Loiça das Caldas meio ausente do Museu do Erotismo de Paris
Sou gestor de empresas e nessa qualidade tive muito gosto em trabalhar nas Caldas da Rainha, entre 1996 e 2000, como administrador-delegado de uma empresa de faianças.
Sou também coleccionador, há 25 anos, de arte erótica, tendo neste momento reunido um espólio já bastante interessante - e em constante crescimento - de pinturas (a óleo, acrílico, aguarela,... de artistas contemporâneos de diversos países), desenhos (a lápis, carvão, pastel,...), gravuras, livros (mais de 1.000, sendo alguns exemplares antigos e raros - romance, poesia, teatro, história, banda desenhada, arte, didáctica,... - todos dentro da temática do erotismo e da sexualidade), jogos (cartas, tarots, etc.), estatuetas (em bronze e outros metais, madeira, marfim, barro,...), mecanismos, brincadeiras e surpresas, revistas, publicidade em diversos meios e suportes, etc. É arte erótica um pouco de todo o mundo (incluindo Europa, EUA, Canadá, Perú, Brasil, África e Ásia). Muitas são peças únicas e algumas são mesmo originais, concebidas por mim e executadas por artesãos de diversas especialidades e de vários pontos do país. E, por vezes, mais interessantes que as peças em si, são as histórias que há por trás de cada uma delas.
Tenho, como não podia deixar de ser, muitas peças de "louça malandreca das Caldas", tanto a tradicional como peças únicas de artistas dessa cidade. E estou certo que um espaço deste tipo iria ajudar a reavivar a «louça malandreca das Caldas», que em meu entender está estagnada em termos de criatividade e inovação.
Aproveito, por isso, a "boleia" do vosso artigo para manifestar que, caso a Câmara Municipal das Caldas da Rainha ou outras entidades (públicas ou privadas) estejam interessadas em avançar com uma parceria no sentido de criar um espaço dedicado ao erotismo nessa cidade, da minha parte há uma total disponibilidade para criar um espaço aberto ao público expondo de forma permanente a minha colecção de arte erótica e que pudesse ter várias valências, nomeadamente: - exposições temporárias;
- organização e apoio de eventos;
- divulgação privilegiada do artesanato erótico das Caldas, com um espaço autónomo e iniciativas direccionadas nesse sentido;
- biblioteca;
- loja com artigos de criação própria e artesanato das Caldas.
Mais que um museu com exposição de arte erótica, seria um espaço de difusão e apoio a quem ainda tem a coragem de enveredar por esta arte.
Em Portugal, seria o primeiro espaço dedicado ao erotismo. E estamos de acordo que a melhor cidade para o acolher é as Caldas da Rainha. E muito me agradaria que o meu projecto se tornasse um dia realidade... nessa cidade.
P. M.
-- excitação... isto é, fim de citação. Olha, mais uma entrada para a segunda edição do DiciOrdinário --
Este gajo anda a copiar-me. Eça é que é Eça...
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