02 junho 2006

Utilitário

Raim's blog

Bom fim de semana


Fotografia: Anna & Barney

CISTERNA da Gotinha

Gosto do sofá aonde a menina se exibe.

É impressão minha ou
a menina
está um cadito desgrenhada?! Será que só eu é que reparo nestes pequenos pormenores??!

Figo e Helene posam juntos para a GQ italiana.

Há por aí alguém que goste de
meias de rede??!

As brincadeiras de adultos podem ser muito estranhas...
Olhá fruta fresquinha pró fim de semanaaaaaa...........


o cliente habitual

Ela agarrou o maço de tabaco e disse-lhe, "só tenho dois cigarros e não tenho moedas". Ele sorriu e respondeu, "menos mal, hoje só tenho dez euros, ainda te vai sobrar um."

PDI* - English version

My day of youth is over
My torch of life burns out
What used to be my sex appeal
Is now a water spout

Time was when of its own accord
It would from my trousers spring
But now it is a full time job
To find the blasted thing

It used to be amusing
The way it would behave
As early every morning
It stood and watch me shave

But now old age approaches
It fair gives me the blues
To see it hang its head on shame
And watch me clean my shoes

* Puta da Idade

crica para visitares a página John & John de d!o

01 junho 2006

O Amor é Lindo!



WP

Enquanto o Seven encontrou nesta fodografia, pela primeira vez, "o outro lado do amor", o OrCa aproveita para oder a São Rosas como já não odia há muito tempo:
"ah greta-gruta-grita e garbo
coração de cu ração
fica-se um coração parvo
pasmo aos pés ao rés do chão
que greta grita ao amor
boca aberta até mais não
mais alto o botão da flor
assobia p'la funSão"

Querida Lola, obrigas-me a ir às gavetas :)

Tinhas-me dito nesse dia que te fazia lembrar a Duras. Fizeste-me o maior de todos os elogios e saíste. Foi por ela e também por ti que, depois de te ter visto pela última vez fiz as malas e rumei a Oriente. Qualquer país me servia desde que fosse para longe de ti, mas escolhi ir para bem longe. Era como se não me deixasses respirar bem, como se me apertasses os pulmões e eu não conseguisse inalar. Dirias que era de fumar tanto. Eu diria que não e daí nasceria mais um conflito (nunca precisámos de muito para conflituar).
Foi ainda no aeroporto que o conheci. Eu não era uma jovem, mas ele parecia tiradinho do filme do Resnais. E não foi ele quem me abordou, mas sim eu que fui sentar-me junto dele.
Entre inglês e francês entendemo-nos suficientemente bem para passarmos essa noite, e mais umas, mas só te vou falar da primeira, juntos.
O homem era atraente, certamente, mas acima de tudo fez-me sentir a mais bela mulher daquele aeroporto apinhado de executivos e turistas.
No hotel, pedi-lhe para correr os estores, depois de ter escolhido um quarto no piso térreo. Assim na penumbra quase me sentia a Riva, ou melhor, Elle.
Também estava calor nesse dia, como no filme, e continuou a fazer calor pela noite. Suponho que os nossos corpos juntos tenham gerado energia suficiente para alimentar todo o piso.
Contra todas as regras, chorei nessa primeira noite com ele, mas não foi por tristeza ou por perda. Foi quase por amor. Sabias que quase se pode amar um estranho quando depois de muita aridez nos trata bem?
O que melhor fixei do corpo deste homem foi a forma redonda e firme das nádegas. E estava bronzeado, imagina.
Esqueci-me de tudo o que me tinhas dito e deixei que fodesse, de todas as formas que quis, cada poro do meu corpo. Ai, desculpa, não devia ter dito “fodesse”? Bem, apesar de tudo, não poderia ter dito “amasse”, que foi apenas um quase amor. Se bem que quase amor é melhor do que nada. Pronto, cá estou eu a perder-me por atalhos, não era de amor ou falta dele que te queria falar. Era desse homem. E da noite que passámos juntos, a primeira.
Consegues imaginar o que é deitares-te e não te sentires avaliado, medido, comparado? Sentires-te desejado, simplesmente.
Dizem que os orientais, alguns, suponho, conseguem ver a beleza onde ela esteja, independentemente do que a disfarça. Este homem viu a minha. Eu fiquei a saber que a tenho.
Mas sabes?, não vou afinal falar-te deste homem.
Tu não compreenderias.

três trava-cunilingus

I
refila de fole o falo
trata e trota e troca e grita
repele aos pulos o pêlo
tanto a pila se espevita
trocando as tintas à tropa
intrépida trota a pita
reguila de puta à peta
regala o grelo na greta
e a trepa em trote traulita

II
retesa a tusa teimosa
retouça a tesa na toca
retoca num truca-truca
retruca em traque pirosa
e o truque troca e destroca
e o traque troa e troveja
e a trova prova e desboca
que é trova porque se areja

III
lavada em lava saltita
e puta refuta e prova
que prova e reputa a cova
se pimba repimba a pita
bela a dona dela a cona
dela a peida delapida
pela-se a pila pela dona
fila-se em fila à guarida
e em chama chora e se inflama
e em choro clama e refila
e em fila fode e reclama
e aclama se acalma a pila.

Crónica do Nelo

"Á alturas da vida duma melhér en cagenti tem de dezabafar.
Ai calen-çe dai fofas!
Paçóm-çe coizas no mé prédiu que çó visto. E a genti vei vei vei, mas xegaum ponto qué desmasiado pra augentarmos çem a genti falari e diser as coizas.
Comessa logo de manhã sedo no caféi da Menina Isabel, quande a lambesgoita da cabelereira vai tomar a bica, e o sinhori Augusto (ai melhéres quele é tam bom eçe Augusto... mas nam me liga pévia... sniffff) deçe as escadas e entra tambeim e çe põe ao ladu dela.
Melhér qué uma coiza que reçalta ós olhos qué todus us dias a mejma coiza, e à ora serta. Ele é rizinhos, converça moli, toquis de brassos. Inda per sima quande oisso a melhér dele a falari cum a minha Efigénia per caza deu çer açim munto liberali e açim. A diser. Ai vizinha Efigénia, essas saídas à noite do seu Gonçalo. A çenhora veja bem que o meu Augusto vem todos os dias para casa à mesma hora. Nunca se ausenta de noite. - Melhéres! Çe á coiza que me deicha poçessa, é esta mania das melhéres porem defêtos nos maridus umas das otras... O que vali é quéu déça ves ovi a cunverça dela e diçe-lhe logo. - "Scuti lá vezinha; queim dezenha quer comparar e eu melhér, nam me comparo a nengueim. Goste de sair há note pois goste... maziço nam tem mal ninhum!"
Ela comessou-çe a riri mas a minha Efigénia nam guestou munto da converça, e fés-mi uma cara açim meio stranha daquelas que faz quande nam dá uma nota prás minhas coizas e açim, pra ver çe ficu em caza pra aturari us chás e as puezias xoxas do çobrinho da Dona Xé xé e iço açim...
Mazéu já tenhu tudo perparadu ca vingansa çerve-se ferida.
Eli, o vezinho Augusto, comessou a cortar o cabelo todas as simanas. Hás veses mais cuma vês, quéu çô bisha mas nam çô parva, fofas.
Ela corta pois corta! E arranha, fasso edeia melhéres. Mazagora, quande ele entrari outra vês e ela feichar a porta, subo as scadas e shamo a vezinha.Batu há porta, Toc Toc Toc e digo açim per meio dum sorrizo:
- Ah. he... sculpe vezinha, mas a vezinha debaicho, a loura cablereira quere deser-lhe nam çe o quem. Çabe vezinha, ela diçe-me quera urgenti, e inté me diçe o que era, maza a minha cabessa. ai vezinha que mesquesso de tudo. Veija lá çe pode dar um çaltinho num stantinho lá a baicho...
Já me stou a desmanshar a rir çó de ve-la a engolir o trapo.
Quande ela bateri á porta e a vezinha loura apraceri açim toda aflita cum marido dela a sconder-si nam çei bem ondi.
Ai ai. Mazé bem feita pra nam çarmarem em xpertas çempre de língua afiambrada prós ôtres e nam cuidar do que tem em caza.
Bem melhéres per oje shega de screveri, vô pegari na minha poxeti nas minha Gushes e nus més Barbaris e vô per ai dar uma volta, ver os homes, ca vida é roza, melhéres... Roza.
Olarilas melhéres... olarilas... eheh...
Pra çemana tenho mais, fofos e fofas...

Gonçalo Manuel, o Nelo prós amigus"