19 março 2008

Laxante


Logo à primeira ele scanou-me toda e quis-me parecer que tal empenho na digitalização era um bom augúrio e efectivamente, revelou-se muito cumpridor nas suas funções masculinas sempre com uma mãozinha pronta para em qualquer lado me tomar o peso às nádegas ou arrimar-se a mim para divulgar às minhas coxas e arredores o seu músculo em riste.

Asseguro que era mesmo muito devoto do ponto alto da minha capela púbica, ajoelhando-se em murmúrios gelatinosos e envolventes como língua num rebuçado acolitado por dedos carpinteiros, atitude que nenhuma mulher em seu perfeito juízo arreda.

Onde a porca torcia o rabo era fora do roçar das peles. Ele ficava impassível como tapete de rato e por mais que o esfregássemos com perguntas ele nunca respondia, talvez numa variante da atitude varonil de nunca perguntar o caminho e perder-se. Ou encolhia os ombros como uma bomba silenciosa a reduzir a escombros qualquer tijolo comum. Ora como creio que sem cumplicidade e partilha qualquer relação é um cu recomendei-lhe um clister para ver se do interior das suas tripas saía alguma coisa.

CISTERNA da Gotinha





Este alce precisa de óculos ou, então, de reduzir a dose semanal de Viagra.


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alerta para poluição.


PornMistakes - Cenas engraçadas e/ou estranhas.



Vídeo: Converseta entre testículos.



Kate Beckinsale para a Mean Magazine.


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18 março 2008

Chez 0.3: Seven-Up

Chez 0.3: Seven-Up

Uma pedra na calçada...

por: Charlie

Já tinha perdido o conto às vezes que passara àquela rua. Um mero passo de passagem entre um qualquer ponto de partida e um outro lugar de destino de chegada indefinida. Tal como no anonimato dos amorfos viajantes, de sono ainda em cansaço, dissolvidos nas manhãs-madrugadas em comboios suburbanos. Deixam que sejam os rostos e paisagens a passar vorazmente pelas janelas das suas interiores quietudes. Assim, quando a atravessava, era aquela rua que passava por mim e não eu por ela.
Não lhe conhecia, nos anos iniciais, mais do que a vaga impressão da placa toponímica, de cujo nome nunca me recordava e, mais tarde, duma particular pedra de passeio onde uma distracção me levara um sapato a fazer companhia ao seu par, ainda em bom estado, rumo ao desprestigiante final na indiferença dum contentor de lixo.
E foi nesse dia que reparei, pela primeira vez, naquele cortinado a esconder subitamente o que eu adivinhara ser a persistência dum olhar. Fixei o ponto, a casa, o número da porta e olhei pela primeira vez para um fio de ferrugem com que as escorrências da ferragem tinham tingido a pintura da varanda.
- Nunca pensaste, quando das centenas de vezes que pisavas as pedras desta rua, que ficavas cada dia mais e mais aqui? - Disse ela ajeitando o lençol que cobria os nossos corpos suados. - Que embora passasses como se nada mais existisse senão o teu destino, ela já não era a rua que se tinha tornado nos dias em que não a atravessavas? Que quando desaparecias ao fundo dela ficava o vazio do dia ansiando pelo teu regresso?-
Calei-me pensando como vivemos fechados nos nossos invólucros, nos nossos universos que julgamos projectados ao infinito. Perfeitos até nas inúmeras imperfeições com que arquitectamos os valores que nos orientam e como passamos a vida olhando a partir do nosso ponto de observação para a grandeza do céu como se ele fosse só um e apenas o nosso. Como se o brilho de cada ponto fosse apenas um ponto do nosso universo e não universos dos quais somos apenas um ponto...
Levantei-me e atrevi-me, na nudez da manhã que despertava, a olhar para a rua vazia.
Encostado à varanda olhei para a ferrugem que teimava em reaparecer.
Senti de súbito a suavidade da sua mão no meu ombro e o calor da face no outro. Olhei para o extremo oposto da rua, para o vermelho do céu, e, em retrospectiva, para a adrenalina do dia em que entrara na sua casa pela primeira vez. Dos beijos ardentes, dos corpos em delírio, da noite feita em fogo...
Encostou-se mais a mim e dizendo baixinho para irmos para dentro que ainda corríamos o risco de sermos vistos nus, olhou secretamente para o passeio. Para o sítio onde anos antes saíra pela calada da noite e de faca na mão tinha levantado a pedra da calçada onde eu horas depois encalharia...




Foto daqui

Charlie

Que delícia de filme publicitário...

Gilly Hicks é uma marca australiana de roupa interior que pertence à marca norte-americana Abercrombie & Fitch Co. (A&F).
Na página da marca, basta cricares no nome ou no link "GH FILM", em baixo, e depois dares os teus dados (para controlo da idade) para poderes apreciar alguns momentos bem entesantes...


Gilly Hicks - roupa interior

Mário?!
























Coisas [via]

16 março 2008

Adrenalina-me


Tenho muitos defeitos de fabrico e já o meu irmão que me conhece desde que nasci me considera instável mesmo que eu rebusque a situação traumática de ele ter sido brindado com uma mijinha logo na primeira vez que me mudou as fraldas.

Sem nada debaixo da mesa estou aqui a dialogar com esta cerveja porque me afasto de cada homem quando se lhe acaba a adrenalina e não tenho paciência para os fazer pegar de empurrão mesmo que no sexo seja muito dada a provas orais como um escanção que bochecha para aquilatar a qualidade do vinho e meta as mãos na massa para levedar o cacete nosso de cada dia.

A seca começa quando como no refrão do Jorge Palma a interacção se resume a um insistente e irritante encosta-te a mim. Quando os beijos descambam para uma carimbadela e sem saliva. Quando o telefone ou as sms a desoras não cantam amanhãs.Quando o silêncio é a manta da preguiça. Quando a cópula é uma receita decorada de um livro de culinária a que não falta nenhum passinho por ser prato do dia todos os dias.

Apesar de julgar que nasce por uma questão de segurança, custa-me a proliferação deste vírus de perda gradual da adrenalina no género masculino que os deixa sem nenhum factor competitivo face ao mais simples vibrador.

Carta para mim do outro lado do Atlântico

"caro, *
não lembro como vim parar nesta banda.
mas parei.
muito legal o espaço!
envio-lhe um linque de uma brincadeira que fiz recentemente (no meu entender nada de erótico contém)
mas foda-se!

abraço
marcos
duque de mangará"

Aqui está: «PUBERE»...




* lá tive de lhe explicar que não sou "caro" e sim "cara" (embora nada que se pareça com a Ashley Alexandra Dupré do caso Eliot Spitzer). É que eu sou São (Maria da Conceição) Rosas.