10 agosto 2006

corre, corre...

Não consigo (nem comigo...) recusar nada à São... Ela estranhou-me a ausência... insistiu, vergastou-me, até, com raminhos de salsa (que não se me dá levar vergastadas com coentros...) e lá saiu qualquer coisa, que um homem estimulado até faz das tripas coração. Quadrinhas para brincar na areia, que espetar o prego parece estar a cair em desuso...

corre-corre em lufa-lufa
topa a trufa que apetece
tropeça em ópera-bufa
e a traulitada acontece

tiro-liro mais acima
tiro-ló na mó de baixo
tiro o sentido da rima
se em tira-linhas me encaixo

ventanias ventarolas
ventoinhas entre as pernas
historinhas de estarolas
p'ra arejar penas eternas

“fui ao mar colher cordões
vim do mar cordões colhi”
fui ao ar em tropeções
quando os versos repeti

ora essa fogo à peça
dá-lhe forte mas com jeito
já que não sai prosa à Eça
tens de mim um dó de peito

que na vida o que mais dói
nem é criar uma ode
é ficar neste ir-não-foi
tipo quem quer e não pode

tu que uma ode me pedes
com toda a força que podes
pedes bem mas tu nem medes
que com essa é que me fodes…

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma por dia tira a azia