28 outubro 2008

é uma questão de... tamanho?

Um homem anda com três mulheres e está a tentar decidir com qual delas deverá casar. Dá a cada uma delas cinco mil euros para ver o que farão com o dinheiro.
A primeira faz uma mudança de visual total. Vai a um cabeleireiro da moda, arranja o cabelo, as unhas, faz uma limpeza de pele e compra várias roupas novas. Diz-lhe que o fez para ficar mais atraente para ele, porque o ama muito.
A segunda compra-lhe uma série de presentes. Oferece-lhe um conjunto novo de tacos de golfe, alguns acessórios para o computador e roupas caras. Diz-lhe que gastou todo o dinheiro com ele porque o ama muito.
A terceira mulher investe o dinheiro na bolsa de valores e multiplica os cinco mil euros. Devolve-lhe o dinheiro e reinveste o restante numa conta conjunta. Diz-lhe que quer investir no futuro de ambos porque o ama muito.
Qual das três é que ele escolhe?

Resposta: a que tem as mamas maiores.
Texto de Thomas Cathcart e Daniel Klein, do livro Platão e um ornitorrinco entram num bar, p.191
Fotografia retirada da página Olhares de honey

27 outubro 2008

Olá,

Meu nome é Simone. Simone de Beauvoir.
Sou completamente fascinada pela vida humana, por vozes e por toalhas de banho.
Cada dia da minha vida dava um filme.
Contra todos os preceitos impostos pela sociedade vou tentar aqui mostrar o que é ser uma mulher que gosta de engatar, foder e jogar fora. Os lençóis da minha cama e as toalhas de banho têm histórias intermináveis.
Diálogos e monólogos, homens e mulheres que não são mais do que peões num tabuleiro de xadrez.

Tanya

por Charlie

Olhei para ela, olhos nos olhos.
Não desviou o olhar, mantendo-o fixo no meu, interrompendo apenas para abrir a carteira e pagar o café que tomara ao balcão.
Tinha reparado como entrara, na sua elegância e postura suave e confiante. Como se dirigira ao empregado que arrumava umas chávenas por cima da máquina e como através do espelho me mirara. As pernas longas num corpo a sobressair dum vestido sem alças, a pele clara e o cabelo louro fizeram-me pensar que ela seria de origem nórdica ou eslava. Talvez sim, talvez não, pensei. O retirar dos óculos escuros no mesmo instante em que os nossos olhos se cruzaram através do espelho confirmaram a primeira impressão. Azul do céu, arrepiantemente frios a contrastar com o quente vermelho dos lábios sobre uns dentes ultra brancos a construir um etéreo sorriso de cinema.
- Sou de Moscovo – disse-me já no carro - e estou aqui há já algum tempo. - em resposta à minha pergunta sobre o seu nome.
Tinha ficado na rua à espera dela, saindo rapidamente mal a vira abrir a mala, olhando como ela saíra em passo apressado quando reparara que eu já não estava à mesa. Um “olá” já na rua e uma franca troca de olhares tinham feito o resto.
- Mas falas bem Português. -
- Sou tradutora. Estudei Português e ainda fiz trabalhos de tradução em gabinetes de tradução simultânea antes de vir para a Europa.
- É um trabalho bem pago... eh... -
- Considerando o rendimento médio na Rússia, nem ganhava mal. Em Moscovo até era frequentadora regular do Turandot e do GQ Bar - disse a rir.
Pensei no que me acabara de dizer.
Esta noite iria custar-me uma nota.
Estivera havia já uns anos à porta do restaurante que ela acabara de mencionar, e a minha vontade de conhecer aquele espaço requintado, de decoração barroca com laivos de rococó toda em dourados, onde o requinte chega ao ponto de ter um grupo de câmara a tocar Mozart, ficara-se pela entrada.
Alinhado com a minha visão dos tectos de relevo em frescos e suportados por colunas de mármore polido e trabalhado, estava a lista; o menú com os pratos do dia e outros, cujos preços me omito de referenciar.
- Então como vieste para cá? Ou melhor, porque estás cá? -
- Bem, estive em Bruxelas duas vezes, depois fiquei umas semanas e finalmente vim com um diplomata e fiquei aqui. Sou acompanhante, uma acompanhante... especial. -
- Já vi que não queres dizer-me o teu nome, mas gostaria de chamar-te algo, sei lá...-
- Podes chamar-me Tanya. -
Durante uns segundos deixei os cavalos do SLK - a descer a avenida em aumento rápido de rotações - preencher o silêncio antes de abrandar ao entrar na rotunda do Marquês e perguntar-lhe:
- Vamos jantar, Tanya? Preferes algum lugar em especial, ou deixas que eu te leve a um sítio à minha escolha?
- Nyet! Não... Jantar não. Talvez depois, agora quero mesmo é ir para o Hotel.
- Tens preferência?-
- Só vou ao Ritz...- respondeu enquanto olhava fixamente para o meu pulso onde o Rolex testemunhava surdo na sua marcha persistente e monótona de contar o tempo.

A noite trouxe o frio do parque para dentro da suite quando o seu corpo nu junto à janela se desenhou em silhueta contra a luz de cores difusas com que a cidade lavava o escuro do céu.
Na cama, o meu corpo suado estremeceu levemente com a entrada duma lufada de ar que ali me pareceu gélido.
- Tanya... Não tens frio? –
Rodou o corpo, e adivinhei-lhe um sorriso.
- Nyet...Se conhecesses Moscovo...-
- Por acaso até conheço - disse-lhe.
- Então?... Isto nem é frio...-
- Estive lá de Verão... Escuta, sei que talvez não seja agora apropriado, mas antes de sairmos para comermos qualquer coisa, e já que há bocado não me quiseste adiantar, gostaria que me dissesses... entendes? -
Aproximou-se devagar, perna ante perna até encostar o sexo aos meus olhos. Depois, pegou no telefone do quarto, premiu um dos números e esfregou-se levemente pelo meu rosto enquanto esperava o atendimento:
- Sim? Olhe, traga uma garrafa de champanhe e ostras, por favor... Como? Ah sim, claro. Dom Perignon...-
E pousando o auscultador, deitou-se sobre mim e disse-me:
- Há já algum tempo que reparei em ti. Tens um carro igual ao meu...
Hoje...
Hoje estás por minha conta.
E se queres saber um segredo, vou dizer-te o meu nome verdadeiro: Tanya... -

Arquitectura

Só para dias de sol :)



Desejo cumprido
(eu não disse comprido)


Uma parceria com http://www.acefalos.com/

26 outubro 2008

Digital

Ó alucinada,
Foi o dedo na boca interrogativo que chamou por mim. Baralhou-se-me o raciocínio e continuei a dizer não importa o quê que também certamente não te lembrarás e para o caso não importa nada que eu tenho uma imagem a manter perante ti. A visão da tua linguita molhada quase arrastou a minha para malabarismos nos teus lábios suculentos. E não tenho dúvidas sobre o formigueiro que me assolou as bolas como quem quer levantar âncora.
Quando cheguei a casa procurei desanuviar as ideias pelas capas de uns cd's e tentei mesmo ouvir alguns mas não me descolava das vistas o dedo na tua boca e em abono da verdade quase o sentia parte do meu corpo embora deslocado uns 3 ou 4 palmos mais para baixo. Foi nesta altura que te liguei ainda à procura das palavras e atirei com o pedido de ajuda para a inadiável procura do antónimo de flanco em vez de uma assentada te dizer que estava mesmo era a pensar num verbo começado por efe contigo à ilharga. A maravilha tecnológica que são os telemóveis permitiu-me escutar-te estiraçado no sofá de três lugares e quanto mais a tua voz entrava pelos meus ouvidos adentro mais as calças de ganga se debatiam quase a esgaçar até eu abrir totalmente o fecho éclair.
Como sabes do meu repúdio por compras e ainda mais do veste e despe nas lojas de pronto a vestir venho pedir-te que te compadeças de mim e que juntemos os teus dedos aos meus, mais a estrutura que os sustenta, para fazer uma cadeirinha de baloiço. Pago-te com as minhas orelhas à disposição.

Mais uma porta dos fundos

Desta vez é um acesso a várias dezenas de videos de sexo com fumadoras.
Na janela de login, basta fazeres OK.

Finalmente, Moda Foca!



O Álvaro tanto prometeu que finalmente deixou de ser político e cumpriu. Saíu o primeiro número da revista de banda desenhada humorística «Moda Foca».
Para já, diz o e-mail release que "estará à venda no stand da Pedranocharco no Festival de Banda Desenhada da Amadora - FIBDA 2008, este ano ainda no Centro Cívico Luís de Camões na Brandoa. Conta com bastantes BDs, cartoons, textos ilustrados e um artigo sobre João Abel Manta. O material é da autoria de Álvaro, Andreia Rechena, Chuaga, Derradé, Inês Ramos, Luís Graça, Osvaldo de Sousa, Pedro Alves, RoD!, Rodrigo e Teresa Câmara Pestana. Tudo bem humorado. Mais coisas aqui".

crica para visitares a página John & John de d!o

25 outubro 2008

Retrato en orina


Tu mirada me encandila
entre la espuma caliente
de mi orina.

Con la virtud transparente
y esa cara submarina

que si la miro de frente:
me ilumina.


El artista desnudo

« Extrapolar Sentidos - conversas de MSN» - por Mergulhador

ELE
....ver-te a despir de forma sexy usando o varão da suite Star
Devagar meneando-te até estares nua
Sentado à tua frente deliciando-me com a tua visão
Quando acabas sentas-te no meu colo não deixando que te toque
Peço-te que te deites na cama
Obedeces
Aproximo-me da tua mão direita que algemo amarrando-a algures
Beijo-te o braço todo começando pelos dedos até ao ombro
Paro
Olho para ti deitada, nua
Contorno a cama alcançando o teu braço esquerdo
Algemo
Amarro
Torno a beijar desde a ponta dos dedos até ao ombro... queres que pare?


ELA
Nunca!
Não te atrevas!






ELE
Alcanço o pé esquerdo
Prendo o tornozelo
Amarro...
Sugo-te os dedos dos pés...
Subo pela perna, gémeos, joelhos, devagar na coxa, virilha...
Paro no instante em que sinto o menear da tua coxa...
Pedindo
Oferecendo-me
Contorno novamente a cama
Levantas a perna oferecendo-me o pé direito
Algemo-to ao mesmo tempo que te sugo os dedos
Paro
Prendo
Dispo-me à tua frente
Tiro a camisa, atiro-a para cima da tua cara tapando-te os olhos
Moves a cabeça tirando-a
Ouves as minhas calças a caírem... queres que pare?

ELA
NÃO!
Sabes bem que não!






ELE
Queres conhecer o resto da história?







ELA
Já sei... já sei, é justo.







Mergulhador

Curtas metragens - a sexta: «Messalina»


Messalina


Parceria com Porta Curtas

24 outubro 2008

Irmãos e Irmãs...

Por estes dias, um velho amigo retomou o contacto. Mandou-me um simpático mail a dizer coisas agradáveis, irrelevantes para este contexto. Há anos que não tinha notícias dele, pelo que foi com um sorriso nostálgico que recebi novidades. Um tipo afável, interessante e peculiar, este meu colega. Conhecemo-nos nos bancos da Universidade e hoje publicamente admito que ele não me causou uma boa primeira impressão! Dele apenas sabia o nome, que era meu colega e que comia a irmã!
Antes que os meus mais depravados leitores, interpretem de forma leviana a minha expressão “comia a irmã”, que mentes conspurcadas teçam pensamentos impuros, esclareço que a expressão não significa alguma espécie ignóbil de canibalismo, mas tão somente que ele e a irmã tinham relações sexuais!
É envergonhado que partilho com os meus leitores que aos dezoito anitos, um pacóvio na cidade grande, a minha primeira reacção foi de uma mal disfarçada estupefacção, pintada em tons de asco. Bem sei que era uma hipocrisia provinciana, mas a notícia fez-me confusão! Um dia, ambos ébrios, com aquela coragem que só o álcool, indignado, confrontei-o com a situação incestuosa! E a sua resposta, foi de uma eloquência que me deixou sem palavras: se o avô pode ter sexo com a avó, os tios com as tias, os padrinhos mamarem as madrinhas, se os primos ao casarem elas se tornam nossas primas e eles têm relações íntimas, se chegam a existir homens que até com a própria mulher têm sexo, qual o drama de um irmão fazer o amor com a irmã?
E que irmã, meu prezado leitor: uma cavalona morenaça, sempre com roupa provocante e um olhar felino, que nos arrebitava o órgão com um único sorriso! Uma deusa: assim uma espécie de corpinho de Odete Santos, rosto de Manuela Ferreira Leite e carisma da Ministra da Educação!
Infelizmente nunca cheguei a prová-la (e, admito que tentei, desastradamente e sem sucesso) mas ele sempre me disse, e eu acredito, que a irmã era a mais deliciosa e sensual mulher na cama em toda a Lisboa. Aliás, todo o bairro onde habitavam, partilhava dessa ideia! E era um bairro grande… Comentava-se por toda a Lisboa, que ela na cama conseguia ser ainda melhor que a mãe!
Mas regresso ao meu amigo que tinha intimidades com a irmã, para comentar a forma como os moralistas de mentes perversas olham com desdém o sexo entre manos! Se o sexo é o acto de fazer o amor, qual o problema de, para variar, fazê-lo com alguém que realmente gostamos? Não deverão uns ciosos pais ficar orgulhosos das suas rebentas, quando estas em vez de andar a correr riscos, em pensões mal frequentadas e carros mal estacionados em locais ermos, a ceder a desconhecidos a intimidade vaginal, estão no recato do lar, contribuindo activamente para a paz familiar, acalmando as hormonas saltitantes dos seus amados maninhos?
Como o meu amigo sempre dizia, naquelas noites longas que saiamos às tantas do Plateau e terminávamos a comer um caldo verde: família unida coita junta!