29 abril 2005

O Jorge Costa lembrou-se deste texto do Júlio Machado Vaz

"É verdade que o silêncio invadiu a nossa vida, já nem me lembro de conversarmos. Pior, já não me lembro se algum dia o fizemos. Ultimamente, creio mesmo termos descido mais um degrau nesta ascese comunicativa, ambos utilizamos com frequência o grunhido como resposta.
É verdade que os corpos seguiram as palavras. Primeiro refugiados num sexo mecânico e estereotipado em noites de dias certos. Colava uma imagem à tua face quando ainda era necessário obrigar o corpo a fingir de quando em vez. Felizmente hoje o sexo também se esconde por detrás de grunhidos e monossílabos, tu vais para a cama cedo ou sofres de enxaqueca, eu refugio-me na net ou no clube de bridge.
Manobras de esquiva inúteis, nenhum de nós já espera nada…um dia destes passo para o quarto dos rapazes...
Quanto à importância do sexo considero-a sobreavaliada, a masturbação chega-me perfeitamente para relaxar e adormecer."
Este homem - hmmm... - delicia-nos no Murcon.

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