Só sei São, que perdi o meu norte. Fiz do gajo a minha bússola dos artigos de jornal, das secções da FNAC, das salas de cinema, do périplo das lojas de roupa citadinas, com os pés a muitos nós e o corpo à temperatura da linha do Equador, magnetizada na confiança que me dava como se fora eu própria.
Hoje, soergo-me com os braços cruzados e deixo as mãos espalmarem-se nos meus ombros. Quando desço às minhas coxas sei que continuo cá, com braços e pernas para abraçar, seios e vagina para atestar que sou mulher e que perdida está a esperança de com ele navegar no mar alto de uma sensualidade tempestuosa, implantada no topo da sua gávea para avistar terras de gemidos e gíria, areias de repouso de epidermes salgadas do suor e salpicadas no baixo ventre da espuma viscosa das marés.
Recordo-me da sua face onde uma barba crespa despontava todos os dias e de como me depositou na testa um beijo antes de mergulhar sofregamente na boca daquele gajo de caracóis, giríssimo por sinal, naquela noite de copos no Portas Largas.
Hoje, enrosco-me cada noite a sopesar se o vou arquivar como Gustavo, o gajo que eu gostava de ter comido em qualquer ponto do universo, se o astrolábio não indicasse que somos gémeos.
01 março 2006
28 fevereiro 2006
Uma pívia histórica
Há momentos na vida que valem muito pouco por si só mas ouro pela sua relevância histórica.
Quando soube que a GQ deste mês iria ter uma sessão fodográfica da Cinha Jardim com a filha (Pimpinha do mesmo), urdi logo um plano genial: comprar a revista e, na primeira oportunidade, tocar uma pívia - clássica, com a batuta na mão direita e a revista profissionalmente aberta com a mão esquerda, que a experiência de muitos anos há-de contar para alguma coisa - em honra à Cinha Jardim (a Pimpinha que me perdoe mas estava aqui em causa, relembro, um momento que teria de ser digno de um programa televisivo do José Hermano Saraiva, nada menos que isso).
A GQ estar esgotada em todo o lado onde a procurei confirmou que não seria o único luso a querer erigir o marco dos descobrimentos. Tive que comprar um exemplar em bastante mau estado, mas felizmente não tinha as páginas coladas (sim, que gosto de as colar eu). E a dificuldade aguça - e enrijece - o engenho...
Como esporr... esperava, foi complicado concentrar-me porque só me vinham à cabeça-com-crânio imagens da Cinha Jardim nos concursos televisivos em que ela tem participado... e nas festas da alta (em termos de saltos dos sapatos) sociedade. Mas a escola de Caria da minha adolescência tinha que dar os seus frutos. E agora já tenho o que contar aos meus netos.
O OrCa ode o Cruijff (salvo seja):"da Cinha siliconada
à enconada Pimpinha
fica a mão cheia de nada
na pila pequenininha
cá por mim, eu vos confesso
que sexo não tem anúncio
vidas voltadas do avesso
não dão tesão, abrenúncio!
quanto muito serão renda
p'ra quem do corpo se valha
vendendo o pano da tenda
e iludindo a maralha
'inda assim é bom de ver
que repimpado na Cinha
não desdenharia eu de ter
carne fresca da Pimpinha
mas carne é coisa arredia
aos coiros do "jet-set"
por saberem que algum dia
o silicone derrete
e então é só fogacho
fazendo flores sugestivas
entusiasmam o macho
mas furtam-se às investidas
saberão pois os mirones
desse drama contundente
quanto escorrem silicones
se lhes ferramos o dente!..." E remata com controlo remoto:
"Eu entendo bem o Cruijff e posso, até, estar solidário com as suas ansiedades, pois a nossa carne é fraca, lá se diz e anda no ar muita fominha...
Mas aves-raras ou pássaros-bisnaus que se mostram pelas revistas, dando o corpo ao manifesto e arvorando-se em «gente fina», naquela pose do «olha que boa que eu sou, mas não sou para o teu dente...» enervam-me um bocado e tiram-me bastante a ponta. E consta-me que ganham melhor com isso do que a rapaziada que se passeia pelo Parque Eduardo VII.
Se calhar é a história da raposa e das uvas, estando eu no papel da raposa."
O Alcaide diz "alto!" e manda parar o baile:"Alto problema na sociedade!
O baile de Entrudo é interrompido!
Alguém que a gozar só faz maldade
Fez tal escândalo... e sai dolorido!
O conde deu dois peidos... sujidade
pintou a Cinha... vestido comprido
de brocado! Ele que era a vaidade
ficou tal horror... de merda tingido!
Corre a Pimpinha por ver a «barraca»
corre p´ra mãe, que com cara de vaca
Olhava o brocado e um cheiro... sentiu!
Desvelo de filha... o tal conde ataca,
que no estardalhaço ainda sorriu.
Berra alto a Cinha: «Puta que o pariu!»" O fgs ode e louva a punheta: "Com GQ quem punheteia é você
Bendita seja a pívia, acto nobre
de engenho e perícia acumulada.
Para deixar a picha bem esgaçada
há quem a torça toda e quem a dobre.
Às vezes é o melhor que se descobre
para amansar a fera desalmada,
mas friccioná-la com a mão fechada
agrada quer ao rico, quer ao pobre.
Louvai, ó punheteiros, a revista
que publicou para vós – gesto altruísta! –
tão suprema e excelsa maravilha.
Um par de putas – que uma é sempre pouco –
prà tara que vos dá tesão mais louco:
virem-se ao mesmo tempo em mãe e filha"
Quando soube que a GQ deste mês iria ter uma sessão fodográfica da Cinha Jardim com a filha (Pimpinha do mesmo), urdi logo um plano genial: comprar a revista e, na primeira oportunidade, tocar uma pívia - clássica, com a batuta na mão direita e a revista profissionalmente aberta com a mão esquerda, que a experiência de muitos anos há-de contar para alguma coisa - em honra à Cinha Jardim (a Pimpinha que me perdoe mas estava aqui em causa, relembro, um momento que teria de ser digno de um programa televisivo do José Hermano Saraiva, nada menos que isso).
A GQ estar esgotada em todo o lado onde a procurei confirmou que não seria o único luso a querer erigir o marco dos descobrimentos. Tive que comprar um exemplar em bastante mau estado, mas felizmente não tinha as páginas coladas (sim, que gosto de as colar eu). E a dificuldade aguça - e enrijece - o engenho...
Como esporr... esperava, foi complicado concentrar-me porque só me vinham à cabeça-com-crânio imagens da Cinha Jardim nos concursos televisivos em que ela tem participado... e nas festas da alta (em termos de saltos dos sapatos) sociedade. Mas a escola de Caria da minha adolescência tinha que dar os seus frutos. E agora já tenho o que contar aos meus netos.
O OrCa ode o Cruijff (salvo seja):
à enconada Pimpinha
fica a mão cheia de nada
na pila pequenininha
cá por mim, eu vos confesso
que sexo não tem anúncio
vidas voltadas do avesso
não dão tesão, abrenúncio!
quanto muito serão renda
p'ra quem do corpo se valha
vendendo o pano da tenda
e iludindo a maralha
'inda assim é bom de ver
que repimpado na Cinha
não desdenharia eu de ter
carne fresca da Pimpinha
mas carne é coisa arredia
aos coiros do "jet-set"
por saberem que algum dia
o silicone derrete
e então é só fogacho
fazendo flores sugestivas
entusiasmam o macho
mas furtam-se às investidas
saberão pois os mirones
desse drama contundente
quanto escorrem silicones
se lhes ferramos o dente!..."
"Eu entendo bem o Cruijff e posso, até, estar solidário com as suas ansiedades, pois a nossa carne é fraca, lá se diz e anda no ar muita fominha...
Mas aves-raras ou pássaros-bisnaus que se mostram pelas revistas, dando o corpo ao manifesto e arvorando-se em «gente fina», naquela pose do «olha que boa que eu sou, mas não sou para o teu dente...» enervam-me um bocado e tiram-me bastante a ponta. E consta-me que ganham melhor com isso do que a rapaziada que se passeia pelo Parque Eduardo VII.
Se calhar é a história da raposa e das uvas, estando eu no papel da raposa."
O Alcaide diz "alto!" e manda parar o baile:
O baile de Entrudo é interrompido!
Alguém que a gozar só faz maldade
Fez tal escândalo... e sai dolorido!
O conde deu dois peidos... sujidade
pintou a Cinha... vestido comprido
de brocado! Ele que era a vaidade
ficou tal horror... de merda tingido!
Corre a Pimpinha por ver a «barraca»
corre p´ra mãe, que com cara de vaca
Olhava o brocado e um cheiro... sentiu!
Desvelo de filha... o tal conde ataca,
que no estardalhaço ainda sorriu.
Berra alto a Cinha: «Puta que o pariu!»"
Bendita seja a pívia, acto nobre
de engenho e perícia acumulada.
Para deixar a picha bem esgaçada
há quem a torça toda e quem a dobre.
Às vezes é o melhor que se descobre
para amansar a fera desalmada,
mas friccioná-la com a mão fechada
agrada quer ao rico, quer ao pobre.
Louvai, ó punheteiros, a revista
que publicou para vós – gesto altruísta! –
tão suprema e excelsa maravilha.
Um par de putas – que uma é sempre pouco –
prà tara que vos dá tesão mais louco:
virem-se ao mesmo tempo em mãe e filha"
É Carnaval, ninguém leva a mal
Esta imagem faz-me lembrar aquele tipo que estava deitado na cama enquanto a namorada lhe fazia um broche:
- Chupa... chupa... ah... que bom... sim... chupa... oh... hmmm... oh... chupa... chupa... assim... oh... sim... chupa... chupa... chupa... ... ... ... ... ... ... ... ... sopra que o lençol está a entrar-me pelo cu!
que isto assim já sufoca...
Continuas a puxar...
vêm-te os colhões para a boca!
Alcaide
27 fevereiro 2006
CISTERNA da Gotinha
Wilfrid Wood é um artista cheio de boa disposição.
Doce Mia: vídeo
Keleey Hazell : já conheciam esta menina?!
Kissing Babes: duas loiras às beijocas. (sugestão da Maria)
A necessidade aguça o engenho: este é o exemplo acabado deste ditado!
Doce Mia: vídeo
Keleey Hazell : já conheciam esta menina?!
Kissing Babes: duas loiras às beijocas. (sugestão da Maria)
A necessidade aguça o engenho: este é o exemplo acabado deste ditado!
Julian Murphy é o nome do artista de diversas peças eróticas de edição limitada. Desconfio que a São Rosas já deve ter alguma peça deste senhor na sua extensa colecção. Desconfio bem, miúda??!
Vai uma corridinha até à Cisterna?!
Vai uma corridinha até à Cisterna?!
É Carnaval!
foto: marcello rubini
Depois de na Sexta-feira vos ter sugerido um disfarce y olé, hoje trago-vos a sugestão de uma pintura oriental, para que o vosso Carnaval seja diferente.
Afinal, é no Carnaval que mudamos de máscara, não é?
(repto: deixem aqui sugestões de disfarces a usar hoje à noite)
Até logo!
O OrCa agradece como ode:
"ó, São,
pudera e dava-te um beijo...
te direi, minha maluca
que para as Odes no Brejo
cursei muito em truca-truca
mas inspirei-me em desejo..."
Zé do Laço - ópera colectiva
O Sirhaiva deu o mote com esta imagem:
a_miúda_do_gás:
Sirhaiva... fisting com a mulher em suspensão?! A minha vénia...
Mano 69:
Fisting com ela em suspensão
não é para qualquer madraço.
Isto não é «abre as pernas, coração»...
e enfiar a mão, o punho... e por fim o braço!
a_miúda_do_gás:
Que quadra tão sabedora
de quem sabe o que falar
A menina também adorou
que eu bem a vejo a... pingar!
São Rosas:
A mão, o punho, o braço?!
Se é só isso, nada má.
Há um mês, o Zé do Laço
Entrou todo e por lá está!
Alcaide:
Oh! Lurdes... glu... grlu... blu!
Ai, não posso respiiiraaaar
abre depressa o cuuuuuuuuuuu...
estou cá dentro a abafaaaaaaaarrr!
O fgs revela-se um mestre a oder:
"Este cartune (não há por aí nenhum fundamentalista à espreita, pois não?) é mesmo inspirador...
Cá vão três quadrinhas para a orgia:
Mete o braço sem desvelo
na passarinha atrevida!
Lambe-lhe depois o grelo
para a fazeres feliz da vida.
Mas não fiques por aí!
Com o outro braço nu
Toma balanço e por fim
encaixa-lho bem no cu.
E se a puta pedir mais
com gritos de vaca louca,
dás-lhe meia volta e vais
pôr-lhe o caralho na boca.
E mais duas quadras soltas sobre a punho-foda (fist fucking em estrangeiro).
Este punho que tão bem
sabe esgaçar uma greta,
faz jus ao nome que tem
que é prefixo de punheta.
Se a menina for pesada,
e deslizar pelo centro
vai acabar apalpada
no mamalhal... mas por dentro."
O Alcaide solta umas quadras:
Eu nem sei como é que faço
Ia esmurrando o nariz
desapertava o meu laço...
escorreguei no «clitoriz»
Dizia ela para o Zé:
"nem penses desaparecer
Se tiras fora um pé
Lá se vai todo o prazer!
Finalmente... finalmente!
Zé... já me fazes sorrir!
Primeira vez que se sente
Tu a ires... e eu a vir!"
a_miúda_do_gás:
Sirhaiva... fisting com a mulher em suspensão?! A minha vénia...
Mano 69:
Fisting com ela em suspensão
não é para qualquer madraço.
Isto não é «abre as pernas, coração»...
e enfiar a mão, o punho... e por fim o braço!
a_miúda_do_gás:
Que quadra tão sabedora
de quem sabe o que falar
A menina também adorou
que eu bem a vejo a... pingar!
São Rosas:
A mão, o punho, o braço?!
Se é só isso, nada má.
Há um mês, o Zé do Laço
Entrou todo e por lá está!
Alcaide:
Oh! Lurdes... glu... grlu... blu!
Ai, não posso respiiiraaaar
abre depressa o cuuuuuuuuuuu...
estou cá dentro a abafaaaaaaaarrr!
O fgs revela-se um mestre a oder:
"Este cartune (não há por aí nenhum fundamentalista à espreita, pois não?) é mesmo inspirador...
Cá vão três quadrinhas para a orgia:
Mete o braço sem desvelo
na passarinha atrevida!
Lambe-lhe depois o grelo
para a fazeres feliz da vida.
Mas não fiques por aí!
Com o outro braço nu
Toma balanço e por fim
encaixa-lho bem no cu.
E se a puta pedir mais
com gritos de vaca louca,
dás-lhe meia volta e vais
pôr-lhe o caralho na boca.
E mais duas quadras soltas sobre a punho-foda (fist fucking em estrangeiro).
Este punho que tão bem
sabe esgaçar uma greta,
faz jus ao nome que tem
que é prefixo de punheta.
Se a menina for pesada,
e deslizar pelo centro
vai acabar apalpada
no mamalhal... mas por dentro."
O Alcaide solta umas quadras:
Eu nem sei como é que faço
Ia esmurrando o nariz
desapertava o meu laço...
escorreguei no «clitoriz»
Dizia ela para o Zé:
"nem penses desaparecer
Se tiras fora um pé
Lá se vai todo o prazer!
Finalmente... finalmente!
Zé... já me fazes sorrir!
Primeira vez que se sente
Tu a ires... e eu a vir!"
Espanholada ideal
26 fevereiro 2006
Bula
Provavelmente, São, em vez de brincos nas orelhas, eu devia era trazer ao dependuro uma bula com as minhas contra-indicações, explicando bem que não devia ser administrada em caso de disfunção sexual como crescente rotina da líbido, nem em caso de hipersensibilidade à igualdade de direitos e deveres entre os sexos e nunca em caso de grave miastenia da paixão.
Recomendaria também que não me tomassem quando se tem reacção alérgica às reflexões sobre o quê, onde, quando, como e porquê das coisas que giram ao nosso redor ou sobre o lado avesso do mundo e particularmente, ao esquartejamento da sexualidade de todos e de cada um, pelas dores de cabeça e de ouvidos que poderia acarretar.
E julgo que ainda alertaria para o facto de que o uso em doses elevadas podia fazer surgir muita sonolência e fadiga como efeito secundário, tanto no início do tratamento como em todas as fases posteriores, por incremento do uso das duas cabeças nos preliminares e na função propriamente dita.
Como alternativa, Sãozinha, também pensei em usar a gola do casaco como a badana de um livro que embora seja muito a súmula do melhor que queremos que os outros leiam em nós, sempre realça factores essenciais como o nome pelo qual se gosta de ser conhecido e o ano de nascimento. A não ser que fosse possível adoptar a tecnologia "bluetooth" para na intimidade do ouvido e sem as paredes dos outros, pudéssemos comunicar imediatamente quem somos, para não gerar equívocos e poupar tempo nos dias rápidos que correm.
Apenas ainda não sei, Sãozinha, como se resolveria aquela questãozita das mudanças que o tempo nos imprime na estrutura. Achas que bastaria umas actualizações por sms ou seria mesmo necessária uma descarga de dados transpirada pelo contacto da pele?
Recomendaria também que não me tomassem quando se tem reacção alérgica às reflexões sobre o quê, onde, quando, como e porquê das coisas que giram ao nosso redor ou sobre o lado avesso do mundo e particularmente, ao esquartejamento da sexualidade de todos e de cada um, pelas dores de cabeça e de ouvidos que poderia acarretar.
E julgo que ainda alertaria para o facto de que o uso em doses elevadas podia fazer surgir muita sonolência e fadiga como efeito secundário, tanto no início do tratamento como em todas as fases posteriores, por incremento do uso das duas cabeças nos preliminares e na função propriamente dita.
Como alternativa, Sãozinha, também pensei em usar a gola do casaco como a badana de um livro que embora seja muito a súmula do melhor que queremos que os outros leiam em nós, sempre realça factores essenciais como o nome pelo qual se gosta de ser conhecido e o ano de nascimento. A não ser que fosse possível adoptar a tecnologia "bluetooth" para na intimidade do ouvido e sem as paredes dos outros, pudéssemos comunicar imediatamente quem somos, para não gerar equívocos e poupar tempo nos dias rápidos que correm.
Apenas ainda não sei, Sãozinha, como se resolveria aquela questãozita das mudanças que o tempo nos imprime na estrutura. Achas que bastaria umas actualizações por sms ou seria mesmo necessária uma descarga de dados transpirada pelo contacto da pele?
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