Saia um soneto contra essa mania de algum nacional-puritanismo que levou um qualquer chato a comentar desfavoravelmente uma apreciação minha, meramente académica, objectiva e galhofeira, a um rotundo e estético traseiro que passava pela rua, como se tivesse vida própria e cantasse...
Eu canto um belo corpo de aconchegos
Que os caralhos enconados sobrelevam
Eu canto até das conas mil segredos
Que cantadas elas tanto nem sossegam
Mas ao cantar o ilustre rabo lusitano
Esse pandeiro farto, essa obra de arte
Por mais certo que eu me sinta e mais ufano
Por bem certo tenho o porem-me de parte
Pois por mais que o povo queira e contradiga
Ou que a vida se alinde nesse enlace
Há-de algures aparecer uma formiga
Que de mim só vê cigarra e me desgrace
Ainda assim o cantarei!... Que ninguém nega
Que um belo rabo nos inspira aonde passe!
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Uma por dia tira a azia