21 setembro 2008

Queer Lisboa 12

O Queer Lisboa começou no dia 19 a sua 12ª edição. Até 27 de Setembro, tens a oportunidade de assistir à mais recente produção cinematográfica mundial de temática gay, lésbica e queer.
Tens aqui todos os detalhes e a programação completa.
O nº 3 da revista «Com'Out», já nas bancas, tem um artigo de fundo muito entesante sobre este festival de cinema. Curiosidade desta revista: mostra na capa o tronco do Michael Phelps em calção de banho... e na contracapa as pernas dele. E tiveram o bom senso de lhe cortar a cabeça, porque não haveria papel que chegasse para as orelhas.

O aroma do passado


Sinto falta da polpa da tua boca de encontro aos meus lábios como das cerejas que escasseiam por causa da chuva tardia que deu cabo delas e das azeitonas. Sinto falta das tuas mãos a escovarem-me pelinho a pelinho e a alçarem-me as nádegas de encontro ao teu frisador de cabo redondo. Sinto falta do cheiro fresco do teu suor derramado em mim em cada baralhação de pernas e braços em que comprimia compassadamente a tua cola Cisne até a grudar toda no fundo de mim que o teu aroma nas fronhas lavadas está cada dia mais imperceptível.

Nunca pensei que voltasse a escrever em papel e de caneta na mão para enviar uma carta pelo correio como não pensei que tu, eu ou os da nossa geração voltassem a ser emigrantes como nos idos de 60 e 70 se ia para a França e para a Alemanha para amealhar num emprego pago decentemente mesmo que fosse a lavar pratos mas há que manter a coerência e se bem que fotógrafo numa universidade inglesa a ganhar o dobro de cá até parece diferente eu cá estou à espera da tua missiva mesmo que por email em que me chames por já estarem criadas as condições para eu ir tal e qual como no passado.

E este papel tingido nas tuas mãos tem a vantagem de o poderes enrolar à laia de cartucho de castanhas para receptáculo de aflições e devidamente encharcado me devolveres o teu cheiro num envelope almofadado.

Da plagiadora do fode-me toda!

Brincadeira com a barra preta da censura

Via our friend Fluffy


crica para visitares a página John & John de d!o

20 setembro 2008

Curtas metragens - a primeira: «Amor em Chamas»


Amor em Chamas


Um filme por semana a partir de hoje
em parceria com o site brasileiro Porta Curtas

O Eculogista de Lisboa.

por Manuel Falcão

Oh canalha do caralho!
Cumo ides?
Benhe...por cá na minha freguesia ande tudo nas horas do caralho cum mais uma excursão a Fátima, e o caralho, e cum o Padre de tirão-virão cumigo. Mas eu num lhe dou confiança e o filha da puta vê-se fodido que quande ele me vem cum conversas eu só lhe falo daquela coisa que sabeis, lá no confessionário quande preparei uma cena do caralho cum uma cachopa minha conhecida a quem vou ao pito, e que a troco dumas notas deixou o Padre fodido e refodido e com duas beatas de boca até ao chão a olhar para aquilo, ehehehehehe, cum milhão de caralhos! Que bem que o fodi!
Bênhe, mas num foi para falar do caralho do trambalazana que lhes falo. É mais por causa da minha ida este Verão a Barrancos, ali ao Alanteijo de visita a um bacano do caralho.
Fomos colegas na tropa e vai num vai, vem ele aqui às bouças, volta que num volta, vou eu lá abaixo e levo umas garrafas de verdasco e uma broa, que enchidos e pão de trigo tem por lá e é boãe tambeinhe, foda-se, imbora o inchido do Norte seja sempre um enchido do Norte.
Bebemos uns canecos, reinâmos por causa do meu Porto e ele por causa do Benfica dele e fomos até à praça lá da terrinha, beber mais um caneco à espera da tourada começar.
E estávamos já a ver os touros a cornear nas tábuas da praça, quande nos vieram dizer que havia uns tenrinhos de Lisboa, cum cartazes e o caralho e umas cunversas, e o touro que era coitadinho e num sei que mais.
Foda-se que eu nunca gostei de paneleirices e quande vejo os gajos cheios de tatuagens e ferros nas orelhas e no nariz e na boca e nos sobrolhos e no caralho e sei lá mais o quê, a mandar a festa abaixo porque metem ferro no boi, veio-me logo à ideia uma vez quande estava na Serra a cuidar dum rebanho e passou um desses eculogistas de pacotilha, de sandálias no pé, óculos de arame e a malinha de ir às piças a tiracolo.
Foda-se que se um home passa um mês sem ver uma mulher, e tem uma ovelhita novita ali mesmo ao pé da braguilha a querer mamar, o que é cum home faz? Foi assim que esse filha da puta me apanhou: de ovelhita a mamar na teta. Foda-se que me estava a saber bênhe, ou o caralho, quande o impata me chega à beira e diz:
- O que é que o senhor está a fazer? Pare imediatamente com isso! Eu sou da protecção dos animais e isso é uma violência! Uma pouca vergonha! Um atentado ao pudor!-
Respondi: - Ao pudor? Seu filha da puta, tenrinho do caralho! Num há aqui ninguém a não ser você, e ninguém o chamou, por isso ide-vos para o caralho que o foda, mais a sua cunversa.-
Bênhe! Ficou cum uma tromba, todo fodido cumigo e quande vi que ele queria responder, eu Manuel Falcão rei das bouças e a quem ninguém faz o ninho atrás da orelha, disparei logo: - Sempre gostava de vê-lo aqui um mês sem ver uma mulher nem tomar banho, nem mudar sequer de coturnos, e se lhe dá um tesão do caralho que inté faz doer o corpo todo, e uma ovelhita lhe quiser mamar, o que é o que o senhor faz?-
Bênhe....o filha da puta ficou apanhado, mas respondeu já mais lisinho: - Pois...entendo...mas mesmo assim, acho que é uma violência. Não basta o acto ser indecente, como ainda reparei quando me ia aproximando que o senhor lhe dava de vez em quando uns murros na cabeça...-
Aí comecei a rir-me. Ah que estes filhas da puta de Lisboa num percebem mesmo nada destas coisas da vida na Serra nem da vida selvagem, nem o caralho, mas armam-se em eculogistas e da defesa da vida dos animais e a puta que os pariu, e por isso lhe disse: - Escute, oh murcão do caralho! Isto é assim: Está a ver? Ela chupa, chupa e chupa. Mas isto é para dar mais gozo, e se ela chupa demais, um home vem-se logo e acabe-se a festa. Por isso quande vejo que a coisa está no ponto, dou-lhe um murro na cabeça e ela pára um pouco. E é bom que ela pare quando não inté o caralho me ingole, foda-se que ela mama cumo a puta que a há-de parir. Hehehehehe...E isto é boãe, cum milhão e meio de caralhos! Isto é mesmo boãe. Escute! Em vez de estar a olhar, num quer experimentar, caralho? Experimente, cum filha da puta!-
E aí o ele começou a olhar para minhe e para a ovelha, para minhe e para a ovelha, e da ovelha para minhe, assim cum uns olhos de quem se estava a convencer. Voltou–me as costas cumo quem se vai imbora, mas dois passos depois voltou e olhando para minhe e para o chão disse
- Bem... Postas as coisas como o senhor apresentou....-
- Mas quer ou num quer experimentar, cum milhão de caralhos que o hão de refoder?!! cortei logo ao vê-lo hesitante.-
- Pois....- continuou ele. – Da forma como o senhor explicou, eu experimentar.... até experimentava. Mas o senhor tem que prometer é que não me dá murros na cabeça...-

Manuel Falcão

Orações amorosas

Este livro, «Oraisons Amoureuses de Jeanne-Aurélie Grivolin, Lyonnaise», de Mr. Roger Pillet, foi editado em 1919 em Lyon (França).
É uma espécie de diário com pequenos textos de um erotismo delicioso.
Ainda pensei traduzir mas na língua original fica muito bem... na minha colecção a partir de agora.


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a capa


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texto XXVIII


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texto XLIII


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texto XLIV


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texto LXIV

19 setembro 2008

Modo Nocturno


Modo Nocturno


Abriu as portas do guarda-roupa e avaliou as suas hipóteses. Tinha sido instruída para abdicar da lingerie e das calças "difíceis de tirar". Ok... assim seja. Enquanto se preparava, sentia em si os efeitos das promessas da noite que se avizinhava. O pensamento tornava-se lânguido. E o corpo mostrava-se ansioso e receptivo. Vestiu as inevitáveis meias de liga e as botas de cano alto. Depois deixou cair o vestidinho preto pela pele nua. Óptimo. Estava pronta.

CISTERNA da Gotinha


Um blog israelita para o Charlie: Boobs Blog. Bom Proveito!

Carlos Zéfiro - BD porno brasileira.

Top 20 -
Os mulherões dos games: uma delas é a Chupadora de pirulito do Grand Theft Auto IV.

Site pornográfico para cegos: O site foi fundado em 2006 e é um verdadeiro sucesso nos Estados Unidos.

"Muito melhor que o CERN!"


Uma parceria com The Perry Bible Fellowship

18 setembro 2008

Canção afinal não tão infantil assim

Certamente todos conhecem a canção infantil "As Pombinhas da Catrina", esse mega sucesso da nossa meninice. Se não conhecerem a canção toda, certamente saberão algumas quadras.

Pois bem, ontem tive um súbito insight e apercebi-me que, as quadras desta canção, podem muito bem ter um conteúdo muito menos inocente do que se supunha. Convido-vos por isso a analisar as quadras, uma a uma, adoptando uma nova perspectiva:

As pombinhas da Catrina
Andaram de mão em mão,
As pombinhas da Catrina
Andaram de mão em mão.

Quem é que são afinal estas pombinhas da tal de Catrina? Toda a gente sabe que a pomba é uma ave que não é muito dada a convívios com as pessoas, muito menos a andar de mão em mão. Agora se pensarmos em "pombinhas" que trabalham para uma tal de Catrina, ou deverei dizer, Madame Catrina, aí a coisa muda de figura. Não só serão dadas ao convívio como serão elas próprias a procurar andar de mão em mão... sob a gestão atenta da Madame Catrina.

Foram ter à Quinta Nova
Ao Pombal de São João,
Foram ter à Quinta Nova
Ao Pombal de São João.

Aqui constata-se que, nitidamente, as "pombinhas" fazem serviço ao domicílio. Uma boa opção de negócio da Madame Catrina.

Ao Pombal de São João
À Quinta da Roseirinha,
Ao Pombal de São João
À Quinta da Roseirinha.

Reforçando a ideia anterior, deduz-se que as pombinhas abarcam, com os seus serviços, uma extensa área geográfica.

Minha mãe mandou-me à fonte
E eu parti a cantarinha,
Minha mãe mandou-me à fonte
E eu parti a cantarinha.

Aqui temos um dado novo: um testemunho na primeira pessoa. Alguém diz que a mãe (será a Madame Catrina?) a mandou à fonte e que a própria partiu a sua "cantarinha". Aqui colocamos duas questões: a que fonte nos estamos a referir? Será que era uma cantarinha ou... uma bilha? Alguém a mando da M. Catrina foi ao serviço e deu cabo da bilha?

- Ó minha mãe não me bata
Que eu ainda sou pequenina!
- Ó minha mãe não me bata,
Que eu ainda sou pequenina!

No regresso, a pobre infeliz implora a alguém que diz ser sua "mãe" que não lhe bata pelo lastimoso estado em que regressa, sem aquilo que tinha ido buscar. Estaremos aqui perante uma forte e clara denúncia dos maus tratos a que estas ditas "pombinhas", obrigadas a ir à "fonte", são sujeitas no seu quotidiano?

- Não te bato porque achaste
As pombinhas da Catrina,
- Não te bato porque achaste
As pombinhas da Catrina.

Um final realmente infeliz e inesperado. A protagonista das últimas 3 quadras, na iminência de ser agredida, salva-se daquilo que parecia irremediável denunciando algumas pombinhas que se haviam posto em fuga. Não só é incompetente como, ainda por cima, é bufa! Merecia era ter levado logo.

Aposto que muitos não voltarão a trautear esta canção... digo eu!

Educação sexual Iluminada


"«Preciso de cérebros»... zombie... ou apenas... loira?!"