29 janeiro 2006

Causas pelas quais vale a pena lutar

Consegues imaginar um lugar em que duas mulheres se beijam na rua e um vizinho as molha com uma mangueira? Esse lugar existe... e é Portugal! [notícia no Público]
A homofobia está enraizada na nossa cultura. As pessoas que têm uma orientação sexual diferente da «««««normal»»»»» são impedidas de fazer a sua vida, maltratadas na sua dignidade e prejudicadas na sociedade e no trabalho.
E Portugal até "é, neste momento, o único país da Europa cuja Constituição proíbe explicitamente a discriminação com base na orientação sexual. No entanto, essa discriminação continua a existir na lei uma vez que o casamento civil continua a não ser permitido para casais de gays ou de lésbicas". [Associação ILGA Portugal]. A situação nos outros países é diversificada [PortugalPride]
Entretanto, na semana passada "o Parlamento Europeu aprovou uma resolução que afirma que os casais de gays ou de lésbicas devem ter a mesma protecção perante a lei". E convidou os Estados-membros a velarem para que "lésbicas, gays, bissexuais e transexuais sejam protegidos dos discursos de ódio e das violências homófobas e a agirem para que os parceiros do mesmo sexo gozem do mesmo respeito, da mesma dignidade e da mesma protecção que o resto da sociedade". [Portugal Diário]
A Teresa e a Lena estão de parabéns pela sua coragem: irão tentar casar na próxima quarta-feira, na 7ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa. Assumindo que isso será um direito que lhes será recusado. E estando preparadas para "levar o caso até ao Tribunal Constitucional e, se necessário for, até ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos". [PortugalGay]
Esta causa noutros blogs - [Renas e Veados][Random Precision]
Aconselho-te a leres os comentários. Para quem não vai lá, ficam alguns excertos:
Seven - "Uma coisa é não ser discriminado e ser tratado com dignidade; outra coisa é a lei e o casamento. Não vejo nenhum problema em haver casais homosexuais mas não estou de acordo que haja casamento entre eles. São coisas diferentes. Eu não sou homófobo mas concordo que este país é uma merda nesse aspecto"
Matahary - "Para mim, não é, nem nunca foi importante o ritual, o sacramento, do casamento. Mas, sim, todos devem ter essa oportunidade, essa liberdade e direito (lembremos que nem sempre foi assim na sociedade portuguesa e continua a haver alguns restos por aí). Não consigo sequer imaginar o que é querer andar abraçada na rua ou dar um beijo, e sentir-se coibida de fazê-lo pela pressão social. Eu acho que não conseguia! Por isso, Força! Coragem! E venham-se até às últimas consequências! Coragem!"
Gabriel - "Se aceitarmos a homossexualidade, o que acho bem, temos de aceitá-la até às últimas consequências desde que não prejudique terceiros. Estou a pensar na adopção em que a questão poderá ser mais controversa... mas em tudo o resto, porque não o casamento? Lembremos a questão das casas, dos empréstimos, dos impostos, das heranças...
Aceitar a vida em comum e depois, em caso de morte, negar ao «sobrevivo» o direito à herança por não estar casado... E, por outro lado, não ter criado legislação que autorize esse casamento...
Liberdade não é libertinagem! - Há casais homo que se portam na sua vida social como se de casais «ditos normais» convencionais, se tratasse (Reflexões de um «coroa» já no ocaso da vida mas que teima em se manter actualizado)"
Lolaviola - "cem por cento a favor da luta pela felicidade e dignidade"
São Rosas - "O que está aqui em causa é algo tão simples como o «direito ao bem-estar», como eu lhe chamo. Reparem nestas coisas do dia a dia que para nós são adquiridas e que para esta malta são pequenos infernos:
Teresa e Lena querem poder pedir um empréstimo em conjunto, partilharem os mesmos direitos como mães em relação a Marisa [filha biológica da Teresa] e não serem barradas à entrada de um hospital porque a sua união não é reconhecida pelo Estado português, nem terem de arranjar subterfúgios na escola para poderem acompanhar o percurso de Marisa - Lena é «a mãe», enquanto Teresa é a «encarregada de educação»"
Nelo - "E intam eu, melhéres? Que tive de arranjari a Efigénia, sinhora de beins partimoneiais, para me poder safari nesta çossiedade ipocrita. Çim, perque a riforma anteçipada de contínuo da Caxa, nam dava pra nada. Açim tenho de viveri esti fas de conta cando o que ê queria era cazari cum um home como o Lalito mas que nam foçe poçidónio come eli. Ai melhéres, o que uma melhér pena..."
MN - cita Madonna: «Poor is the man whose pleasures depend on the permission of another» mas "já a adopção me levanta (muitas) dúvidas"
Sorriso teu - "Irritam os falsos liberalistas, que clamam estar a favor «que se juntem, cada um sabe de si»... mas casar... casar é de mais, dizem eles. Nada pior que um hipócrita disfarçado. Ao menos digam logo que são contra, que vos incomoda, não varram para debaixo do tapete como se de nada se tratasse"
Katraponga - "Já era tempo de pensar mais livremente neste país"
São Rosas - "Pois eu vou lançar ainda mais polémica: A democracia é a ditadura das maiorias sobre as minorias. E é por isso que quando me perguntam se sou democrata, nunca respondo um «sim» convicto"
Maria Árvore - "Aplaudo Sãozinha! É isso mesmo! Quando todas as minorias tiverem os mesmos direitos não sei como se chamará mas é isso que falta. Porque, em última análise, defendo a liberdade até das minorias de um"
Encandescente - "Direi mais, São: Em democracia, a maioria tem de zelar e salvaguardar os direitos das minorias. Admiro a coragem dessas duas mulheres, tinham de ser as mulheres! Nunca entendi bem em que é que a sexualidade alheia afecta os valores da família chamada «tradicional» que, se vista e comparada com a noção de família há 50 anos atrás, de «tradicional» não tem nada"
zb - "Mas porquê casar? Juntem-se. De qualquer forma, não precisam casar para comprar uma casa a meias, basta cada um comprar 50% da casa e assumir essa responsabilidade perante o banco. O principal problema está nas instituições, e não no casar ou não casar.
De qualquer forma, penso que os homossexuais têm, de uma forma geral, relações mais instáveis (não há regra sem excepção) e isso cria alguma contenção dessas instituições em relação a eles. Eu também penso que (vá lá, chamem-me retrógrado), alguns direitos sociais a mais os casais normais devem ter, pois estamos a gerar futuros cidadãos pagadores de impostos para este país, enquanto que os restantes, por muito boa vontade que tenham, não irão conseguir dar nada de futuro com a sua relação a esta sociedade, para poderem tirar vantagens inerentes da sua relação da mesma"
Meteórico - "Sou heterossexual e nada homófobo, e isto não é dito da boca para fora, mas sim fruto das reacções que tive quando abordado por homossexuais. Cada qual é livre de se relacionar com quem quiser, e ninguém tem nada a ver com isso. O objectivo não é ser feliz? Mas será que o nosso (meu) conceito de felicidade é válido para toda a gente? O Estado é ainda o maior fazedor de mentalidades, através do que legisla para que vivamos uns com os outros em harmonia. E somos uma democracia, que acredita na liberdade. Como podemos continuar a não reconhecer como casal uma pessoa que decide partilhar a vida com outra do mesmo sexo? É isso liberdade? Ou o 'nosso' conceito de liberdade? O ideal não é dar os mesmos direitos aos homossexuais, é acabar com os benefícios ao casal. O ideal de família está mudado e a maior parte dos heterossexuais casam-se por interesse". E explica: "Toda esta questão está mal desde o iní­cio. Os benefícios aos casais, bem como os benefí­cios ao facto de ter filhos (IRS, por exemplo) são baseados numa forma de pensar conservadora, de famí­lia à antiga. Se considerarmos que 40% das crianças portuguesas vivem em famí­lias monoparentais e que o número de divórcios é enorme, depressa concluímos que alguma coisa está mal. Esqueçam esses subterfúgios de regulação da sociedade e apliquem esse dinheiro na educação das crianças, do tipo material escolar gratuito, refeições correctas gratuitas nas cantinas e mais horas de exercício fí­sico. Se querem controlar a sociedade, que comecem pela saúde e educação, não pela vida privada de cada um".
Seven - "O problema não é casar - coisa que continuo a achar um direito de pessoas de sexo diferente - mas sim em garantir aos casais homossexuais direitos equiparados aos casados (disse equiparados, não disse iguais). Essa cena de rever os direitos do casal - fiscais e outros - não é mal vista. Eu não diria retirar mas sim reajustá-los aos dias que correm (chiça que pareço o ministro a falar!). É claro que isto passaria por rever muitos outros direitos... nem quero pensar... E ainda dizem que o teu blog é porno! Porra, São!"
A Matahary cita o Rabbit's blog:
"Se ela estivesse...
...com um homem alcoólico...
...com um homem tóxico-dependente...
...com um homem que lhe batesse...
...com um homem que batesse na criança...
...com um homem com um historial de abuso sexual de menores...
...com o pior dos homens...
... o tribunal ter-lhe-ia provavelmente dado a custódia da criança. Mas como estava com uma mulher, o tribunal tira-lhe a filha, por falta de condições morais".

Telhados

Da minha janela via o telhado da igreja e a torre sineira daquela cidade impregnada da mística dos Templários. Fixei-me nos cambiantes de cor de cada telha mas cada marca da passagem do tempo e do clima lembrava-me os traços do seu rosto, as sobrancelhas carregadas, o nariz aquilino, os olhos escuros como uma gruta por explorar, o sorriso irónico, os dedos esguios luzindo no copo de uísque da discoteca da noite anterior, os pés abanando ao compasso da música, os polegares a ajeitarem o cinto nas calças de ganga e esta última imagem não descolava da retina.

Era evidente que eu queria mesmo era mexer-lhe no espanta-espíritos. Provocar-lhe sons estridentes e sem qualquer regra rítmica. Estraçalhar-se o cinto, fazer saltar o botão, correr cada degrau do fecho e com as mãos em concha, beber água da fonte. Como se fosse líquido cefalorraquidiano a transbordar. E num abraço de ancas encaixá-lo até clicar, para numa descarga eléctrica lhe retribuir a cumplicidade do olhar.

Nisto, um ronco abafadito e uma volta de braços e pernas oriunda da minha cama de casal devolveu-me à realidade do meu objecto de desejo se encontrar noutro quarto daquela pensão de férias e perguntei-me, Sãozinha, se a eternidade não será a memória dos momentos de desejo que guardamos nos nossos telhados de massa cinzenta.

28 janeiro 2006

E tudo o vento levou



E ela era linda e a noite tinha sido perfeita, pensava ele, os dois agora no carro quente fechado ao frio lá de fora, à chuva lá de fora e a boca dela queimava e a língua sondava-o e parecia saber já da boca dele e roubava-lhe palavras e ar e saboreava-lhe saliva e a vontade dentro dele crescendo e descendo e crescente e ele pensando a boca silenciada pela dela,”ainda não… por favor ainda não…” e a mão dela descendo na camisola, levantando-lhe a camisola, desabotoando a camisa, tocando a pele e “ai meu Deus, não agora… “ e ele sem poder dizer da vontade que tinha e do que queria e daquela aflição, daquela urgência e tentando fugir à mão e à dona da mão e do coração dele e sabendo que não lhe podia contar do que sentia e tentando conter-se, encolhendo, recolhendo ventre e vontade e urgência reprimida e a mão dela no sexo procurando volume e pulsar e os dedos passeando, contornando, apertando e ele, “é agora não posso mais…” e tentando fugir ao toque e à vontade sabendo que era aquele o momento, a pressão já no baixo-ventre, acima do sexo que ela apertava e tocava e, “ai a mão tão quente… ai que não aguento… ai o amor da minha vida que era ela ou podia ser…”
E ela fugindo do carro, nauseada, gaseada e ele sabendo que nunca mais a veria e desesperado, desconsolado dando um murro no banco do carro, “ malditos gases, maldita aerofagia!”

Foto: Quest4knowledge

O Efeito Axe no Chuveiro

Axe-celente!!

(via Twenty-Four)

A Axe faz uma campanha misteriosa

Já aqui falámos de várias campanhas da Axe (Lynx para o Reino Unido e outros países).
Nesta nova campanha, enviam um e-mail com esta imagem do lado. Ao cricar, acede-se a esta página, onde vários rabiosques cuecados com bandeiras de vários países são por sua vez cricáveis.
A menina que escolheres pede-te então os teus dados pessoais (convém que selecciones a cueca portuguesa para a tua morada poder ficar completa, já que o campo do país não é editável) e a promessa de que tudo será revelado no dia 3 de Fevereiro.
Isto é publicidade... e também é erotismo... hmmm...

Já agora, sugiro-te que relembres os lábios Lynx... a companhia aérea Lynx... e as meninas do alfabeto Lynx.

100 palavras na 1ª imagem!


(conceito recebido via e-mail)

27 janeiro 2006

CISTERNA da Gotinha

Kate Moss às pazadas.

Especial Nelo -
Chirra (enviado pela Matahary)

SadoComix: comentários para quê se o nome diz tudo?!...

Kicked-in-the-nuts: um vídeo sugerido pelo Nikonman.

Uma
loira vestida/despida de cor-de-rosa.

Canada - Malenudes: mesmo com as imagens censuradas, parece-me interessante para cinéfilos... e gajas...

A Arte de
Thomas Schmitt: desenho.

GÉMEOS...


Quando a cara de um é o cu de outro e vice-versa!

Separadas à nascença?

Falsos gémeos?

Agent Provocateur...

Bastava a sugestão de passeares pelas novidades na página da marca de lingerie Agent Provocateur para este post já valer a pena.
Mas agora esta marca é notícia por uma campanha muito criativa: anunciam para 9 de Fevereiro a estreia de um filme de 8 minutos de Mike Figgis com as modelos Lara Jones e Amanda Grace, «Tied Up At The Office». Começaram por divulgar um pequeno trailer... e mais recentemente um trailer maiorzinho... e ambos prometem. Do melhor...
Aconselho-te a registares-te nesta página para receberes um convite para a estreia do filme:

«Tied Up At The Office»

Aproveito para relembrar este video publicitário gravado há algum tempo pela Kilie Minogue para esta marca de lingerie deliciosa.

desaforismos haikusados (ou em quadra-manca)

porque tende a ser complexo
quando se enlaçam as pernas
o que nos braços é amplexo?

se o tamanho é tudo
então
o que dizer do tesão?

envelheço
se acontece
que peço mais do que posso

trazer um rei na barriga
será uma coisa à toa
se ao parir sair coroa?

por traz cá aquela palha
correndo atrás de quimeras
leva por trás a canalha

credo-cristo-cruz-canhoto
tal ventania fedenta
veio de traque ou de arroto?

a pulga tal como o chato
dá coceira de morrer
e dorme no mesmo mato

dás-me o que é teu não duvido
mas mal eu introduzido
logo dizes: dá-me, dá-me

fui-te ver estavas lavando
o que tens mais escondido
fiquei na espuma espumando

26 janeiro 2006

Novos Talentos

Por vezes há que dar a palavra a novos talentos que vão emergindo da obscuridade.
Ora cá vai :


Rimas Famintas

Com fome estas letras t'escrevo
com gula de te prostrar e subjazer,
Ao m'ajoelhar e te satisfazer,
matar a mal-dita com a língua me atrevo.

Amarrado, faminto de carne e alma,
Penetro-te com calma,
gemendo a cada golpada
Mergulhando na tua cova molhada.

Como-te com apetite voraz
E bailando em ti qual Satanás,
Sacio-te de prazer e felicidade
tamanha a vontade, e a saudade!

Consolo-te, por paradoxo,
tanto como eu, fornicador ortodoxo,
alimento em ti o meu tesão
A cada teu gemido de satisfação

By Valmont

Cu Bem Bom


(Webpark)
Já visitaram o CuBemBom hoje?!

Os dez mandamentos revistos e actualizados

 Alexandre Passos de Almeida

1.º Adorar a Deus e amá-lo sobre todas as coisas
Depois de teres comprado a moradia com jardim e piscina que adoravas
O carro último modelo que há tanto tempo cobiçavas
E teres todas as coisas materiais
Que só não dão felicidade a quem as não tem
Nessa altura sim!
Descansa Homem e adora apenas Deus.

2.º Não invocar o santo nome de Deus em vão
Só em caso de extrema necessidade
E depois de todos os outros recursos terem falhado
Podes elevar os olhos aos céus e invocar Deus.
Apesar de não dar nenhum resultado
Porque ele não gosta de ser incomodado.

3.º Santificar os domingos e feriados
Se não houver futebol
Ou não estiveres de ressaca pelos excessos cometidos
Ao Sábado
Este sim um santo dia.
Homem, se até Deus descansou
Aproveita, relaxa e segue-lhe o exemplo
Que a Segunda-feira já espreita
Segue pelo menos este mandamento.

4.ºRespeitar pai e mãe
Se não sofreres de nenhum complexo
Mania, tara ou fobia
E não fizeres terapia
Porque como toda a gente sabe
Só existem bons rapazes
A culpa é sempre de quem os pariu.

5.º Não matarás
Excepto se fores americano
Nesse caso matarás afegãos e iraquianos
Como fizeste no Vietname e na América latina.
Se fores israelita podes matar palestinianos
E o reverso também se aplica
Porque a hipocrisia política é infinita
E o "quero lá saber" das gentes também.

6.º Guardar castidade nas palavras e nas obras
Se fores frígida ou impotente
Que ser casto não é virtude
Mas sim praga ou castigo.

7.º Não roubarás
Se fores pobre
E não puderes pagar a um bom advogado
Ou subornar alguém bem colocado
Que abafe a escandaleira.
Se fores rico é de bom tom
Coisa rotineira e banal
E garantia de ascensão
Na elite social.

8.º Não levantar falsos testemunhos (nem de qualquer outro modo faltar à verdade ou difamar o próximo)
Se o próximo não for um chato
Uma melga, um carrapato
Tipo merda no sapato
Que sacodes mas de que não te livras.

9.ºGuardar castidade nos pensamentos e nos desejos
Se fores completamente parvo
E não tiveres um pingo de imaginação
Tão bom como o acto é pensá-lo
Antecipá-lo, imaginá-lo
E depois de corpo e alma
Com ardor, fervorosamente
Mandar às favas a castidade
E pecar… e tornar a pecar…
Inúmeras vezes
E indecentemente.

10.º Não desejar a mulher do próximo
Se o próximo estiver ao lado
E não for adepto do swing
De ménages à trois ou voyeur
Ou se ela for tão feia
Que nem com o recurso à imaginação
Te provoque calores, arrepios
Te estimule
Te dê tesão.

(Assim disse Deus e agora digo eu
Que palpites toda a gente manda
E disparates toda a gente diz.)

Foto: Alexandre Passos de Almeida