02 maio 2005
O teu corpo
Encostou-se à parede.
No outro lado do telefone. Noutra paisagem. Noutro quarto.
Ela.
Fechou os olhos.
Queria os olhos nus de si. Queria nos olhos o corpo dela.
Queria no corpo o corpo dela.
Ser o corpo dela:
- Queria sentir o que sentes. Ter o teu corpo. Só assim saberia do teu corpo agora.
- Eu guio a tua mão.
E a voz dela agarrou-lhe a mão.
E a voz guiou-o.
Olhos fechados. Nu.
Tocou o peito desejando os seios dela.
Apertou os mamilos provocando nele a dor ligeira que provocava nela.
Tocou o ventre desejando anular a pele. Ser pele dela.
A voz guiou-o.
Apertou as pernas. Prendeu o sexo duro entre as coxas.
Desejando ser o sexo dela.
Desejando, ao contrair as coxas, ao apertar o sexo, sentir o que ela sentia quando no sexo dela o apertava e se contraía e o contraía.
Sentia, nu, encostado à parede o sexo palpitante.
Disse:
- Queria dar-te o meu sexo. O meu corpo. Nos olhos só tenho o teu.
A voz guiou-o.
E o orgasmo era ela.
(Escrever no masculino, foi o desafio que a Maria me lançou. Aceitei-o.A ideia original foi do Nikonman )
Foto: Konrad Gös
Educar as Massas.
Agora peço um bocadinho de abertura de espirito para este próximo site. Trata-se de uma fonte de informação fidedigna sobre um determinado assunto, mais precisamente de uma... hã... hum... Enciclopédia. Vai-se a ver e até pode ser que aprendam alguma coisa lá.
Mudando um bocadinho de acção de formação, temos aqui uma visita virtual por obras de arte antigas... e picantes.
Como alguém disse uma vez "A arte é comida para a alma". E até posso ter sido eu a dizer isso... numa noite de grande bebedeira...
Update: Toda a gente sabe que a mais segura forma de contracepção é a abstinência. E é possivel ser-se feliz nesta prática (não) sexual. Atentem, meninas:
Portanto fica aqui o conselho: Abstenham-se ou votem em branco...
Mudando um bocadinho de acção de formação, temos aqui uma visita virtual por obras de arte antigas... e picantes.
Como alguém disse uma vez "A arte é comida para a alma". E até posso ter sido eu a dizer isso... numa noite de grande bebedeira...
Update: Toda a gente sabe que a mais segura forma de contracepção é a abstinência. E é possivel ser-se feliz nesta prática (não) sexual. Atentem, meninas:
When hugging or kissing your faith partner, you may have noticed a little something getting hard inside his pants. It's called the penis and it means he wants to marry you! It's perfectly safe so long as he keeps it inside his pants. You can grab it, stroke it, squeeze it, or rub yourself against it like a fevered dog. Trust us, he won't mind a bit! Simply continue to rub, squeeze and fondle your faith partner through his jeans until he promises to marry you. It's that easy!
Portanto fica aqui o conselho: Abstenham-se ou votem em branco...
Prescrição para males de amor
Este poema da Encandescente foi escrito no dia 15 de Março. Foi editado por ela ao mesmo tempo, aqui e no Erotismo na Cidade.
Circula um e-mail que atribui a autoria a "uma aluna de 16 anos da escola C+S da Rinchoa". A primeira versão do mail chamava-se "Manifesto Anti-Camões". A segunda "Camões Sec. XXI". Relembremos como a Encandescente odeu o Camões:
Prescrição para males de amor
“Amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer”
Ah Camões
Se vivesses hoje em dia
Tomavas uns anti-piréticos
Uns quantos analgésicos
E Xanax ou Prozac para a depressão
Compravas um computador
Consultavas a página do Murcon
E descobririas
Que essas dores que sentias
Esses calores que te abrasavam
Essas mudanças de humor repentinas
Esses desatinos sem nexo
Não eram feridas de amor
Mas somente falta de sexo. Encandescente
O Pedro Oliveira prefere oder numa versão... menos lírica (que até dói):
Esquentamento
Ah, Camones
Se vivesses hoje em dia
Levavas no olho todos os dias
Uns quantos analgésicos
Para não te doer
Deitavas a Pena fora
Compravas um vibrador
E descobririas
Que essas dores que sentias
Eram feridas de amor
O OrCa, como sabemos, gosta de oder atrás:
ode o Vaz
ode o Machado
quando ode a Encandescente
ode o Júlio ou o Luís
um que é Camões lá p'ra trás
outro Antena Um pela frente
afirmar urge no fundo
a verdade nua e crua
nunca se odeu o Camões
lá p'ròs lados da Rinchoa
que não o ode quem quer
nem sempre quem é capaz
que ele nem é de oder à toa...
mas ode-o a Encandescente
por trás
por cima
pela frente
e o Júlio Machado Vaz
que é porreiro e bom rapaz
dá a ode a conhecer
a um porradal de gente!
e quem assim ode é certo
que lhe sobra engenho e arte
p'ra mandar o chico-esperto
da Rinchoa àquela parte!
O OnanistÉlico remata como ode:
Arder sem amar é dor que se sente
Amor é uma ferida que dói de contentamento
É fogo que não vê a dor descontente
É dor que desatina com o casamento
São versos que choram como toda a gente...
Circula um e-mail que atribui a autoria a "uma aluna de 16 anos da escola C+S da Rinchoa". A primeira versão do mail chamava-se "Manifesto Anti-Camões". A segunda "Camões Sec. XXI". Relembremos como a Encandescente odeu o Camões:
“Amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer”
Se vivesses hoje em dia
Tomavas uns anti-piréticos
Uns quantos analgésicos
E Xanax ou Prozac para a depressão
Compravas um computador
Consultavas a página do Murcon
E descobririas
Que essas dores que sentias
Esses calores que te abrasavam
Essas mudanças de humor repentinas
Esses desatinos sem nexo
Não eram feridas de amor
Mas somente falta de sexo.
O Pedro Oliveira prefere oder numa versão... menos lírica (que até dói):
Esquentamento
Ah, Camones
Se vivesses hoje em dia
Levavas no olho todos os dias
Uns quantos analgésicos
Para não te doer
Deitavas a Pena fora
Compravas um vibrador
E descobririas
Que essas dores que sentias
Eram feridas de amor
O OrCa, como sabemos, gosta de oder atrás:
ode o Vaz
ode o Machado
quando ode a Encandescente
ode o Júlio ou o Luís
um que é Camões lá p'ra trás
outro Antena Um pela frente
afirmar urge no fundo
a verdade nua e crua
nunca se odeu o Camões
lá p'ròs lados da Rinchoa
que não o ode quem quer
nem sempre quem é capaz
que ele nem é de oder à toa...
mas ode-o a Encandescente
por trás
por cima
pela frente
e o Júlio Machado Vaz
que é porreiro e bom rapaz
dá a ode a conhecer
a um porradal de gente!
e quem assim ode é certo
que lhe sobra engenho e arte
p'ra mandar o chico-esperto
da Rinchoa àquela parte!
O OnanistÉlico remata como ode:
Arder sem amar é dor que se sente
Amor é uma ferida que dói de contentamento
É fogo que não vê a dor descontente
É dor que desatina com o casamento
São versos que choram como toda a gente...
Sexo seguro
Estive com os dezasseis anos de borbulhas e de escadote do meu sobrinho. E não é que o miúdo é telemóvel-dependente, Sãozinha ?!... Também posso ser eu que estou a ficar velha que até já o estou a tratar como garoto, obliterando que se nessa idade me chamassem isso, eu mandava logo sentar num «bãunquinho» à moda do Porto.
Mas sabes o que me fez aflição?... O moço tem uma namorada, colega lá da escola e confidenciou-me que a artilharia da paixão dos dois é uma infindável lista de números de quatro dígitos para os quais se manda um sms e apenas por alguns cêntimos se recebe a papinha feita, como se fosse uma pizza. Quer mandar um poema?... Sms para o número tal e recebe uma quadrazita que reencaminha para a namorada. Quer mostrar o seu amor para com ela?... Sms para outro número e recebe uma declaração pronta a consumir. Para ocasiões mais ousadas, sms com Kama Sutra para um outro número e aí vem um mms com uma posição.
Oh São, honestamente, tu crês que estes moços vão mesmo chegar a vias de facto ou vão substituir o toque da pele por pedaços do seu corpo em formato mms e comutar os gemidos em frases formatadas de sms?...
Provérbios POPulares
01 maio 2005
A minha homenagem no Dia do Trabalhador
Às mulheres cujo trabalho - antigo como a humanidade - é vender prazer aos homens e que têm de o fazer na clandestinidade, sem quaisquer direitos e tratadas de forma hipócrita.
Dick Hard na final da taça UEFA
Desporto-rei? Muito decadente anda o futebol! Onde estão aqueles jogos emocionantes como a final do Mundial de 74? Agora é só gajos a fazerem-se à falta, a mandar-se para a piscina, uma tanga é o que é!
Bem, mas uma final em Portugal é uma final em Portugal. Dick Hard não pudera presenciar no estádio da Luz a final do Euro-2004 (uma vigilância a uma gaja que punha os cornos ao marido com o melhor amigo da melhor amiga do marido), mas agora ia desforrar-se no Legolândia XXI (o nome do estádio não era esse, mas Dick Hard gostava da terminologia que Luís Graça usara no livro «Neura-2004»).
O Sporting despachara os adversários todos e chegava à final com os italianos do Parma. Dick Hard estivera uma vez em Parma, com o Luís Graça, que foi cobrir o Parma - Boavista para o «Correio da Manhã». O cabrão do jornalista até tinha piada. O Boavista empatou e ele pôs em título: «Panteras não bebem leite». Percebem? A Parmalat, o leitinho.
Depois, Dick Hard convidou o primo Rick Dart e foram até Torres Novas assistir ao jogo da segunda 'mão', porque o Boavista tinha o Bessa interditado. No final do encontro a sala de Imprensa estava fechada e o Luís Graça pôs-se aos murros na porta. Aquilo fazia um eco enorme e passou um senhor a chamar nomes ao Luís Graça: "Selvagem! Selvagem!". E o Luís Graça para ele, depois do funcionário vir a correr abrir a porta: "Bem, pelos vistos parece que só os selvagens é que conseguem entrar na sala de Imprensa, para trabalhar".
Cenas!
Dick Hard não deixara nada ao acaso e desta vez conseguira comprar um bilhetinho jeitoso, ainda se estava na fase dos quartos-de-final da Taça UEFA. Fosse quem fosse ao prélio decisivo, Dick Hard queria estar presente num estádio português, numa final de uma competição europeia.
Mas gostava de assistir a tudo numa de calma. Chegou cedo e ficou ao lado da claque do Parma. Ou melhor, ficou ao lado de alguns adeptos do Parma que tinham bilhetes para a bancada central e estavam afastados da claque. Ainda faltava mais de uma hora para começar o jogo. O estádio já estava com muita gente, a vibrar com o clima de festa.
Pode pensar-se que de Parma só vinham homens para assistir à final. Puro engano. A claque do Parma tinha montes de senhoras. Quer dizer, miúdas. Especificando, gajas muita boas na casa dos vintes. Aquilo até dava alma a um morto.
A malta acha que as italianas são morenas, que as suecas são louras e etc. e tal. Mas não é bem assim. Aquilo no norte de Itália está repleto de miúdas louras. E que louras, senhores ouvintes! Só no Legolândia estavam umas 500. Ou mais. E dessas 500 umas 350 a 380 eram mesmo muito jeitosinhas. Muito jeitosinhas é a gente a falar. Eram mesmo belas, de se lhes tirar o chapéu. E o resto da roupa, já agora.
Dick Hard estava mesmo numa de fruir o clima de festa e não lhe passava pela cabeça que as jovenzitas do Parma viessem meter conversa com ele:
- Prego, signore, onde é que é a toiletta?
O que será que o Dick Hard vai fazer com o prego? Só sabendo como ficou o resultado da final da taça UEFA (previsão exclusiva do Luís Graça para a funda São)
Bem, mas uma final em Portugal é uma final em Portugal. Dick Hard não pudera presenciar no estádio da Luz a final do Euro-2004 (uma vigilância a uma gaja que punha os cornos ao marido com o melhor amigo da melhor amiga do marido), mas agora ia desforrar-se no Legolândia XXI (o nome do estádio não era esse, mas Dick Hard gostava da terminologia que Luís Graça usara no livro «Neura-2004»).
O Sporting despachara os adversários todos e chegava à final com os italianos do Parma. Dick Hard estivera uma vez em Parma, com o Luís Graça, que foi cobrir o Parma - Boavista para o «Correio da Manhã». O cabrão do jornalista até tinha piada. O Boavista empatou e ele pôs em título: «Panteras não bebem leite». Percebem? A Parmalat, o leitinho.
Depois, Dick Hard convidou o primo Rick Dart e foram até Torres Novas assistir ao jogo da segunda 'mão', porque o Boavista tinha o Bessa interditado. No final do encontro a sala de Imprensa estava fechada e o Luís Graça pôs-se aos murros na porta. Aquilo fazia um eco enorme e passou um senhor a chamar nomes ao Luís Graça: "Selvagem! Selvagem!". E o Luís Graça para ele, depois do funcionário vir a correr abrir a porta: "Bem, pelos vistos parece que só os selvagens é que conseguem entrar na sala de Imprensa, para trabalhar".
Cenas!
Dick Hard não deixara nada ao acaso e desta vez conseguira comprar um bilhetinho jeitoso, ainda se estava na fase dos quartos-de-final da Taça UEFA. Fosse quem fosse ao prélio decisivo, Dick Hard queria estar presente num estádio português, numa final de uma competição europeia.
Mas gostava de assistir a tudo numa de calma. Chegou cedo e ficou ao lado da claque do Parma. Ou melhor, ficou ao lado de alguns adeptos do Parma que tinham bilhetes para a bancada central e estavam afastados da claque. Ainda faltava mais de uma hora para começar o jogo. O estádio já estava com muita gente, a vibrar com o clima de festa.
Pode pensar-se que de Parma só vinham homens para assistir à final. Puro engano. A claque do Parma tinha montes de senhoras. Quer dizer, miúdas. Especificando, gajas muita boas na casa dos vintes. Aquilo até dava alma a um morto.
A malta acha que as italianas são morenas, que as suecas são louras e etc. e tal. Mas não é bem assim. Aquilo no norte de Itália está repleto de miúdas louras. E que louras, senhores ouvintes! Só no Legolândia estavam umas 500. Ou mais. E dessas 500 umas 350 a 380 eram mesmo muito jeitosinhas. Muito jeitosinhas é a gente a falar. Eram mesmo belas, de se lhes tirar o chapéu. E o resto da roupa, já agora.
Dick Hard estava mesmo numa de fruir o clima de festa e não lhe passava pela cabeça que as jovenzitas do Parma viessem meter conversa com ele:
- Prego, signore, onde é que é a toiletta?
O que será que o Dick Hard vai fazer com o prego? Só sabendo como ficou o resultado da final da taça UEFA (previsão exclusiva do Luís Graça para a funda São)
30 abril 2005
pensamento fo... digo, do dia
De que adianta a beleza interior
se o caralho não tem olhos?
(enviado por Jorge Costa)
Justifica a Maria Árvore:
É cego para toda a beleza.
Por isso vomita sempre.
29 abril 2005
O Jorge Costa lembrou-se deste texto do Júlio Machado Vaz
"É verdade que o silêncio invadiu a nossa vida, já nem me lembro de conversarmos. Pior, já não me lembro se algum dia o fizemos. Ultimamente, creio mesmo termos descido mais um degrau nesta ascese comunicativa, ambos utilizamos com frequência o grunhido como resposta.
É verdade que os corpos seguiram as palavras. Primeiro refugiados num sexo mecânico e estereotipado em noites de dias certos. Colava uma imagem à tua face quando ainda era necessário obrigar o corpo a fingir de quando em vez. Felizmente hoje o sexo também se esconde por detrás de grunhidos e monossílabos, tu vais para a cama cedo ou sofres de enxaqueca, eu refugio-me na net ou no clube de bridge.
Manobras de esquiva inúteis, nenhum de nós já espera nada…um dia destes passo para o quarto dos rapazes...
Quanto à importância do sexo considero-a sobreavaliada, a masturbação chega-me perfeitamente para relaxar e adormecer."
Este homem - hmmm... - delicia-nos no Murcon.
É verdade que os corpos seguiram as palavras. Primeiro refugiados num sexo mecânico e estereotipado em noites de dias certos. Colava uma imagem à tua face quando ainda era necessário obrigar o corpo a fingir de quando em vez. Felizmente hoje o sexo também se esconde por detrás de grunhidos e monossílabos, tu vais para a cama cedo ou sofres de enxaqueca, eu refugio-me na net ou no clube de bridge.
Manobras de esquiva inúteis, nenhum de nós já espera nada…um dia destes passo para o quarto dos rapazes...
Quanto à importância do sexo considero-a sobreavaliada, a masturbação chega-me perfeitamente para relaxar e adormecer."
Este homem - hmmm... - delicia-nos no Murcon.
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