Envolveu-se nela e sentou-a na mesa daquela esplanada deserta. Despiram-se de tudo, menos do desejo que lhes levava o corpo e a alma ao fogo do inferno. Ela estava indefesa, entregue. Deitada, esperando-o dentro dela. E ele obedecia. Lia o calor da sua pele e empurrava-a contra si em investidas que eram de paixão, de raiva, de tesão. E de muito mais coisas que ele desconhecia. Depois parava. Com os lábios, procurava o sabor da vontade das entranhas dela. Embriagava-se e voltava a perder-se. O mundo, para além daquela fêmea que se estendia e contorcia por ele e só por ele, apagara-se todo duma só vez. Voltaria alguma vez a existir?
07 outubro 2008
Mundos
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