"Antes de haver computadores ao pontapé nos locais de trabalho (até a Polícia Judiciária da Guiné já tem três pentiums), as fotocopiadoras eram as grandes responsáveis pelos momentos de relaxe da classe trabalhadora. Era aí que se faziam montagens toscas, se reproduziam anedotas porcas, receitas de bolos de chocolate e pontos de crochet para as telefonistas. Fora isso, o pessoal divertia-se em manobras de engate real, a pregar partidas uns aos outros, a micar as pernas das colegas, a mostrar inocentemente as pernas aos colegas e a pisgar-se na hora de serviço para ir aos saldos ou beber umas bejecas.
Agora tudo mudou e a tradição já não é o que era. Quando entramos num gabinete há sempre alguém a olhar para um monitor com o mesmo ar feliz duma criança que acabou de entrar na disneylândia com tudo à discrição. É giro na mesma, mas é uma coisa mais self-service. A partilha, quando há, é numa «folder». Os computadores permitem um trabalho mais célere, é certo. Mas também permitem uma tão grande diversidade de entretenimento que ninguém o faz. É a lei das compensações.
Só eu sei o que vi hoje por acidente no computador dum colega. E esse segredo, hei-de levá-lo para a cremação, que eu não quero ser enterrada. Eu e os gajos da informática, claro, que também devem estar fartinhos de saber."
Didas
blog Farinha Amparo, a padaria da família
25 janeiro 2008
Bom fim de semana
Foto: John Stoddart
24 janeiro 2008
O mito da circuncisão masculina
A propósito da excisão, nos comentários a Matahary alertou: "E então, dos meninos ninguém diz nada? Também é mutilação, maioritariamente sem consentimento."
Sobre este tema da mutilação sexual masculina, o link que ela indicou é interessantíssimo. Refere-se lá, a respeito de mitos:
"O prepúcio é só um pedaço inútil de pele."
FALSO. O prepúcio é tecido erógeno especializado. Apenas pela sua ausência, homens circuncidados sentem consideravelmente menos prazer sexual. Ele é também uma estrutura protectora da glande contra factores externos e mantém a sua humidade adequada. Não apenas no homem, mas em todos os mamíferos, a glande é um órgão interno, exposto apenas durante a excitação sexual. Sem ele, a superfície da glande pode ficar queratinizada - grossa, seca, rígida, e quase insensível.
Além disso, muitos homens nem percebem mas, na relação sexual, o pénis não se deve mover dentro da vagina. O correcto é que ele se mova dentro da própria pele, que permanece quase imóvel. A isto chama-se acção de deslizamento - impossível para um homem circuncidado - que reduz imensamente o atrito e torna o acto sexual muito mais agradável para o homem e sua parceira.
"Os bebés não sentem dor."
FALSO. Os bebés são extremamente sensíveis à dor, até mais do que os adultos, o que torna a circuncisão um procedimento traumático (...).
"A circuncisão ajuda na higiene do bebé."
FALSO. Ao contrário, só atrapalha: ela facilita o contacto de uma parte delicada do corpo com sujidades externas - especialmente as fezes do próprio bebé na fralda (...).
"o meu filho tem fimose."
FALSO. Nos bebés, o prepúcio e a glande normalmente estão aderidos, e é normal que esta condição dure até por volta dos 4 anos de idade. Em alguns casos, pode durar até à adolescência, sem que isto constitua qualquer problema de saúde (...).
"A circuncisão é uma operação segura."
FALSO. Para cada 100.000 circuncisões, talvez se evitem 900 infecções urinárias (facilmente tratáveis com antibióticos) e um caso de câncro do pénis (geralmente associado à presença do vírus HPV, em que o uso de preservativo teria o mesmo efeito). Por outro lado, faz-se com que todos esses 100.000 meninos passem por momentos de dor extrema e, mais tarde, tenham a sua capacidade de sentir prazer sexual severamente reduzida; 7.000 sofrem outras complicações, de gravidade variável. Pelo menos um bebé morrerá. Os efeitos psicológicos também são sérios - em muitos casos, os mesmos notados em vítimas de estupro (...).
"É nossa tradição cultural/religiosa."
IRRELEVANTE. Nenhuma crença ou costume pode justificar um crime. A circuncisão é um crime, inegavelmente, pois trata-se de flagrante violação do direito mais básico do ser humano: a integridade do próprio corpo.
"A circuncisão é irreversível."
FALSO. Uma boa notícia para quem é circuncidado: é possível recuperar uma parte do que você perdeu.
Sobre este tema da mutilação sexual masculina, o link que ela indicou é interessantíssimo. Refere-se lá, a respeito de mitos:
"O prepúcio é só um pedaço inútil de pele."
FALSO. O prepúcio é tecido erógeno especializado. Apenas pela sua ausência, homens circuncidados sentem consideravelmente menos prazer sexual. Ele é também uma estrutura protectora da glande contra factores externos e mantém a sua humidade adequada. Não apenas no homem, mas em todos os mamíferos, a glande é um órgão interno, exposto apenas durante a excitação sexual. Sem ele, a superfície da glande pode ficar queratinizada - grossa, seca, rígida, e quase insensível.
Além disso, muitos homens nem percebem mas, na relação sexual, o pénis não se deve mover dentro da vagina. O correcto é que ele se mova dentro da própria pele, que permanece quase imóvel. A isto chama-se acção de deslizamento - impossível para um homem circuncidado - que reduz imensamente o atrito e torna o acto sexual muito mais agradável para o homem e sua parceira.
"Os bebés não sentem dor."
FALSO. Os bebés são extremamente sensíveis à dor, até mais do que os adultos, o que torna a circuncisão um procedimento traumático (...).
"A circuncisão ajuda na higiene do bebé."
FALSO. Ao contrário, só atrapalha: ela facilita o contacto de uma parte delicada do corpo com sujidades externas - especialmente as fezes do próprio bebé na fralda (...).
"o meu filho tem fimose."
FALSO. Nos bebés, o prepúcio e a glande normalmente estão aderidos, e é normal que esta condição dure até por volta dos 4 anos de idade. Em alguns casos, pode durar até à adolescência, sem que isto constitua qualquer problema de saúde (...).
"A circuncisão é uma operação segura."
FALSO. Para cada 100.000 circuncisões, talvez se evitem 900 infecções urinárias (facilmente tratáveis com antibióticos) e um caso de câncro do pénis (geralmente associado à presença do vírus HPV, em que o uso de preservativo teria o mesmo efeito). Por outro lado, faz-se com que todos esses 100.000 meninos passem por momentos de dor extrema e, mais tarde, tenham a sua capacidade de sentir prazer sexual severamente reduzida; 7.000 sofrem outras complicações, de gravidade variável. Pelo menos um bebé morrerá. Os efeitos psicológicos também são sérios - em muitos casos, os mesmos notados em vítimas de estupro (...).
"É nossa tradição cultural/religiosa."
IRRELEVANTE. Nenhuma crença ou costume pode justificar um crime. A circuncisão é um crime, inegavelmente, pois trata-se de flagrante violação do direito mais básico do ser humano: a integridade do próprio corpo.
"A circuncisão é irreversível."
FALSO. Uma boa notícia para quem é circuncidado: é possível recuperar uma parte do que você perdeu.
Pão! Pão! Pão! Pão! Pão!...
Será que alguém já se tinha lembrado de usar o sexo para promover pão? Descobrimos no AdGabber que, se não havia, passou a haver.
23 janeiro 2008
Sexiosos
Todos os dias fazia da minha nádega porta de frigorífico atraída à sua mão enquanto me cochichava que tinha a pele tão macia que transmutava cada palavra em ponta de língua molhada a descer-me pelo pescoço numa nítida imagem de desejo. E neste ritual de oxigenar o corpo por imposição de mãos retribuia-lhe esgueirando uma das minhas à pressão do cinto das suas jeans pelas partes carnudas do traseiro.
Sabia de antemão que um dedo seu desviaria o fio dental para dar passagem aos outros sequiosos de chapinharem entre as minhas coxas remetendo-me para a luta com o fecho e a barreira dos slips até lhe alcançar os tecidos que me cresciam nos dedos tanto mais quanto lhe apertasse a sedosa glande.
Era como se o quotidiano nos afogasse num oceano de roupas e desesperadamente procurássemos respirar pelas botijas da pele mesmo se os que nos conheciam catalogavam a nossa atitude em locais públicos simplesmente como cio.
Sabia de antemão que um dedo seu desviaria o fio dental para dar passagem aos outros sequiosos de chapinharem entre as minhas coxas remetendo-me para a luta com o fecho e a barreira dos slips até lhe alcançar os tecidos que me cresciam nos dedos tanto mais quanto lhe apertasse a sedosa glande.
Era como se o quotidiano nos afogasse num oceano de roupas e desesperadamente procurássemos respirar pelas botijas da pele mesmo se os que nos conheciam catalogavam a nossa atitude em locais públicos simplesmente como cio.
CISTERNA da Gotinha
Especial Cuecas para Geeks.
Sexy Banners : interessante, mas seria melhor se tivesse o banner deste mui sexy Blog.
Vídeos:Vanessa Rachele & Sexy lingerie.
Para os homens que ainda são virgens: conhecimentos básicos e rudimentares.
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22 janeiro 2008
nada
– O que é que sinto quando fazemos amor? – repetiu ela, embasbacada.
Ele acenou com a cabeça confirmando a pergunta.
Ela olhou-o incrédula e tornou a perguntar:
– O que sinto?
– Sim.
– Queres mesmo saber?
Ele sentiu a acidez na voz dela. Percebeu o conselho implícito na pergunta, que soara claramente como um “não queiras saber”, mas seguiu como se nada tivesse sentido, como se ele próprio não duvidasse do que estava a fazer.
– Quero – afirmou, sentindo-se entrar numa rua de sentido único ou pior, o olhar dela causou-lhe desconforto físico, num beco sem saída. – Acho que quero – deixou escapar num murmúrio.
– Achas que queres ou queres?
– Quero – reafirmou ele e repetiu: – O que sentes quando fazemos amor?
Ela desviou o olhar para a televisão e questionou-o entre dentes:
– Isso é para quê?
– Isso o quê?
– Essa pergunta. – Mudou o canal como se tal justificasse o seu olhar fixo na televisão enquanto falava. – Que merda de pergunta é essa?
– Escusas de ser mal-educada – repreendeu ele, em tom sério.
– É uma pergunta de merda – confrontou-o ela, encolhendo os ombros.
– Mesmo assim.
– Sinto o que sinto – disse ela, de chofre. – E tu?
– Nada – respondeu lacónico.
– Nada?! – Ela sentiu um formigueiro que começou nos pés e alastrou a todo o corpo e que quase a obrigou a levantar-se mas conteve-se. – Não sentes nada quando fazemos amor?!
– Não.
A inexpressividade dele feria-a. As respostas curtas e secas magoavam-na. “O teor não”, espantou-se ao perceber isso. O conteúdo da informação não lhe provocava nada, um novo encolher de ombros quanto muito.
– E eu com isso? – atirou-lhe. – Não gostas, fazemos menos. – Fez uma pausa para saborear a expressão desamparada dele e rematou: – Ou não fazemos de todo.
– Ajeitou a almofada do sofá e deitou-se, como ele já não lhe via a cara, sorriu. “Vai-te lixar!”
– E tu? – perguntou ele, tentando recuperar a conversa.
– Eu, o quê?
– O que é que sentes?
– Sinto que queres discutir. Sinto que me querias dizer o que já disseste. Sinto que… – Ela ergueu meio corpo para o olhar de frente, séria. Desafiadora.
– Sim? – Ele sustentou o olhar dela.
Ela sorriu, fez uma pausa e explodiu serenamente:
– Na verdade, se queres saber, quando faço amor contigo sinto-me bem. Gosto que me fodas. Continuo a vir-me. Continuo a gostar de te ter dentro de mim. Continuo a gostar dos teus beijos, das tuas carícias, dos teus pacientes minetes e dos teus dedos entusiasmados. Continuo a gostar do teu cheiro, do toque da tua pele, do sabor da tua boca, do teu esperma e do teu caralho torto. Continuo a gostar de fazer amor contigo e acabo de perceber que isso não me chateia, não me chateava antes, nem me chateia agora, e que, da mesma maneira, provavelmente pela mesma razão, não me aquece nem me arrefece que tu não sintas nada…
– Não? – murmurou ele.
– Não – confirmou ela – e, de qualquer maneira, vens-te sempre – disse em tom depreciativo. Tornou a deitar-se e concluiu: – Por isso, nem vejo que diferença possa fazer.
Ele acenou com a cabeça confirmando a pergunta.
Ela olhou-o incrédula e tornou a perguntar:
– O que sinto?
– Sim.
– Queres mesmo saber?
Ele sentiu a acidez na voz dela. Percebeu o conselho implícito na pergunta, que soara claramente como um “não queiras saber”, mas seguiu como se nada tivesse sentido, como se ele próprio não duvidasse do que estava a fazer.
– Quero – afirmou, sentindo-se entrar numa rua de sentido único ou pior, o olhar dela causou-lhe desconforto físico, num beco sem saída. – Acho que quero – deixou escapar num murmúrio.
– Achas que queres ou queres?
– Quero – reafirmou ele e repetiu: – O que sentes quando fazemos amor?
Ela desviou o olhar para a televisão e questionou-o entre dentes:
– Isso é para quê?
– Isso o quê?
– Essa pergunta. – Mudou o canal como se tal justificasse o seu olhar fixo na televisão enquanto falava. – Que merda de pergunta é essa?
– Escusas de ser mal-educada – repreendeu ele, em tom sério.
– É uma pergunta de merda – confrontou-o ela, encolhendo os ombros.
– Mesmo assim.
– Sinto o que sinto – disse ela, de chofre. – E tu?
– Nada – respondeu lacónico.
– Nada?! – Ela sentiu um formigueiro que começou nos pés e alastrou a todo o corpo e que quase a obrigou a levantar-se mas conteve-se. – Não sentes nada quando fazemos amor?!
– Não.
A inexpressividade dele feria-a. As respostas curtas e secas magoavam-na. “O teor não”, espantou-se ao perceber isso. O conteúdo da informação não lhe provocava nada, um novo encolher de ombros quanto muito.
– E eu com isso? – atirou-lhe. – Não gostas, fazemos menos. – Fez uma pausa para saborear a expressão desamparada dele e rematou: – Ou não fazemos de todo.
– Ajeitou a almofada do sofá e deitou-se, como ele já não lhe via a cara, sorriu. “Vai-te lixar!”
– E tu? – perguntou ele, tentando recuperar a conversa.
– Eu, o quê?
– O que é que sentes?
– Sinto que queres discutir. Sinto que me querias dizer o que já disseste. Sinto que… – Ela ergueu meio corpo para o olhar de frente, séria. Desafiadora.
– Sim? – Ele sustentou o olhar dela.
Ela sorriu, fez uma pausa e explodiu serenamente:
– Na verdade, se queres saber, quando faço amor contigo sinto-me bem. Gosto que me fodas. Continuo a vir-me. Continuo a gostar de te ter dentro de mim. Continuo a gostar dos teus beijos, das tuas carícias, dos teus pacientes minetes e dos teus dedos entusiasmados. Continuo a gostar do teu cheiro, do toque da tua pele, do sabor da tua boca, do teu esperma e do teu caralho torto. Continuo a gostar de fazer amor contigo e acabo de perceber que isso não me chateia, não me chateava antes, nem me chateia agora, e que, da mesma maneira, provavelmente pela mesma razão, não me aquece nem me arrefece que tu não sintas nada…
– Não? – murmurou ele.
– Não – confirmou ela – e, de qualquer maneira, vens-te sempre – disse em tom depreciativo. Tornou a deitar-se e concluiu: – Por isso, nem vejo que diferença possa fazer.
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