14 março 2007

Colchão


Os ditos eram mais que muitos e trocavam-se nos corredores durante os intervalos ou nas mesas do bar. Então, já experimentaste o colchão? É bom para se deitar, não é? E o melhor é que é insuflável, frase que provocava a cúmplice gargalhada geral.

Mantendo a tradição ancestral de Letras que agora já enxameia a maioria das faculdades, as mulheres gracejavam a propósito do indíviduo que a troco de umas anotações das aulas, de um sorriso ou de um simples bora lá, dava o corpo ao manifesto para estudos mais aprofundados de anatomia, investigações detalhadas sobre as erupções vulcânicas masculinas ou aplicação prática do prazer orgásmico como potenciador do desenvolvimento das capacidades cognitivas.

Tinha a enorme vantagem de não ser território virgem e ninguém ir lá ao engano, já que qualquer colega podia fornecer antecipadamente todos os pormenores para banir qualquer espécie de insegurança, incluindo um mapa das distâncias do pescoço ao umbigo e deste ao insuflável, a descrição da respectiva curva de nível, o gráfico de frequências e até um glossário para interpretar o significado dos sons guturais que ele emitia durante a actuação.

Já a minha avozinha dizia que quem boa cama faz, nela se deitará e cada vez me convenço mais que era um dito acertado que o homem hoje é membro da direcção de uma empresa pública.

CISTERNA da Gotinha



A Ana Boris gosta de jogar xadrez. Quem quer ser o primeiro a jogar?

Galeria de fotos da
Monica Bellucci que parece que nunca envelhece.

A
Carolee Bass gosta de mobiliário antigo.

Quando não há mais ninguém
por perto... a tropa manda desenrascar!
crica para visitares a página John & John de d!o

Paga sempre ao fdp do advogado!

Amit era um alto funcionário da corte do Rei Akbar. Há muito tempo, nutria um desejo incontrolável de chupar os voluptuosos seios da Rainha até se fartar. Todas as vezes que tentou, deu-se mal.

Um dia, ele revelou seu desejo a Birbal, principal Consultor do Rei e notável Advogado da região e pediu que ele fizesse algo para ajudá-lo.

Birbal, depois de muito pensar - i.e . estudar o assunto - concordou, sob a condição de Amit lhe pagar mil moedas de ouro. Amit aceitou o acordo que, todavia, não foi reduzido a escrito.

No dia seguinte, Birbal preparou um líquido que causava comichões e, enquanto a Rainha tomava banho, derramou-o no majestático soutien. Logo que por este foram sustentados os reais seios, a comichão começou e aumentou de intensidade, deixando o Rei preocupado e a Rainha desesperada.

A corte fazia consultas a médicos, quando Birbal [Advogado também versado em artes médicas] adiantou que apenas uma saliva especial, se aplicada por quatro horas, curaria o mal. Birbal disse ainda que essa saliva só poderia ser encontrada na boca de Amit.

O Rei Akbar ficou muito feliz e então chamou Amit que, pelas quatro horas seguintes, se fartou de gozar, chupando à vontade as suculentas mamas da Rainha. Lambendo, mordendo, apertando e passando a mão e tornando a lamber, ele fez, finalmente, o que sempre tanto desejara.

Satisfeito, encontrou-se no dia seguinte com o Advogado Birbal. Com o seu desejo plenamente realizado e a sua líbido satisfeita, Amit recusou-se a pagar, antegozando o logro do Advogado. Amit sabia que, naturalmente, Birbal nunca poderia contar o facto ao Rei.

Mas Amit subestimou quem não devia subestimar.

No dia seguinte, Birbal colocou o mesmo líquido nas cuecas do Rei que, desesperado, … … … … … … … … mandou chamar Amit...

12 março 2007

Testemunhos em texto e imagem de gente como nós

A Matahary descobriu no blog Obvious este fotógrafo, Jordan Matter. E o seu portefólio de mulheres de New York que se deixaram fotografar desnudadas em público, algumas juntando os seus próprios comentários. Mulheres «leves» com complexos de excesso de peso, outras com mais peso e sem quaisquer complexos, idem para peitos, casos do dia a dia em que as mulheres não conseguem trabalho devido ao seu aspecto,...
Enfim, pelos vistos, mesmo em New York também se luta por esta causa.


76 mulheres de New York

CISTERNA da Gotinha



Sexo na sala de aula com alunos do 6.º ano: juro que não foi nas minhas aulas!

A arte do
deep throating.

As batatas também podem ser
eróticas.

Fábrica de vibradores e massajadores faciais: quantos querem?

Candelabro

"Ouvi dizer que cortaram a parte de baixo da fotografia. Parece que está lá o Nelo de cu para o ar à espera que o candeeiro caia."
Anónimo nos comentários

















Outras Coisas

Meu corpo é o teu corpo...

Fácil de entender

Talvez por não saber falar de cor, Imaginei
Talvez por saber o que não será melhor, Aproximei
Meu corpo é o teu corpo o desejo entregue a nós
Sei lá eu o que queres dizer, Despedir-me de ti
Adeus um dia voltarei a ser feliz

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei, o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender

Talvez por não saber falar de cor, Imaginei
Triste é o virar de costas, o último adeus
Sabe Deus o que quero dizer

Obrigado por saberes cuidar de mim,
Tratar de mim, olhar para mim, escutar quem sou,
e se ao menos tudo fosse igual a ti

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender

É o amor, que chega ao fim,
um final assim,assim é mais fácil de entender

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender!

The gift

11 março 2007

Fado corrido e falado II - por Encandescente

Ivone campeã dos defuntos. A Serial killer das Fontainhas.

Foto: Katia Chausheva

"Ivone debruçada à janela
Mais frio que a noite sentia o coração.
Devagar passava a madrugada
Chegava a manhã
O seu Zé é que não.
Fechou a janela com a fúria
Com que marcaria a face do canalha.
E com a morte na alma
Jurava vingança
Chorava a traição
Agitando a navalha:
- C'um raio te parta maldito
Que o chão se abra e te coma
Que te passe por cima um camião.
Eu esperando-te aqui gelada
E tu o cu regalado
Dormindo aconchegado
Num outro colchão.
Vou descobrir a desgraçada
A vaca, a galdéria
Que de mim te levou.
Que à Ivone das Fontainhas
Nenhuma mulher
O homem roubou.
De manhã quando saía desembestada
Disse à vizinha da escada:
-Mais uma noite sozinha!
Mas eu mato o desgraçado
Ou não seja o meu nome
Ivone das Fontainhas.
Parece que é sina, que é fado
Ficar sem os homens do meu coração.
Morreu-me o Zeca asfixiado
O Chico afogado
E debaixo dum comboio
Trucidado o João.
A vizinha arrepiada disse:
- Mulher nem me lembres isso
Cada vez que olho a linha
Onde morreu o João.
Ainda vejo, sem o ter visto
Os bocadinhos do teu homem
Espalhados pelo chão.
- É destino meu, oh vizinha
Perco-os a todos de repente
Como perdi o João.
Mas nenhum foi um canalha
Por isso ando com a navalha
Ao Zé, tiro-lhe o coração.
- Mulher, tu não te desgraces!
Mulher, tu deixa lá isso
Que homens há mais que muitos.
Mas se te morre mais este
Ainda ganhas a alcunha
De Ivone das Fontainhas
A campeã dos defuntos.
Mas Ivone não descansou
Enquanto não descobriu
O seu Zé e a desgraçada.
E um dia que chega mais cedo
Vê o seu homem aos beijos
Com a vizinha da escada.
Puxou da navalha e aos gritos:
- Enganaste-me malvada!
Traíste-me bandido!
Atirou-se ao Zé e à vizinha
E a ele com dois golpes despachou
À outra o pescoço cortou
Como se faz às galinhas.
Com o reboliço que se armou
Com a gente que chegou
Ficou tudo explicado.
Quer a morte dos defuntos
Que já eram mais que muitos
Quer o sumiço das vizinhas.
- Matei todos, sim senhores
Matei galdérias e traidores
Confessou a Ivone na esquadra.
O Zeca, o Chico e o João
Como o Zé me partiram o coração
Com as vizinhas de escada.
E ainda hoje se conta a história
Que não se apaga da memória
Que ninguém esquecerá jamais.
A da mulher que matou homens
Mais que muitos
E deu sumiço a quatro vizinhas.
A de Ivone dos defuntos
Serial killer das Fontainhas."


Encandescente
Blog Erotismo na Cidade
Três livros de poesia publicados («Encandescente», «Erotismo na Cidade» e «Palavras Mutantes») pelas edições Polvo (para já...).
O primeiro «fado corrido e falado» foi «
a morte de João do Viso», que tive o prazer de ler para a maltinha no Sãorau do 6º Encontra-a-Funda.