Sexy Photo
12 março 2009
11 março 2009
Teorema de Tiro e Queda
Continuo a repetir que o amor é como a matemática e uma relação a soma dos dois conjuntos multiplicada pelos pontos de contacto de ambos. Desde logo nas estatísticas do sexo praticado que quanto mais se repetem as intersecções mais se amplia a sensação de ambos serem um mesmo universo e como se costuma dizer nos futebóis, em equipa que ganha não se mexe ou como proclamava um meu professor de matemática com a mão direita enfiada no bolso das calças, agarrem-se à matéria, agarrem-se à matéria.
O problema são os dias em que não se pode com uma gata pelo rabo e queremos mais é diminuir os esforços esparramados num fofo e almofado rectângulo linear sem mexer uma fracção de pestana que seja e começamos a questionar se a maioria das probabilidades não aponta como melhor do mundo a divisão que nos deixa como unidade da nossa preguicite.
A excepção que valida a regra anterior é o chamado Teorema de Tiro e Queda que se demonstra quando de forma ordinal um olhar, uma palavra, um gesto do outro, primeiro nos clica e esperamos que o segundo toque seja a tecla enter.
O problema são os dias em que não se pode com uma gata pelo rabo e queremos mais é diminuir os esforços esparramados num fofo e almofado rectângulo linear sem mexer uma fracção de pestana que seja e começamos a questionar se a maioria das probabilidades não aponta como melhor do mundo a divisão que nos deixa como unidade da nossa preguicite.
A excepção que valida a regra anterior é o chamado Teorema de Tiro e Queda que se demonstra quando de forma ordinal um olhar, uma palavra, um gesto do outro, primeiro nos clica e esperamos que o segundo toque seja a tecla enter.
10 março 2009
São Mamede ou San Mamante
As coisas que se aprendem por aí!
Segundo Manuel Anastácio, do blog Literaturas, São Mamede, que deu o nome à batalha em que D. Afonso Henriques bateu na mãe, foi um santo lactante. E explica: "(...) é deveras interessante, tanto pelo tabu que em relação ao assunto hoje se faria (um santo que dava de mamar a crianças é algo de altamente suspeito hoje em dia e resultaria em acusação de crimes vergonhosos)". Uma versão da história de São Mamede é que "São Mamede (Saint Mammant, versão afrancesada de San Mamante, em Italiano; apesar de hoje se utilizar, em França, a versão Saint Mammès) terá encontrado um bebé abandonado e, não tendo com que o alimentar, recebeu a graça divina da lactação." Seja ou não esta a versão correcta, "tornou-se no santo padroeiro da amamentação, o que é deveras curioso, sendo homem e não mulher". E Manuel Anastácio até nos ensina que "Aristóteles considerava que os fluidos corporais, como o esperma e o leite eram produzidos no organismo, de forma semelhante, a partir da cocção do sangue. As mulheres nunca seriam capazes de produzir esperma (que Aristóteles considerava um fluido de grande perfeição, vá-se lá saber por que razão...) porque o seu calor corporal seria sempre insuficiente para a formação de tão exigente emanação. Já o leite, que seria um tipo de esperma imperfeito, não exigia tanto calor, pelo que as mulheres o fariam facilmente. Mas a fúria misógina da Ciência aristotélica vai ao ponto de nem sequer dar a exclusividade da produção de leite à mulher - de facto, o homem também tem mamilos, pelo que seria perfeitamente natural que, em certos casos, produzisse este fluido nutritivo".
E conclui: "Daqui, resta reter que o Santo que presidia ao local onde se deu, de facto, o desmame de Afonso Henriques, não era mais que o santo da amamentação. Curioso."
Não sei onde é que o Manuel Anastácio aprendeu isto tudo mas que é interessante, é.
Segundo Manuel Anastácio, do blog Literaturas, São Mamede, que deu o nome à batalha em que D. Afonso Henriques bateu na mãe, foi um santo lactante. E explica: "(...) é deveras interessante, tanto pelo tabu que em relação ao assunto hoje se faria (um santo que dava de mamar a crianças é algo de altamente suspeito hoje em dia e resultaria em acusação de crimes vergonhosos)". Uma versão da história de São Mamede é que "São Mamede (Saint Mammant, versão afrancesada de San Mamante, em Italiano; apesar de hoje se utilizar, em França, a versão Saint Mammès) terá encontrado um bebé abandonado e, não tendo com que o alimentar, recebeu a graça divina da lactação." Seja ou não esta a versão correcta, "tornou-se no santo padroeiro da amamentação, o que é deveras curioso, sendo homem e não mulher". E Manuel Anastácio até nos ensina que "Aristóteles considerava que os fluidos corporais, como o esperma e o leite eram produzidos no organismo, de forma semelhante, a partir da cocção do sangue. As mulheres nunca seriam capazes de produzir esperma (que Aristóteles considerava um fluido de grande perfeição, vá-se lá saber por que razão...) porque o seu calor corporal seria sempre insuficiente para a formação de tão exigente emanação. Já o leite, que seria um tipo de esperma imperfeito, não exigia tanto calor, pelo que as mulheres o fariam facilmente. Mas a fúria misógina da Ciência aristotélica vai ao ponto de nem sequer dar a exclusividade da produção de leite à mulher - de facto, o homem também tem mamilos, pelo que seria perfeitamente natural que, em certos casos, produzisse este fluido nutritivo".
E conclui: "Daqui, resta reter que o Santo que presidia ao local onde se deu, de facto, o desmame de Afonso Henriques, não era mais que o santo da amamentação. Curioso."
Não sei onde é que o Manuel Anastácio aprendeu isto tudo mas que é interessante, é.
09 março 2009
Há um gajo que tem uma colecção de arte erótica, como eu...
... e pelos vistos escreveu para o Correio dos Leitores do jornal «Gazeta das Caldas». Transcrevo o artigo na íntegra porque até parece que foi escrito por mim:
Loiça das Caldas meio ausente do Museu do Erotismo de Paris
Li o artigo «Loiça das Caldas meio ausente do Museu do Erotismo de Paris» e fiquei muito satisfeito por constatar que tenho um projecto que corresponde, pelo menos no meu ponto de vista, ao espírito desse texto, nomeadamente quando questiona se a cidade das Caldas da Rainha não poderia ter, tal como algumas importantes cidades europeias, dos EUA e da Ásia, um museu do erotismo "que chamaria muitos mais visitantes do que os outros museus existentes na cidade, até porque estaria ligado à faceta mais conhecida das Caldas a nível nacional e internacional".
Sou gestor de empresas e nessa qualidade tive muito gosto em trabalhar nas Caldas da Rainha, entre 1996 e 2000, como administrador-delegado de uma empresa de faianças.
Sou também coleccionador, há 25 anos, de arte erótica, tendo neste momento reunido um espólio já bastante interessante - e em constante crescimento - de pinturas (a óleo, acrílico, aguarela,... de artistas contemporâneos de diversos países), desenhos (a lápis, carvão, pastel,...), gravuras, livros (mais de 1.000, sendo alguns exemplares antigos e raros - romance, poesia, teatro, história, banda desenhada, arte, didáctica,... - todos dentro da temática do erotismo e da sexualidade), jogos (cartas, tarots, etc.), estatuetas (em bronze e outros metais, madeira, marfim, barro,...), mecanismos, brincadeiras e surpresas, revistas, publicidade em diversos meios e suportes, etc. É arte erótica um pouco de todo o mundo (incluindo Europa, EUA, Canadá, Perú, Brasil, África e Ásia). Muitas são peças únicas e algumas são mesmo originais, concebidas por mim e executadas por artesãos de diversas especialidades e de vários pontos do país. E, por vezes, mais interessantes que as peças em si, são as histórias que há por trás de cada uma delas.
Tenho, como não podia deixar de ser, muitas peças de "louça malandreca das Caldas", tanto a tradicional como peças únicas de artistas dessa cidade. E estou certo que um espaço deste tipo iria ajudar a reavivar a «louça malandreca das Caldas», que em meu entender está estagnada em termos de criatividade e inovação.
Aproveito, por isso, a "boleia" do vosso artigo para manifestar que, caso a Câmara Municipal das Caldas da Rainha ou outras entidades (públicas ou privadas) estejam interessadas em avançar com uma parceria no sentido de criar um espaço dedicado ao erotismo nessa cidade, da minha parte há uma total disponibilidade para criar um espaço aberto ao público expondo de forma permanente a minha colecção de arte erótica e que pudesse ter várias valências, nomeadamente: - exposições temporárias;
- organização e apoio de eventos;
- divulgação privilegiada do artesanato erótico das Caldas, com um espaço autónomo e iniciativas direccionadas nesse sentido;
- biblioteca;
- loja com artigos de criação própria e artesanato das Caldas.
Mais que um museu com exposição de arte erótica, seria um espaço de difusão e apoio a quem ainda tem a coragem de enveredar por esta arte.
Em Portugal, seria o primeiro espaço dedicado ao erotismo. E estamos de acordo que a melhor cidade para o acolher é as Caldas da Rainha. E muito me agradaria que o meu projecto se tornasse um dia realidade... nessa cidade.
P. M.
-- excitação... isto é, fim de citação. Olha, mais uma entrada para a segunda edição do DiciOrdinário --
Este gajo anda a copiar-me. Eça é que é Eça...
Loiça das Caldas meio ausente do Museu do Erotismo de Paris
Li o artigo «Loiça das Caldas meio ausente do Museu do Erotismo de Paris» e fiquei muito satisfeito por constatar que tenho um projecto que corresponde, pelo menos no meu ponto de vista, ao espírito desse texto, nomeadamente quando questiona se a cidade das Caldas da Rainha não poderia ter, tal como algumas importantes cidades europeias, dos EUA e da Ásia, um museu do erotismo "que chamaria muitos mais visitantes do que os outros museus existentes na cidade, até porque estaria ligado à faceta mais conhecida das Caldas a nível nacional e internacional".
Sou gestor de empresas e nessa qualidade tive muito gosto em trabalhar nas Caldas da Rainha, entre 1996 e 2000, como administrador-delegado de uma empresa de faianças.
Sou também coleccionador, há 25 anos, de arte erótica, tendo neste momento reunido um espólio já bastante interessante - e em constante crescimento - de pinturas (a óleo, acrílico, aguarela,... de artistas contemporâneos de diversos países), desenhos (a lápis, carvão, pastel,...), gravuras, livros (mais de 1.000, sendo alguns exemplares antigos e raros - romance, poesia, teatro, história, banda desenhada, arte, didáctica,... - todos dentro da temática do erotismo e da sexualidade), jogos (cartas, tarots, etc.), estatuetas (em bronze e outros metais, madeira, marfim, barro,...), mecanismos, brincadeiras e surpresas, revistas, publicidade em diversos meios e suportes, etc. É arte erótica um pouco de todo o mundo (incluindo Europa, EUA, Canadá, Perú, Brasil, África e Ásia). Muitas são peças únicas e algumas são mesmo originais, concebidas por mim e executadas por artesãos de diversas especialidades e de vários pontos do país. E, por vezes, mais interessantes que as peças em si, são as histórias que há por trás de cada uma delas.
Tenho, como não podia deixar de ser, muitas peças de "louça malandreca das Caldas", tanto a tradicional como peças únicas de artistas dessa cidade. E estou certo que um espaço deste tipo iria ajudar a reavivar a «louça malandreca das Caldas», que em meu entender está estagnada em termos de criatividade e inovação.
Aproveito, por isso, a "boleia" do vosso artigo para manifestar que, caso a Câmara Municipal das Caldas da Rainha ou outras entidades (públicas ou privadas) estejam interessadas em avançar com uma parceria no sentido de criar um espaço dedicado ao erotismo nessa cidade, da minha parte há uma total disponibilidade para criar um espaço aberto ao público expondo de forma permanente a minha colecção de arte erótica e que pudesse ter várias valências, nomeadamente: - exposições temporárias;
- organização e apoio de eventos;
- divulgação privilegiada do artesanato erótico das Caldas, com um espaço autónomo e iniciativas direccionadas nesse sentido;
- biblioteca;
- loja com artigos de criação própria e artesanato das Caldas.
Mais que um museu com exposição de arte erótica, seria um espaço de difusão e apoio a quem ainda tem a coragem de enveredar por esta arte.
Em Portugal, seria o primeiro espaço dedicado ao erotismo. E estamos de acordo que a melhor cidade para o acolher é as Caldas da Rainha. E muito me agradaria que o meu projecto se tornasse um dia realidade... nessa cidade.
P. M.
-- excitação... isto é, fim de citação. Olha, mais uma entrada para a segunda edição do DiciOrdinário --
Este gajo anda a copiar-me. Eça é que é Eça...
08 março 2009
Um conto de fodas
Caros telespectadores, estamos em directo para a abertura do Telejornal para vos dar conta do processo de avaliação de desempenho de uma funcionária pública que neste preciso momento se encontra no telhado do ministério, em saia de xadrez e sutiã preto Intimissimi, passe a publicidade , ameaçando não sair dali.
De acordo com os colegas ouvidos aqui no local quando no início do ano foram negociados os objectivos nada faria prever este desfecho. Alvitra-se mesmo que a funcionária passou religiosa e diariamente a engraxar os sapatos do chefe em cada manhã e meia hora antes da saída, de acordo com os objectivos traçados, assim como a ir buscar o café à máquina às onze menos um quarto e a abastecer a viatura do chefe no posto de gasolina mais próximo sempre que necessário. Há até quem garanta que ela excedia o seu perfil quando comprava exemplarmente as prendas e os ramos de flores para a esposa do chefe. Contudo, de acordo com fontes geralmente bem informadas mas que querem manter o anonimato com receio de serem penalizadas nas suas avaliações, não terá a dita funcionária conseguido a classificação de Excelente já que o chefe entendia que tal passava por um empenhamento mais físico na área comportamental, tal e qual as suas competidoras na mesma categoria e dando graças por não ter nascido gajo, particularmente naquele dia e disso terá dado sinais claros debruçando-se sobre a blusa da funcionária assim como quando depois rodou à sua volta até encostar toda a zona abaixo da fivela do cinto à saia dela e com tal ímpeto que ela até deu uns dois ou três passos à frente. A impensável recusa da funcionária em aceder a tal premissa que era a margem de manobra para lhe aumentar a nota terá despertado sentimentos de ingratidão profunda no avaliador que alega não lhe ter rebentado todos os botões da camisa e alarvemente enchido as suas mãos com as mamas dela antes da dita correr porta fora meia desnuda até parar no telhado garantindo assim o momento alto da nossa reportagem.
A bem do contraditório já procurámos indagar das razões da funcionária recorrendo a um megafone mas a recepção das suas palavras aqui na rua é muito má e apenas conseguimos entender a repetição insistente de um verbo regular acabado em "er" e enquanto aguardamos a chegada dos bombeiros daqui é tudo, estúdio.
De acordo com os colegas ouvidos aqui no local quando no início do ano foram negociados os objectivos nada faria prever este desfecho. Alvitra-se mesmo que a funcionária passou religiosa e diariamente a engraxar os sapatos do chefe em cada manhã e meia hora antes da saída, de acordo com os objectivos traçados, assim como a ir buscar o café à máquina às onze menos um quarto e a abastecer a viatura do chefe no posto de gasolina mais próximo sempre que necessário. Há até quem garanta que ela excedia o seu perfil quando comprava exemplarmente as prendas e os ramos de flores para a esposa do chefe. Contudo, de acordo com fontes geralmente bem informadas mas que querem manter o anonimato com receio de serem penalizadas nas suas avaliações, não terá a dita funcionária conseguido a classificação de Excelente já que o chefe entendia que tal passava por um empenhamento mais físico na área comportamental, tal e qual as suas competidoras na mesma categoria e dando graças por não ter nascido gajo, particularmente naquele dia e disso terá dado sinais claros debruçando-se sobre a blusa da funcionária assim como quando depois rodou à sua volta até encostar toda a zona abaixo da fivela do cinto à saia dela e com tal ímpeto que ela até deu uns dois ou três passos à frente. A impensável recusa da funcionária em aceder a tal premissa que era a margem de manobra para lhe aumentar a nota terá despertado sentimentos de ingratidão profunda no avaliador que alega não lhe ter rebentado todos os botões da camisa e alarvemente enchido as suas mãos com as mamas dela antes da dita correr porta fora meia desnuda até parar no telhado garantindo assim o momento alto da nossa reportagem.
A bem do contraditório já procurámos indagar das razões da funcionária recorrendo a um megafone mas a recepção das suas palavras aqui na rua é muito má e apenas conseguimos entender a repetição insistente de um verbo regular acabado em "er" e enquanto aguardamos a chegada dos bombeiros daqui é tudo, estúdio.
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