01 setembro 2006

Os três


Até que foi emocionante a época em que acumulei os três. Um mais velho, um da mesma idade e um mais novo. Afinal, feitas as contas, não foi nada que uma criteriosa gestão de tempo não resolvesse.

Fazia-me falta o mais velho para entre as baforadas de um cigarro, enquanto lhe encaracolava os pêlos púbicos, me deliciar com as histórias empolgantes que ele tão bem sabia narrar . Fazia-me falta o da minha geração para suar durante horas colada aos seus músculos e ossos numa tântrica fusão que me deixava rastos de saliva do lóbulo das orelhas ao dedo grande do pé. Fazia-me falta o jovem para saborear os apalpões desordenados na sala de cinema, os beijos densos de esterno contra esterno, de coxas contra coxas e mais qualquer coisinha, no meio de qualquer via pública e as mãos dadas sobre a mesa como se não existissem talheres.

Mas era uma canseira os relatórios de actividades sobre os outros que a cada um tinha de fazer. Como se cada detalhe fosse imprescíndivel na tabela de cada um como um registo dos lances do adversário num jogo de xadrez. E caramba, se nenhum cumpria todos os requisitos, dei por terminado o período de experimentação e dediquei-me a uma aturada pesquisa de modelos que como os champôs já conseguissem ser três em um.

Publicidade da Durex na entrada de uma estação de Metro


Descoberta pela Gotinha no blog Twenty Four

31 agosto 2006

O dia dos Blogs é sempre que a malta quiser








Obrigada Gotinha, por me lembrares que hoje é o Blog Day e por dizeres do nosso blog: "a pimenta saudável da Blogoesfera e também porque a sua t-shirt «Faz-me um Bico» fez tanto sucesso que até já se vendem t-shirts piratas na feira de Paço d'Arcos".
Obrigada, membros e membranas, por tornarem este nosso cantinho tão apetecível, convivendo e recriando-o continua e deliciosamente.
E desculpem-me mas nos próximos instantes vou mirar o meu próprio umbigo (e que pena não chegar lá com a língua...). É que estas palavras do Sharkinho deixaram-me tão molhada que não há higrómetro com escala nem comprimento suficientes:
"Foi a primeira pessoa, das que blogam, que conheci na versão analógica. Foi também quem organizou o meu encontro blogger de estreia, magnífico, no decorrer do qual pude confirmar que se trata de alguém fora do comum.
Claro que bastaria uma visita à Funda São (o blogue) para ficar espantado com a desenvoltura com que o sexo é mimado todos os dias naquele espaço onde prevalece o bom humor.
São (mesmo) Rosas as cores com que se fazem acontecer de uma forma original e despudorada (sem falsos pudores) as cenas explícitas ou implícitas de um assunto que, afinal, está sempre na moda e interessa abordar qualquer que seja o tom.
E o daquele blogue, embora demasiado hardcore para a maioria das sensibilidades, pauta-se por um «não sei o quê» que filtra os tradicionais labregos que costumam assentar arrais onde lhes dê o cheiro a gaja fácil.
Mas dá-se ao respeito, esta São que acolhe a poesia com a mesma alegria que nos transmite as ilustrações em catadupa nos posts como nos comentários ou as anedotas e cartoons que debocham na boa com o lado castiço e brejeiro da sexualidade que todos deveríamos cultivar com frequência.
E tudo isto, com a Gotinha a funcionar como uma parceira perfeita e diversos colegas a colaborarem no blogue individual mais colectivo de que há memória, acontece n’A Funda São.
É um blogue ímpar, impossível de imitar. Arrojado, divertido, «escandaloso», alterna textos sublimes com paródias «de partir o tarôlo».
E a mentora, pessoa que me deixou uma inesquecível impressão (rima com… com… confuSão, não é?), tem uma estrica para blogar que bate certo com a que pude observar no dia em que conheci a croma.
Será sempre uma referência para mim nesta comunidade que se faz de gente de todos os tamanhos (a São não desdenha minorcas mas prefere XXL) e feitios.
Vão-lhe ao blogue já, eu sei que ela deixa. Mas não se esqueçam de levar o BI, o boletim de vacinas e uma mente (tem que se começar por algum lado) bem aberta.
Aquilo é mesmo só para maiores de idade, vacinados/as contra o preconceito e apreciadores/as da melhor fruta.
E termino com uma rima. É de morrer a___________.
Se forem lá num instantinho, estou certo de que saberão completar a frase.
A Funda São é o Googléu (um google com as maminhas ao léu) e tem o motor de busca na zona da_______.
Vão lá que encontram de certeza"
(texto retirado daqui... sem vénia, que seria perigosa)

A São nas Limpezas ao blog




Koltsov

gastronomia: canibalismo camuflado...


Em tempo de Verão e de férias
de praia e de montanha
de rodízio e picanha
de assadas, churrascos e espetadinhas...
não poderá ser esquecido
um BOM "bifinho" na pedra...


Porém, enorme dúvida se põe e... impôe:

- meninas, deverá ser comido de faca e garfo, ou... à mão e à dentada ??!!!!

foto daqui

Queca mágica


(Desenho da capa de "Fous d'amour", do saudoso Reiser)

Um gajo chega à beira de uma gaja e diz:
- Estás afim de uma queca mágica?
A gaja pergunta:
- Como é uma queca mágica?
Ele diz:
- É muito simples: damos uma queca e depois tu desapareces...

crica para visitares a página John & John de d!o

30 agosto 2006

CISTERNA da Gotinha


Restaurante do Pénis: isto é que é cozinhar na zona perigosa!

Gíria Sexual: fiquei pasmada com a quantidade de informação no Wikipedia sobre sexo. (enviado por Quiroch@)

Jogo Spank the Booty: vamos voltar a treinar.

A menina da boina preta.

Pachacha chama sexo!

Lamatadora descobriu-me na Praia da Rocha

Olá, maltinha danada para a brincadeira (e brimbanco, brinsofá, brimbanheira, brintábua_de_engomar, brimbidé, brinescadas, brinelevador... enfim, brintudo)!
Estive uns dias na Praia da Rocha, deliberadamente sem computador (e até tinha um cybercafé a 50 metros). Regressei ontem e recuperei a minha humidade natural quando verifiquei que vocês se têm continuado a divertir como gente grande.
Na Praia da Rocha só ouvia toda a gente a dizer «pachacha chama sexo»:
- Já sabes? Pachacha chama sexo... - para aqui...
- Pachacha chama sexo. Conseguiste um convite? - para ali...
Só depois me apercebi que afinal estavam a falar... disto. Eu tão inocente e esta malta tão tarada!

Despertares


Era sempre eu que despertava o meu irmão mais velho para ele não ter de suportar o tic-tac irritante dos despertadores, naquela época longíqua em que os telemóveis não existiam. Todas as manhãs me aproximava silenciosamente e sussurrava-lhe ao ouvido um bom dia melodicamente meiguinho, ao mesmo tempo que a minha mão direita lhe massajava uma omoplata.


Depois, subia um pouco os estores para a luz assim coada se espalhar uniformemente pelas paredes e alavancar as pálpebras do adormecido. E neste ritual matinal, dei um dia com o sol no cume dos lençóis alcandorados numa pirâmide de Gizé, nascida um pouco abaixo do umbigo do meu mano. Não sendo nós Ísis e Osíris, nem tão pouco descendentes de alguma dinastia faraónica e tendo o meu irmão descoberto o ponto de fuga das roupas de cama, encarei-o sisuda e adverti-o que sabia que era mais nova do que ele, o que não era motivo para mo frisar logo pela manhã, apresentando-me um escorrega.