esfodaçada
por mim, por ti, por ele e toda a gente.

Ó cona que não páras de pingar,
buraco fundo, húmido, obscuro,
deusa que não me canso de cantar;

jamais te deixarei morrer à míngua,
que à falta de caralho grosso e duro
bem saciada serás a dedo e língua.

O OrCa apela ao direito de resposta à resposta para oder o coneto com mais um cuneto [é fodido, Noé? Mas é erótico]:


Fernando, Fernando, ode lá tu c'o coneto
Que em mim gerou tão intensa inspiração
É verdade! Foi ele! Mas cuneto não é coneto
'Inda que ambos nos celebrem a função

O coneto é de lábios, humidades
E atravessa entre as pernas quando ode
Que o cuneto vai mais de rotundidades
E se dá de apertar é um quem-m'acode!...

'Inda assim bem fizeste em teres-te vindo
Ó Fernando, mergulhar na Funda São
A trazer-nos esse teu coneto lindo
Que dará muito trabalho a muita mão!...

Se o OrCa ode, O Fernando pode:
- Não posso deixar de exercer o meu direito de resposta ao direito de resposta ao direito de resposta ao direi... já me perdi, foda-se!
Pois o caro OrCa argumenta que coneto e cuneto são diferentes, tentanto esquivar-se ao justo pagamento de direitos de autor homofónicos. Pois para mim são o mesmo, e o OrCa, mais dia menos dia, pagará direitos sim e homofódicos. Passo a explicar:



Ó OrCa, que és cetáceo inspirado,
não posso perdoar o teu delito:
em que difere papar traseiro ou pito
se ambos são acepipe refinado?

Quando esganam caralho é tão bonito
ver as bordas deixarem-no esgaçado...
E se os dois dão prazer ilimitado
eu como qualquer um. Não sou esquisito.

Por isso aqui prometo, meu amigo,
que um dia sofrerás duro castigo
(eu de pé, tu dobrado na poltrona).

Se pra mim são iguais, tanto melhor,
porque não deve haver prazer maior
do que comer o cu a uma OrCona.

Ao abrigo do abrigo do abrigo... o OrCa ode:


Fernando, Fernandinho, tu nem tentes
Que não ode um cetáceo quem quiser
E se tu ficares de pé será melhor
Que acauteles o posterior quando te sentes

Pois ao quereres ter o OrCa assim dobrado
Tu não topas deste corpo que é tão belo
O ingente bacamarte, desmesurado
Que dobrado ‘inda é pior que se singelo

E dobrado, retorcido, perturbante
E hiante com a fúria de altos mares
Em se vendo ameaçado é retumbante
E “amanda” cus e pitos pelos ares

Mas odamos, caro amigo, a preceito
Ou por trás, ou pela frente, ou de outro lado
Tu conetas, eu cuneto, tudo a eito
O que importa é passar um bom bocado!

O Fernando lá se vem com o direito de resposta restante:

Podemos ficar nisto a vida toda
fodendo-nos a torto e a direito...
Como tu, já nasci insatisfeito:
não me basta uma só sessão de foda.

O teu talento não me incomoda,
e aceito até que é falta de respeito
querer comer assim de qualquer jeito
um gajo que até sabe bem da poda.

Ninguém como tu ode, ó OrCa linda,
e se eu coneto bem, tu bem cunetas,
pois não temos carência de tesão.

Por mim dou a disputa como finda.
Vamos mas é deixar-nos destas tretas
e comer o cuzinho à funda São.

Ai eu sou atacada e fico-me sem me vir? Nem piçar! Eu não me chame São Rosas se não vos oder também:
Que bom! Que bom! Vou pôr-me a (vosso) pau
mas temo que possa ficar à míngua
caso a vossa ginástica de língua
carências vos causar no pirilau.

Em mim terão ninho que vos aloje
mas saberei também ser muito má
se em vez de um bom ménage à trois
forem os dois jogar ao «fode e foge».

Venham-se a mim os dois porque sou funda
e mais um batalhão, que a bunda abunda
num método de senha numerada.

Não deixemos o corpo andar à toa
odamos até que o orgasmo doa
antes de sermos pó, cinzas e nada.


O Fernando não quer que a gaja seja a última a vir-se:

Minha linda, querida e funda São,
gostei da referência à Florbela,
e mesmo que não odas mais do que ela
só tu é que me enches de tesão.

Tu exprimes com encanto e emoção
a gana de foder – grande cadela! –,
a ânsia de levar na cona e vê-la
ressumando langonha pelo chão.

Quisera eu ter caralho resistente
que se aguentasse em pé eternamente
pra poder consolar-te, minha porca...

Mas saciar o teu esfaimado pito
e ofertar-te um orgasmo infinito,
só com a ajuda do amigo OrCa.

E o OrCa também não (São ambos uns cavalheiros, ai não, conão São):

Não que faça questão de ter de mim
A palavra derradeira na função
Mas sabeis bem que a vida é assim
Nem sempre o vento nos sopra de feição

Vem ao caso que neste fim de semana
Estive longe destas artes do rimanço...
Não importa, já que o corpo pede cama
Mas a cama é do melhor para o afundanço

Apaziguados então que todos estamos
E espantado como estou do poetar fixe
Estou contigo, Fernando, à São vamos
E faremos desta São a sanduíche!

sequiosa

foto de Sarci

sinto a boca sequiosa
de paladares conhecidos
sinto desejo de tocar
a tua pele doce e macia
de a percorrer num beijo
de a saborear lentamente
não consigo controlar
a minha língua em fúria
em cada volta que dá
é o teu corpo que procura
sinto vontade de me refrescar
nos teus espasmos de prazer
de sorver o teu néctar
que acalma a minha sede

06 abril 2005

Outra Porta de Ti




De tanto te querer na pele quis sempre tudo
No desejo que em mim trazes acerado
Dá-me o gozo de um afago tão carnudo
Almejo querer-te esse presente abobadado

Vibro em mim neste gosto antecipado
De ser libertado num aperto mais cerrado
Perco-me em ti num amplo gesto incendiado
Pela magia de outro portão escancarado

Em húmidas doses de gozo e de ternura
Inebrio-me no teu botão desabrochado
Alço-te firme, em esplendor, o desejado
E abandono-me à vertigem do achado

Ferralho

O Ferrénis pensava que aqui se livrava de ser odido pelo resto do maralhal:

Há aqui um amar forte e profundo
Aqui, sim, mesmo aqui, cá deste lado
Um amar tão concreto e tão rotundo
Que presumo ser um amor bem entalado

Ah, quem negue ao amor descobrir rumos
É decerto alma vil de mau contento
Jamais tendo a experiência desses sumos
Que vêm tão de nós, de cá de dentro

E interessa que assim seja pois enquanto
Se penetra pela porta mais acima
Se não houver o sumo, haverá pranto
Ou então... tentem comprar vaselina...
OrCa

Bem haja abóbada divina, sistina da minha capela onde me verto em acções e ora pela diviSão
que das partes tenho sentido,
e se parto não quebro no encosto que é meu!
Teu também, nosso afinal, final encurvado num abraçar-te a dois, recto prazer duma porta não, fechadura que abro com a meiga chave, ranger que bebo com satisfaSão.
OnanistÉlico

Como resume a Maria Árvore,
Vós sois tão poeróticos

ConfisSão!

Cunetos ao desafio

O OrCa escreveu lá em baixo um soneto - «Loa ao corpo». O tema era "um rotundo e estético traseiro".
A Maria Árvore complementou-o com esta cuadra:
E em rimas e perigos esforçados
mais do que permitia a mão humana
entre gente puritana edificaram
um novo Traseiro que tanto sublimaram
O Luís Graça baptizou estas rimas: cunetos.
O OrCa-Ode-Tudo lançou o desafio: que cada um dos visitos e visitas se empenhe (não, não disse emprenhe...) a ver se arrefinfa um cuneto. No fim, a antologia poderá denominar-se CunetaSão.
O mote (embora eu prefire andar de carre) está dado.
Vimo-nos a isso! Que comecem a Poetusa e o Ferrénis (ou Ferriça, ou lá o que é...)

Para já vieram-se:
Pintelha do meu coração
Minha razão de viver
Anda comigo p'rá cama
Anda comigo foder!

Pintelho

O pintelho encaracolado
da tua vagina ardente
fez-me sentir engasgado
e tenho a boca dormente

Não vou ficar alterado
por este pequeno acidente
fico ainda mais entesoado
para te foder fortemente.

Xixaboi

Vou deixar de vir-me à São
Faz-me passar da corneta
Até tenho calos na mão
De tanto tocar... pandeireta!

Vizinho

Cu...neto

Cu... ligado à vagina
ou a testícu... colhões
Cu... munica em surdina
ou em potentes trovões

Cu... biçado a toda a hora
por todo o maralhal
Cu... labora mesmo fora
do horário laboral

Cu... idado! Cu tem sexo
mas há excepções à lei
Não sodomizes sem nexo

Cu... mo eu que cu... mecei
a gritar no doce amplexo:
- Filha, já te atravessei!
Cruijff

E se na minha verga bodeguei
crica falante que por mim grita,
foi história que só eu sei,
massagei-lhe e lambi-lhe a dita,

e nos uivos que ela deu
atulhei-lhe a néscia boca,
era lácteo, era meu,
esta loira não ficara oca!

João Mãos de Tesoura

E eu que não sei rimar
mas também quero cunetar
deixo aqui a minha contribuiSão
para o... desafiozão

Loa, plêiade ou simples veneração
importante, importante é não satisfazer à mão
e se por acaso não houver alternativa
então que a punheta seja... putativa

E o cu anatomicamente
desenhado para saída
pode ser automaticamente

transformado em ida
e vinda. Prazenteiramente
gritando: 'não gerei vida!'

é mau eu sei
mas não abalem a fugir
se me querem ver Rei
é verem-me a fudir

Isso Agora...

Deixa-me entrar por favor
Não me negues o pedido
Ofereço-te em doses maçicas
Um abrir-te mais sentido

Não te percas em receio
Não vou estilhaçar-te o cagalho
Terás todo o meu apoio
Lembra-te que sou um
Ferralho

Isto está um CU...ropio,
Vêm-se aqui com mestria,
São moços ao desafio
P'ra entrar na 'padaria'

Se o mote do CU...m/neto
Lhes aguça o engenho,
Eu invento um poemeto
Enquanto vou ali e já (me) venho.

Madr

Ode à Nação (ou melhor, Ode à Na São)

Cada nação tem o seu encanto
Cada qual recheada de boas mulheres
Esta ode a cada uma delas eu canto
Tu, cantas a quem quiseres!

Eu com a boa febra portuguesa
Já degustei uma boa espetada
E a uma charmosa francesa
Deixei a lí­bido alterada

O que gosto de uma guapa espanhola
A mover as ancas com salero!
Ou uma negra grande de Angola
Ao lado da qual pareço o Kalimero

E, ai, as nórdicas em geral
A brincar com as suas loiras tranças
Ou uma amazona do Pantanal
A enlouquecer-me com as suas danças

Há quem diga que as inglesas
Gostam mais do sexo anal
Ou que as miúdas maltesas
Chupam todas muito mal

Para punheta deve ser uma austríaca
Com a mão não há quem as bata
E quanto a ninfomaníaca...
Escolho sempre uma croata!

As que montam melhor são argentinas,
Nas pampas costumam cavalgar
E a Itália tem tantas meninas
Com as quais desejo acasalar

Conheci belas mulatas em Cuba
E dancei enroscado com uruguaias
E vos digo: não há pau que não suba
Quando se está com belas catraias.

Katraponga
[nota da editora - e a métrica que se foda, que a rima é erótica...]

Da arte de cantar no acto:

Carais, meus, que cantais o que podeis
Podereis cantar cantigas colossais
Não canteis no entanto se fodeis
Que esse dó que lançais será demais

A não ser que ao cantar digais à bela
Que se esprema ou se estreite aonde entrais
Para não cairdes fora de tal sela
Desmontados por um dó com som a mais
OrCa

Põe as mãozinhas na parede
e os hemisférios na minha direcção
Visito-te num quase segredo
com enorme satisfaSão...
Onanistélico

Quem dá mais?... Hmmm?...

Diário do Garfanho - 94 (excerto)

- Vem, vem por trás.
"Olá, uma sodomita", pensei, mas enganei-me.
- Hei! o que estás a fazer?
- A consultar as páginas amarelas é que não é, de certeza - disse eu, armado em engraçadinho.
- Tira-o lá daí! - E quando eu ia a tirar. - Sim, põe...
"'Tá pior" pensei mas continuei.
- Tira! - E quando eu estava novamente a tirar. - Põe...
- Ouve lá, tu decide-te.
- Oooohhh...
- Isso quer dizer o quê?
- Cala-te, caralho. Cala-te e fode-me.
- Atenção - disse eu, sem parar que não sou parvo. - Sodomita, ainda vai, agora mal criada, é com mais calma.
Num só movimento ela expulsou-me, levantou-se e foi-se lavar, aos gritos:
- Vai bater punhetas a barrascos, seu porco.
- Uh! Sodomita e zoófila gay, esta gaja é um catálogo - disse eu e não sei porquê ela voltou atrás, chamou-me parvo, deu-me um estalo, vestiu-se e desapareceu.
Até hoje e ainda por cima não me atende o telemóvel.

Garfanho

Cinco cantinhos


Achei piada quando ele me ofereceu três chupa-chupas vermelhos, para repor os originais e depois me apareceu na rua com um cartaz cujas letras garrafais confessavam «Gosto de ti, porra!».

Já antes, Sãozinha, enquanto lhe empastava a cara de creme branco, ele sugeriu que lhe afagasse o palhacito. Continuei a estender o creme com a mão direita e como se fosse canhota, espalhei os meus dedos, calmamente, para cima e para baixo, na forma que se desenhava sob as leves jardineiras de riscas. Acabei por me sentar ao seu colo, abraçá-lo com as coxas, dançando para a direita e para a esquerda, até visualizar que seria melhor ir buscar outras jardineiras secas para ele usar no espectáculo.

Depois, São, fomos experimentando sucessivamente, numa apressada e estimulante transgressão os cinco cantinhos da sala de ensaios, dos panos dos cenários, das cadeiras dos camarins, do chão de madeira do palco até aterrarmos numa inaudita cama colocada num quarto.

E aí Sãozinha, chegaram uns minutinhos para perceber que cinco minutos e cinco centímetros é manifestamente pouco.

Trrim! Trrim!


Petisco trazido pelo Faustino

05 abril 2005

Viva a Academia!

"10 da noite... Universidade... Sala de computadores do departamento...
Estava na net a ver o mail.
Desci as escadas.
Fui fumar um cigarro à porta.
Voltei a entrar. Dirijo-me de novo às escadas, mas... não.
Dei meia volta e entrei na casa de banho. Ninguém. Somente o silêncio metálico numa casa de banho com 10 divisões privativas todas iguais, com as portas encostadas mas não trancadas, iluminadas pela forte luz branca de lâmpadas fluorescentes que, como sabemos, nos impede de adormecer no doce pouso. Entrei na divisão central. Silêncio gutural.

Então...
... tive que esganar o bife. Afaguei o ganso. Bati uma punheta. Simulei o ariete na mão esquerda. VumVumVum zás zump hunf. Hum. Tá feito.
Um acto de luva branca e bengala do melhor pau. Mais oui, Monsieur. Lembrei-me também dos filmes de samurais. Rhoxxi y ha!... sem som sem tom. E o murmúrio do esvoaçar do tecido de seda.
Lavei as mãos com sabonete líquido.
Depois, calmo, preparo-me para subir as escadas. De volta ao pc...
A segurança do departamento dirigiu-se a mim com um sorriso e disse:
- Você foi à casa de banho das mulheres, tem que ter mais atenção...

Dear John..."

primeiro cuneto - Loa ao corpo

Saia um soneto contra essa mania de algum nacional-puritanismo que levou um qualquer chato a comentar desfavoravelmente uma apreciação minha, meramente académica, objectiva e galhofeira, a um rotundo e estético traseiro que passava pela rua, como se tivesse vida própria e cantasse...

Eu canto um belo corpo de aconchegos
Que os caralhos enconados sobrelevam
Eu canto até das conas mil segredos
Que cantadas elas tanto nem sossegam

Mas ao cantar o ilustre rabo lusitano
Esse pandeiro farto, essa obra de arte
Por mais certo que eu me sinta e mais ufano
Por bem certo tenho o porem-me de parte

Pois por mais que o povo queira e contradiga
Ou que a vida se alinde nesse enlace
Há-de algures aparecer uma formiga
Que de mim só vê cigarra e me desgrace

Ainda assim o cantarei!... Que ninguém nega
Que um belo rabo nos inspira aonde passe!

Video do macho garboso

Gabava-se ele depois:
"Haviam de as ver.
Lindas, lindas, lindas!"

Quer queiras quer não queiras hás-de ser bombeira voluntária!


(pendurada pelo José Longo)

04 abril 2005

Jogo das Diferenças

Jogo das Gatinhas: para Eles!
Jogo dos Galos: para Elas!
(Hoje ninguém se pode queixar... há para todos os gostos!!)