08 outubro 2008

Manjerico
















Exmº Senhor
Rui de Meneses Durão

Acusamos a recepção da sua missiva para se dar a conhecer com reciprocidade a qual nos mereceu a melhor atenção.

E para primeira impressão e sem querer dizer-lhe que me pareceu uma escrita enfadonha, considero que me desgostou a insistência nos adjectivos altamente e querida. E nem é por se valer de um registo monótono nem por usar 14 vezes a palavra amor mas antes porque no elogio inicial do romance se adivinha imediatamente a clássica estratégia tríplice de contacto-café-cama sem um rasgo que o individualize perante os outros que já se conhecem e já se leram.

Poderia adiantar que os exacerbados sentimentos expressos se amontoam como flores ao final do dia no caixote do lixo de uma florista e que o uso do meu nome em diminutivo para o fazer crescer a si em masculinidade se me afigura uma imagem de gosto duvidoso e reveladora de uma ternura de hipermercado já pronta para embotar qualquer intimidade. Caracterizaria até o protagonista como um chouriço empertigado a querer largar gordura na assadeira mesmo que travestido de bombom da fábrica do lugar comum.

Deste modo e apesar de se subscrever com o preciosismo da moda dos três nomes não me convence a editá-lo pela razão simples de eu querer um cúmplice e não um caralho.



As coisas que a Madr descobre!

Sem mesmo eu saber, sou candidata à


Presidência dos Gringos

Nova variedade Burger King


Alguém não encontrou... o "G"?

07 outubro 2008

Mundos


Alex Krivtsov


Envolveu-se nela e sentou-a na mesa daquela esplanada deserta. Despiram-se de tudo, menos do desejo que lhes levava o corpo e a alma ao fogo do inferno. Ela estava indefesa, entregue. Deitada, esperando-o dentro dela. E ele obedecia. Lia o calor da sua pele e empurrava-a contra si em investidas que eram de paixão, de raiva, de tesão. E de muito mais coisas que ele desconhecia. Depois parava. Com os lábios, procurava o sabor da vontade das entranhas dela. Embriagava-se e voltava a perder-se. O mundo, para além daquela fêmea que se estendia e contorcia por ele e só por ele, apagara-se todo duma só vez. Voltaria alguma vez a existir?

(Crimes Perfeitos)

O Livrinho Vermelho do Galo de Barcelos

Finalmente consegui encontrar e comprar «O Livrinho Vermelho do Galo de Barcelos», um livro que procurava "há canos"! E até foram logo dois: uma 1ª e uma 2ª edições.
Crica para ampliares (a imagem, que o resto não tem remédio, por mais que os e-mails que recebes prometam o contrário)
É uma compilação de textos e fotos de slogans pintados nas paredes por anarquistas em Portugal nos anos loucos da revolução de Abril de 1974.
Tem um detalhe que acho precioso: todo o livro é atravessado no canto superior direito por um buraco. E na contracapa «percebe-se» o que aquilo é. Sei de alguém que se vem um dia destes aproveitar esta ideia, embora atribuindo-lhe um significado diferente.
Crica para ampliares (a imagem, que o resto não tem remédio, por mais que os e-mails que recebes prometam o contrário)

A maioria do que por lá se lê é crítica política que não perdoa ninguém (excepto os próprios anarcas, o que não deixa de ser uma falha).
Mas pelo meio, a sexualidade mistura-se com a política ou ganha até vida própria. Eis alguns exemplos:
Crica para ampliares (a imagem, que o resto não tem remédio, por mais que os e-mails que recebes prometam o contrário)
Crica para ampliares (a imagem, que o resto não tem remédio, por mais que os e-mails que recebes prometam o contrário)

"Abaixo a ditadura! Viva a ditamole!"
"Maria é actriz. Mário... é atrás!"
"Cunhal é capado. Com a mania das igualdades ainda nos capa a todos."
A propósito do slogan do PPD «Hoje somos muitos, amanhã seremos milhões»: "O problema é vosso. Tomem a pílula"
"Queremos o amor livre! Queremos fo... de pé!"
"Abram os olhos e não o olho... porque depois... bem, depois... pode ser tarde!"
"O sexo a quem «os» tem!"
"Homossexuais + Eu = Trissexuais"
"Mário Soares tem nas bochechas os tomates do Cunhal!"
"Mais vale um bom cu que um ditador proletário"
"Libertação imediata dos chatos oprimidos!"
"O povo unido já está fodido!"
"Burguês: a tua mulher é nossa (se for boa...)!"
"A virgindade provoca o cancro. Vacina-te! (Temos um serviço permanente de pronto-socorro. Não hesites em telefonar!)"
"Vamos amandar uma Pinochada?"
"Pela circuncisão das anonas."
"Na aula de educação sexual teve falta de material."
"Pelo soutien de 3 assoalhadas."
"A mulher é de quem a trabalha!"
"Abaixo as virgens!"
"Não vá... venha-se!"
"Não queremos organismos de cúpula: queremos organismos de cópula!" [Animal
- "olha que não era «organismos» mas sim «orgasmos de cópula»... eu sei, porque andei por essas ruas a pichar essa magnífica frase (entre outras...)"]
Crica para ampliares (a imagem, que o resto não tem remédio, por mais que os e-mails que recebes prometam o contrário)

Algumas referências a este livro na net: Lusitana Antiga Liberdade, Anacleto, Cuidado com o Cão e Fotos da Bida Real.

Afundaram no buraco ao lado

Oh!... Desculpa!... Foi sem querer...Informamos os caros utilizadores que procuraram:

“putas pra foder nas caldas”
Que eu saiba nas Caldas existe é muito artesanato fálico. Tem cuidado, não te precipites, pois ainda acabas é fodido.

“ela diz que doi levar no cu”
Tá parva, a miúda! Tens de ter jeitinho, calma e lubrificante...

“site de sexo com pessoas afrodita”
Não era hermafrodita que querias dizer? Então a funda São passa a ser um site de sexo de pessoas animadas hermafroditas, com estas fotos, eh eh!



06 outubro 2008

“Ai, ai, ai, olha o cheiro que a rosa tem”


As mulheres sabem bem que o apetite venéreo é provocado pelo odor do seu corpo, a princípio, e depois pelos perfumes com que tem o cuidado de carregar-se abundantemente.
A excitação genésica não é apenas produzida pelo cheiro das secreções provenientes dos órgãos genitais, mas também pelo das secreções cutâneas.
Há mulheres, tais como as loiras acinzentadas, que cheiram naturalmente a âmbar ou almíscar; outras, em especial as de cabelos castanhos, cheiram a violeta.
(…)
Da pele de certas trigueiras evola-se um cheiro agradabilíssimo a ébano.
Algumas cheiram a âmbar e a violeta quando trazem os sovacos ao ar, noutras essas partes do corpo espalham um cheiro desagradável a carneiro no cio.
A excitação particular provocada pelas ruivas sobre certas constituições parece depender do odor que exalam.
O Dr. Binêt conta o caso seguinte:
«Um estudante de medicina sentou-se num banco duma praça, preocupado com a leitura de um livro; momentos depois notou que era presa de uma erecção persistente, mas sem desejo.
Voltando-se viu uma mulher ruiva sentada do outro lado do banco e que exalava um cheiro muito forte. Estava explicado o facto.

DESORMEAUX: 19??.20-21

Diz lá que não apetece dar-lhes umas alfinetadas...


Encomenda aqui


€ 15 por boneco, mais portes de envio

Pergunta a Didas: "E oferecemos a quem?"
Respondo eu: "Eu não ofereço a ninguém. Foda-se, que não quer que me piquem...
Aquilo é para uso pessoal... mas é uma boa prenda para um amigo ou amiga que se tenha separado litigiosamente..."


Alguma justificação deveria haver


Uma parceria com http://www.acefalos.com/

05 outubro 2008

Casas de sexo encerram no interior

O remédio de Coina


Começou por se chamar Aguabona por mor das boas águas que por lá corriam e hoje a freguesia limitada a norte pelo pomar de Coina e pela E.N. nº 510-1, a este pela via rápida e a oeste pelo rio Coina já é paragem do comboio da Fertagus que ostenta bem alto o nome de Coina.

Nossa Senhora dos Remédios é a padroeira das suas festas que ocorrem no mês de Julho mas o nome desta vila ficou pela primeira vez no ouvido dos portugueses a partir de 1975 quando Artur Gonçalves lhe dedicou o Vira da Minha Terra com a seguinte letra:

Ai vamos à Coina rapaziada,
vamos a todas não escapa nada
ai não escapa nada, vamos prá moina,
rapaziada vamos à Coina

Fica juntinho ao Barreiro a terra dos homens de Coina,
Seja do Minho ao Algarve todos lá passam pela Coina,
Rapazes venham à Coina porque hoje é dia de festa,
Foi na Coina que eu nasci, não há Coina como esta.

Ai vamos à Coina rapaziada,
vamos a todas não escapa nada
ai não escapa nada, vamos prá moina,
rapaziada vamos à Coina

Tem a mata a rodeá-la com sombra amiga para nós
é a mais linda da Coinas ó Coina dos meus avós
Foi da Coina que eu vim, terra de alegria e som
Se ainda não foste à Coina vai à Coina que é bem bom

Cortinas de Outono



Girl at the window by Roberto Roseano