26 abril 2007

Dicionário ilustrado C. Orno Manso




Apresto, preparativo, aparato, aparelho.

Quando se reúnem, dispõem e arranjam diversos materiais ou coisas para a execução de qualquer obra, dizemos que se fazem preparativos, assim como à reunião deles se lhes chama aprestos ou aparelhos. Diz-se pois os preparativos de uma função (…) aparatos, (…) a significação desta palavra se estende a tudo o que se executa com pompa e ostentação, e assim se chama aparatoso ao que tem muito aparato.
A significação das palavras aparelho, aparelhar, são muito mais extensas que as anteriores, pois não só as compreendem todas, mas abrangem os instrumentos, operação, materiais, disposições para todo o exercício, (…) Chamar-se-ão por tanto aparelhos aos arreios necessários para montar e carregar cavalgaduras, (…). Também é bastante extenso o sentido figurado desta voz, como quando dizemos: estou aparelhado para tudo, por disposto, prevenido.

ROQUETE, J.I., O.F.M. 1885: 74

25 abril 2007

As minhas t-shirts estão todas molhadinhas... hmmm...

A malta fixe da FHM achou que as t-shirts da funda São (criações minhas e do mestre Raim) mereciam ser recomendadas. E até citaram a Maria S. ao definirem a funda São como espaço de "reinação e refustedo". Como esta palavra «refustedo» não vem no dicionário, o seu sentido fica à nossa imaginação... e isso é bom... hmmm...
Crica para veres a folha completa onde aparecem as t-shirts da funda São
As minhas t-shirts na FHM de Maio

Já sabes: para encomendares estas t-shirts basta cricares no link lá em cima, no cabeçalho (se não sabes o que quer dizer cabeçalho, o DiciOrdinário explica).

Gripe das emoções

(imagem daqui)

Não sei porque me acordaste, como se nem tivesses visto a Branca de Neve do João César Monteiro, arrogando o direito de me fazer encarar a luz do dia quando já sabias que muitos são aqueles em que me sinto esgotada, auto plagiando os meus gestos de fazer o mesmo filme de me sustentar de pé.

Essa tua caridade em que me emprestas o corpo para dissolvente das nódoas do quotidiano é um filme série-B, com as cenas eróticas coladas com cuspo às do resto da vida, tão fugazes e deprimentes como uma película de domingo à tarde na televisão. Apesar de cada dia vermos os telemóveis a crescerem e multiplicarem-se, sofremos desta gripe que entope a intensidade das emoções e até na cama só despimos água e sal em gotas de suor, contaminados pelos juízos securitários de vivermos amorfos e protegidos em redomas como os condomínios fechados. Estamos como os alcoólicos no passinho de uma foda de cada vez que o futuro como orgasmo já não é objectivo.

E só posso retribuir essa caridade optimizando a relação com outra virose da moda: agilizamos procedimentos e um de nós despede-se para se contratar substituto.


A Primavera a desabrochar

Daqui













Outras Coisas

crica para visitares a página John & John de d!o


TitComic.com

24 abril 2007

Há hamburgers deliciosos, não há?



Foto: Martin Kovalikd

Falta de liquidez


Começou por me falar em sistemas de contas prometendo-me, pensava eu, umas dignas férias numa ilha tropical.

De facto eram generosas as referências aos auxiliares financeiros e às coberturas cruzadas e todos os cálculos tocavam nos fundos como só uma coisa sólida consegue, quase como se quisesse dizer-me que o seu background não oferecia razão para déficits de qualquer espécie.

Não lhe conheci vícios consumistas a não ser as gravatas, coisa que me agradava bastante pois esse acessório masculino passou a ser essencial para mim no dia em que lhe descobri as inúmeras aplicações, todas elas de elevado grau de perversidade; todas boas, portanto. Mas propriamente cativar, só cativou quando me falou na elasticidade da oferta, apresentando-me fórmulas graciosas que desafiavam a minha imaginação com detalhes equacionados em deltas. Dizia ele que a oferta podia ser rígida, unitária ou elástica. Claro está que entendi esta elasticidade como qualquer coisa que permitia dimensões infinitesimais e já me ia crescendo água na boca com a representação gráfica do ponto de equilíbrio. Isto para não falar da oferta rígida, mas essa estava assegurada à partida.

Não é que eu rejeitasse a concorrência perfeita, que nestas coisas as concentrações monopolistas trazem lucro mas só enquanto duram; o facto é que preferia qualquer holding, a ter de ser, quer pelo volume conseguido com a fusão vertical, quer pelo controlo à vista.

Bem, todas as minhas expectativas se viram frustradas quando ele me enunciou os limites ao mecanismo de troca directa: é que a existência simultânea de duas pessoas, cada uma delas querendo adquirir o bem possuído pela outra, podia ter funcionado se nos mantivéssemos no domínio das metáforas, como é do meu gosto. Contudo, o indivíduo tinha um espírito muito numérico e falava de sociedades por acções de forma a vir a usufruir de benefícios fiscais.

E eu? Feita a análise de risco, que valor acrescentado me traria esta cena?

Meu amigo – disse eu – a tua curva de Lorenz é coisa que fica muito aquém do meu valor facial e, como sabes, há muito que o sistema fiduciário deu o que tinha a dar.

E foi assim, por falta de liquidez, que o homem da bolsa se converteu, ali mesmo, em activo incorpóreo.

CISTERNA da Gotinha



Vídeo da Sexy Carmen Electra.

Hegre-Art no Algarve.

Gilles Berquet: fotógrafo.

Simony Dallas na passerelle só com fatos de banho e bikinis.

Shave your vagina: sugestão da Fresquinha.
(dâbliu dâbliu dâbliu ponto novasoportunidades ponto gove ponto pêtê)

Hurra!
A Mana Metralha já quase, quase concluiu a sua licenciatura.
Fazendo fé na campanha "Novas Oportunidades – aprender compensa", não tardará muito para ser possível vê-la (vestida e) de capacete na cabecinha realizando um sonho.

(Uma ideia original do Mano 1313)

Mots Cochons

O livro de Adeline Rognon à venda aqui
























Outras Coisas

23 abril 2007

Dia Internacional do Orgasmo Cósmico

Mais detalhes aqui










Outras Coisas

National Geographic - Episode Ten - A Simulação de Orgasmo e Afins

Pela Dra. Didas, PdA*

"Apesar do mito tão enraizado na sabedoria popular segundo o qual «até os bichinhos gostam», está hoje cientificamente provado (só não sabemos durante quanto tempo) que o único animal que pratica sexo com motivações na esmagadora maioria das vezes não procriativas é o humano. Por esse motivo, somos olhados com desconfiança pelos nossos gatos e cães, galinhas, porcos e coelhada, obviamente perplexos com a capacidade humana de se meter em sarilhos e chatices mais do que é estritamente necessário para poder comer, beber, dormir e continuar a espécie.
Este facto conduz-nos directamente ao tema central deste estudo científico que é, como o próprio título indica, a habilidade única de, com motivações várias e utilizando técnicas também elas variadas, conseguir disfarçar totalmente o sentimento de «seca» durante a prática sexual.
Ao contrário do que também é comummente aceite entre a populaça, esta capacidade de fingimento não é atributo apenas das fêmeas, embora nestas se manifeste como uma verdadeira forma de arte. A seguir iremos classificar as diferentes formas de simulação de vontade consoante o sujeito, a motivação e a técnica utilizada.

NAS FÊMEAS:

As técnicas mais utilizadas: Vantagens e inconvenientes.

1. A gritaria. Na maioria das vezes, de eficácia bastante satisfatória e por isso mesmo bastante utilizada. Trata-se uma técnica em que se confunde o cérebro do adversário ao ponto deste pensar que, porra, é tão bom que nem ele próprio sabia quanto. Os grandes inconvenientes deste método residem no risco bastante elevado de um abaixo-assinado do condomínio, de ficar conhecida no prédio por alcunhas pouco dignificantes ou de acordar as crianças.
2. A conversa de chacha. Menos utilizado pois exige a posse de um vocabulário mais alargado do que a média. Trata-se basicamente de um método de persuasão que consiste em convencer a vítima através de palavras bem seleccionadas como «és o maior» ou outras baboseiras do género. O grande inconveniente reside na incompatibilidade com um raciocínio útil como por exemplo «o que vou vestir amanhã» ou «como vou convencer este gajo a lavar a loiça que ficou de hoje».
3. A respiração ofegante. Tem a vantagem de não acordar a vizinhança nem os miúdos mas pode, se usado em exagero, ser confundido com um ataque cardio-vascular, o que não é bom.

As motivações:

A fêmea finge com diversas motivações, sendo a mais comum o «desengoma-te» ou «vê se acabas depressa com isso». O fingimento resulta quase sempre nestas situações, pois provoca no adversário a sensação de consciência tranquila.
A segunda grande motivação das fêmeas é o desejo de ser normal. A culpa desta merda é da porcaria das revistas femininas tipo Maria e outras que, embora nunca tendo inventado um termo para designar uma mulher que não goste de bifes mal passados, que não saiba jogar poker ou que não consiga aprender árabe, inventou um para as mulheres que não são apreciadoras de sexo: frígida. Este termo, ao longo dos anos, acabou por se tornar um insulto maior do que «dealer de droga» ou «falsificadora de dinheiro», pelo que se tornam compreensíveis as tentativas feitas para escapar ao rótulo.
Ao contrário do que pensa a maioria das pessoas, a motivação da fêmea raramente é a de obtenção de bens materiais, uma vez que para isso basta dizer «serve-te».

NOS MACHOS:

As técnicas mais utilizadas: Vantagens e inconvenientes.

Os machos, mais básicos em quase todas as suas reacções, utilizam apenas uma técnica: A do «sou muita macho e como tudo o que me aparece à frente», embora se saiba de fonte segura que, muitas vezes, lhes apetecesse mais estar a comer uma fatia de chocolate do que a levar com a vizinha da frente que lhe fez «olhinhos».

As motivações:

A motivação dos machos também é apenas uma: Que os amigos, vizinhos e conhecidos não lhe chamem maricas, epíteto quiçá pior do que «frígida» para as fêmeas, que leva toda a gente a pensar que, por esse motivo, ele é incapaz de coisas que não têm nada a ver como apertar os atacadores sozinho, aprender matemática ou ter uma actividade profissional.

Quanto a este tema ficamos por aqui aguardando as achegas dos leitores ávidos de conhecimento científico. Para a próxima, dedicar-nos-emos a outro fascinante tema.
Agradecemos a Fausta a inspiração para este estudo."


Didas
blog - Farinha Amparo
* PdA - Padeira de Aljubarrota... digo, Aveiro

Tira, Mete e Tira - Artur Gonçalves

A Jacky enviou-nos esta pérola da música portuguesa:


Aqui têm um blog sobre os discos deste artista.
E aqui têm uma página de recolha de relíquias musicais portuguesas.