11 agosto 2006

«Ame o seu corpo» - Eve Ensler

Recomendo este pequeno grande livro de Eve Ensler, autora da peça Os Monólogos da Vagina. Ensler é ainda fundadora e directora artística da V-Day, o movimento global para acabar com a violência para com as mulheres e raparigas.
«O Bom Corpo» mostra as obsessões femininas na luta por se ter "um bom corpo".
À luta de Eve com a sua "barriguinha" de mulher quarentona, juntam-se-lhe as vozes de outras mulheres, de Los Angeles a Cabul, cujas fragilidades são também postas a nu.
Uma jovem latina fala das suas humilhantes "banhas". A mulher de um cirurgião plástico relata como é sistematicamente reconstruída – centímetro a centímetro – pelo seu marido "perfeccionista". A idosa directora de uma revista descreve a desesperada busca da juventude enquanto faz abdominais.
Em última análise, estes monólogos tornam-se num alerta pessoal de Eve para que amemos o "bom corpo" que habitamos.
Especialmente tocantes, para mim, o testemunho (real? ficcionado?) de Isabella Rossellini e a maravilhosa abordagem ao corpo de Leah, uma mulher Masai de 74 anos.
Eve Ensler sabe que esta é uma causa pela qual vale a pena lutar:
"Diga aos fazedores de imagem, aos vendedores de revistas e aos cirurgiões plásticos que não tem medo. Que aquilo que mais teme é a morte da imaginação, da originalidade, da metáfora e da paixão. Depois, seja ousada e ame o seu corpo. Pare de o consertar. Ele nunca esteve estragado."

Bom fim de semana!

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Foto: G2shots Images

10 agosto 2006

animais de estimaSão (III)

raim's blog


A Papoila Rubra mete-se - salvo seja, que aquilo tem dentes - a adivinhar:

"Será mesmo animal?
Terá dono ou terá dona?
Dão-lhe leite matinal
Para alguns, é apenas... cona.

É fêmea e das modernas
Está de todo rapadinha.
Vive presa a duas pernas
Para alguns, é uma... ratinha.

Há quem com um pau lhe dê
Pois gosta duma... «bem batida»
Nasce ceguinha e nunca vê...
Para alguns, é a... perseguida.

Não morde logo à primeira
Prefere o cacete à bolacha
Mesmo nova e ainda inteira
Para alguns, é sempre... racha.

O animal da pele fofinha
É deveras motivador
Paxaxa, buceta, pombinha...
Mas para alguns, tem nome de... flor.

Os nomes vêm e vão
E cada um chama o que quer
Este animal de estimaSão
hummm... está no sexo da mulher!"

Passear na Praia, Amar e Ser Feliz...

Quem me conhece a sério sabe que sou o gajo mais normal e entediante do mundo. Não costumo nem gosto de variar muito a rotina. Passos certos e seguros na vida. Uma vez experimentei essas coisas de posições diferentes, para variar, mas desisti logo, desmotivado pela pouca queda para as modernidades estrangeiras. Enfim, essas Paneleirices contra-natura!
Eu cá é mais a bom e velho "fazer amor", homem por cima, mulher por baixo, no escuro qu'isso de ver o parceiro desnudado é demasiado deboche para mim.
Entrar, friccionar, esporrar, tirar, ressonar... e de manhã ir trabalhar.
Ou então não.

Eu não estou é bem.
A precisar de férias é o que é.
Ontem até sonhei que já estava na praia...

És Meu!




PhotoSight

corre, corre...

Não consigo (nem comigo...) recusar nada à São... Ela estranhou-me a ausência... insistiu, vergastou-me, até, com raminhos de salsa (que não se me dá levar vergastadas com coentros...) e lá saiu qualquer coisa, que um homem estimulado até faz das tripas coração. Quadrinhas para brincar na areia, que espetar o prego parece estar a cair em desuso...

corre-corre em lufa-lufa
topa a trufa que apetece
tropeça em ópera-bufa
e a traulitada acontece

tiro-liro mais acima
tiro-ló na mó de baixo
tiro o sentido da rima
se em tira-linhas me encaixo

ventanias ventarolas
ventoinhas entre as pernas
historinhas de estarolas
p'ra arejar penas eternas

“fui ao mar colher cordões
vim do mar cordões colhi”
fui ao ar em tropeções
quando os versos repeti

ora essa fogo à peça
dá-lhe forte mas com jeito
já que não sai prosa à Eça
tens de mim um dó de peito

que na vida o que mais dói
nem é criar uma ode
é ficar neste ir-não-foi
tipo quem quer e não pode

tu que uma ode me pedes
com toda a força que podes
pedes bem mas tu nem medes
que com essa é que me fodes…

beijos canibais

.


.

Os beijos que eu gosto...

Beijos canibais
mordidos
lambidos
sugados
devorados
doces
quentes
ardentes
Delicia-me o teu beijo salgado
quando nele me reencontro...
É o paladar do nosso desejo
É o lacre de duas vontades...
Papoila_Rubra
16/ 03/2006

O canibalismo inspirou o Bartolomeu:

"É o pulsar de um desejo ardente
O materializar da foda urgente
É o beijarar-te usando o dente
Que te faz sentir a cona quente

Sou eu e tu em avanços desmedidos
Em espasmos, enlaces e gemidos
Nossos ventres fermentes, destemidos
Na entrega dos corpos bem unidos

E é o tesão avassalador
que inunda a alma de paixão
E és tu que te encaixas no pendor
do estandarte que detens em tua mão

hihihihihihi"

E o OrCa já há muito que não odia:
"do beijo...

e um beijo a saber a queijo?
e outro então a camarão?
e um dado repenicado?
e um furtivo aldrabão?
e aqueloutro sabendo a pouco?
e este aqui com chupão?
e um aguado em linguado?
e um que adoço no pescoço?
e mesmo em cheio num seio?
e no abrigo do umbigo?
e o lingual labial?
e o et coetra e tal?
e carícias ternas nas pernas?
e que deslizas nas coxas?
e um qual fénix no pénis?
e no início ao prepúcio?
e por fim no precipício?
e esse roçar de lábios?...
sabe-los bem... senão, sabe-os!"

O cheiro a carne atraiu também o poetaeusou:

"OFERECE-ME
Junta
Teu Corpo
Tua Alma
Teus Pensamentos
E na noite Calma
Embrulha num Beijo
Esperam os meus lábios Carentes
Que alimentes o meu fogo de Desejo"


O Bartolomeu até deu duas seguidas sem tirar:

"E chega sem saber de onde
essa vertigem breve, insana
abrasa, tenta e não esconde
o caminho que leva à tua cama

E em pueris desmandos me abandono
ao desmancho de fantasmas guturais
Quando pelos sonhos, vem teu cono
derrotar meu caralho entre teus ais"


O Nelo confessa a sua paixão assolapada pelo OrCa:

"Ai Orca melhér, tu odes beim
Navegas lindo nosh sons que lavras
Çe stiveçes máis pertu de mim
Çô éu mejmo que te digo açim:
Podes crer cu nam me scapavash

Fasias logo uma puezia,
Deças mejmo de pé quebrado
Éu asdepois logo te disia
O que com os teus verços fasia
Caundo stivesse todintalado

Hera rima e transrima
E verçejos çem parar
Pulavas-me todo pra sima
Fasias de mim um´ obra prima
Um puema çem igual.

Mas açim perdes o té tempo
Co´eça melhér, a gaija Ção
Que nam çabe o que é o tormentu
Nem dos shoros jogados ao vento
Pur um pacote morto em tezão.

É toda uma tempestade
Que nos naçe dentro do ser
Tolhe-nus cerce a çanidade
O pinçar com claridade
Çó tu Orca me podes valer"

O que não lembra ao diabo, lembra à Wonderbra!


Nos Emiratos Árabes Unidos é prática corrente a censura dos conteúdos da imprensa que estejam fora dos critérios aceitáveis para o governo.
Numa jogada de antecipação, a Wonderbra publicou lá este anúncio «auto-censurado». A mensagem transmitida é que o soutien da Wonderbra aumenta de tal forma os peitos da modelo que os censores tiveram que gastar muito mais marcador preto.
Se não consegues vencê-los, goza-os.
Fonte: Adrants

A masturbação ajuda a vender sapatos


Sapatos Bunker - Satis-fashion 1



Sapatos Bunker - Satis-fashion 2

09 agosto 2006

Os Javardos

Mensagem do autor.
Por não se enquadrar no espirito deste blog retirei o primeiro episódio dum trabalho que se chama " Os Javardos" .
É um relato extenso sobre sexo e crime, com laivos de factos reais, mas por ser diferente entendo que nao se enquadre no que este blog pretende ser, como aliás ficou bem expresso nas caixas de comentários.
Deixo o meu pedido de desculpa pelo tempo que perderam a ler e os meus agradecimentos.
Prometo de futuro ser mais sucinto e directo.
Charlie.

CISTERNA da Gotinha


Resmas de mulheres em bikini: vídeo.


Insólito e
indolor?! Será orgástico?!


Miss USA 2006: Tara Conner


A
modelo é gira mas os bikinis e os fatos de banho são ainda mais!

Olha que jóia tão apetecida.

Piano de escaldanços


Oooooouch.com

A DDB Brasil criou para a marca de bronzeadores e protectores solares Sundown este «teclado de meninas» em que não se pode tocar nem com o rato, porque elas gemem de dor. Como a malta é sádica, vai cricando nas várias meninas. Poderás assim criar a tua própria música... e até gravá-la.

O mestre de cerimónias - por Charlie

Naquela tarde de Verão, poucas pessoas teriam reparado no seu aspecto polido, nos seus finos modos e nos pequenos tiques que quase se confundiam com a coreografia de gestos tão comuns às cerimónias onde ele pontuava com todo o seu saber e estilo.
Todo o ambiente condizia com ele. Tudo nos lugares, os enfeites das mesas, a decoração primorosa, tudo mas tudo encaixava com o aspecto de requinte que ele transparecia, fazendo-o passar por apenas mais um elemento dum universo perfeito.
Era o mestre de cerimónias mais competente e requisitado de toda a cidade.
Acontecimento que estivesse sob os seus hábeis e dedicados dedos era evento memorável na certa, pela qualidade e desenvoltura no serviço. Pela excelência nos meandros protocolares, pela invulgar postura de homem de sociedade.
Assim, quase passou despercebido o instante em que o padrinho passou junto a ele e lhe fez um sinal discreto, retirando-se para os fundos do imenso salão onde estava a decorrer o copo de água. O mestre ficou impávido e sereno como se de nada se tivesse dado conta.
Deu as suas ordens, arranjou mais uns lugares para os recém-chegados convivas e rapidamente saiu para as traseiras do recinto.
Ali estava ele. O padrinho. Esperava-o nervosamente como se o que fosse dizer lhe queimasse a língua:
- Escute... Eu tenho algo para dizer-lhe...
O mestre não esperou mais. Sem que o padrinho esperasse, atirou-se a ele num abraço quente, de lábios encostados aos dele que assim de repente nem reagiu, apanhado de surpresa.
Num gesto brusco afastou-o e disse-lhe visivelmente alterado:
- O que pensa que está a fazer?! Por quem me toma?!
A compostura foi imediatamente retomada e o mestre, sabedor pelos muitos anos de experiência feita, ouviu o pedido que o padrinho tinha para fazer-lhe, impávido e sereno, como se nada tivesse acontecido. Que precisava dum momento de recato para combinar uma coisa com o noivo, e que não podia ser interrompido por nada deste mundo.
O abanar de cabeça condescendente do mestre deixou-o descansado. Episódio esquecido sem mais memórias.
Tudo decorreu sobre carris, as coisas servidas numa gestão perfeita do tempo, como só o mestre sabia fazer. A música a tocar suavemente temas de gosto esmerado e de cadência a condizer com o leve crescente das emoções, à medida que o etílico ia alargando os círculos e elevando o tom das vozes.
Aproximava-se o momento de partir o bolo, um pé de dança e, daí a pouco, todo o cerimonial estaria terminado. O ambiente estava excelente, como sempre acontecia sob o mando sabedor deste grande mestre.
Foi assim um espanto para todos quando viram entrar pela salão a noiva em pranto, depois de ter saído apressadamente após umas breves palavras ditas ao ouvido por um dos serviçais, que depois se retirou do recinto.
Ela chorava desalmadamente. A mãe de expressão tomada em sofrimento e o pai a fugir para os privados após ter ouvido da sua filha o que ela tinha presenciado.
Quase sem se dar a ver, junto à mesa grande na zona da copa, o mestre servia-se duma taça de champanhe, apreciando, conhecedor como era, como certas coisas só tem o paladar certo se forem servidas frias...

Charlie