Elena Platonova (Elle Nova)
09 setembro 2006
Lembras-te dos anúncios polémicos da Puma?
Pois Dolce & Gabanna resolveram fazer uma nova versão, sem fluidos e mais... Neleira:
«Faz-me um bico» - versão Dolce & Gabanna*
* a minha versão em t-shirt é muito mais interessante... cóf... cóf... cóf...
Pois Dolce & Gabanna resolveram fazer uma nova versão, sem fluidos e mais... Neleira:
«Faz-me um bico» - versão Dolce & Gabanna*
* a minha versão em t-shirt é muito mais interessante... cóf... cóf... cóf...
The Love Boat
Continuavam a trocar olhares quando ela se chegou ao pé dele e disse:
– És parvo ou quê?!
Ele fitou-a, semicerrou as pálpebras, alinhou os maxilares e cerrou os dentes para fazer os lábios mais finos, tudo para endurecer a expressão como via fazer nos filmes, e perguntou em falsete, estragando qualquer efeito conseguido com o olhar, os dentes e os lábios:
– Desculpa?!
– És parvo? – tornou ela, com ar e tom naturalmente duros.
– Porquê? – balbuciou ele, confundido.
– Estás aí há duas horas e não me dizes nada?!
– E porque é que havia de dizer? – respigou ele, tentando perceber o que lhe estava a acontecer.
– Estás há duas horas a olhar para mim!
– Para ti?!
– Não estávamos a trocar olhares?!
– Eu, contigo?
– Sim, tu, comigo!
– Não!
– Não?!
– Não.
– Ah! – A tipa encavacou e emudeceu, corou e emburrou, agarrou-lhe no copo e emborcou, sorriu palidamente e seguiu.
Ele procurou-a, mas já não a viu. “Estúpida desta gaja, agora a outra foi-se embora! Duas horas! Duas horas...”
Agarrou no copo vazio “e ainda me bebeu a cerveja, isto ao menos...”, procurou avistar a empregada, mas só viu a tipa que o interpelara voltar para trás, sem olhar para ele. Confirmou que o lugar dela na outra mesa ainda estava vago. “Ficou desorientada, é bem feita!”
– Podemos começar de novo? – perguntou, tocando-lhe no braço.
– Desculpa?! – Espantou-se ela, parando.
– Eu chamo-me... chamam-me António – apresentou-se com o seu melhor sorriso. – Parece que ouve um mal entendido...
– Parece que está a haver um agora!
– Agora?!
– Ela já lá não está, não é?
Ele procurou-lhe os olhos, fez uma pausa, olhou para o lugar que a outra ocupara e respondeu:
– Pois não, ela já lá não está, mas estamos nós. Posso pedir uma imperial para ti ou bebes a minha outra vez?
Ela riu. Gostou da sinceridade.
– Podes, podes pedir uma para mim, António.
– És parvo ou quê?!
Ele fitou-a, semicerrou as pálpebras, alinhou os maxilares e cerrou os dentes para fazer os lábios mais finos, tudo para endurecer a expressão como via fazer nos filmes, e perguntou em falsete, estragando qualquer efeito conseguido com o olhar, os dentes e os lábios:
– Desculpa?!
– És parvo? – tornou ela, com ar e tom naturalmente duros.
– Porquê? – balbuciou ele, confundido.
– Estás aí há duas horas e não me dizes nada?!
– E porque é que havia de dizer? – respigou ele, tentando perceber o que lhe estava a acontecer.
– Estás há duas horas a olhar para mim!
– Para ti?!
– Não estávamos a trocar olhares?!
– Eu, contigo?
– Sim, tu, comigo!
– Não!
– Não?!
– Não.
– Ah! – A tipa encavacou e emudeceu, corou e emburrou, agarrou-lhe no copo e emborcou, sorriu palidamente e seguiu.
Ele procurou-a, mas já não a viu. “Estúpida desta gaja, agora a outra foi-se embora! Duas horas! Duas horas...”
Agarrou no copo vazio “e ainda me bebeu a cerveja, isto ao menos...”, procurou avistar a empregada, mas só viu a tipa que o interpelara voltar para trás, sem olhar para ele. Confirmou que o lugar dela na outra mesa ainda estava vago. “Ficou desorientada, é bem feita!”
– Podemos começar de novo? – perguntou, tocando-lhe no braço.
– Desculpa?! – Espantou-se ela, parando.
– Eu chamo-me... chamam-me António – apresentou-se com o seu melhor sorriso. – Parece que ouve um mal entendido...
– Parece que está a haver um agora!
– Agora?!
– Ela já lá não está, não é?
Ele procurou-lhe os olhos, fez uma pausa, olhou para o lugar que a outra ocupara e respondeu:
– Pois não, ela já lá não está, mas estamos nós. Posso pedir uma imperial para ti ou bebes a minha outra vez?
Ela riu. Gostou da sinceridade.
– Podes, podes pedir uma para mim, António.
08 setembro 2006
CISTERNA da Gotinha
A geografia da Vagina: para os estudiosos e não só!
A Carla Matadinho já tem site!
Pornocha: quem adivinha o que é?!...
Galeria Fotográfica de Sergey Razumnyy
Bom fim de semana
(clica na imagem para aumentar... a cama)
Fotografia: Pascal Renoux
Qrònica do Nelo
Tenho uma vezinha nova melhéres.
Ai que já dei barraca, no mejmo dia em que shegou aqui ó nóço prédio.
Ela éi Alimã, e shama-se Helga, gosta qui le shamem meinfrau Helga, e eu melhéres, com esta boquinha afinada pró broshe e açim, sheia de criatividade, shamei-le logo de mafrai Melga, u que me valeu um riparo, melhéres, que cuaze hera uma escompestura!
Ai ca minha Efigénia mal çôube da vezinha nova do andar debaicho , çalvo seija, melhéres, quinté me benzu çó de pinçar ficar per sima dela, teve logu de convida-la pra um xázinho com bolashas e açim.
Melhéres quela cuaze nam çabe falari Pertugûes, mazintão fala que çe farta, e mestura as palavras alimãs com ôtras. E foi na altura em que já pinçava tar squecida da troca do nome quela çe saiu com uma tirada quande a Efigénia tinha ido buscar unsh bescoitos lá dentru.:
- Escute Mein Herr Gounçálo Manüel. O sinhôrr tens o açúcar em sua formigueiro? – E olhou pra mim açim com a cara munto séria, mazonde éu vi logo, pur um laivo de brilho nozolhos quela stava a ençinuar queu hera bisha.
Ai melhéres, que aí foi a minha vesh de le dezer que stava inganada e que çe devia preguntari çe tinha fromigas no assucareiro, mas ela asdepois, cuaze çem despegar diçe-me que mal tinha shegado ó apartamento e tinha idu arrumar umas coizas no fredirífico, tinha dadu com o cozinho cheio de formigas. Ai u queu ri melhéres, çó de pinçar na mafrai Melga toda nua e com o cuzinho e as covas sheias deças diabólicas e minúscolas porssões de veneno com patinhas. Munto ri éu melhéres e cuande shegou a Efigénia com us bescoitos, tava eu splicandu à mafrai Melga a defirensa entre cuzinho e cosinha.
Ai melhéres, u quela çe riu, caleim-çe daí cuma bisha que çe preze tem de fazer rir as piçoas hihihihi …
Mas u melhor foi u que acontesseu ónte já paçava da meia nôte e nam tinha picado inda nada e estava aburrecida e deziludida com a noite de Lisboa, pinçando em ir dromir.
- Nelo melhér, ôje nam apanhash nada, vai dêtari o pacote melhér.- Dezia éu pra mim, mejma, quande açim çem sperar tive uma buleia dum carro grande e preto com uma strela au meio do capô. Ia açim paçando numa das ruas per trás das Picoas direito há minha rua, e logo ali quande çe deicha de ver o amarelo do Fórum, paçôu ó pei de mim e parôu.
- Desculpe sinhórr.- Diçe ele e asdepois continuuo. – Estou áqui há pouco tempo, e não incontro o rua do meu casa. O sinhórr não sabe onde é a…..-
Ai interrompi-u melhéres de mãos postas e a riri. – Esculpe, mas o sinhor éi o espozo da mafrai Melga?-
- Meinfrau Helga, ja . Sie ist meine frau, já. Ela é meu múlier sim. Você conhece?-
- Ai se conhesso melhér, tive a beber um chá com ela lá em caza, ca minha Efigénia cunvidôu-a logo pró xázinho, e foi um fartoti de rir per caza das fromigas.
- Ah ah ah . Intam você é o sinhórr Nelo. Ah ah ah…Talvez fosse mélhor ir a uma sitio tomar um bebida, primeiro de ir para casa, vizinho Nelo.-
E foi açim melhéres que çem sperar, a nôite que prassia stragada e çem grassa, çe transformôu numa bela nôitada de farra.
Fomus há roda de Baris. Um copo aqui, ôtro ali, uma vezita au méu rotêiro dus sítios da bishisse, que éi onde me cinto há vontadi, e foi um fartoti de rir com as ôtras bishas sheias enveja de eu andar cum um homem açim grande e bom.
Ai quele éi uma sponja a beber melhéres, e tá çempre devertido, e a faser riri as piçoas cum a língua de trapo dele a contar piquenas piadas e açim….hihihihi Ai cala-te Nelo melhér. hihihihiAsdepois, fomos dar uma volta ao Monçanto pra falar e eças coizas e iço, e no fim da nôite, lá acabei conçolada melhéres cum uma bela duma boa broshada, dentru dum Mersedes, cuaze há porta de caza….
Enfim, melhéres, éi açim a vida e as alegrias duma bisha, prá çemana à maish…
Bom fim de çemana fofos….e fofas…
Bêijos do Nelo….
prazer solitário...
Nota prévia: Setembro chegou. Com ele outros afazeres e ocupações prioritárias, se aproximam . Termino aqui a minha participação assídua neste blog. Daqui para a frente, será muito esporádica.
Nos posts que publiquei, tive a preocupação de focar, alguns dos patamares do PRAZER DA MULHER.
Quando escrevo sobre prazer sexual feminino, refiro-me SEMPRE a SEXO REAL, geralmente contado na primeira pessoa, porque é VERDADEIRO. Rebusco sempre dentro de mim o modo mais simples de me expressar e as palavras mais autenticas, sintéticas e cristalinas.
Não me exibo. Apenas falo com naturalidade, associada à responsabilidade inerente à pessoa da geração a que pertenço, tentando sempre, DIGNIFICAR o PRAZER FEMININO. Obviamente que não sou sua representante, mas, orgulho-me muito de ser mulher e de pertencer à geração a que pertenço.
Sou mulher de Abril.
Mulher com mais de cinquenta.
Mulher madura que sabe pedir e escolher os seus prazeres.
Mulher que aprendeu há muito, que: BOM SEXO requer muita criatividade, sendo esta, sempre associada a BOA TÉCNICA.
Estou viva. Estou presente. Estou aqui.
Desejo que todos os homens e mulheres colaboradores deste espaço, continuem e encontrem sempre dentro de si, a maneira mais verdadeira de “afundar” aqui, os seus prazeres sexuais.
À São ( uma verdadeira força criativa da Natureza ), mui digna gestora e moderadora deste espaço, desejo que nunca te falte a força para continuares, com alegria e qualidade.
Este último trabalho será apenas entendido por alguns/mas. Sei disso, mas, não importa.
Dedico-o a todos os leitores deste blog, desejando que todas as mulheres tenham a possibilidade de verem incluído nas suas vivências sexuais, este PRAZER MAIOR, e aos homens, a possibilidade de o presenciar.
Nos posts que publiquei, tive a preocupação de focar, alguns dos patamares do PRAZER DA MULHER.
Quando escrevo sobre prazer sexual feminino, refiro-me SEMPRE a SEXO REAL, geralmente contado na primeira pessoa, porque é VERDADEIRO. Rebusco sempre dentro de mim o modo mais simples de me expressar e as palavras mais autenticas, sintéticas e cristalinas.
Não me exibo. Apenas falo com naturalidade, associada à responsabilidade inerente à pessoa da geração a que pertenço, tentando sempre, DIGNIFICAR o PRAZER FEMININO. Obviamente que não sou sua representante, mas, orgulho-me muito de ser mulher e de pertencer à geração a que pertenço.
Sou mulher de Abril.
Mulher com mais de cinquenta.
Mulher madura que sabe pedir e escolher os seus prazeres.
Mulher que aprendeu há muito, que: BOM SEXO requer muita criatividade, sendo esta, sempre associada a BOA TÉCNICA.
Estou viva. Estou presente. Estou aqui.
Desejo que todos os homens e mulheres colaboradores deste espaço, continuem e encontrem sempre dentro de si, a maneira mais verdadeira de “afundar” aqui, os seus prazeres sexuais.
À São ( uma verdadeira força criativa da Natureza ), mui digna gestora e moderadora deste espaço, desejo que nunca te falte a força para continuares, com alegria e qualidade.
Este último trabalho será apenas entendido por alguns/mas. Sei disso, mas, não importa.
Dedico-o a todos os leitores deste blog, desejando que todas as mulheres tenham a possibilidade de verem incluído nas suas vivências sexuais, este PRAZER MAIOR, e aos homens, a possibilidade de o presenciar.
Prazer MAIOR
No corpo, sentia enorme tensão.
Nos músculos, o dorido
sobejamente manifestado
nas tardes densas de trovoada.
Nos músculos, o dorido
sobejamente manifestado
nas tardes densas de trovoada.
Concretizando vontade inadiável
que do corpo convite provinha
aconteceu
AcOnTeCeU…
ACONTECEU
A... CON... TE... CEUUUU!...
e não parava de acontecer...
Agora sei a diferença.
Conheço a lava que jorra abundante
mas, mansamente, sufocada...
Conheço o esplendor do geiser
que em exuberante explosão
se liberta imponente...
Choveu no meu pé!...
De joelhos, à minha frente
com o mais carinhoso dos sorrisos
foi o teu rosto que eu “vi”...
Perdoa
ter escrito um dia
que entre lágrimas
desistia de ti.
Na verdade
cada vez mais
sei… que não consigo…
a 25/06/2006
07 setembro 2006
O Chefe...
- Sr. Silva…, – Disse enquanto se fazia rodar muito lentamente na cadeira, de cotovelos apoiados nos encostos de braços. Tinha recebido o desgraçado do funcionário de costas voltadas para a porta, deixando-o especado, enquanto fingia um tremendo aborrecimento, os polegares apoiados nos queixos e os outros dedos esticados e unidos, de indicadores junto ao nariz, e que ele agora abria e fechava em frente à boca, tamborilando uma enervante coreografia à medida que sissiava por entre os dentes o vestígio indecifrável duma surda melodia.
Largos minutos se haviam passado num silêncio absoluto, sepulcral, e ele, o chefe, sabia como tirar todo o partido da postura teatral e densa na atmosfera que ia criando. Sem que fosse necessário proferir nessa fase uma única palavra, tudo ia escurecendo numa ameaça de tempestade sem hora anunciada.
- Senhor Silva…. – Retomou enquanto olhava para ele de olhos fixos no olhar que o seu interlocutor nervosamente fazia por não cruzar com o seu.
- Hoje, para cimentar uma conduta que já se lhe vai tornando um hábito, chegou outra vez atrasado! -
Esperou um pouco, gerindo o silêncio enquanto mirava sobranceiro para o funcionário.
-.Pronto Silva!… Nem precisa de dizer mais... Foi o casamento da sua irmã neste fim de semana e a segunda-feira a seguir a um festejo, já sabemos como é. Escusa de vir para aí com a conversa do costume, com argumentos da treta e patati, patatá, e saco de palha e por ai fora.... O senhor tem sempre uma desculpa, Silva!
Ora é uma coisa ora é outra, umas vezes o carro outras vezes o transporte, ou tem alguém doente, hoje foi o casamento…Enfim Silva, enfim… –
Tinha proferido as palavras no tom certo com que sabia ir produzir o efeito pretendido. Começara lentamente com voz grave evoluindo no discurso para momentos de grande ênfase, quase gritando, cuidando meticulosamente do valor das inflexões nas momentos certos.
À sua frente, o Silva, que nem tinha tido coragem, nesta última fase, de levantar a cabeça, fitava os pormenores do chão. Quadradinho aquí, um pormenor do rodapé com um risco de sapato alí. O fio o telefone enrolado a trepar por entre a folhagem duma franzina planta interior, e subindo o olhar, deslizava pela incontornável moldura em cima da secretária no extremo oposto ao monitor do computador passando depois um breve relance à expressão de desagrado do seu superior. Voltou de imediato para baixo. Para o abrigo dos pequenos pormenores, ao nível dos sapatos, enquanto a sua mente vagueava de novo pelos instantes intensos acabados de viver, poucos minutos antes de estar ali.
O chefe continuou. Poderoso. Teatral. Quase paternal. – Sabe que esta empresa tem crescido e prosperado. Muito pelo brilho e dedicação do seu círculo de colaboradores onde eu o tenho incluído ao meu serviço, mas principalmente pela disciplina e a observância dos regulamentos internos.
Percebe Silva? Entende como é importante respeitar as regras?
É isso que incute em todos os elementos da cadeia de produção e serviços a noção de pertença a algo maior, uma obra colectiva onde todos tem orgulho no seu papel, onde todos sabem ser indispensáveis na medida em que a sua falta compromete os outros sectores, atrasando todo o desempenho do conjunto.
Você é um mau exemplo para esta empresa senhor Silva!
Um mau exemplo! Um irresponsável!
Nem sei como o tenho ainda a trabalhar connosco. –
Num assomo de coragem, o Silva levantou o olhar e engolindo em seco atreveu-se com um breve: -Chefe…foram só oito minutos. -
Ficou olhando para a cara mista de raiva e zombeteira do chefe.
- Peço que me desculpe mais uma vez. – Balbuciou. - Compensarei a empresa trabalhando até um bocado mais tarde, e … -
Uma urgente batida à porta fê-lo despertar de repente e dar um salto na cadeira.
- Silva! – espreitou alguém pela nesga da porta enquanto repetia.
- Oh Silva!
Prepara-te. O chefe está a chamar-te.
Hoje está naqueles dias que ninguém o atura.
Ainda por cima tiveste um azar do caraças, ele estava à janela quando chegaste, e nem te valeu de nada entrares com o carro lá para a ponta do parque e vires para o teu gabinete de mansinho para passares despercebido. Tás bem fodido pá. Prepara-te para a piçada! Nem queria estar na tua pele! Foda-se... –
- Obrigado Miguel, - Suspirou levantando-se lentamente da cadeira. -... vou já…-
Encostou a porta, e inspirou fundo, ajeitou a gravata e preparou-se para sair.
Repentinamente, uma vibração no bolso, o telemóvel a tocar.
- Sim…? Oh minha querida. Meu amor…- Disse em voz baixa, seguido duma breve pausa enquanto escutava.
- Também já eu estou cheio de saudades, e ainda agora acabámos de estar juntos, trago nos meus lábios o sabor dos teus, da tua pele, do teu sexo. Tenho a alma toda iluminada com o brilho dos teus olhos e a tua voz faz-me estremecer todo por dentro…
És linda. Adoro-te meu anjo, e assim que puder vou ter contigo.
Olha, mas tenho de desligar agora. Ligo-te depois mais tarde amor.
O quê? Problemas?
Não!
Nada de especial.
É já o costume…Mandaram-me chamar agora mesmo ao gabinete do teu marido…-
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