Anúncio para o Fur TV da MTV no Reino Unido.
Um boneco entretém-se com Chanelle Hayes, numa cena de sexo puro e duro filmada à moda de Paris Hilton, com infravermelhos.
Chanelle Hayes Sex Tape
by svenstar07
25 setembro 2008
24 setembro 2008
A partilha dos alimentos na humanização da espécie
Três numa semana não é mau mas assim não chegamos ao Guiness foi a pinga de frase para ele transbordar em lamúrias sobre a minha contabilidade e as minhas constantes investidas de olhares penetrantes, sedentos e intimidantes com pernas a amarinharem-lhe pelas ancas numa oferta sistemática quando é dito por todos que as borlas, o que é grátis, o que é oferecido, não tem valor.
Ironizei se não lhe bastava implantar o padrão no fundo das minhas terras para se sentir um conquistador e os seus olhos flamejaram para me trespassar porque a cavalo dado não se olha o dente mas gajo que se preze persegue e captura uma gaja para lhe ver esmorecer a resistência às suas próprias mãos.
Comentei numa gargalhada que me parecia um ritual demasiado primitivo para ser usado no século XXI e abanando a cabeça para um lado e para o outro como um cão que sacode as moscas das orelhas ele inquiriu se eu queria ser apenas um bocado de carne para ele comer. Puxei-lhe o pescoço para lhe pregar um beijo na boca e a pergunta conheces algo mais igualitário do que comeres-me e eu comer-te?
Ironizei se não lhe bastava implantar o padrão no fundo das minhas terras para se sentir um conquistador e os seus olhos flamejaram para me trespassar porque a cavalo dado não se olha o dente mas gajo que se preze persegue e captura uma gaja para lhe ver esmorecer a resistência às suas próprias mãos.
Comentei numa gargalhada que me parecia um ritual demasiado primitivo para ser usado no século XXI e abanando a cabeça para um lado e para o outro como um cão que sacode as moscas das orelhas ele inquiriu se eu queria ser apenas um bocado de carne para ele comer. Puxei-lhe o pescoço para lhe pregar um beijo na boca e a pergunta conheces algo mais igualitário do que comeres-me e eu comer-te?
Oferta de um bentinho com este post que não pode ser vendido separadamente:
Maria Árvore
_______________________________________
A diáCona não podia deixar passar esta oportunidade divina:
"E melhor farias vós
que tem nome de mãe natureza
vida em ramos, folhas e nós
em recato, rezando a sós
pedir perdão por tanta vileza
Sois árvore, fonte de sombras
de milagres como dos pastorinhos
Sois Maria, mãe de Deus-homem
Mulher virgem! Não deixe que lhe tomem
Os seus tesouros p´la Ção Rosinha
Ela é o diabo de saias
O demónio todo em pecados
No seu engodo perverso não caias
Vinde a mim, deixai-a nas raias
onde o Demo lhe fará em picado
Chegará a Santa hora
do Senhor no juizo final
Sinto que é tempo, já não demora
Anda vem-te dai embora
reparte comigo o meu Missal
E assim em oração
Entregues ao louvor do Senhor
Purgareis os desvios que a São
te induzio em perversão
Salvando assim a alma sem dor
E todos vós
que estais aqui
Vinde também,
vinde a mim
Este antro apenas tem
o bilhete pró Demo
e o vosso Fim..."
Ao abrigo do direito de resposta, ode a Maria Árvore:
"Não me demove vosso sermão
de ir foder perdidamente
com este, o outro ou a São
que vivo pr'o prazer que se sente
Mas notando em vós tal fervor
comungai comigo e a São
e como boa cristã dai amor
que é abençoada excitação"
O Nelo revela-se um estratega do caralho:
"Poizéu nam çou com'eçes d'intrigras
çou apenas bisha melhér
Mas çei beim que au çer bisha
na Dia Cona rasão tou a ver
Per que ele éi per todo lado
nos Cafezes e Isplanadas
Çeim falar nas Cazas de Fado
Ele éi covas, Tou desgrassado
Melhéres. Gaijas, vejóm beim
A Dia Cona çabe da poda
Ide tu tameim, Maria Arvém
louvar o Çenhor em laudas Odes
E açiim o Nelo melhér
Que goshta da pila quente
Çeim as covas teim o que quer
e elas Rezóm e çalvóm a jente
Ide, ide melhéres gaijas
Deichem esta couza da poezia
Já bashta as covas cu çono me tiram
As pilas ção todas minhas..."
A diáCona, como mulher de fé, não se cala nem um bocadinho:
"A abençoada excitação
Que me prenha eternamente
é a minha adoração
Por Deus, pai de toda a gente
Mas não é isso que pensais
Existe sim paternidade
Sem pecado nem outro mais
Ele é Pai em Santidade
É assim Arvore Maria
O Gozo feito de que sou eu
É o saber certo que um dia
me sentarei ao lado de Deus
E então o que tereis vós?
pergunto eu mulher temente
Será que é Graça o fogo atroz
Onde ardereis eternamente?
Como deitais assim ao vento
e a troco dum vil desejo
O modelo - que casto e bento -
abre o Céu que eu já vejo?
Vós que sois de nome Mãe
desse que a vida por nós deu
Sendo árvore és também
braços e ramos rezando ao Céu
Deixai já esse triste engodo
do prazer que o Demo instiga
Depois da queda no momento
O que sobra, o que fica?
São apenas fluidos veneais
corpos sujos e suados
E o Demónio a pedir mais,
das almas mortas p´los pecados
Retirai quanto antes
O pensar ímpio de vossas mentes
Quando vós aos pares de amantes
sentirdes apelos indecentes
Segui então meu sábio conselho
Se o Demo maldito no corpo pegar
Ide, ponde-vos de joelhos
E tocai logo a rezar:
«Deus meu, que sinto o fogo
em doçura com que me engana
Esse Demo que a troco
Quer arder-me a eterna alma
Livrai-me Senhor deste pecado
Das comichões e comichonas
Fazei seguir o imaculado
Desse exemplo que é Diacona»
Após esta Santa reza
Os corpos ficam aliviados
O pecado do sexo sossega
e o Demo? Pior que estragado!
E vereis assim Maria
O céu de repente abrir
O rosto cheio de alegria
O Deus Pai a sorrir
Já vai longo o que predico
Mas ainda tenho fôlego
Para esse que Nelito
É deste saite o tolo
«Não farás tu homem parelha
com um homem semelhante»
Diz a Bíblia a quem leia
O capítulo onde disso se trata
É pecado mais grave e feio
desses que Deus mais castigou
Basta ler o que a seguir leio
O que com duas cidades se passou
Eram dadas a Sodomia
E Deus perdeu a pachorra
na madrugada, já quase dia
quando arrasou Gomorra
Nelo, vede, vede bem
A verdade é só uma
Não restou vivo ninguém
Em Gomorra ou Sodoma
Deixai vós assim também
Essa coisa horrorenda
Vinde todos, deixai de vez
Isto que ao pecado prende
Saiamos agora em oração
«Prometo nunca mais pecar
Deus livrai também a São
Façai este blogue findar.»
E assim me despeço
De todos vós comparoquianos
Ao Senhor vos encomendo
à Virgem Maria e aos Santos."
23 setembro 2008
O cuzinho das gajas - por Bartolomeu
A propósito deste texto da Maria Árvore, diz-nos o Bartolomeu:
"O cuzinho das gajas deve ter um íman que nos atrai o caralho.
Outras atracções que as gajas possuem e galvanizam os nossos sentidos encontram explicação na ciência. As mamas, porque um gajo mamou e etc. e tal, dizem os psi que tem a ver com uma merda qualquer cognitiva, ou não sei o quê.
A paxaxa porque um gajo saíu de lá e, tal como o ladrão, está sempre a desejar voltar ao local do crime.
P'rá atracção pela peidola é que só encontram explicação numa faceta de personalidade perversa.
Da minha experiência pessoal, posso confirmar que já enterrei o marsápio em alguns cuzinhos. Não foram tantos quantos os que desejei espetar, mas foram mais do que à partida se me franquearam.
Contudo e ao jeito de análise economicista, posso inferir que se verifica algum crescimento do pib, apesar de os objectivos não estarem totalmente atingidos.
Numa análise diferente, posso ainda declarar que, na verdade, espetar num cu não é, em termos de prazer pixotal, mais agradável que espetar uma greta. Eu diria, numa segunda avaliação, que uma greta até pode conferir níveis bastante superiores de prazer, dependendo do contexto em que se encontrar inserida.
Se olharmos com atenção para a 'imagem' da enrabadela, concluímos com alguma facilidade que estamos perante um quadro de certo modo surrealista, na medida em que temos a mulher a querer fugir-nos e nós de gatas a persegui-la, mas pelo meio temos um cabrão de um pau que nos causa algum desequilíbrio e sabemos ainda que se tombarmos corremos graves riscos de o partirmos. Depois, não há dúvida que a paisagem vista por trás é... mais inóspita que vista pela frente, ou seja, o corpo feminino de frente é incomparavelmente mais excitante do que admirado por trás.
Portanto e ao jeito de conclusão, é um desperdício de tempo e de interesse estar a tentar dar a volta a uma gaja, para lhe comer a regueifa.
Se for ela a manifestar esse interesse, ou até a tomar a iniciativa de conduzir o margalho pelo 'caminho velho', ok, seja, um gajo faz-lhe a vontade. Mas forçar... não se metam nisso, cu comido à força não tem metade do sabor que um cu oferecido, ou, quanto muito, desejoso de conhecer.
É! Se tiverem a sorte de encontrar um cuzinho curioso, daqueles cuzinhos que se começam a ajeitar timidamente e pedem com meiguice, 'quero saber se gosto, mas sem magoar'... meus amigos, nesse caso sejam gentis, pacientes, carinhosos e dêem a esses cuzinhos abençoados todos os motivos do mundo para pedirem Bis... Encore!"
Bartolomeu
"O cuzinho das gajas deve ter um íman que nos atrai o caralho.
Outras atracções que as gajas possuem e galvanizam os nossos sentidos encontram explicação na ciência. As mamas, porque um gajo mamou e etc. e tal, dizem os psi que tem a ver com uma merda qualquer cognitiva, ou não sei o quê.
A paxaxa porque um gajo saíu de lá e, tal como o ladrão, está sempre a desejar voltar ao local do crime.
P'rá atracção pela peidola é que só encontram explicação numa faceta de personalidade perversa.
Da minha experiência pessoal, posso confirmar que já enterrei o marsápio em alguns cuzinhos. Não foram tantos quantos os que desejei espetar, mas foram mais do que à partida se me franquearam.
Contudo e ao jeito de análise economicista, posso inferir que se verifica algum crescimento do pib, apesar de os objectivos não estarem totalmente atingidos.
Numa análise diferente, posso ainda declarar que, na verdade, espetar num cu não é, em termos de prazer pixotal, mais agradável que espetar uma greta. Eu diria, numa segunda avaliação, que uma greta até pode conferir níveis bastante superiores de prazer, dependendo do contexto em que se encontrar inserida.
Se olharmos com atenção para a 'imagem' da enrabadela, concluímos com alguma facilidade que estamos perante um quadro de certo modo surrealista, na medida em que temos a mulher a querer fugir-nos e nós de gatas a persegui-la, mas pelo meio temos um cabrão de um pau que nos causa algum desequilíbrio e sabemos ainda que se tombarmos corremos graves riscos de o partirmos. Depois, não há dúvida que a paisagem vista por trás é... mais inóspita que vista pela frente, ou seja, o corpo feminino de frente é incomparavelmente mais excitante do que admirado por trás.
Portanto e ao jeito de conclusão, é um desperdício de tempo e de interesse estar a tentar dar a volta a uma gaja, para lhe comer a regueifa.
Se for ela a manifestar esse interesse, ou até a tomar a iniciativa de conduzir o margalho pelo 'caminho velho', ok, seja, um gajo faz-lhe a vontade. Mas forçar... não se metam nisso, cu comido à força não tem metade do sabor que um cu oferecido, ou, quanto muito, desejoso de conhecer.
É! Se tiverem a sorte de encontrar um cuzinho curioso, daqueles cuzinhos que se começam a ajeitar timidamente e pedem com meiguice, 'quero saber se gosto, mas sem magoar'... meus amigos, nesse caso sejam gentis, pacientes, carinhosos e dêem a esses cuzinhos abençoados todos os motivos do mundo para pedirem Bis... Encore!"
Bartolomeu
Afundaram no buraco ao lado
Informamos os caros utilizadores que procuraram:
“porque a vagina treme quando se faz sexo”Se for em cima da máquina de lavar roupa é normal... ou já verificou se está lá dentro algum vibrador sempre ligado?
“o vídeo de menina carrega da besta sexo”
Alguém me pode ajudar a interpretar esta pesquisa?
“Mulher nu com a pila”
Para a próxima vai logo directo ao assunto: pesquisa shemale, transexual ou Tranny.
“porque a vagina treme quando se faz sexo”Se for em cima da máquina de lavar roupa é normal... ou já verificou se está lá dentro algum vibrador sempre ligado?
“o vídeo de menina carrega da besta sexo”
Alguém me pode ajudar a interpretar esta pesquisa?
“Mulher nu com a pila”
Para a próxima vai logo directo ao assunto: pesquisa shemale, transexual ou Tranny.
Louise Lecavalier
Louise Lecavalier Lalala Human Steps
by daviduknm
Louise Lecavalier foi-nos apresentada pelo nosso amigo CrazyDoc
22 setembro 2008
Curriculo de Vida
Olá, sou o Alfredo. É hoje que sucede a minha apresentação neste blog. Como tal, compete-me dar a conhecer a minha pessoa. Penso que não seja tão interessante dar-lhes a conhecer o meu perfil físico, quanto o da minha personalidade. É sempre um tanto ingrato definir-nos naquilo que respeita à nossa forma de ser, contudo, uma pequena retrospectiva de como tem sido o meu percurso de vida, será suficiente para que possais desenhar a traços largos as minhas definições pessoais e de carácter.
Sou originário de uma aldeia transmontana, daquelas absolutamente refundidas nos escafundéus de um vale, onde no inverno as pedras estalavam pela acção do gelo e as chuvadas que caíam ininterruptamente durante semanas a fio, alagavam os terrenos e faziam transbordar os rios.
Devido ao isolamento da aldeia, não frequentei a escola, pelo que só mais tarde, já adulto e para conseguir um emprego, frequentei uma escola para adultos, onde obtive um diploma da 3ª classe que me foi concedido graciosamente pela directora da escola. Uma belíssima senhora que dava pelo nome de Esmeralda e cujo esposo se tinha reformado antecipadamente das funções maritais. Mais tarde voltarei a falar desta senhora, a quem devo toda a minha literacia (antónimo de iliteracia). Fui criado juntamente com 3 irmãs, uma mais nova dois anos e as outras duas mais velhas, 1 porco que todos os anos era substituído no chiqueiro por um bácoro, uma burra, uma vaca, cabras e galinhas avulso, todos harmoniosamente na dependência rasa da exígua casa onde nasci.
Naquele tempo as dificuldades eram de toda a ordem, da alimentação ao agasalho, da educação ao lazer, tudo era conquistado com muito esforço quer dos mais velhos como das crianças.
Porém a vida decorria placidamente e se o inverno era rigoroso, o calor de verão era impiedoso.
Com a idade dos 18 anos, chegou também o dia da inspecção. Em seguida, apareceram editais à porta da junta de freguesia comunicando a minha incorporação num quartel de Lisboa.
O choro rompeu em minha casa, como as chuvas de Março pela encosta da montanha. Perante tanta aflição, não entendi se deveria juntar-me ao desespero familiar, ou se manter-me alegre por ir finalmente saber se para além daqueles montes existiria mais mundo.
No dia marcado, com a sacola do farnel já pronta e a guia de marcha no bolso do casaco, despedi-me de todos e galguei caminho acima até à estrada de macadame que me conduziu à vila onde tomei a camionete que me deixou direitinho à porta da estação dos caminhos de ferro, rumo a Lisboa.
Entretanto decorreram banalidades várias na minha vida, até ao dia em que aportei a este blog.
Aqui encontrei a essência humana definida sem tabus, numa confraria constituída por gente de olhar nu, divorciadas da patetice do preconceito, tudo magnificamente orquestrado pela batuta da clarividente donadisto. Não mais me afastei. Li e reli aquilo que tantos e tão bem escrevem, li e reli aquilo que tantos e tão bem comentam, revejo em todos e em cada um os personagens típicos da minha aldeia. Imagino-os, imagino-as a darem as fodas que aqui descrevem e mesmo que as não dêem, imagino que as possam querer dar, ou que já as tenham dado. Tal como a ti, Marequinhas lá da aldeia que contava ao serão no terreiro as galhardas cambalhotas que não perdeu à noite na eira pela altura da desfolhada. Ou o ti Zé da venda, que nos bailaricos nas aldeias vizinhas, quando ainda era novo, catrapiscava as moçoilas alheias e raras eram as vezes que não o corriam de lá à paulada, ou que tinha de bater com os calcanhares no cu até chegar à nossa aldeia.
Bom, meus amigos, por hoje não os maço mais. Ficam assim sabendo que o Alfredo é um completo campónio, por isso não esperem demasiadamente dos seus escritos.
___________________________
Valente Alfredo que levou logo à primeira com a excomunhão da diáCona:
"Vós que do Demo
sois mais não que vis sombras
Sabede que eu, vosso Mestre não temo
Ainda mais me fortalece o Sagrado empenho
Com que brando a cruz entre vossas alfombras
Sois apenas, tão somente
almas perdidas, de Deus desviadas
para os infernos que são, de fogos tão quentes
que jamais houve alma que antes fosse gente
onde restasse outra couza que cinzas queimadas
E é esse o destino
de quem este antro procura
Que combato, dura luta, da vida o meu hino
Darei sem descanso, os passos neste caminho
O Senhor está comigo, é a minha armadura.
E cheia de fé
Baterei na carapaça
Nas escamas co'a espada, minha mão é de Deus
vencerei Belzebús, Mafarricos e Dragões
Espalharei a Glória por este antro de desgraça
É este o meu lema
Ser do Senhor, braço direito
Não temo, São Rosas, Falcões e outros palermas
Nem Alfredos ou os Nelos ( pobre dona Efigénia)
Meu lugar é ao lado de Deus onde me sento.
Despeço-me assim
Na força que de mim transborda
Lutarei sem descanso, até que este antro tenha fim
- "Irmãos e irmãs, rezai e vinde a mim" -
Fugi antes do final em chamas desta choldra."
O Alfredo tem direito de resposta... e usa-o:
"Ora aqui está meus senhores
uma alma generosa e pura
A quem só devemos favores
Que se pagam de pixa dura
~ O ~
Enquanto tu te despedes
E o final em chamas não chega
Volta aqui, a casa destes hóspedes
De quem nunca receberás uma nega.
Essa força que de ti transborda
Precisa de ser acalmada
Isso não é bem força, é esporra
Que trazes acumulada.
Vem Diácona de mansinho
Vem abrir as tuas pernas
Vamos comer-te o cuzinho
E abrandar as tuas penas.
E então vais ver abrir-se
Esse céu de pesadas nuvens
Quando te sentires a vires-te
E a entrares nos aléns.
Não temas doce Diácona
Entrega-nos os pergaminhos
Nós comer-te-emos a cona
E descobrirás novos caminhos"
Sou originário de uma aldeia transmontana, daquelas absolutamente refundidas nos escafundéus de um vale, onde no inverno as pedras estalavam pela acção do gelo e as chuvadas que caíam ininterruptamente durante semanas a fio, alagavam os terrenos e faziam transbordar os rios.
Devido ao isolamento da aldeia, não frequentei a escola, pelo que só mais tarde, já adulto e para conseguir um emprego, frequentei uma escola para adultos, onde obtive um diploma da 3ª classe que me foi concedido graciosamente pela directora da escola. Uma belíssima senhora que dava pelo nome de Esmeralda e cujo esposo se tinha reformado antecipadamente das funções maritais. Mais tarde voltarei a falar desta senhora, a quem devo toda a minha literacia (antónimo de iliteracia). Fui criado juntamente com 3 irmãs, uma mais nova dois anos e as outras duas mais velhas, 1 porco que todos os anos era substituído no chiqueiro por um bácoro, uma burra, uma vaca, cabras e galinhas avulso, todos harmoniosamente na dependência rasa da exígua casa onde nasci.
Naquele tempo as dificuldades eram de toda a ordem, da alimentação ao agasalho, da educação ao lazer, tudo era conquistado com muito esforço quer dos mais velhos como das crianças.
Porém a vida decorria placidamente e se o inverno era rigoroso, o calor de verão era impiedoso.
Com a idade dos 18 anos, chegou também o dia da inspecção. Em seguida, apareceram editais à porta da junta de freguesia comunicando a minha incorporação num quartel de Lisboa.
O choro rompeu em minha casa, como as chuvas de Março pela encosta da montanha. Perante tanta aflição, não entendi se deveria juntar-me ao desespero familiar, ou se manter-me alegre por ir finalmente saber se para além daqueles montes existiria mais mundo.
No dia marcado, com a sacola do farnel já pronta e a guia de marcha no bolso do casaco, despedi-me de todos e galguei caminho acima até à estrada de macadame que me conduziu à vila onde tomei a camionete que me deixou direitinho à porta da estação dos caminhos de ferro, rumo a Lisboa.
Entretanto decorreram banalidades várias na minha vida, até ao dia em que aportei a este blog.
Aqui encontrei a essência humana definida sem tabus, numa confraria constituída por gente de olhar nu, divorciadas da patetice do preconceito, tudo magnificamente orquestrado pela batuta da clarividente donadisto. Não mais me afastei. Li e reli aquilo que tantos e tão bem escrevem, li e reli aquilo que tantos e tão bem comentam, revejo em todos e em cada um os personagens típicos da minha aldeia. Imagino-os, imagino-as a darem as fodas que aqui descrevem e mesmo que as não dêem, imagino que as possam querer dar, ou que já as tenham dado. Tal como a ti, Marequinhas lá da aldeia que contava ao serão no terreiro as galhardas cambalhotas que não perdeu à noite na eira pela altura da desfolhada. Ou o ti Zé da venda, que nos bailaricos nas aldeias vizinhas, quando ainda era novo, catrapiscava as moçoilas alheias e raras eram as vezes que não o corriam de lá à paulada, ou que tinha de bater com os calcanhares no cu até chegar à nossa aldeia.
Bom, meus amigos, por hoje não os maço mais. Ficam assim sabendo que o Alfredo é um completo campónio, por isso não esperem demasiadamente dos seus escritos.
___________________________
Valente Alfredo que levou logo à primeira com a excomunhão da diáCona:
"Vós que do Demo
sois mais não que vis sombras
Sabede que eu, vosso Mestre não temo
Ainda mais me fortalece o Sagrado empenho
Com que brando a cruz entre vossas alfombras
Sois apenas, tão somente
almas perdidas, de Deus desviadas
para os infernos que são, de fogos tão quentes
que jamais houve alma que antes fosse gente
onde restasse outra couza que cinzas queimadas
E é esse o destino
de quem este antro procura
Que combato, dura luta, da vida o meu hino
Darei sem descanso, os passos neste caminho
O Senhor está comigo, é a minha armadura.
E cheia de fé
Baterei na carapaça
Nas escamas co'a espada, minha mão é de Deus
vencerei Belzebús, Mafarricos e Dragões
Espalharei a Glória por este antro de desgraça
É este o meu lema
Ser do Senhor, braço direito
Não temo, São Rosas, Falcões e outros palermas
Nem Alfredos ou os Nelos ( pobre dona Efigénia)
Meu lugar é ao lado de Deus onde me sento.
Despeço-me assim
Na força que de mim transborda
Lutarei sem descanso, até que este antro tenha fim
- "Irmãos e irmãs, rezai e vinde a mim" -
Fugi antes do final em chamas desta choldra."
O Alfredo tem direito de resposta... e usa-o:
"Ora aqui está meus senhores
uma alma generosa e pura
A quem só devemos favores
Que se pagam de pixa dura
~ O ~
Enquanto tu te despedes
E o final em chamas não chega
Volta aqui, a casa destes hóspedes
De quem nunca receberás uma nega.
Essa força que de ti transborda
Precisa de ser acalmada
Isso não é bem força, é esporra
Que trazes acumulada.
Vem Diácona de mansinho
Vem abrir as tuas pernas
Vamos comer-te o cuzinho
E abrandar as tuas penas.
E então vais ver abrir-se
Esse céu de pesadas nuvens
Quando te sentires a vires-te
E a entrares nos aléns.
Não temas doce Diácona
Entrega-nos os pergaminhos
Nós comer-te-emos a cona
E descobrirás novos caminhos"
21 setembro 2008
Queer Lisboa 12
O Queer Lisboa começou no dia 19 a sua 12ª edição. Até 27 de Setembro, tens a oportunidade de assistir à mais recente produção cinematográfica mundial de temática gay, lésbica e queer.
Tens aqui todos os detalhes e a programação completa.
O nº 3 da revista «Com'Out», já nas bancas, tem um artigo de fundo muito entesante sobre este festival de cinema. Curiosidade desta revista: mostra na capa o tronco do Michael Phelps em calção de banho... e na contracapa as pernas dele. E tiveram o bom senso de lhe cortar a cabeça, porque não haveria papel que chegasse para as orelhas.
Tens aqui todos os detalhes e a programação completa.
O nº 3 da revista «Com'Out», já nas bancas, tem um artigo de fundo muito entesante sobre este festival de cinema. Curiosidade desta revista: mostra na capa o tronco do Michael Phelps em calção de banho... e na contracapa as pernas dele. E tiveram o bom senso de lhe cortar a cabeça, porque não haveria papel que chegasse para as orelhas.
O aroma do passado
Sinto falta da polpa da tua boca de encontro aos meus lábios como das cerejas que escasseiam por causa da chuva tardia que deu cabo delas e das azeitonas. Sinto falta das tuas mãos a escovarem-me pelinho a pelinho e a alçarem-me as nádegas de encontro ao teu frisador de cabo redondo. Sinto falta do cheiro fresco do teu suor derramado em mim em cada baralhação de pernas e braços em que comprimia compassadamente a tua cola Cisne até a grudar toda no fundo de mim que o teu aroma nas fronhas lavadas está cada dia mais imperceptível.
Nunca pensei que voltasse a escrever em papel e de caneta na mão para enviar uma carta pelo correio como não pensei que tu, eu ou os da nossa geração voltassem a ser emigrantes como nos idos de 60 e 70 se ia para a França e para a Alemanha para amealhar num emprego pago decentemente mesmo que fosse a lavar pratos mas há que manter a coerência e se bem que fotógrafo numa universidade inglesa a ganhar o dobro de cá até parece diferente eu cá estou à espera da tua missiva mesmo que por email em que me chames por já estarem criadas as condições para eu ir tal e qual como no passado.
E este papel tingido nas tuas mãos tem a vantagem de o poderes enrolar à laia de cartucho de castanhas para receptáculo de aflições e devidamente encharcado me devolveres o teu cheiro num envelope almofadado.
Da plagiadora do fode-me toda!
Nunca pensei que voltasse a escrever em papel e de caneta na mão para enviar uma carta pelo correio como não pensei que tu, eu ou os da nossa geração voltassem a ser emigrantes como nos idos de 60 e 70 se ia para a França e para a Alemanha para amealhar num emprego pago decentemente mesmo que fosse a lavar pratos mas há que manter a coerência e se bem que fotógrafo numa universidade inglesa a ganhar o dobro de cá até parece diferente eu cá estou à espera da tua missiva mesmo que por email em que me chames por já estarem criadas as condições para eu ir tal e qual como no passado.
E este papel tingido nas tuas mãos tem a vantagem de o poderes enrolar à laia de cartucho de castanhas para receptáculo de aflições e devidamente encharcado me devolveres o teu cheiro num envelope almofadado.
Da plagiadora do fode-me toda!
Subscrever:
Mensagens (Atom)