02 maio 2005

Prescrição para males de amor

Este poema da Encandescente foi escrito no dia 15 de Março. Foi editado por ela ao mesmo tempo, aqui e no Erotismo na Cidade.
Circula um e-mail que atribui a autoria a "uma aluna de 16 anos da escola C+S da Rinchoa". A primeira versão do mail chamava-se "Manifesto Anti-Camões". A segunda "Camões Sec. XXI". Relembremos como a Encandescente odeu o Camões:

Prescrição para males de amor

“Amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer”


Ah Camões
Se vivesses hoje em dia
Tomavas uns anti-piréticos
Uns quantos analgésicos
E Xanax ou Prozac para a depressão
Compravas um computador
Consultavas a página do
Murcon
E descobririas
Que essas dores que sentias
Esses calores que te abrasavam
Essas mudanças de humor repentinas
Esses desatinos sem nexo
Não eram feridas de amor
Mas somente falta de sexo.
Encandescente

O Pedro Oliveira prefere oder numa versão... menos lírica (que até dói):

Esquentamento

Ah, Camones
Se vivesses hoje em dia
Levavas no olho todos os dias
Uns quantos analgésicos
Para não te doer
Deitavas a Pena fora
Compravas um vibrador
E descobririas
Que essas dores que sentias
Eram feridas de amor


O OrCa, como sabemos, gosta de oder atrás:

ode o Vaz
ode o Machado
quando ode a Encandescente
ode o Júlio ou o Luís
um que é Camões lá p'ra trás
outro Antena Um pela frente

afirmar urge no fundo
a verdade nua e crua
nunca se odeu o Camões
lá p'ròs lados da Rinchoa
que não o ode quem quer
nem sempre quem é capaz
que ele nem é de oder à toa...

mas ode-o a Encandescente
por trás
por cima
pela frente
e o Júlio Machado Vaz
que é porreiro e bom rapaz
dá a ode a conhecer
a um porradal de gente!

e quem assim ode é certo
que lhe sobra engenho e arte
p'ra mandar o chico-esperto
da Rinchoa àquela parte!


O OnanistÉlico remata como ode:

Arder sem amar é dor que se sente
Amor é uma ferida que dói de contentamento
É fogo que não vê a dor descontente
É dor que desatina com o casamento
São versos que choram como toda a gente...

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